Zodíaco escrita por Milka


Capítulo 25
Lenda Urbana




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Raíssa nunca tinha visto um quarto daquele tamanho. Era o dobro da sua casa em Cintra.

— Você dorme nesse quarto sozinha?

Justice parecia um pouco distraída.

— Ah, sim. Sozinha.

— Eu acho que eu não conseguiria. Meu irmão mais novo sempre vinha dormir comigo. Acho que é por isso que eu não me acostumaria. – Falou Raíssa.

A cama era enorme e bem arrumada. Raíssa se sentou e viu como era macia. A prevalência de vermelho no quarto era notável.

— Pena que roubaram as minhas outras joias. Se não eu te mostraria.

Justice estava encarando um colar.

— Esse colar é bonito. Parece muito caro.

— Ele é, pertencia a minha mãe. È uma herança de família.

Raíssa encarou o colar. E viu a aura do objeto.

— Me desculpe se eu parecer invasiva. Mas sua mãe morreu com esse colar?

Justice ficou mais curiosa do que ofendida.

— Não. Minha mãe morreu por causa de um acidente no mar. Mas ela não estava usando esse colar. Aliás perdemos tudo o que ela estava usando.

— Estranho.

— Por quê?

— È que existe outro tipo de aura presente nesse colar. Uma aura semelhante a sua.

Justice pensou em todas as possíveis respostas. Raíssa estava mentindo, ou seu próprio pai. Mas dos dois ela sabia quem era o mais mentiroso.

Benedict não entendeu quando Hyun resolveu socá-lo. Será que a bebida estava fazendo tanto efeito assim?

— Hyun, eu acho que você não devia ter bebido.

Mas o garoto avançou de novo e Benedict conseguiu pará-lo

Ainda bem que ele não estava usando magia se não as coisas iriam piorar drasticamente, pensou Benedict.

AO olhar ao redor Benedict finalmente percebeu que não eram só eles que estavam brigando. Quase todas as pessoas se envolveram em brigas. E era possível até sentir o cheiro de fumaça.

Ele olhou em direção do ringue, só era possível ver Avalon.

— Hyun, acho melhor você parar. Sei que tem todo o problema de Letin, mas você não precisa descontar toda a sua raiva e frustração em mim.

Hyun parou de tentar se soltar e sentou-se no chão e dormiu.

— Que porcaria está acontecendo aqui?—Gritou Benedict.

§

Delilah conseguiu se aproximar do ringue. Ela viu quando Avalon tirou a máscara da garota, mas depois disso tudo ficou confuso. Pessoas tentaram bater nela, mas ao toca-la coisas estranhas aconteciam, um homem se congelou e o outro teve um ataque de risos. Ela sabia que tinha alguma coisa errada, esses homens eram para estar mortos. O seu veneno nunca erra é sempre fatal, mas o resultado estava sendo diferente. Essa garota a magia dela tem haver com alterar resultados? Delilah desconfiava que sim.

Avalon sentiu o pavor da garota. Ela estava confusa e essa confusão estava afetando todo o resto.

— Qual o seu nome? – Ele perguntou

Mas ela só tremia.

Avalon olhou para a máscara em sua mão. Era antiga feita de uma espécie de bronze, era metade dourada e metade verde, tinha algumas notas musicais estampadas em um dos lados.

— Avalon? – Delilah gritou.

Ele foi até a amiga e a ajudou a subir no ringue.

— Então essa é a tal da gata.

— Sim, depois que eu tirei a máscara ela entrou em um estado catatônico.

— E coisas estranhas começaram a acontecer. Quer dizer olha só para esse lugar, pessoas brigando por nada e um cara tocou em mim e ele congelou. Isso não deveria acontecer. Isso está errado.

A garota parou de tremer e encarou Delilah.

Delilah tomou a máscara de Avalon e entregou a garota.

— Por que você fez isso. – Avalon perguntou.

— Não vê como ela está? É obvio que essa máscara interfere no comportamento dela.

A garota recolocou a máscara. E seu olhar voltou a ser o que era.

— Isso fica cada vez mais perigoso. – A gata disse.

Pouco a pouco as coisas foram voltando a ser o que eram.

Avalon a prendeu cada vez mais com a água que estava no chão.

— O que é você?

— Eu? Eu sou a ordem, e eu sou o caos. Nada mais que isso.

— Estou falando sério.

— Eu sei disso. Você está 100 % serio.

— Eu quero explicações.

— Certo, mas não pode ser aqui. Estamos em um ringue, todos vão olhar para nós assim que perceberem o que aconteceu.

Delilah e Avalon concordaram com a garota. E sem que ninguém os percebesse, saíram.

Eles saíram do cassino e foram para uma galeria escura.

— Vamos lá por onde eu começo. Já sei. Essa máscara está encantada. Ela foi encantada para dar confiança e coragem a quem usa-la. A verdadeira eu ficou confusa e assustada por estar sem a máscara naquele lugar e isso basicamente a deixou sem controle. A minha magia é baseada na ordem. Eu posso ver as probabilidades, prever e alterar a ordem das coisas. Quando fico assustada a ordem deixa de se fazer presente, e sem ordem temos somente o...

— O caos. – Delilah completou

— O caos não é necessariamente e destruição. O caos é quando coisas que não deveriam acontecer, acontecem. Como lá no cassino, pessoas que nunca brigariam, brigaram. Você invés de envenenar, congelou as pessoas. – A gata apontou para Delilah.

§

Benedict os seguiu. Ele havia pedido para Clarisse cuidar de Hyun, ele ainda estava alterado.

Ele não podia ouvir bem o que eles diziam. Mas não precisava de mais nada. Ele tinha que falar com eles. Essa gata, ele já tinha ouvido falar dela. È uma lenda que roda desde antes dele vir para a capital. Uma mulher que usava uma máscara de gato ganhava todos os jogos, na época dos antigos reis do submundo as coisas eram mais perigosas, e essa mulher foi morta na primeira oportunidade. Dizem que a máscara nunca foi encontrada e depois disso pessoas apareceram usando a mesma máscara, e elas tinham coragem e confiança mas morriam com muita facilidade, até essa gata. Ela era diferente, ela sempre ganhava e ninguém nunca conseguiu se quer tocá-la. Alguns dizem que ela é o espírito da própria sorte. Benedict nunca cogitou que ela poderia ser alguém que eles procuravam.

§

Ele apareceu, o homem que eles conheceram no castelo. Benedict? Eles não tinham certeza. Mas ele tinha uma presença incontestável.

— Delilah? Avalon?

Ele perguntou.

Quando eles se viraram a garota havia sumido.

— Ela foi embora? – Avalon se perguntou

— Quem era ela? – O homem perguntou.

Mas eles não sabiam. Eles haviam visto o rosto dela, mas não conheciam ninguém parecido com ela, ela continua a ser apenas uma lenda.


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Notas finais do capítulo

Olá, pessoal.
Tenho uma boa noticia e uma má. A boa é que eu vou começar um estágio a tarde. Isso é muito bom para mim, mas por causa disso não terei mais as tardes livres para escrever. Assim os capítulos não serão mais diários. Tentarei o máximo escreve pelo menos 2 x por semana, e quem sabe até 3. Não vou abandonar a história. Sempre termino o que começo é a periodicidade que irá mudar!