Anything could happen escrita por Letícia Rosa


Capítulo 7
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

Bom Não vou e não quero me prolongar com as desculpas que tenho de pedir.

Me desculpem pela demora, mais o meu tempo se esgotou por duas semanas...

Sem mais. Vamos a leitura e espero que gostem do que vão ler !

Desculpem qualquer erro de português.

^-^



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Callie

Quando ela atendeu o meu telefonema meu peito inchou de felicidade, o que eu fiz com ela não se faz com ninguém e ouvir aquela voz rouca ao meu ouvido foi de verdade especial.

Acho que ela estava dormindo, que voz gostosa ao telefone. Senti que ela ainda parecia estar com um pouco de raiva de mim e eu não iria desistir assim tão fácil.

E foi ai que ela hesitou em me encontrar, fiquei um tanto decepcionada com o gesto da loira, mais não poderia julga-la diante das coisas que fiz. Darei espaço a ela e enfim o que tiver de ser será.

Vou ao banheiro e penso em tomar outro banho só que esse de uma forma diferente, na busca de relaxar totalmente, como eu sabia que não iria conseguir dormir, encho a banheira e ponho alguns sais de banho na agua morna entro e quando recosto minha cabeça, mais uma vez vem à imagem do sorriso de Arizona, parecia tudo estar em volta dela, o sorriso magico que me encantou não podia sair da minha cabeça assim.

Uns 15 minutos depois decido sair daquela banheira a água já não estava tão boa. Saindo dela me enrolo em minha toalha e sigo em direção ao quarto e escuto meu celular apitar informando que havia ligações perdidas.

Era ela, tive que rir o meu sorriso de orelha a orelha, fiquei ansiosa, não sabia o que me esperava ao retornar aquela ligação. Liguei e ela foi bem direta dizendo que queria me encontrar em uma lanchonete próximo a casa dela o que foi surpreso pra mim. Em nenhum dos meus encontros marquei em uma lanchonete, enfim tudo que envolvia Arizona tinha que ser bem diferente.

Eu de fato não era uma pessoa que comia hambúrguer ou tomava milk-shake. Eu simplesmente entrei na dança dela, não sei de repente para tentar convence-la e poderia ser bom, respirar outros ares.

Então marcamos e pude sentir a alegria na voz dela, aquilo foi tranquilizador pra mim.

Após o encerramento da ligação deixei que o sono falasse mais alto e me guiasse até o dia seguinte.

Acordei em um bom horário, a noite de sono realmente me fez bem. Estava pronta para mais um dia só que esse dia seria um tanto chato até que a noite chegasse, pois é eu estava de folga, então o que fazer quando exatamente nesses dias não se tem nada a fazer.

Infelizmente após mama e Aria saber da minha vida com a Erica eu nos dias de folga ou passo o dia todo na rua ou me tranco no quarto.

Enfim não queria que fosse assim e hoje faria diferente.

Faço minha higiene matinal e resolvo descer para tomar um belo café da manhã com minha amada família, com certeza papa não devia estar em casa, então desço as escadas que dava na grande sala de visitas e me encaminho para a sala de jantar que sempre era servido o café da manhã.

A mesa já estava a postos, mama e minha irmã, elas riam de alguma coisa em que comentavam, porém quando me viram logo mudaram as feições mostrando que eu não era bem vinda ao local. Faço-me de rogada e me sento na cadeira que sempre foi minha por direito.

– Bom dia, mama e Bom dia Aria. – Digo encarando-as tentando entender a reação das duas, ali presentes.

Já como era esperado não escuto nem sequer um som em minha direção literalmente ignorada por elas.

Decido então falar, a partir de agora eu vou falar não importa as palavras que elas poderiam referir a mim.

– Então mama, acredito que eu também estou sentada aqui nesta mesa, e não por agora, eu também faço parte desta família e sou sua filha também. Será que vocês duas não podem esquecer minha vida pessoal e lembrar-se de mim, Calliope que sempre fui e nunca mudei, por mim e por vocês também. – Digo tudo em único folego, eu precisava dizer algumas coisas que estavam presas na minha garganta e ainda sim não era tudo o que eu queria dizer.

