The Climb: O Passado de Meg Malfoy escrita por Blank Space


Capítulo 16
Nobody’s Home


Notas iniciais do capítulo

Oiiieeee meus amores! Tudo bem? Espero que siim :* Eu sei que estou sem postar há um tempinho, peço desculpas por isso, mas vamos lá :* Não sei se vocês sabem, mas a mãe da Taylor está com câncer (um dos motivos para eu não ter postado ontem é que fiquei péssima) vocês poderiam ajudar a subir a tag #PrayForMamaSwift no twitter? :* Obrigada por recomendar, favoritar, comentar e acompanhar :* Beijooooos
Avril pra vocês *-*
Link: https://www.youtube.com/watch?v=NGFSNE18Ywc



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Eu não saberia te dizer

Porque ela se sentia daquela maneira

Ela se sentia assim dia após dia

Eu só a via cometer os mesmos erros novamente

O que está errado, o que está errado agora?

Tantos, tantos problemas

Não sabe aonde ela pertence, aonde ela pertence

~Pov Meg

Ouvi um barulho de uma sineta em meu quarto. Era hora de acordar. Meu primeiro dia nesse inferno. Me levantei e tomei um rápido banho no banheiro do meu quarto – pelo menos eu tinha isso aqui. Troquei de roupa, peguei meu horário, saindo do quarto e indo até o refeitório.

Lá várias pessoas tomavam seu café, mas todos pararam, olhando para mim quando eu entrei. Ouvi alguns cochichos, mas não me importei. Peguei meu café da manhã e me sentei em uma mesa, sozinha.

Pelo visto o dia seria cheio. Como é horrível ser a novata.

Olhei para a comida em meu prato e fechei os olhos. Eu não queria comer. Eu não podia comer. Eu estava sentindo nojo de comer qualquer coisa. Não queria colocar tudo isso pra fora, as dores em meu estômago estavam cada vez mais forte. Cada vez que eu colocava pra fora.

–Bom dia. – Alguém falou do meu lado e eu me assustei quando vi Elisa, a nutricionista sentada ao meu lado.

–Bom dia. – Murmurei.

–Vejo que sabe bem o que deve comer e a quantidade certa. –Ela disse sorrindo. – Pelo visto não teremos problemas quanto a isso. –Forcei um sorriso.

–É não teremos. – Falei e ela ficou me olhando atentamente.

–Algum problema?

–Não gosto de todos me olhando. – Murmurei.

–Aah, isso. Eles estão curiosos porque você é nova aqui.

–Todos são bruxos?

–São. – Balancei minha cabeça olhando para o meu prato.

–Meg, você sabe que precisa comer. – Eu suspirei.

–Eu sei, mas eu não quero.

–Coma pelo menos o necessário. Faça uma forcinha.

–Eu não tenho mais forças.

–Tem sim. Busque no tal Liam Thompson. –Eu arregalei os olhos. Como ela sabia? – Não, eu não li a carta que ele a mandou, mas se você precisa tanto falar com ele que até gritou com a sua mãe quando achou que não poderia escrever é porque ele é importante não é? Ele é seu namorado?

–Não, com certeza não, é só meu amigo. –Senti minhas bochechas queimando.

–Aah sim. –Ela deu um leve sorriso. –Olhe ao redor. Sabe a garota morena que está usando um vestido florido? –Eu olhei e depois de um tempo encontrei a tal garota. Ela é muito magra, tão magra que eu conseguia “ver” seus ossos. – O nome dela é Clarisse, tem 18 anos e ela tem um grave caso de bulimia e anorexia. – Fechei meus olhos e respirei fundo sentindo as malditas lágrimas se formando em meus olhos. –Você pode ver que por mais que conversamos com ela não há nada que ela coma. E quando come ela vomita tudo.

–Há quanto tempo ela está aqui? – Lancei um olhar para Clarisse.

–Sete anos.

–E a família?

–Depois de alguns anos eles desistiram dela. – Não me aguentei e uma lágrima escapou. Eu sabia bem o que Elisa queria que eu fizesse, queria que eu me colocasse no lugar de Clarisse e foi exatamente o que eu fiz.

–Por que ela começou tão cedo?

–Família, amigos, as pessoas julgam o tempo todo. Por que não se esforça um pouquinho e toma seu café da manhã? Pense no garoto que lhe escreve.

–Tudo bem, eu vou tentar. – Sequei as lágrimas e olhei novamente para meu café da manhã.

Após fazer um esforço eu comecei a comer. Eu não queria acabar como Clarisse. Não queria que desistissem de mim. Eles não deveriam ter desistido dela. Não mesmo. Todos merecem alguém que confie, sem apoio ninguém consegue ser forte para suportar tudo isso.

*-*

Primeira aula naquele lugar e todos ainda estavam me olhando. Me sentei em um canto isolado na sala e resolvi prestar atenção na aula.

–Alunos, meu nome é Travis e eu serei o professor de vocês de transfiguração. Alguma pergunta? –Eu levantei a mão. – Sim senhorita Malfoy?

–Se não estamos com nossas varinhas como aprenderemos transfiguração?

–É aluna nova? – Eu balancei a cabeça. – As varinhas são devolvidas a vocês durante as aulas.

–Aah sim. – Murmurei me recostando na cadeira.

–Mas hoje nós não usaremos as varinhas. Quero um relatório do que vocês fizeram na ultima aula. Vocês poderão fazê-lo em dupla, assim Meg não ficará tão perdida. Sentem-se com quem está ao seu lado.

