– Sasuke, vamos comer no Ichiraku, dattebayo!

– Se bate na porta antes de entrar Naruto. - respondi me levantando da cadeira e marcando mais um ponto no mapa.

– Você passou o resto da tarde trancado aqui, vamos indo, dessa vez eu pago. - dizendo isso passou o braço por cima do meu ombro e me puxou para fora do quarto.

– Para de me puxar Naruto! - reclamei.

Quando saímos do prédio pude ver uma mulher de cabelos escuros, de braços cruzados como para se proteger do frio. Naruto correu até Hinata a abraçando por trás fazendo com que ela se assustasse, ele riu e passou a mão na barriga dela, observei que meu amigo parecia estar muito feliz com a família que estava construindo, ele que sempre tinha sido sozinho agora tinha uma esposa e seria pai.

– Hinata-chan o teme aceitou vim com a gente, dattebayo!

– Você me arrastou. - constatei.

– Olá Sasuke-kun, bem-vindo de volta. - falou Hinata com sua voz calma de sempre, mas agora com um tom mais firme.

– Arigatou.

– Vamos indo!

Andamos calmamente pelas ruas, eu ao lado de Naruto ele de mãos dadas com Hinata, uma vez ou outra éramos parados pro alguém que cumprimentava Naruto, ele havia se tornado bem popular desde a última guerra, por outro lado as pessoas ignoravam minha presença ou me lançavam olhares de desconfiança. Era como se eu e Naruto tivéssemos invertido nossas posições da infância: Naruto, o garoto demônio que era ignorado e mal tratado por todos agora era amado e apreciado, eu que apesar de levar o peso de um massacre nas costas era respeitado e bem tratado agora estava sendo julgado e condenado. Era uma inversão de papéis resultante de como cada um tinha lidado com seu próprio pesadelo. Pouco tempo depois chegamos no Ichiraku e vimos Rock Lee e sua companheira de time.

– Sombrancelhudo! Tenten! - Tsc. Naruto não perdia os velhos costumes

– Olá, Lee-kun, Tenten-san. - falou Hinata. Respirei fundos e entrei na barraca.

– S-Sasuke-kun! Então Ino não estava brincando! - falou Lee.

– O que? Você por aqui? - disse a outra.

– Oi. - falei e me sentei.

Pedi meu rámen e comi em silêncio observando os outros, nunca fui do tipo falante e não tinha nada que fosse capaz de mudar meu jeito, nem mesmo um loiro se queixando sem parar do meu lado. Um tempo depois os alunos de Gai foram embora restando somente eu e o casal. Naruto estava fazendo uma espécie de relatório da vida de todos aqueles no Exame Chunin, Shikamaru e Temari casados, Chouji estava em Kumogakure de casamento marcado, Shino estava se preparando para se tornar professor na Academia, Kiba estava um esquadrão especial. Ouvi as histórias sem prestar muita atenção, até que ele começou a falar do desenvolvimento e importância que Sakura agora tinha para a vila.

– Desde a última vez que você foi embora a Sakura-chan tem se esforçado bastante, ela muitas vezes substitui o lugar de Shizune como ajudante da obaa-chan. Ela também estava treinando bastante, lembra daquele dragão d’água que o Kakashi-sensei copiou do Zabuza? O da Sakura-chan é ainda mais poderoso, o Kakashi-sensei disse que isso era porque o chakra dela tem a propriedade d’água. Sem contar que depois do treinamento com o Sombrancelhudo ela ficou muito rápida.

– Além dela ser a pesquisadora em venenos e remédios, ela parece já ter superado Tsunade-sama nesse ponto. - completou Hinata timidamente

Escutei tudo atentamente e não pude deixar de me sentir admirado e assustado, ao contrário de mim que possuía o Sharingan ou de Naruto que tinha a Kyuubi, Sakura não tinha nascido com nenhuma habilidade especial, o que me fez pensar várias vezes que ela não iria evoluir muito como kunoichi, entretanto me supreendi ao vê-la lutando daquela forma na guerra, ela havia transformado a sua inteligência e controle de chakra em armas verdadeiramentes fatais. E eu que achei que ela não poderia evoluir ainda mais estava ouvindo claramente que mais uma vez tinha a subestimado, a prova disso era o cenário de caos que eu tinha encontrado na clareira.