– Oh! Pondo as asinhas de fora Calliope, bom já que queres conversar. Estamos nós mudando para Miami e para que se finalize esta conversa, o melhor seria que você se mudasse logo. A proposta de seu papa é deixar a mansão com você, porém como você diz que ainda sou sua mama acho que seria mais viável você alugar algo menor ou até comprar e deixar a mansão de lado. – Mama diz com tanta frieza que chego a me arrepiar.

Faltaram-me palavras, nunca fiquei distante de meus pais por tanto tempo e de verdade eu sentia mesmo era falta da minha irmã, ela sempre me apoiou em tudo e agora diante até das coisas que minha mama disse, não pode ser, eu não estou passando por isso, Aria nem se quer olhou na minha cara. Por que era assim quando éramos mais novas ela sempre me dava aquele olhar acolhedor quando estava levando uma bronca da mama e hoje ela simplesmente abaixou a cabeça.

– É... Co... Como?

– Isso mesmo Calliope a não ser que você queira pagar empregados com o seu misero trocadinho que ganha naquele hospital. Bom não querendo mais conversas. É... Calliope estaremos a nós mudar ainda hoje, preciso então de uma resposta sua, ficara com a mansão ou sairá dela?

Mama diz já se levantando e saindo da mesa, por mais que eu estivesse enojada do comportamento das duas, aquilo também me fizera magoa e meus olhos queimaram e uma lagrima correu pelo meu rosto.

–Mama, sei que está ansiosa pela resposta, não precisa ficar esperando o dia todo. Hoje mesmo sairei daqui, você não precisa correr! – Minha voz tremia um misto de desespero e tristeza, o que eu iria fazer, eu ainda não tinha nada, eu achei que nunca fosse preciso me preocupar com isso.

Não terminei de tomar meu café e corri para o meu quarto, a primeira coisa que fiz foi chorar, um choro de raiva de ódio de magoa e de pura tristeza.

– Cadê Papa nessas horas? – digo entre soluços, disco seu numero e ele não atende.

Começo a fazer minhas duas malas iria levar somente o que eu comprei com o meu dinheiro, e era o que somente podia né, jamais iria conseguir carregar tudo comigo.

Forcei-me a deixar muitas coisas especiais pra trás. Mais era o jeito, então coloquei o máximo de coisas dentro das malas e segui para garagem coloquei as malas na mala do carro e quando entrei no mesmo encostei minha cabeça no volante e me permiti chorar pela ultima vez por essa família da qual eu não fazia parte.

Chorei e chorei até não ter mais lagrimas e parei de chorar por pensar que nada do que estava acontecendo era justo. As pessoas que estavam me tirando essas lagrimas de dor eram a minha família era tudo o que eu tinha e hoje eu não as tenho mais.

Não as tenho porque não quero mais também.

Preciso seguir minha vida e a partir de agora será somente eu mesmo.

Liguei o carro e fui para um lugar muito gostoso ali mesmo próximo a minha antiga casa. O píer que meu pai sempre nós levava quando ele estava presente. Eu não chorei mais fiquei apenas sentada em um banco encarando a água límpida que se encontrava a minha frente.

– Como eu pude não pensar em um dia seguir minha vida, eu deveria ter me programado para um dia morar só, poderia ter comprado um Ap, enfim eu acabei não fazendo nada.

Tentei mais uma vez ligar para Papa e nada.

Resolvi então procurar um lugar para almoçar, a fome já se fazia presente.

Eu precisava por em ordem a minha cabeça para decidir o que fazer. Por um momento pensei em ligar para Arizona, mais o que e em que ela poderia me ajudar? Nada. Isso era um problema meu e eu nem a conheço direito.

– Marck, sou eu Callie.

– Oi, diga e ai tudo bem?

– Marck, não tenho tempo pra muita conversa, vou ser direta. Preciso de um lugar pra ficar o mais rápido possível.

– Ei... Ei já vi que está com problemas, você pode me dizer o que está havendo? Onde é que você está?

– Estou no Píer próximo a minha casa.

– Tá ok, me espera ai, estou indo te encontrar.

– Ok.

– Oi minha deusa da orto, me diz o que houve vai, por que você está com esse rostinho inchado?

– Oi Marck, acabou eu não tenho mais mãe e nem irmã e pelo visto estou perdendo meu pai também. – Digo já voltando a chorar novamente.

