Callie

Hoje faz exatamente oito meses que terminei meu longo e “maravilhoso” relacionamento com a Érica.
Dentro de mais pensamento – Ela – desde o momento em que ela me abandonou naquele shopping e nunca mais deu as caras.
Mesmo não entendendo o porquê daquele abandono, a partir daquele dia me senti a mais vazia das mulheres, como se nunca mais fosse ser totalmente feliz novamente.
- Ela realmente me fez feliz – Sussurro divagando entre um pensamento e outro.
Não que eu não fosse feliz, eu era mais sentia como se faltasse algo.
Minha Família sempre fora toda por mim, mais quando resolvi assumir para todos que eu estava apaixonada por uma mulher, nossa e que mulher, meio que minha mãe a Lúcia Torres e minha irmã a Ária Torres me deram as costas como presente. Eu sei, eu ainda vivia na mesma casa que elas e com o Papa, elas me tratavam como seu não existe mesmo ali, mais já estava decidida em procurar um lugar somente meu para cuidar da minha vida.
Sei da fortuna que meu papa tinha, mais aquilo realmente não me importava. Meu papa era um homem adorável e amável, ele não entrava em muitos detalhes sobre a minha vida com a Érica e após o termino com aventuras que me enfiei. O que importava mesmo para ele, era saber que eu estava feliz, ou... Não.
Não que eu não sentisse falta de Mama, sentia falta do carinho dela e principalmente da diversão que minha irmã representava e mesmo papa nunca estando em casa, quando ele voltava de suas viagens de negocio a atenção dele era meio que direcionada para mim.Elas realmente faziam muita falta, mais Papa era suficiente de modo que não me sentia abandonada por toda minha família.
Peguei-me pensando em tudo isso quando a garçonete da lanchonete em que eu almoçava me tirou do meu devaneio me entregando a conta.
- Obrigada – digo com simplicidade na voz.
- Por nada, quando precisar é só me procurar.- ela diz mal intencionada, pela forma de olhar -
Olhei para ela com um ponto de interrogação em meu olhar e em retorno do meu olhar pra ela recebo uma piscadela gentil.

Não que a garçonete não fosse bonita, ela era bem quente, mais até então nada mais me chamava atenção, isso realmente não era uma coisa boa.
Sei que mesmo ninguém me chamando atenção, dei atenções a algumas meninas bonitas por ai, mais nada que balançasse meu coreto de verdade.
Paguei pelo meu almoço e voltei ao meu trabalho.
A minha válvula de escape nesses últimos meses de verdade era o meu trabalho, eu era médica de um dos melhores hospitais de Seattle no se intitulava de Seattle Grace Hospital minha área era ortopedia e isso me trazia muito orgulho, como eu amava o meu trabalho com todas as minhas forças!

Sou retirada dos meus pensamentos quando escuto ao longe a voz do meu melhor amigo Drº Mark Sloan ele era da área de plástica, alias um excelente cirurgião. Ele era um homem incrível, bonito, elegante e como posso dizer nada, nada mesmo modesto.

- Oi – digo um tanto desanimada para o entusiasmo do homem a minha frente.

- Ei, Drª Torres! Tenho um comunicado a te fazer.

- Ah e que comunicado é esse de tão importante? – Digo mais uma vez com desanimo na voz.

- Já vi que hoje o seu humor, não é um dos melhores, mas mesmo assim você está intimada a ir ao Joe’s comigo beber um pouco e fazer novas amizades.

- Ah e outra coisa antes mesmo que você possa dizer Não, já organizei o quarto de hospedes do meu AP para que você possa passar a noite em minha casa hoje, depois te envio uma mensagem dizendo o horário para que possamos nós encontrar. – Não se esquece de arrasar, quero te ver linda Torres.

Não pude nem ao menos esboçar que eu realmente estava a fim de ir, pois precisava realmente me distrair, ele simplesmente virou as costas e me deixou sozinha na sala dos atendentes e com isso deixou um pequeno sorriso em meu rosto.