Depois de mais um tempo resolvi voltar para o prédio do Hokage, Naruto todo animado disse que tinha conseguindo um folga com Kakashi e queria que eu fosse treinar junto com ele no outro dia, não pude negar, afinal era sempre bom lutar com ele.

~#~

– Naruto-kun, você percebeu? - me perguntou Hinata enquanto andávamos de mãos dadas até nossa casa.

– O que Hinata-chan?

– O jeito que o Sasuke-kun prestou atenção enquanto você falava da Sakura-san? - parei um estante tentando me lembrar.

– Você acha que o teme …

– Não sei Naruto-kun, mas o jeito que ele olhava me lembrou um pouco você naquela época. - sorri com a lembrança e a puxei pra mais perto de mim pelo ombro. - Acho que ele ainda não percebeu.

– Acho que não Hinata-chan. o teme pode ser fechado e frio daquele jeito, mas ele sabe o que sente, a prova disso é que tudo que ele fez sempre era movido por sentimentos. Acho que ele só não quer admitir, porque na cabeça dele quando fizer isso vai realmente se tornar real.

– Mas por que ele não ia querer que ser tornasse real?

– Não sei, acho que só com o tempo pra saber.

~#~

Já era de madrugada quando Sasuke marcou o último ponto no mapa, ele com certeza teria terminado bem mais cedo se não fosse pelo rámen com Naruto e Hinata e pela conversa que teve com Kakashi quando voltou.

Flash Back Sasuke

Seu ex-sensei o tinha entrado em seu quarto com uma caixa que ele achava ser de mais pergaminhos, entretanto quando examinou o conteúdo se sentiu surpreso, alí havia diversos pertences que ele jugara desnecessários quando foi embora, incluído seu dinossauro de pelúcia dado por sua mãe, alguns livros e álbuns de fotografia de sua família que ele secretamente tinha pegado antes de demolirem o complexo Uchiha, no meio estava também a sua cópia da foto do Time 7, e um conjunto de shurikens que tinha ganhado de Fugaku ainda muito bem preservado.

Quando perguntou à Kakashi como conseguira tudo aquilo, este explicou que Sakura tinha ido em sua casa depois que Naruto não conseguiu traze-lo das mão do Quarteto do Som e retirado o que julgava importante para devolve-lo quando voltasse. Olhou para seu ex-sensei e viu que este tinha uma pergaminho estendido em sua direção, pegou e começou a ler, quando terminou perguntou o que exatamente o que aquilo significava

– Antes de demolirem o complexo o Sandaime pediu para que todo tesouro dos Uchihas fosse calculado e guardado, por você ser o último acabou herdando a herança de todas as famílias, mas ele preferiu que isso ficasse fora do seu conhecimento até a maior idade, então só pude lhe entregar agora.

Sasuke olhou novamente para o pergaminho, não imaginava que seu clã tivesse tanto dinheiro, por outro lado se aquela era a riqueza de todos Uchihas não era de se espantar que fosse tão grande, aliás, isso era algo que ele nunca tinha dado importância, para ele dinheiro só servia para comprar o que fosse necessário. Olhou novamente para os números, que sob seu olhar tinham a coloração carmin.

– Não quero esse dinheiro. - falou convicto.

– Sei o que está pensando Sasuke, mas pense que isso veio do trabalho de anos das pessoas que você amou e daquelas que vinheram antes, esse dinheiro está mais sujo de suor do que de sangue. - ele resolveu não esperar a resposta do seu aluno, pois sabia que não viria. - Bom, já fiz o que devia, agora vou deixar você concluir seu trabalho em paz. Boa noite Sasuke.