–Ei... Calma se você não me disser o que está havendo não vou poder te ajudar.

Conto tudo o que havia acontecido, conto também que não sei o que fazer que tudo desabou sobre minha cabeça como se fosse um terremoto.

Marck ficou parado estagnado com o que acabara de ouvir.

– Eu sei Marck, você não pode me ajudar mais me deixa ficar na sua casa essa noite, somente essa noite, até amanhã eu arranjo outro lugar pra ficar.

– Callie, que isso! Você pode ficar lá em casa sempre que quiser essa noite e outras noites, boa mora comigo, já tem aquele quarto que é praticamente seu e se um dia quiser ir para outro lugar você também pode. Falta de lugar pra ficar não é o seu problema. A única coisa que você tem que se preocupar agora é com você.

Calliope agora é a hora de você pensar em você, ok?!

– Oh, Marck como é bom te ter como meu amigo. – Falo indo em sua direção para lhe abraçar.

– Bom pelo que sei a deusa parece não ter comido nada, aceita almoçar comigo depois podemos ir pra casa pra você deixar suas coisas por que hoje o meu plantão é à noite.

– Huh... Estou mesmo com fome.

Dirigimo-nos ao restaurante que eu mais gostava que ficava ali bem pertinho mesmo e pedimos nossos pratos.

– Huh... Sabe com quem vou me encontrar hoje?

– Hum? Não sei Callie, podia tentar adivinhar, mais como eu tenho já a certeza que seu encontro será com a loira de olhos azuis e profundas covinhas encantadoras, prefiro nem comentar. – Marck diz com tom sarcástico o que me deixa furiosa.

– Marck, é pra eu estranhar ou você realmente não gosta da Arizona? – Pergunto em completa confusão mental, hora ele apoia e hora ele não mais apoia.

– De verdade Callie, eu não sei, a sua menininha parece ainda do colegial, imagine você, ela privada de diversas coisas onde você tem total acesso, imagine você tendo que pedir permissão à mamãe ou ao papai dela pra ir ao cinema. Não definitivamente essa não é a minha Callie. É isso e isso me confunde entendi.

– Huh... Entendo Marck, mais pense se ela não me fizer bem acredito que mal também não fara.

Ainnn... Marckkk... Ela é tão linda e tão diferente de tudo que eu já vivi na vida. Não sei é uma coisa muito forte, ontem quando falei com ela pelo telefone meu coração bateu de um jeito... Não me lembro de sentir isso por alguém, sabe?

– HUhU... Nossa já está apaixonada, mais enfim eu não falo mais nada vou ficar de espectador. A única coisa que quero é que você seja feliz, nem que seja ao lado da mocinha Zona.

– Obrigada Marck mais uma vez por ser quem é comigo. Eu te amo !

– Huhh, a mocinha Zona realmente mexeu com você já está ficando chata. Vamos acabar logo esse almoço que eu ainda tenho coisas a fazer.

– Ok ! – Digo dando o meu melhor sorriso para o meu amigo. E só pelo fato de lembrar de Arizona já era um grande motivo de sorrir.

Eu realmente não sabia qual foi o feitiço que ela lançou em mim. Ela me acompanhou o dia todo mesmo que em pensamento.

Depois de toda essa confusão me permiti ficar ansiosa por encontra-la.

Assim que saímos do restaurante fomos ao apartamento de Marck deixar minhas coisas.

– Agora me fala Torres, onde será o encontro de vocês? – Marck diz curioso.

– Sim, só não vale rir,ok ?! Será em uma lanchonete próximo a casa dela.

– Lanchonete, Callie? Tipo aquelas de comer Hambúrguer?

– Isso mesmo, e eu falei que não era pra falar e fazer nada, tá ! – Digo já pegando uma almofada para acerta-lhe em cheio.

– Calma, Calma... Eu não fiz e não disse nada. – Ele diz e se despede dizendo que iria para o hospital.

Fui para o quarto de hospedes que agora era meu e me joguei na cama. Quantas noites dormi aqui? Inúmeras... Nada mal... Esse tempo aqui será bom. Mais preciso começar a arrumar umas coisas pra eu ter a minha própria casa e bem próximo ao hospital.

