Linhas de Sangue escrita por jessy06
Sasha Turner
Entramos para dentro e a minha mãe fez-me sentar no sofá.
- Sasha tens de ter calma, tudo o que te vamos contar vai parecer uma parvoíce, e vais acharmos doidos, por isso – a minha mãe olhou para Sam e sorriu – eu ainda nem acredito é a coisa mais feliz e esperada na minha vida,
- eu sei senhora Turner – Sam contribui-o o sorriso.
Mas o que se passava com eles? Eu tinha acabado de matar um aluno um amigo, e um possível namorado, e eles só se riam.
- podem-me explicar o que se passa – a minha voz saiu um pouco forçada e rouca – eu acabei de matar alguém não sei como e vocês só se riem?
- desculpa filha – a minha mãe levantou-se e foi a uma das gavetas do móvel que estava ao canto da sala e tirou algo branco pequenino – primeiro que nada toma.
O pequeno objecto era um telemóvel de tampa que abri e já estava ligado, na lista de contacto existia uma quantidade de números de pessoas que eu não conhecia, apenas os de Sam, Alicia, Tom e Violet eram-me conhecidos.
- Sasha vamos tentar explicar de uma maneira pouco drástica.
- deixe-me tentar – Sam levantou-se e sentou-se ao meu lado – Sasha o que te lembras do que aconteceu?
A única coisa que me lembrava era de Peter me agarrar e tentar obter algo de mim e depois vê-lo caído aos meus pés completamente inconsciente, ou morto, e eu com…
- eu tinha sangue na boca, e continuo-o a ter o sabor – era estranha a sensação porque não me fazia impressão até gostava daquele sabor.
- o que aconteceu é que o teu “verdadeiro eu” floresceu – Sam percebeu que eu não estava a perceber. – tu mordes-te o Peter, como só falta dois dias para os teus 20 anos, revelou-se mais cedo.
- Hã? Calminha Sam, tu te enganares no meu numero de roupa interior é uma coisa agora na minha idade não te admito.
- quer-lhe contar?
- Sasha, tu não tens 16.
- desculpa! Eu sou mais velha? Quer dizer que eu estou na idade de entrada dos adultos?
- todos nós temos 20, só que a nossa natureza faz-nos aparentar termos menos uns. – interrompeu Sam.
- ela já está diferente não notas? – a minha mãe continuava a falar de coisas que eu não percebia.
- sim é verdade.
- okay chega! – levantei-me e tentei que me fizesse ouvir durante cinco minutos, pelo menos – podem-me explicar desde o inicio, para que é este telemóvel, que idade tenho afinal, que mudança é essa e apenas fale um.
Parece que agora tinha resultado.
- sim, já perdemos muito tempo.
- bem, tu não és humana. – Sam esperava que eu disse-se “o quê?”, mas acenei com a cabeça para que ele continua-se. – tu és uma mistura como eu, a Alicia, a Violet e seu marido e o Tom, mas o Tom, tal como tu, ainda não mudou, por isso temos de continuar a manter segredo dele até chegar o seu vigésimo aniversario.
Para começar os nossos antepassados eram uma tribo, mais ou menos, os homens da tribo eram lobos de espírito e as mulheres eram as responsáveis de criar os filhos.
Um dia aconteceu uma desgraça, muitas das mulheres escolhiam o inverno como o tempo melhor para poder ter um filho e cria-lo. Num dia, no final do Outono os homens tinha decidido ir caçar para um pouco mais longe do que costume.
Nessa tarde um grupo de vampiros atacou a aldeia as crianças foram as primeiras a ser devoradas, e algumas das grávidas começaram a ser abertas a meio para que eles pudessem comer o conteúdo os embriões quase prontos para nascer.
Mas a meio desse processo o seu chefe mandou morderem o resto das mulheres grávidas e fazer com que o seu sangue se mistura-se com o delas e que dali surge-se vampiros desde nascença, o que eles não sabiam é que aquelas crianças iriam ter descendências de lobo. O sangue de vampiro foi mais forte e por isso temos mais parecenças físicas com eles e apenas algumas capacidades vinda dos lobos. – estás a acompanhar?
