O Cara dos meus livros escrita por Paloma Cruz


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

CAPÍTULO NOVO POVOOOOO! O/ O/
LEIAM AS NOTAS FINAIS.
Música do capítulo : Fix you - Coldplay
https://www.youtube.com/watch?v=k4V3Mo61fJM



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/599434/chapter/9

Acordei meio desorientada, não sabia onde eu estava e minha cabeça estava me matando. Mas isso foi por segundos, porque logo veio tudo a minha cabeça, a noticia, meus pais sofreram um acidente! Meu Deus, parece que uma faca foi cravada em meio coração o pior foi que desmaiei antes de me contarem como eles estavam. Eu tenho que ir para o Brasil agora!

Levantei-me rápido e comecei a arrumar minha mala, jogando qualquer roupa dentro da mesma.

A única coisa que passava pela minha cabeça é que meus pais estavam no hospital. Ouvi o barulho da porta abrindo e Brandon entrou no quarto com uma bandeja com comida. Tinha me esquecido que Brandon estava aqui.

Ele me olhou confuso, mas logo olhou para mala e entendeu. Ele sabia que eu ia viajar.

–Falei com a enfermeira depois que você desmaiou. Ela disse que eles foram socorridos rapidamente, seu pai está bem, porém sua mãe continua em coma. Eu sinto muito. - Disse com a voz baixa.

Minha mãe? Em coma?

Senti minhas pernas fraquejarem e se Brandon não tivesse me corrido para me segurar eu estaria no chão. Minha mãe! Meu Deus!

Começo a chorar desesperadamente, Brandon me abraça e e afaga meu cabelo.

–Por que isso com ela, Brandon? Minha mãe não merece isso. - Digo inconformada. Ela não merece, ela é a melhor pessoa que conheço.

–Algumas coisas não sabemos o por que, querida. Veja o meu caso. Acho que simplesmente tinha que acontecer. Ela vai ficar bem, eu tenho certeza. -Ele falou enquanto me abraça e beija minha testa.

Abraço-o mais e me permito chorar mais ainda, se possível. Deus, não leve minha mãe. Essa frase acabou virando um mantra. Fiquei repetindo isso mentalmente várias e várias vezes.

Depois de vários minutos ou horas, não sei ao certo, meu choro sessa e Brandon nos afasta um pouco só para segurar meu rosto e secar minhas lágrimas com a mão. E ali ficou fazendo um carinho.

–Ela vai ficar bem meu amor, você vai ver. E eu vou estar ao seu lado no que der e vier, inclusive ao Brasil com você, pois além de querer estar ao seu lado eu não conseguiria ficar sossegado aqui, sabendo que você está viajando sozinha. - Disse. E depois disso me deu um beijo casto em meus lábios e ficamos ali com os rostos colados. Eu tentando me acalmar e ele me abraçando.

Como alguém pode se tornar algo tão importante pra mim em pouco tempo? Brandon vem sendo meu porto seguro. Se ele não estivesse aqui agora, eu não sei o que faria.

–Agora você vai tomar o café que já deve star frio, enquanto eu vou arrumar a minha mala. Partiremos daqui a pouco. -Disse ele apontando para a bandeja com a comida, me deu um beijo e saiu do quarto.

Assim que ele saiu eu respirei fundo e fiz o que me pediu, realmente o café estava frio, mas não me importo, só queria ir ver minha mãe.

Acabei de comer e fui tomar meu banho. Sai e fui me trocar, escolhi uma calça jeans e qualquer blusa do meu guarda-roupa. Me ajeitei e desci para a sala com minha mala.

Brandon já estava na sala me esperando com uma mala na mão.

Peguei minha carteira e saímos de casa. Pegamos um táxi em direção ao aeroporto e fomos comprar nossas passagens. Como foi de ultima hora e precisávamos do primeiro voo, pagamos um pouco mais caro, mas não ligava.

Fomos para o portão de embarque e logo estávamos no nossos assentos. Quando o avião decolou Brandon segurou minha mão e deu-me um olhar cheio de carinho. Dei um sorriso fraco, porém sincero. O resto da viajem Brandon tentou me distrair contando sobre seu novo emprego e os planos que tinha para o seu futuro. Senti uma tristeza quando ele disse que quer comprar uma casa para ele. Como assim? Eu quero que ele more comigo! Mas não disse nada. Apenas o escutei e vi seus olhos brilharem de espectativa. Era tão bom ver essa felicidade dele, quem olha ele assim, não imagina a tristeza que ele estava a pouco tempo atras. Ver a sua felicidade me deixava feliz. É Brandon... Parece que seu plano de me distrair deu certo. Conversamos por horas, mas o sono falou mais alto e acabamos dormindo totalmente desengonçados nos assentos. Acordamos com a aeromoça dizendo que estávamos chegando ao Brasil. Desempacaríamos em São Paulo e do aeroporto eu ia direto para o Hospital. Depois daria um jeito de ir para casa e colocar minhas coisas lá.

Assim que desembarcamos Brandon fez uma cara de confusão muito engraçada, mesmo na minha situação foi impossível não rir.

