Sam and Cat - Episodes Invented escrita por Aline


Capítulo 4
Temos um Mandado de Prisão!




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Noventa dólares fora combinado como pagamento para que Sam e Cat cuidassem de Wanda. A menina lhes causara problemas três dias anteriores, fazendo um pedido de dezenas de bonecas de porcelana importada no endereço das duas, mas o pai da garota insistira para que as babás tomassem conta dela apenas mais uma vez, já que não encontrara ninguém até o momento. Como ele havia quitado a dívida das bonecas, aumentado o pagamento e dissera que no dia seguinte viajaria com a garota para a Rússia, as duas aceitaram. E nem sabiam o quão mal haviam feito.

Wanda trouxera de sua casa biscoitos Pop-Tarts e conseguira fazer as duas babás se entreterem com a comida, no quarto, enquanto ela usava o telefone que as duas mantinham na sala para ligar para todos os seus 20 parentes russos, com a desculpa de que via televisão. Ela anotara os números antes de sair de casa, e aproveitava para realizar as ligações.

–Não estamos fazendo errado deixando a Wanda sozinha?- Cat perguntava à amiga, enquanto enchia sua boca com os viciantes Pop-Tarts.

–Quem se importa?- Sam disse, sem parar de mastigar. As duas deram de ombros e voltaram a prestar atenção nos biscoitos.

***

–Tchau, foi bom ficar com vocês!- Wanda dizia descaradamente, quando seu pai foi buscá-la no final da tarde, e observava os rostos de Sam e Cat cobertos de farelos de biscoitos.

–Ah, boa viagem, Wanda!- Cat desejou, sorrindo docemente.

–É... aproveitem a...- Sam falou, indiferente, fechando a porta.- Viagem.

–Como ela vai ouvir você?

–Não gosto dessa garota...- A loira resmungou.

–Mas ela nos trouxe Pop-Tarts!- A garota exclamou.

–E?

–Estranho... Pensei que qualquer um podia te agradar com comida.- Cat disse, parecendo reflexiva.

–E podem. E é por isso que você vai agora mesmo pegar umas salsichas pra mim.

–Mas eu não...- A ruiva protestava, mas se deu por vencida quando viu que Sam ameaçava torcer o pescoço do Sr. Roxinho, que estava no sofá, onde Wanda supostamente vira TV ao lado dele.- Tudo bem...

***

–SETE MIL DÓLARES?!?- Sam escandalizou, uma semana depois, cuspindo o suco de uva que bebia quando abriu a conta de telefone.- Cat!

–Eu estou aqui do seu lado, não precisa gritar.- A jovem disse, tomando o papel das mãos da amiga.- AI MEU DEUS! SAM, PRA QUE RESTAURANTE VOCÊ ANDOU LIGANDO?

–O quê?! Eu nem uso aquele telefone, você sabe que eu tenho meu celular pra emergências de fome!- Disse, a voz alterada.- Vai ver foi você tentando encomendar mais cobertores rosas.

–Mas... eu também não uso esse telefone... e eu nem lembro disso que você falou.- A ruiva defendeu-se.

–Alguém. Vai. Morrer.- Sam disse, brava.

–Olha, aqui diz telefonemas estragados...

–Estrangeiros!

–Isso! Estrangeiros...- Cat concordou.- Mas se não foi você nem eu...

–Wanda!- A loira exclamou.

–Pra Rússia?!

–É...- Sam afirmou, parecendo surpresa pela amiga ter finalmente ligado os pontos.

–Como vamos pagar isso?

–Não vamos!

–Mas...

–Você por acaso tem aí sete mil dólares que não me contou que estava guardando?

–Não.

–Então o assunto morreu. Ninguém precisa saber disso. Feito?- A loira indagou.

–Feito.- Cat acenou afirmativamente

***

–Dice, você precisa nos ajudar!- A ruiva suplicou para o amigo, após contar sobre a enorme conta telefônica que ela e Sam receberam.

–Cat!- Sam a repreendeu, fechando os punhos.- O que a gente tinha combinado?!

–Eu sei, mas... O carteiro trouxe isso!- A amiga lhe entregou um papel cuidadosamente impresso.

–Droga... Como?

–Foi o carteiro, ele veio numa bicicleta e...

–Não! Eu quero saber como os juros já chegaram nisso.

–É isso que acontece quando não se paga as contas por um mês.- Dice falou.

–Não passamos um mês sem pagar.- Cat murmurou.

–Então?- O garoto questionou.

–Dois.- Sam continuou, dando de ombros.