Depois que o homem saiu, Sasuke jogou o pergaminho dentro da gaveta e voltou a atenção para a caixa, tirou a foto do seu time, lembrou que tinha a deixado virada para baixo antes de sair e por um momento imaginou o rosto de Sakura com lágrimas ao ver aquilo, parou com a moldura nas mãos até que decidiu colocar no móvel ao lado da cama, ao lado do abajur. Se sentou na cama e folheou o álbum de fotos, a cada página virada sentiu uma pontada de dor no coração até que o fechou e jogou na cama. Pegou o dinossauro, ele com certeza era muito grande para ter alguma coisa daquelas, mas era o único presente que tinha de sua mãe então preferiu ficar. Quando viu as shurikens viu que elas estavam em perfeito estado de uso, ela devia tê-las mantido assim com os anos.

Mexendo mais um pouco algo lhe chamou a atenção. Era uma flor, ou melhor, o que um dia havia sido uma flor, estava dentro de um saquinho, ele sabia que aquilo não estava em seu apartamento e ficou se perguntando o por quê daquilo estar juntos de suas coisas. Deixou a flor em cima da cama e voltou ao trabalho.

Agora que tinha acabado o trabalho estava deitado na cama com o resto de flor na mão se perguntando mais uma vez como aquilo fora parar alí. Talvez Sakura tivesse colocado alí sem querer, mas por que alguém guardaria uma flor naquele estado? Sabia que a Sakura que conhecia era do tipo que guardaria coisas que achasse preciosas, talvez ela tivesse ganhado de alguém, um alguém especial para ela e por isso tinha resolvido guardar, mas por que no meio daquela caixa? Talvez tivesse colocado alí para mostrá-lo que o amor que ela tinha jurado ser eterno tinha acabado antes do esperado, fez uma careca ao pensar nisso, e se lembrou do que tinha lhe tido na última vez que partira, talvez ela tivesse reconhecido que aquela atitude tinha sido impulsiva e tenha se cansado de ser sempre afastada por ele.

Colocou a flor ao lado da foto que tinha sido tirada há quase dez, e se virou de lado e se conseguir dormir ficou relembrado a época de genins, desde a luta contra Zabuza até sua luta com Naruto no hospital. Foi aí que veio um lampejo na sua cabeça, ele se sentou na cama e pegou a flor, esforçou a memória e analisou o material em mãos e descobriu que estava certo, não pode deixar de sorrir um pouco, aquela era a mesma flor que Sakura levara para ele quando estava no hospital, na época ele tinha passado horas olhando para ela e pensando o quão fraco era, enquanto ela cuidava dele e tentava a todo custo faze-lo se sentir melhor. Não entendia porque Sakura tinha guardado a flor, aquilo era somente mais uma prova de como ele sempre ignorava as tentativas de aproximação da companheira.

Saiu de seu quarto e correu pela escuridão da vila, era de madrugada e com aquela neve caindo não se via nem sequer ninjas no meio da rua, mesmo assim tomou cuidado para não ser visto. Quando chegou na loja dos Yamanakas entrou por uma das janelas laterais, andou pela floricultura até a achar a flor que queria, foi até o balcão e deixou algumas notas entre uns vasos. Saiu e fechou novamente a janela. Tsc, aquela vila estava tão calma que as pessoas nem se preocupavam em fechar a janela.

Voltou a correr, mas dessa vez em direção ao hospital. Preferiu entrar no quarto pela janela, essa ao contrário da anterior estava trancada, mas não era nada que uma kunai e um pouco de chakra não pudesse responder. Quando colocou os pés no chão foi até a mesinha que ficava ao lado da cama, lá tinha um vasinho vazio, colocou a flor que secretamente tinham sido comprada. Por um momento lembrou de um dia sentado na cozinha de sua casa, ele tinha saído para treinar e quando voltou tinha umas flores no braço e foi correndo entregar para sua mãe. Elas as tinha pego e colocado em um vaso com água. Ele tinha ficado sentado observando, quando ela colocou as flores no centro da mesa ele peguntou o por quê da água, ela deu um de seus sorrisos e com a mão na cabeça do garotinho disse: “ Flores bonitas não deviam morrer, por isso temos que cuidar delas Sasuke.”