– Natasha ! Preciso vê-la.

Um dia inteiro esqueci da menina doce que estava no hospital e que lembrava demais a minha menina.

Por um instante não entendi muito bem o que eu mesma acabara de pensar, “minha menina”.

Decido me arrumar e antes de ir ao encontro de Arizona passar pelo hospital para ver Natasha.

Depois de um bom banho abro minhas malas nem sabendo o que vestir, decido por um vestido verde esmeralda que caia muito bem sob minhas curvas.

–Oh meu Deus, eu vou a uma lanchonete, o que isso que estou vestindo?

Retiro meu vestido e de cara encontro um Jeans surrado claro e pego minha blusa preta que nela continha um modesto decote.

Eu nunca havia me vestido assim de verdade para ir a um encontro mais enfim era o que eu tinha pra hoje.

Dirijo-me ao hospital e vou direto ao quarto de Natasha, quando chego lá ela não está, porém as coisinhas dela ainda estão ali.

Vou à procura de Bailey, ela era chefe da Pediatria, e também muito minha amiga.

Alias eu fiz excelentes amizades aqui neste hospital. Owen, Bailey, Marck, Derik e Addison.

Esses sim eu poderia dizer que eram minha família.

– Miranda? Fui até o quarto de Natasha e não a encontrei.

– Oi Callie, Tudo bem? Bom, só não te avisei antes por conta da sua folga e amanhã assim que chegasse iria te informar.

Natasha não é mais sua paciente, como você previu o problema dela somente eu e Derek podemos corrigir e eu sei do seu carinho por ela, prometo que vamos fazer o nosso melhor.

– Eu sei Miranda, eu confio em vocês e muito obrigada por ser assim!

– Huh... Assim como? Você está passando mal? Anda tão amistosa ultimamente.

– Eii... Eu só queria agradecer por ser também uma amiga pra mim, mais enfim isso é só... Ah Miranda esquece. Só me deixe informada sobre o caso da Natasha, ok? – Drª Bailey nunca foi uma pessoa amistosa, bom não com agente seus colegas de trabalho, mas com as suas miniaturas de crianças ela era a melhor, melhor é pouco, magnifica.

– Tudo bem Torres, pode ver Natasha agora ela já deve ter voltado ao seu quarto.

– Ok, Obrigada.

Despeço-me de Miranda e vou em direção ao quarto de Natasha. No mesmo corredor encontro com Adisson .

– Eii, aonde minha amiga vai assim com tanta pressa? – Diz Adisson com um mega sorriso que me sorrir também e correr direto para os seus braços. Ela sempre sabia como me confortar diante de qualquer coisa que estivesse acontecendo comigo.

– Oi, Já vi que anda com problemas, mais vem cá esse problema não é sobre Erica, graças a Deus, estou vendo um brilho diferente nesse teu olhar.

– Você me conhece muito bem, às vezes até me assusto, parece que você lê a minha alma.

– Oow, também não é pra tanto. Somente reparo em minha melhor amiga.

– Obrigada por ser minha amiga, acho que estou um pouco carente hoje.

– Vai dizer que quer colinho hoje? – Adisson diz em tom de deboche.

– Não hoje não, mais um dia desses eu conto tudo, estou com o horário apertado, tenho um encontro daqui a pouco.

– Haham, e você vai ao encontro assim? – vejo nitidamente a confusão em seu olhar. Nunca fui de ir a um encontro vestida dessa maneira.

– Sim, Já falei que depois te conto tudo.

Dou um beijo em seu rosto e mais alguns passos chego ao quarto de Natasha.

– Oi, vejo que a mocinha está bem cansada, mais mesmo assim quero um beijinho e saber como você está?

– Callie !! Que bom que você veio eu já estava ficando com saudades. O Drº Shepard disse que você não é mais minha médica. E eu não gosto dele, gosto mais de você. – Natasha mostra toda sinceridade e era nítida a sua insatisfação com a mudança.

Deito-me ao lado de Natasha. – Bem, mocinha que bom que sentiu saudades, por que eu também senti, mais não fica com raiva do Drº Shepard não ele é um dos meus amigos e um ótimo médico, a mudança de médicos aconteceu por que essa não é mais a minha especialidade, e pra que você fique boa logo ele precisa ser o seu médico agora. Pense pelo lado bom eu deixei de ser sua médica e agora sou sua amiga e isso pra vida toda.

