Abra os olhos

Saiba que você é livre pra voar

Você tem que viver enquanto pode

Nós só temos uma vida

Olhe para o céu

Nunca o deixe passar despercebido

Você tem que viver enquanto pode

Nós só temos uma vida

~Pov Meg

Eu acordei pela manhã sentindo Liam acariciar meus cabelos. Rapidamente me lembrei da noite de ontem, o que me fez sorrir. Eu me virei pra ele que também sorria e lhe dei um selinho.

–Bom dia Rainbow.

–Bom dia anjo. –Falei e ele revirou os olhos. –Não ouse reclamar, você é mesmo o meu anjo.

–Você está delirando, volte a dormir pra ver se passa. –Ele disse cobrindo meu rosto e eu ri batendo nele com o travesseiro.

–Você é um idiota.

–Aah é? –Ele disse arqueando as sobrancelhas e eu balancei a cabeça. –Vou te mostrar o idiota então! –Foi quando Liam começou a me fazer cócegas. Eu gargalhava e ele também. –Só vou parar quando disser que sou a pessoa mais amável que você já conheceu.

–M-mas você n-não é... –Eu disse gargalhando ainda mais.

–Tenho o dia todo Rainbow. –Eu já chorava de tanto rir, mas ele não parava.

–T-tudo b-bem! –Eu disse e ele parou me dando um selinho. –Você é a pessoa mais amável que eu já conheci.

–Bom mesmo, é assim que eu gosto. –Ele cruzou os braços e eu bati nele mais uma vez com o travesseiro.

–Idiota. –Eu o beijei e ele segurou minha cintura ficando por cima de mim.

–Você tem aula hoje? –Ele perguntou beijando meu pescoço e eu balancei minha cabeça negando. Eu não teria aulas até que todos voltassem das festas. –Então levante porque nós vamos sair. –Ele saiu de cima de mim e se levantou.

–Sair? Aonde vamos? –Perguntei me levantando enrolada no lençol.

–Não vou dizer Rainbow. –Ele cruzou os braços parando diante de mim com um sorriso divertido no rosto.

–Liam Thompson você sabe que eu odeio surpresas!

–Eu sei, é exatamente por isso que será uma surpresa. –Eu cruzei os braços irritada e ele me puxou me beijando. Impossível ficar com raiva desse idiota. –Você me pediu pra te tirar daqui, mas isso eu não posso fazer então nós vamos sair. Eu te trago de volta à noite.

–Você é maluco. –Falei rindo.

–Nós só temos uma vida Rainbow, temos que aproveitar, ainda mais agora que você está bem.

Eu pulei em seus braços e o beijei agradecendo, era tudo o que eu precisava, um dia fora daqui com ele! Eu me troquei colocando uma blusa de frio, um cachecol, luvas e uma calça, deixando meus cabelos soltos e colocando uma touca.

–Está perfeita! –Disse Liam e eu sorri.

–Quer que eu busque alguma roupa pra você ou vai de terno?

–Vai buscar onde?

–No quarto de algum garoto que foi pra casa pra passar o Natal.

–Huum, então você sabe onde ficam os dormitórios masculinos? –Ele cruzou os braços sério.

–Sei. –Respondi.

–Que legal. –Ele respondeu irritado.

–Deixe de ser chato Liam, só porque sei onde fica não significa que já estive lá. –Eu lhe dei um selinho. –Eu amo você idiota e só você. - Ele me puxou me beijando apaixonadamente.

–Eu também te amo. Não precisa amor, eu estou bem assim. –Eu sorri beijando-o mais uma vez. Ele usava apenas a calça, os sapatos e a blusa, de qualquer forma estava lindo.

–Tem certeza que vamos conseguir passar sem que ninguém nos veja?

–Existem riscos pra tudo não é? –Ele sorriu. –Além disso, como vou trazer você de volta não vejo porque não levá-la para um passeio. Eles não querem que você passe o Natal trancada aqui não é?

–É exatamente o que eles querem. –Falei rindo.