Ele pegou o vaso e foi até o banheiro colocando um pouco d’água, só quando colocou o vaso da mesinha se permitiu olhar para ela, seu rosto sereno ganhava um tom angelical na luz franca da noite. Afastou um fios rosas do seu rosto, passando a mão de leve por suas bochechas, tocou o seu síbolo Byakugou com polegar e ficou alisando aquela parte de sua pele. Sua mãe tinha razão, flores bonitas não deviam morrer.

Ele saiu do quarto e fechou novamente a janela, sem se preocupar com a fechadura quebrada, e com todo cuidado pra não ser visto começou a correr pelo seu caminho de volta. Se Sasuke tivesse olhado para trás teria visto uma mulher loira, que aparentava ser mais jovem do que realmente era, sorrindo da janela.

~#~

No outro dia quando acordei minha tosse tinha voltado, apesar de já estar fora do hospital não estava totalmente curado, peguei os comprimidos que Tsunade tinha me dado e engoli alguns, quando olhei para o relógio era quase sete horas da manhã, mal dormir quatro horas. Fui até o armário peguei uma roupa limpa e fui tomar um banho, quando saí desprendi o mapa da parede e fui a procura de Kakashi. Era cedo, mas como Hokage ele já devia estar cordado. Estava perto de sua sala vi Naruto chegando correndo com uma cara de quem havia acabado de acordar, quando me viu correu até a mim.

– Qual foi o problema Sasuke? - perguntou ofegante.

– Como assim Naruto? Não sei do que você tá falando.

– Kakashi-sensei me chamou com urgência e não me avisou o que era. Aconteceu alguma coisa com a Sakura-chan? - nesse momento entendi sua agitação.

– Não estou sabendo de nada, vamos falar com Kakashi.

Andei em passos largos até a porta e a abrir sem pedir licença, Kakashi estava sentado conversando um homem de cabelos castanho, era o mesmo que estava com Sakura e Naruto no esconderijo de Orochimaru.

– Naruto, chegou rápido. - falou Kakashi com um sorriso no rosto. - Já ia mandar chamá-lo Sasuke.

– Kakashi-sensei, Capitão Yamato o que aconteceu?

– Calma Naruto, as notícias são boas. Sakura foi curada do veneno e já acordou. - disse Yamato.

– SÉRIO? A SAKURA-CHAN TÁ BEM MESMO? VOCÊ OUVIU ISSO TEME?

– É claro que eu ouvi, não sou surdo dobe. - mas eu entendi o porque da sua felicidade, quando ouvi que ela estava bem senti um peso ser tirado dos meus ombros, e soltei um involuntário suspiro.

– Então vamos visitá-la!

– Não Naruto. - interviu Kakashi. - Tsunade-sama mandou avisar que ela só poderá receber alguém daqui uma hora, então vá pra casa e nos encontre no hospital depois.

– Tá bem! Vou falar para Hinata-chan, ela vai ficar tão feliz! - e saiu saltitante.

– Aliviado Sasuke? - provocou Kakashi.

– Um pouco. - me limitei a uma resposta simples e o vi sorrir.

– Você já terminou o mapeamento?

– Sim, está aqui. - disse entregando o papel em minha mão.

Kakashi e Yamato ficaram observando o mapa na mesa e me pediram para explicar como tinha tirado as minha conclusões. Em cinco minutos expliquei o meus critérios e apontei as três possíveis regiões que poderiam ter se tornado esconderijos.

– Você é bom. - comentou Yamato, respondi com um aceno com a cabeça.

– Bom, Yamato, quero que você organize três times e mande verificar esses possíveis lugares, sem invasão, só quero que descubram qual deles é um esconderijo e depois enviaremos uma equipe específica.

– Esta bem, Kakashi-senpai.- e sumiu da sala.

– Sasuke já comeu? - fiz que não.

– Eu também não, bom vamos indo então comer alguma coisa antes de irmos pro hospital.