– Hum, então agora acho que gosto mais dele. – Natasha diz essas palavras começando a embargar em um sono por conta dos remédios fortes para dor.

– Natasha deixarei você dormir. Sei que está cansada.

– Não fica até eu dormir. Callie seu cheiro é muito bom eu gosto dele. – Ela diz com os olhinhos fechados.

Não deu nem dois minutos ela dormiu profundamente. Sai da cama devagar lhe depositei um beijo na testa, puxei a coberta mais para cima e a deixei.

Estou quase atrasada para encontrar Arizona, vou ao banheiro e dou uma ultima checada.

Entro no carro e me dirijo ao local de encontro.

Cheguei meia hora antes de ter marcado com a loira, comecei a ficar ansiosa.

– Será que ela vem? Depois do que eu fiz o que fiz. – Me sinto uma tremenda idiota, eu estava falando sozinha.

Saio do carro para sentir o vento bater em meu rosto e enquanto aguardava Arizona meu telefone toca. E por Deus era Papa.

– Oi Papa, até que enfim... Eu já estava nervosa, achei que não fosse me ligar. – Minha voz era tremula, era assim que me sentia quando falava com meu pai, só ele me tratava como filha.

– Calma Calliope, pelo visto sua Mama já disse o que irá acontecer. Filha não pense que eu esqueci de você. Por isso eu peço que venha conosco, em Miami tem ótimos hospitais e você pode trabalhar por lá e pense comigo tudo pode mudar, filha ainda tenho esperanças de que possamos voltar a ser a família que sempre fomos. – Sei que o que Papa queria dizer com essa mudança, que de repente eu pudesse esquecer a vida que eu escolhi pra mim, alias não a vida que eu escolhi, não fiz nada por escolha e sim por amor eu apenas me apaixonei por uma mulher.

– Não para, se é o que eu estou pensando. Papa eu não vou mudar em nada e se eu for com vocês eu vou acabar me afundando ainda mais. E mama já deixou claro que não me quer por perto e não se preocupe eu vou dar um jeito, sempre dou.

– Eu sei minha filha, eu não entendo muito bem esse seu estilo de viver mais eu quero te ver feliz e pode ter certeza que sempre que eu puder volto a mansão para te visitar ou passar um final de semana com você.

– Pelo visto Mama não te contou nada. Eu não vou ficar na mansão Papa, por hora estou na casa do Marck até eu conseguir alguma coisa pra mim.

– Não minha filha ela não me contou nada, eu nem falei com ela hoje. Mais enfim a mansão iria ficar um pouco grande pra você sozinha e sei que os planos de sua mãe é levar os empregados para Miami, até você encontrar novos empregados. Bom por hoje é só aguarde meu telefonema amanhã ainda quero conversar com você.

– Tudo bem Papa, ficarei aguardando.

– Filha!

–Oi, ainda estou aqui.

– Sua mesada continua a mesma, ok!?

– Obrigada. Papa eu te amo !

– Até mais Calliope.

Ao fim da ligação me deparo com dois olhos azuis a me encarar. Nossa como ela é linda.

– Você está linda. – Me envergonho em dizer essas palavras, antes essas coisas não aconteciam, mais agora era tudo diferente eu me sentia um bicho papão de criancinhas.

– Você é linda... Digo também está linda. - A vejo corar diante das palavras ditas.

E quando vou cumprimenta-la com um beijo acabo lhe roubando um de canto de lábios, a sinto estremecer com o ato.

Ela tenta se desculpar e eu acabo descontraindo o momento. Agora seria a hora de relaxar e deixar meus problemas de lado.

Nós encaminhamos para a tal lanchonete que ficava bem próximo da onde havia estacionado o meu carro.

Enquanto andávamos sentia sempre o olhar de Arizona em mim.

Podia ela estar somente encantada comigo, por eu ser mais velha ou realmente estava gostando de mim da mesma forma que eu sentia por ela?