Eu olhei para a direita e vi Clarisse. Ela rapidamente empurrou sua cadeira para perto de mim sentando-se comigo.

–Oi. –Ela falou e estendeu sua mão pra mim. – Sou Clarisse e você?

–Meg. – Falei apertando sua mão. Ficamos em silêncio por alguns minutos. -Então, sobre o que é que temos que escrever um relatório?

–Aah não se preocupe. Eu o fiz ontem à noite para ficar sem nada pra fazer hoje. É só você assinar.

–Tem certeza? – Perguntei. – Não vai ter problema pra você? Quero dizer, eu não fiz nada e vou ganhar pontos as suas custas.

–Não, tudo bem. –Ela sorriu. –Então, por que veio parar aqui? –Eu respirei fundo e resolvi me abrir, ela tem problemas como os meus.

–Eu me corto, tenho principio de bulimia e anorexia e tentei me matar. Minha mãe acha que eu sou maluca. E você?

–Acho que você já percebeu né? Meu caso de bulimia e anorexia é bem grave. Meus pais me deixaram aqui e simplesmente não voltaram. Foi mais ou menos quando eu desisti.

–E por que você desistiu?

–Nunca vou ser bonita como eu quero, e depois de um tempo eu não consigo mais parar. Se eu comer eu vou ter que vomitar. E você, como se sente?

–Estou tentando parar com tudo.

–Por seus pais?

–Meu pai morreu quando eu era criança e minha mãe acha que eu sou uma louca. Tento por Liam.

–Seu namorado?

–Não. Meu melhor amigo. Você já tentou parar Clarisse?

–Como eu disse, eu desisti.

–Não deveria ter desistido.

–Uma hora ou outra eu vou ter mais uma parada cardíaca e dessa vez não lutarei. Assim me libertarei de tudo isso. Espero que pare antes que seja tarde pra você Meg.

*-*

Hora do almoço e eu ainda estava pensando na conversa que tive com Clarisse. Talvez se não tivessem desistido dela, ela ainda talvez iria tentar mais.

Fiz um esforço para comer pelo menos o necessário e vi Elisa sorrir. Depois do almoço eu teria minha primeira consulta com o senhor Tanner, o psicólogo.

Eu não queria me abrir com ele. Não queria falar nada, mas mesmo assim eu fui. E quando entrei em sua sala e me sentei o arrependimento veio a mim. Tudo o que eu queria era correr para o quarto e me esconder até que todos ali não quisessem mais “cuidar” de mim. A única pessoa que eu queria que cuidasse de mim não está aqui.

–Olá Meg. –Ele disse apertando minha mão com um sorriso.

–Olá senhor Tanner.

–Não , não, não. Sou seu psicólogo Meg, pode me chamar só de Welly, ou Tanner, como preferir.

–Prefiro Tanner. – Murmurei.

–Ótimo. Então, com qual assunto quer começar?

–Sobre música, teatro... – Falei. – Qualquer coisa que não esteja relacionada a mim.

–Sinto muito Meg, mas temos que falar de você. –Suspirei.

–Eu já esperava essa resposta.

–Então eu posso escolher um tema?

–Uma hora ou outra teremos que falar de todos não é? – Falei e ele balançou a cabeça assentindo. –Escolha.

–Vou começar pelos temas mais leves com você, assim a deixo mais a vontade para falar de seus problemas. Que tal seu pai? Na sua ficha consta que ele morreu quando você tinha 5 anos.

–Se esse é um tema fácil não quero nem ver quando chegar a um difícil. – Murmurei baixinho.

–Como se sente em relação a ele?

–Sinto saudades. Muitas saudades. Quando ele se foi minha mãe simplesmente... Ela ficou fria sabe? Eu acho que ela se sente como eu.

–E como você se sente?

–Eu sinto como se ele tivesse sido tirado de mim. Não era a hora dele.

–E por que acha que não era a hora dele? –Tanner perguntou anotando tudo em uma espécie de caderno, agenda.

–Eu não sei, só sinto como se não fosse. Foi bem do nada. Estávamos todos em uma festa de família, até tio Lucius que nunca vai estava lá. Me lembro de estar brincando com Draco no corredor e ver meu pai caído no chão. –As lágrimas começaram a se formar em meus olhos. – Nós éramos pequenos, não sabíamos o que estava acontecendo. Foi quando ele chamou a tia Cissa e... Tia Cissa chorou tanto.

–Quem é Draco?

–Meu primo.

–São muito próximos?

–Sim, ele é um dos únicos que acredita em mim quando eu digo que eu fiz o que fiz porque tinha motivos e não porque enlouqueci.

–Por que acha que enlouqueceu?

–É o que todos acham não é? Se não achassem que eu sou maluca eu nunca teria colocado os pés aqui.

Um longo silêncio se instalou na sala. Por fim ele me dispensou mais cedo. Acho que nem ele sabia como me responder. Ou então ele não queria dizer que era exatamente isso que achavam de mim, mas tudo bem, eu não estava ligando para o que ele ou minha mãe achavam.

Eu sei que não sou louca, e não só Liam, como Draco também acreditam em mim.

Os sentimentos ela esconde

Os sonhos ela não consegue achar

Ela está perdendo a cabeça

Ela ficou pra trás

Ela não consegue achar seu lugar

Ela está perdendo a sua fé

Ela caiu em desgraça

Ela está despedaçada


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Notas finais do capítulo

Mereço recomendações? Dicas? Comentários? Deixem pra mim *-* Beijooooos
#PrayForMamaSwift