Andamos calmamente pela vila, que ainda estava acordando, comerciantes abriam suas lojas e alguns shinobis saíam para suas missões, entramos em uma casa de chá e tomamos um café rápido. Ao chegarmos no hospital pude ver Sai e Shikamaru conversando baixo em um canto da recepção, Naruto não havia chegado.

– Bom dia. Vejo que receberam minha mensagem. - começou Kakashi. - Descobriu alguma coisa nova Shikamaru?

– Seja quem for esses caras, acho que eles estão vendendo venenos.

– Explique.

Passamos alguns minutos conversando sobre a situação, Shikamaru pediu detalhes sobre o estilo do mapeamento e eu falei, Kakashi comunicou Gaara já havia enviado os pergaminhos pedidos e estava aguardando a respostas da outras vilas. Alguns minutos depois Naruto chegou, e por algum milagre não estava gritando.

– Oi minna, você estavam me esperando? - perguntou coçando a cabeça.

– Na verdade Naruto estamos esperando os pais de Sakura saírem do quarto. - explicou Sai, nesse momento vimos Tsunade caminhar em nossa direção.

– Os pais da Sakura já estão indo embora, depois vocês poderam entrar para vê-la. - nesse momento tive uma crise de tosse. - Uchiha, espero que você esteja evitando caminhadas noturnas.

Olhei para o rosto de Tsunade, não tinha como ela saber que eu tinha ido no hospital a noite, estava verificando cada chakra e camuflando o meu próprio, entretanto o sorriso em seu rosto me dizia que ela sabia, droga. Assim que começamos a ir em direção do quarto de Sakura, no corredor pude ver uma mulher loira enxugando lágrimas que desciam pelo rosto, sendo acompanha por um homem de cabelos rosas, apesar de anos longe era impossível não reconhecer os pais de Sakura. Quando passaram por nós pararam parar cumprimentar a todos, até que os olhos da mulher pousaram em mim, fiquei quieto esperando alguma reação, mais precisamente esperando que ela me contornasse e continuasse seu caminho, mas o que ela fez me surpreendeu. A mulher simplesmente deu um pulo e me abraçou, arregalei os olhos, não conseguia me soltar já que ela prendia meu único braço com seu abraço de urso, e mesmo que estivesse com ele livre estava chocado demais pra reagir.

– Arigatou Sasuke-san, Tsunade-sama contou que foi você que trouxe nossa menina, arigatou! - ela dizia entre lágrimas.

– Mebuki desse jeito você está esmagando o rapaz. Gomen!- não pude deixar de notar o rosto cansado do homem enquanto tirava sua mulher de cima de mim. - Arigatou Sasuke, - disse balançando minha mão - graças a você minha filha está viva, serei eternamente grato.

– N-não precisa agradecer. - foi a melhor coisa que pude dizer enquanto soltavam minha mão.

– Gomenasai, devemos estar te atrapalhando. Mais uma vez arigatou! - falou abaixando a cabeça em forma de reverência sendo acompanhado pela mulher. Aquilo já era demais.

Eles foram embora e acompanhei com o olhar o casal sumir no corredor, me virei para o grupo que acompanhava, Sai parecia estar analisando a situação, Shikamaru agia como se nada tivesse acontecido enquanto Kakashi sorria sob a máscara, já Naruto... Tsc.

– Nunca te vi gaguejar teme, ficou com vergonha foi? - falou enquanto ria.

– Cala a boca dobe!

– Vocês dois parem. - repreendeu Kakashi. - Kizashi-san não fez nenhuma piada, eles deviam estar muito mal, bom vamos indo.

Quando chegamos no quarto fiquei na porta observando todos entrarem e falar com Sakura, ela estava sentada na cama com um grande sorriso no rosto. Entrei calmamente e fui me colocar ao lado de Naruto, assim que ouviu o barulho dos passos ela virou a cabeça para olhar, vi que estava paralisada, de olhos arregalados e sua boca tremia, como se tentasse reproduzir um som que não vinha, até se saiu algo.

– S-Sasuke-kun? - disse surpresa, obviamente ninguém tinha lhe contado que eu estava na vila.

– Olá Sakura. - falei com um pequeno sorriso.