O Cara dos meus livros escrita por Paloma Cruz


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi meu povo! Demorei mas consegui postar.



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Acordei era exatamente oito horas da minha, tinha colocado meu celular para despertar esse horário, pois ainda pretendo levar Brandon as compras. Levantei com animo, claro que estaria com animo, vou passar o dia todo com aquela delicia de homem!

Fiz minha higiene e fui em direção ao quarto de hóspedes para chamar ele. Abri a porta devagar e lá estava ele, dormindo feito um anjo, por mais que quando estou perto dele a última coisa que se passa pela minha cabeça é algo puro. Ri com meu pensamento. Cheguei perto de sua came e tentei acorda-lo.

–Brandon, acorde. Vamos!- digo o balançando levemente. Ele nem se mexeu. Oras! Então teria que jogar sujo. Peguei meu celular e procurei a musica mais alta que tinha. Acabei escolhendo Crazy Train do Ozzy. Dei o “play” na musica e coloquei o celular próximo ao seu ouvido. A voz do Ozzy gritando All aboard e depois aquela risada sinistra ecoou pelo quarto e só vi Brandon dando um pulo na cama.

Não resisti e caí na gargalhada com sua cara. Ele olhou para o quarto confuso e depois olhou para mim. Vi nas suas feições que eu tinha colocado lenha da fogueira. Ele deu um pulo na cama e no outro segundo já estava no meu lado. Ele me pegou pela cintura e mesmo eu tentando me soltar, não conseguia. Ele me jogou na cama e subiu em cima de mim. SENHOR!

O cara estava em cima de mim, somente com a calça de moletom e me olhando de uma forma mortal.

–Então você gosta de fazer covardia com os outros né Senhorita Celine?- Ele disse lentamente e enrolando a língua quando disse meu nome. E só com isso ele conseguiu deixar meu corpo em chamas. – Vamos ver se gosta que façam covardia com você também. – Disse e vi suas mãos vindas em minha direção, prendi a respiração. O que ele vai fazer? Não tive tempo de pensar mais em nada, suas mãos estavam em minha barriga, me fazendo cócegas. Oh Não! Cócegas não. Isso é meu fraco, não consigo prender o riso e quando fui ver já estava me debatendo de tanto rir.

–Pare! Pare Brandon! – dizia rindo e ele pareceu se divertir com minha reação, pois isso só o incentivou a continuar.

Já estava sentindo meus olhos lacrimejarem de tanto rir, quando abri meus olhos vi o rosto de Brandon a centímetros do meu. Ele deve ter percebido também, porque parou de fazer cócegas em mim e ficou me encarando.

Brandon continuou chegando seu rosto perto de mim e nossos lábios quase se tocaram, mas fomos impedidos por um toque irritante. O meu celular. Brandon pareceu voltar de um transe, pois se afastou de mim rapidamente. Suspirei frustrada e vi no identificador que era Louise. Amo minha amiga, mas no momento estava com uma súbita vontade de enforca-la.

–Oi Louise. – Digo mal humorada.

–Credo! É assim que você fala com sua melhor amiga? Sua vaca! – Diz com a voz indignada.

–Desembucha logo, sei que você nunca ligaria para mim a essa hora da manhã. – E tinha toda a razão.

–Okay. Que tal um dia das garotas? Estou com saudades da minha amiga. – Diz fazendo drama e aposto que no momento ela estava fazendo bico.

Eu queria aceitar, mas não tinha como. Hoje eu tinha que ajudar o Brandon.

– Infelizmente não ter como Louise. Já tenho um compromisso. – Digo.

–Vadia! Aposto que já esta com um cara. – Disse ofendida. Como ela sabe?

–Não viaja Louise! Mas não vai dar hoje. Depois combinamos okay? Tchau. – Desliguei antes de ela começar a reclamar. Ela vai me matar.

Olhei para o quarto e Brandon estava me olhando.

–Bom Senhor Covarde que faz cócegas em meninas inocentes, hoje vamos às compras. Va já para o banho enquanto eu faço o café. – Digo e saio do quarto.

Brandon desceu minutos depois e tomamos o café em silencio. Peguei a chave do carro e Brandon me seguiu. Chegamos ao shopping vinte minutos depois. Brandon estava com a cara emborrada, pois dizia que não era para eu gastar meu dinheiro com ele, como eu não queria discutir apenas ignorei-o.

– Celine? Por favor, não quero viver as suas custas. – Dizia Brandon.

–Vamos fazer assim: Eu pago suas roupas agora e quando você se estabilizar você me devolve o dinheiro. Como um empréstimo, tudo bem?-Digo. Ele me olhou com cara desconfiada.

–Está bem. Mas saiba que não vou demorar muito para pagar. – Disse emburrado.

Olhei para Brandon e ele estava com um biquinho que me deu vontade de mordê-lo.

Entramos na primeira loja de roupas masculinas que apareceu e começamos a vasculhas as blusas, uma mais bonita que a outra. Separamos treze blusas ao todo, só dessa loja, a vendedora nos mostrou um provador e justamente quando ele vestiu a primeira blusa para experimentar, começou a tocar Pretty Woman do Roy Orbison, não me contive e comecei a gargalhar feito louca, Brandon ficou olhando para minha cara e só depois percebeu o porquê da risada. Ele olhou feio para mim e me repreendeu.