Sentamos em uma mesa mais reservada, o que pra mim foi ótimo. De cara percebi o entrosamento de Arizona, ela conhecia até a garçonete. Quando a garçonete “July” trouxe o Cardápio, eram muitas opções fiquei desbaratinada, Arizona percebeu a minha dúvida e pediu o mesmo que ela sempre pedia.

O que foi maravilho por que o lanche realmente era uma delicia e aquele hambúrguer parecia ser viciante. Foi quando entre risadas, as mais gostosas risadas que eu já pude ouvir na vida.

Arizona ficou com o canto da boca toda suja e logo me ofereci para limpar, foi que de novo eu a senti estremecer diante de mim e com o acontecido não pude me controlar.

– Vem cá deixa eu limpar a sua boca. Digo naturalmente como se aquilo fosse o mais obvio a se fazer.

Após deixar o local limpo, passo meu dedo indicador pelo seu rosto, nossos olhos estavam fixos, e dessa vez eu que estremeci com a deixa dela. Como ela pode aguçar todos os meus sentidos apenas em um toque.

Terminando de comer ficamos um tempo caladas, mais decido quebrar o silencio.

– Huh, Arizona você tem hora pra voltar? Digo voltar pra casa? – mais o que é isso que você está perguntando Torres – meu cérebro grita, berra comigo.

– Não ! – Sinto-a desconfortável com a situação.

– Descul...

– Não precisa se desculpar, eu entendo mais você tem que lembrar eu já tenho 18 anos. – Ela diz e me sinto mais confortável, pois o sorriso que aparece em seu rosto ao me dizer tais palavras era extremamente reconfortante.

– Vamos indo, só espere um segundo vou ao caixa pagar a conta e poderemos ir ok?!

– Callie ! Não eu pago a conta hoje. – Ela é mais rápida que eu e se dirige ao caixa e paga a nossa conta.

Enquanto saímos da lanchonete Arizona me olha com satisfação e isso me deixa feliz.

– Mocinha não precisava fazer isso à próxima eu pago, ok!

– Bom já que terá uma próxima eu deixo você pagar. – Quando Arizona diz isso abro o melhor dos meus sorrisos ela desejava ter um outro encontro comigo assim como eu.

– É... O nosso encontro acaba aqui? – Digo um tanto decepcionada, eu queria mais um tempo com ela.

– E quem disse isso? Vamos a outro lugar é um lugar que você não deve ir a um tempão, alias nem sei se você já foi. – Ela diz com um tanto de deboche em sua voz doce.

– huh e onde seria este lugar?

– Vem comigo, lá é lindo e você vai gostar.

Caminhamos até o local de destino pensado por Arizona, e quando meus olhos se deparam com um lugar uma risada tomou conta de mim.

– Você me trouxe até um parque de diversões? – Digo não acreditando no que estava acontecendo, fazia anos da minha vida que não ia a um lugar parecido, de repente por conta da minha vida, faculdade, residência e por fim chefe da minha especialidade.

Eram poucas as vezes que pensei em me divertir, quando diversão pra mim inclua uma boa bebida para relaxar.

– Huhum, fiz mal, mais desencane você vai gostar e muito. Vamos! – Vejo as luzes do parque refletir nos olhos de Arizona.

O Parque era muito lindo, ficava em um Píer de vista para o mar.

Um belo cenário se fosse pensar assim.

– Não estou encanada, é que faz tantos anos que não sei mais como é isso. Arizona aqui é lindo. Obrigada.

– Callie, não agradeça ainda quando formos embora você poderá fazer isso. – Arizona da de ombros o que faz rir diante do convencimento da loira.

Arizona pegou em minha mão e me puxou de encontro a ela e em meu ouvido sussurrou. – “A noite é uma criança.” – Aquilo me fez suspirar ao ouvir sua risada.

Poderia eu, uma mulher com a vida marcada por coisas não tão boas assim, esquecer de tudo por horas acompanhada de uma menina que tira os meus melhores sorrisos em frações de segundos."

Isso está mesmo acontecendo? Eu não sei se é de verdade.

“A única coisa que eu sei é que Arizona em tão pouco tempo me fez sentir viva de verdade.”


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Notas finais do capítulo

O Próximo Capitulo sairá logo... Prometo não demorar nem uma semana.

Obrigada e comentários serão de fato muito importante pra mim.

Então comentem, Favoritem e etc...

Bjosssss !