Não sei se ele estava assustado de ver um aeroporto lotado com tanta gente falando ao mesmo tempo ou se ele estava imaginando que encontraria mulheres seminuas e pessoas com óculos de sol e roupas coloridas. Acho que são os dois.

–Que foi? Estava esperando o que?- Não resisti e perguntei. Ele me olhou ainda com a cara engraçada e balançou a cabeça.

–Aqui é frio e não tem mulheres de biquíni, fui enganado esse tempo todo. E eu achando que o Brasil era o paraíso. -Disso com um falso olhar de decepção . Gargalhei alto e dei um soco no seu braço.

–Estamos em São Paulo e não no Rio de Janeiro. E olhe que nem lá é assim. E não gostei dessa historia de mulher de biquíni. - Disse fingindo estar brava. Ele riu e me pediu desculpas. Chamei o táxi e falei para onde queríamos ir. Foi quando disse isso que toda aquela dor que eu estava tentando evitar voltou com força total. Meus pais. Mas não iria chorar. Serei forte por eles. Quero tanto abraça-los e dizer que está tudo bem, queria apresentar Brandon a eles e dizer que finalmente arrumei alguém que vale a pena.

Chegamos ao hospital em pouco tempo. Andamos até o balcão e falei os dados dos meus pais e que eu era a filha.

A moça simpática me deu um sorriso triste de disse que chamaria alguém para me acompanhar para ver os dois. Tinham colocado eles no mesmo quarto. Exigência do meu pai, a moça disse que assim que ele acordou e soube da minha mãe fez alguém colocar ele no mesmo quarto dizendo que não ia abandonar minha mãe naquele estado. Fiquei emocionada e sorri. Meu pai sempre foi assim quando o assunto era ela.

Entrei no quarto devagar, minhas mãos estavam tremendo e eu estava nervosa. E se minha mãe morrer? Não pense nisso Celine! Me repreendi mentalmente.

Estava tão concentrada em não chorar, não mostrar a eles meu estado, mas assim que meu pai me viu e vi seus olhos tristes encontrarem o meu, todo meu esforço foi em vão, corri em sua direção aos

prantos e o abracei com cuidado. Logo ouvi seu choro sofrido o que me fez chorar mais ainda. Era horrível ver meu pai assim. Logo ele que sempre foi tão forte. Ele estava quebrado e totalmente indefeso. Nunca tinha visto meu pai chorar e preferia nunca ter visto. Nos dois nos acalmamos e separamos.

Ele olhou pra mim com aqueles olhos tristes e acariciou meu rosto. Coloquei minha mão sob a sua e o olhei.

–É tão bom ver você aqui, minha filha. Achei que ninguém a avisaria. Confesso que estou precisando muito de você no momento. Ter você aqui agora é a única coisa que está me dando um pouco de felicidade. - A voz dele está fraca e seu rosto está cheio de arranhões e tem um curativo na sua testa.

–Ah papai. Estava com tanto medo de perder vocês. Vim o mais rápido possível. O senhor está todo machucado e isso está acabando comigo. -Digo triste.

–A dor dos machucados não são nada comparada a dor que estou sentindo de ver sua mãe nesse estado.- Diz triste. Logo papai começa a chorar novamente e eu junto. Abraço-o e vou em direção a cama da minha mãe.

Minha mãe estava pálida e seu rosto estava mais machucado que o do meu pai. Ela tinha um olho roxo e um corte horrível no canto da boca. Levo minha mão a boca e abafo um grito ao ver minha mãe nesse estado. Meu rosto já esta banhado em lágrimas. Chego perto da cama e acaricio sua mão, que está toda machucada também.

–Mamãe, te amo tanto. Por favor, lute por mim e pelo papai. A senhora tem que acordar mãe, não nos abandone. -Não resisto de deito minha cabeça em seu colo enquanto choro.

Por que isso com minha mãe, Deus? Porque tanto sofrimento para mim? Ver meus pais nesse estado está me matando por dentro.

Olho em direção ao meu pai e vejo que ele pegou no sono. A enfermeira disse que os remédios que ele toma o deixam sonolento. Isso era bom, pois tenho certeza que se não fosse por eles papai não ia dormir.

Escuto a porta abrir, mais não viro o rosto e mesmo assim sei que é Brandon. Ele se aproxima e aperta meu ombro em sinal de conforto.

Olho para ele e vejo carinho e conforto em seus olhos.

–Vai ficar tudo bem, eu vou estar ao seu lado sempre. - Dizendo isso ele beija minha cabeça e se senta ao meu lado, passando a noite inteira comigo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olha quem resolveu reaparecer das trevas? EEEU.
Amores, mil perdões estava toda atarefada com essa bendita escola. Época de prova, sabem como, né?! Então...Mas tenho uma boa notícia pra dar: Estou de "férias" (Não é bem férias), mas vai dar pra postar com mais frequência, então não vou sumir mais!
Agora quero agradecer a "Amante da Vida KN" pela incrível recomendação. A primeira recomendação da fic! Não poderia estar mais feliz!

Então... O que acharam do capítulo? Comentem amores ♥
Beijo, mamãe ama vocês ♥♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Cara dos meus livros" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.