Simplesmente Complicado escrita por UmaFãDoJackson


Capítulo 9
A caminho da insanidade.


Notas iniciais do capítulo

PARABÉNS PRO MEU, SEU, NOSSO ETERNO CABEÇA DE ALGAAAAA! HOJE, PRA QUEM NÃO SABE, PERCY JACKSON COMPLETA SEUS LINDOS 22 ANINHOS! COISINHA LINDA!

Boa leituraaaa!



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Tudo o que Leo via era a água.

As arvores ao seu redor não o ajudavam a respirar melhor. Não o ajudavam a ver melhor. Ele ouvia somente passos.

E pareciam estar perto. Muito perto.

Ao se virar, percebe que há alguém ali.

– Oi Leo. - diz, com uma voz rouca, parecendo não falar a dias.

– Quem é você?

– Não me reconhece, amigo? Sou seu pior pesadelo.

– Quem é você? - diz, um pouco mais alto.

– Não se lembra do meu rosto? Você consegue vê-lo? - Leo se aproxima. Logo depois de avançar dois passos grandes, ele faz quatro dedos irromperem em fogo, permitindo que a luz iluminasse o rosto da figura a sua frente. Era um garoto grande, forte. De cabelos castanhos-claros e olhos negros.

Infelizmente, Leo nunca se esqueceria daqueles olhos.

– Luccas. - constata.

– Finalmente, cara. - o garoto não parece nada bem. Quando ele sorri, Leo percebe que seus dentes estão praticamente podres. Em volta de seus olhos, haviam olheiras profundas. Ele parecia não dormir a dias. E suas roupas... Em farrapos. Rasgadas e sujas. - Acho que teria feito algo insano se não me reconhecesse. - Leo vê em suas mãos um canivete. E atrás dele, Percy desacordado. Em seus pulsos, na escuridão só se destacam-se o band-aid. E Leo soube imediatamente o que havia acontecido.

Não havia um monstro.

– É você que está fazendo tudo isso?

– Qual é, você era mais esperto do que isso. - ele ri. - Sim, era eu. Pensaram mesmo que era um metamorfo? Serio? Que imaginação fértil a de vocês.

– Por que? Está matando pessoas!

– Está mesmo me perguntando o por que? Eu fiz isso para contrariar meu pai. Pra, pelo menos uma vez, ter a chance de escolher pelo o que lutar. Eu cansei de proteger os deuses. A minha vida toda, eu lutei uma guerra que até hoje eu não entendo. Os deuses precisam de nós pra travar suas guerras. Sem nós, eles ficarão completamente desprotegidos. E entenderão como é lutar pela própria vida. Entenderão como é ver seus amigos sangrando até a morte, enquando rezam pra seu pai ou mãe aliviem a dor. MAS A DOR NUNCA PASSA! - grita. Ele parece cuspir todas essas palavras com ódio e rancor profundo. Sentindo cada efeito que as suas palavras causam. E Leo, por um segundo, deseja ter coragem pra entrar na onda, e ter frieza pra matar seus amigos. Mas ele não tinha. Ele não conseguia.

– Se quer um empurrãozinho... Eu posso ajudar. - Luccas lhe oferece a faca. E Leo somente fecha seus dedos ao redor do cabo. Não entendendo seus próprios movimentos. O filho de Hermes anda até o corpo de Percy, que começava a se movimentar. - Vamos lá, cara. É fácil. - Leo o acompanha, debruçando-se sobre o corpo do amigo. Percy abre os olhos, que apresentam tamanho horror e desespero.

– Não faça isso, Leo. Por favor. - implora o garoto. Sua voz tremula estava quase sussurrante.

– Não deixe as palavras dele o manipularem. Isso é o certo a se fazer, Valdez. - Leo acredita nas palavras dele. E, de repente, sua mente ganha vida própria, imaginando como a vida seria mais fácil sem os Deuses. Só havia Percy em seu caminho.

E, sem mais nem menos, empurra faca de encontro ao peito arfante de Percy. Logo o garoto não respirava.

Seus olhos antes tão lindos, perderam o brilho, e se vidraram em um ponto distante. Leo já não sentia mais a pulsação do filho de Poseidon.

Ele havia matado um de seus melhores amigos.

Ele matou Percy.

E ele se sentia estranhamente bem com isso.

Não conseguia se controlar seus atos repugnantes.

Havia matado um amigo.

Uma pessoa que daria a vida pra ver seus amigos e colegas em paz.

Mas tudo aquilo parecia irreal.

Percy estava morto.

– Hey, cara. Ele era só uma pedra no caminho. Assim como a loirinha ali. - ele aponta pra um canto, perto de onde o rio começa a ficar mais largo. O corpo de Annabeth está jogado. - Leve-a para o acampamento. Eles precisam ver o que vai acontecer. - Leo joga a garota sobre o ombro direito e caminha em direção ao acampamento.

Tudo o que conseguia pensar era em como foi capaz de matar alguém. Alguém tão próximo.

Ele vai direto para a casa grande, e despeja o corpo da garota em um sofá livre na sala de estar. Depois, caminha até seu chalé a passos apressados.

Parecia sentir o corpo de Percy em seus braços. Agonizando com uma faca cravada em seu peito. Se deita. Enquanto tenta se convencer que quem matou Percy não era ele de verdade. Havia sido manipulado. Usado. Convertido. Passou a noite toda acordado. Não conseguia dormir.

Não conseguia parar de pensar em coisas absurdas. Coisas sem nexo. Se pegava pensando em coisas insanas, imorais.

Estava alcançando a loucura.

Não conseguia se controlar.

E a vida lhe parecia por um fio.

Assim como sua sanidade.


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Notas finais do capítulo

Morri de chorar...

Não foi um presente de aniversário muito legal, né...
Até a próxima ;*



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