–Isso não tem graça Celine, você fez isso de propósito não foi?

–Claro que não! Por que acha que faria isso? – Digo ofendida. Ele levantou a sobrancelha e respondeu.

–Para quem me acordou daquele jeito, isso é normal... – Disse abusado. Fingi estar ofendida e levei minha ao peito.

–Verdade, eu faria isso. Mas juro que não foi eu! Tenho que admitir que é uma ideia de gênio. – Disse pensativa. Ele somente riu e foi trocar de blusa. E ele continuou trocando e eu dando opiniões ao som de Pretty Woman, estava hilário! De vez em quando ele fazia algumas poses engraçada e minha barriga já estava doendo de tanto rir.

Ao todo fomos a quatro lojas, compramos calças, blusas, pijamas, sapatos, roupas intimas, enfim, tudo que ele precisava. Depois das nossas compras resolvemos parar na praça de alimentação.

–Eu juro. Aquele vendedor estava me paquerando. – Disse Brandon quase enfartando, pois, segundo ele, o vendedor piscou pra ele. Eu já não aguentava mais rir, nunca me passou pela cabeça que esse pedaço de mau caminho era tão engraçado assim.

–Não é pra tanto Brandon, às vezes foi para outra pessoa. – Digo tentando fazê-lo parar de reclamar do cara.

–Outra pessoa? Celine, o cara apertou minha bunda! – Quase gritou. Não tive como segurar minha risada. Imagino a cara do Brandon quando isso aconteceu. Só me fez rir mais.

–Já parou? Isso não tem graça. – Disse ele emburrado.

–É exatamente o contrario, meu caro. Isso é hilário. – Digo. Ele bufou pra mim. –Imagino sua cara quando ele fez isso, aposto que gostou. – Provoquei-o.

–Não sou preconceituoso, porem não sou gay. – Disse serio.

–Sério? Então estava errada. – Desdenhei. Estava adorando provoca-lo. Ele me olhou com um olhar mortal e apertou a mesa com força. Os nós dos seus dedos estavam ficando brancos.

–Acha que eu sou gay? Minha cara Celine, como eu queria te provar que não sou, mas acho que você não iria aguentar. – Engasguei com a batata frita que estava comendo. Nossa Senhora! Eu escutei bem? Ele disse mesmo isso. Mas eu não deixaria isso barato.

–Ah é? E porque acha isso? Quem muito fala, pouco faz. – Disse petulante. Aha! 1x1.

Eu só botei fogo na lenha, pois ele pareceu ficar ainda mais nervoso.

–Isso seria a ultima coisa que diria se eu provasse que não sou gay. Acho que a única coisa que conseguiria dizer seria meu nome, varias e varias vezes. – Disse em um tom rouco e eu me segurei para não suspirar. Cadê o homem engraçado há poucos minutos? Não vou reclamar, estou gostando desse Brandon descarado.

–Bem, não acho que aconteceria isso. – Digo. Não cederia tão fácil.

–Claro, provavelmente estaria tão fora de si que nem falar conseguiria ou estaria gritando. – Disse com aquele tom de voz rouco e mordeu os lábios. Por que fez isso? Deve estar querendo que eu morra de enfarto. Só pode!

–Tudo bem. Conseguiu me deixar sem resposta. Satisfeito?- Disse constrangida. Ele riu.

–Não, só estarei satisfeito depois que te provar isso. – Disse. Céus! Ele acabou de dizer, não com essas palavras, que quer me levar para cama! Onde fui amarrar meu burro?

Você é uma puta sortuda Celine!

Depois dessa sua frase, não disse mais nada e ele também não. Paguei a conta e peguei o carro. Fomos para casa num silencio constrangedor. Chegando a casa, corri direto para meu quarto. Depois daquela nossa conversa eu precisava de m banho frio! Desci minutos depois e Brandon estava sentado no sofá assistindo TV.

Com a cara mais vermelha que um pimentão. Sentei-me do seu lado. Acho que ele é bipolar, pois ele começou a conversar comigo de uma forma amena, até parece que não tivemos “aquela conversa”, conversamos sobre minha família e meu emprego e ele me contou sobre sua personalidade, já que tudo que eu sabia sobre ele era fictício. Só paramos para conversar já era meia-noite. Subimos junto às escadas e me despedi dele, dei um passo em direção ao meu quarto, mas ele me impediu segurando minha cintura. Meu corpo se chocou com o dele e suspirei imaginando aqueles gominhos da sua barriga colados em mim. Seu rosto foi chegando perto do meu e jurei que ele iria me beijar, já estava fechando os olhos, porém ele levou sua boca ao meu ouvido e sussurrou:

–Não pense que eu esqueci a nossa conversa, ainda quero te provar. – Disse com aquela voz que faz meu cérebro explodir, senti aquelas famosas borboletas no estomago. Será que só eu percebi o duplo sentido dessa frase? Ele me soltou e foi para o seu quarto, fechou a porta e me deixou lá plantada feito idiota.

Senhor me dê forças, pois tenho certeza que não será fácil dormir hoje, sabendo que tem aquele pecado em forma de gente no quarto ao lado.


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Notas finais do capítulo

Então... O que acharam? Desculpem os erros ♥



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