–Isso é pior!- Ele exclamou, atônito.- Não posso conseguir toda essa grana. Por que não pedem pro pai da Wanda?

–Eles moram na Rússia agora.- A loira lamentou.

–É, lá em Mascavo.- Cat disse.

–Moscou!- Sam a corrigiu.- E... Qual é, Dice... Você sempre ajudou a gente.- Falou, enquanto ela e Cat aproximavam-se do amigo e puxavam seu cabelo.

–Tenta arranjar mais serviços de babá.- A ruiva pediu.

–Tudo bem, mas eu não prometo nada e... Aquilo ali no sofá é uma coxa de frango?- O garoto perguntou.

***

–Ah, eu não aguento mais...- Sam balbuciou, enquanto repousava ao lado de Cat, após cuidarem de trigêmeas ginastas. As amigas observavam toda a bagunça acumulada. Apenas durante uma semana, haviam tomado conta de mais de 16 crianças, e a quantia que vinham juntando ainda nem se aproximava do bastante. Todos os dias, mais intimações chegavam, incluindo duas indicações de prisão para ambas.

–Só temos até semana que vem...- Cat disse, assoprando seu cabelo, distraidamente.- Conta o dinheiro de novo.- Ela pediu à amiga, enquanto as duas observavam as cédulas. Faziam a contagem diariamente.

–Seiscentos dólares.- A loira concluiu.

–Oba!- A jovem ergueu os braços.- É mais do que ontem.

–Cat...- Sam revirou os olhos, e a ruiva percebeu que aquilo era ruim.

–Mas já é mais do que ontem...- Repetiu, cabisbaixa.

–Meninas!- Dice gritou, entrando na sala e tropeçando em algum brinquedo.- Que zona, hein?

–Você não tocou a campainha.- Cat reclamou, pois queria ter dito “Din Don!” antes que ele entrasse.

–Eu sei, mas... Finalmente tive uma ideia pra salvar vocês dessa!

–Qual?!- Sam perguntou, atônita, levantando-se juntamente a Cat.

***

Há uma hora atrás Dice saíra, depois de dizer que para que as duas não tivessem de pagar as contas telefônicas, bastava saírem do apartamento, com o plano minucioso que o garoto criara, ninguém poderia provar que haviam sido elas a usar o telefone, e assim o dono do prédio teria de pagar. No instante seguinte, as amigas comemoraram, alegres. Mas depois perceberam que teriam realmente de deixar o apartamento, o lugar onde moravam juntas. Dice conseguira um apartamento menor, bem menor, que ficava na mesma rua de Jade.

Sam, percebendo que Cat teria problemas em se adaptar em outro lugar, sugeriu a Nona que ela voltasse a morar com a neta temporariamente, pelo menos enquanto a garota conseguisse se estabelecer normalmente. A mais velha aceitara, concordando em que ela passaria por dificuldades estando sozinha, já que a loira havia dito que sairia novamente em sua moto, viajando, para dar lugar à Nona.

–Mas eu vou sentir saudades de você.- Foi o que Cat lhe disse, quando viu a amiga pegar as chaves da motocicleta e segurar uma mochila.- Quem vai me ajudar a tomar conta das crianças? Ninguém mais sabe pôr elas pra dormir só com aquele truque do cotovelo...- A ruiva murmurou, a voz meiga e tristonha.

–É, eu também vou sentir sua falta...- Sam disse, nem tão perplexa quanto imaginou que estaria quando dissesse isto. Cat se aproximou e lhe abraçou carinhosamente.- Mas isso não significa que você pode fazer isso por mais de 5 segundos.- A loira repreendeu, se referindo ao abraço que já durava por mais de um minuto. As duas riram.

–Ei, será que você pode voltar aqui na Páscoa?!- Cat sugeriu.- Eu vou fazer chocomontes!

–Claro, vou trazer uma dentadura pra isso.- Sam brincou.

–Você já vai?- A garota indagou e a loira assentiu.- Espera, eu vou te dar a minha pasta de dente pra você não se esquecer de voltar...- Cat anunciou, indo até o banheiro.

–E por que a pasta de dente?

–Você quase nunca usa mesmo, vai durar bastante e...- A ruiva explicava.- Uou.- Disse, a sua doce voz parecendo abafada.

–Prendeu a cabeça na privada de novo?- Sam opinou, arqueando as sobrancelhas.

–É!- Cat concordou. A loira riu e foi ajudá-la, as duas sem deixar de pensar que os hábitos de sua amizade nunca mudariam, nem morreriam.

The End


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