–Aah, mas mesmo assim foda-se. –Ele disse e eu o beijei. –Além disso, como não tem quase ninguém aqui e pelo que você me disse o seu amiguinho não está mais tão amiguinho assim nós podemos sair que eles vão achar que você se revoltou e não quer abrir a porta, só isso.

Liam pegou minha mão e sua vassoura – que estava embaixo da minha cama – e foi comigo até o campo de futebol por onde ele havia chegado ontem. Ele subiu em sua vassoura e eu fui atrás, abraçando-o.

–Fico me perguntando como eles não colocaram nenhum feitiço de proteção aqui.

–Eles colocaram, mas tem uma falha. Se souber onde você pode passar. –Ele disse.

Pouco tempo depois nós já estávamos fora daquela prisão, eu apenas a via por fora, uma sensação de liberdade tomou conta de mim enquanto voávamos. Ele escondeu a vassoura embaixo da neve que se acumulou perto do muro e pegou minha mão.

–Aonde vamos? –Perguntei maravilhada com campo florido em que estávamos.

–O que acha de um sorvete?

–No frio? –Perguntei e ele riu assentindo.

–Huum, que tal açaí? –Perguntei animada. Tudo o que eu precisava era alimentar meu vício por açaí.

–Ou churros?

–Não me peça para escolher entre açaí e churros Liam. –Falei cruzando os braços e fazendo-o rir.

–Que tal os dois? –Eu balancei minha cabeça e ele pegou minha mão correndo até que saímos daquele campo que estava coberto de neve.

Era uma cidade grande e linda, eu nunca tinha visitado a não ser pra vir parar nessa prisão. Primeiro nós fomos comprar açaí e depois de comer seguimos para uma loja italiana com vários livros e CD’s em várias línguas. Me senti no paraíso!

Ele sorria e me mostrava várias coisas, inclusive me indicava vários livros. Como eu tinha um pouco de dinheiro eu acabei comprando apenas um livro. Eu estava louca para lê-lo, mas nunca o encontrava. Depois de andar um pouco nós fomos até os churros.

–Aqui está senhorita. –Disse o homem que estava fazendo essas preciosidades pra mim me entregando meu churros.

–Obrigada. –Falei e Liam lhe entregou o dinheiro. Ele não queria me deixar pagar nada, tive que comprar o livro escondido.

–Você vai me dar um pedaço não é? –Disse Liam sorrindo.

–Não, você está com o seu churros na sua mão. –Falei rindo.

–Mas eu quero o seu. –Ele é mesmo insuportável assim ou fez cursinho?

–Liam, aprenda uma coisa: Churros não se divide.

–Nossa, é assim? Vai negar churros pra mim Meg Diana Malfoy?

–É exatamente assim. –Falei mordendo o MEU churros e sorrindo.

–Aprenda a dividir. –Ele disse sorrindo. –Ei, segura aqui pra mim, por favor? –Ele pediu ao homem do carrinho de churros e ele segurou.

Logo Liam me puxou e eu dei um gritinho assustada. Ele gargalhava enquanto me segurava, colocando-me no seu colo e segurando minha mão tentando morder o MEU churros.

–NÃO! LIAM NÃO! É MEU! MEU CHURROS! –Eu gritava enquanto ele gargalhava da situação, o que me fez rir também.

–Vai me dar? –Ele perguntou parando, apenas me segurando.

–Nunca! –Falei e ele voltou a tentar morder o MEU churros. Depois de muita birra ele conseguiu e me soltou, em seguida simplesmente pegando o seu com o homem do churros... É, vou chamá-lo assim, “Homem do Churros”. - Não!! Seu idiota era meu!!

–Se não quiser que eu coma o resto é bom você ficar quietinha okay Rainbow? –Ele ainda gargalhava.

–Como você mordeu o meu eu também quero um pedaço do seu. –Falei cruzando os braços.

–Você me disse que churros não se divide.

É hora de se levantar e lutar

É hora de fazer a coisa certa

Nós só temos uma vida

E quando se sentir como uma mentira

Eu vou ser o seu motivo pra tentar

Nós só temos uma vida

Uma vida