- sim mas onde nós nos encaixamos nisso, das crianças que nasceram meio vampiras meio lobo.
- ai mesmo. A tribo nunca foi casando com humanos.
- o meu exemplo, o teu pai, era um vulgar humano mas a minha paixão por ele foi mais forte do que qualquer outra coisa, e então transformei-o num dos nossos.
- mas pelo se fala naquelas lendas é que os vampiros não podem procriar. – apesar de não gostar muito os livros sobre esses assuntos enchiam as prateleiras da biblioteca e agora saiba porquê.
- sim, mas nós somos uma mistura, lembras-te? - e isso foi uma das outras coisas que as mulheres descenderam dos lobos. – respondeu Sam – continuando, nós continuamos a ser uma tribo, mais um clã ou um grupo, amanha levo-te há reunião para te apresentar os outros, eles sabem quem tu és, és a mais esperada do grupo és tu que vais ser a líder da nossa geração.
- eu? Mas eu nem sei como o que tenho dentro de mim funciona.
- descansa, amanha ficaras a saber de tudo, e vais ficar a perceber. Tu tens 20 anos, mas tu vais fazer a tua festa dos 17 e se fosse a ti não fazia mais nenhuma, tu paras-te de envelhecer aos 17, aos 70 vais parecer que tens 25, nada mau, Hã? E a partir dai não envelheces mais, ficas nos 30 como dizes que a tua mãe tem – Sam piscou-me – ela só tem 57 anos – sussurrou ele para mim – o telemóvel é o mais importante, os números que estão ai são os do grupo todo, nunca o percas, e serve para chamares algum de nós quando está em perigo, só agora ao inicio, porque depois será para nos chamar para matar alguém – Sam fez um sorriso matreiro.
- bem Sasha que parte não acreditas? – perguntou a minha mãe.
Tudo para mim estava confuso agora na minha cabeça, era preferível ir por partes.
- bem as partes que consigo aceitar são a da historia, o telemóvel e a idade porque há sempre gente que se engana nas datas, mas de eu ser descendente de vampiro e lobo, não está a resultar.
Sam desapareceu, mas no segundo seguinte já lá estava, sentado uma cadeira que costuma estar na cozinha.
- já acreditas - perguntou Sam.
- ainda não me conseguis-te convencer. – e era verdade, isto era uma estupidez.
- plano B – Sam puxou a cadeira para o meu a sala – parece que ela é persistente como eu.
- sim, ainda me lembro foste o primeiro por isso foste o mais difícil de convencer.
- senta-te nesta cadeira, Sasha – pediu Sam.
Eu sentei-me na cadeira sem esperanças que algo de mal me acontece-se.
- Vou buscar a câmara de filmar – a minha mãe correu para a outra ponta da sala – eu filmo, tu dás sangue.
Enquanto conversavam, Sam já me tinha atado os pulsos aos braços da cadeira.
- o que vão fazer-me?
- filmar-te, simples, não é?
Sam levou a mão ao bolso e tirou uma pequena navalha e fez um golpe no pulso, as gotas de sangue começaram a escorrer para cima de mim, uma delas cai-o no canto do meu lábio e algo aconteceu.
Os meu lábio superior era puxado para cima por algo aguçado, e apenas tive o instinto de inclinar a cabeça para cima e tentar beber todas as gotas do sangue de Sam.
- ela sabe será uma boa líder, já consegue controlar os dentes, nada mau para quem despertou há menos de uma hora.
Aquela ansiedade por sangue parou e o meu lábio voltou aos seu sitio.
- vê. – no vídeo eu tinha os olhos azuis fluorescentes, e os meus dentes caninos estavam maiores.
Tudo o que tinha de ser provado, estava agora esclarecido, já conseguia acreditar, depois de ver aquelas minhas figuras.
- o que quiseste dizer com controlar os dentes?
- tu tens duas maneiras de os usar, para transformares ou mordes alguém, só usas os caninos se for para matar alguém a tua boca enche-se de dentes afiados para que possas desfazer em pedaços algo.
- e o que é que a Alicia vai fazer com o Peter?
- queima-lo no mínimo dos mínimos, não te preocupes mais ele ate te ajudou a revelas-te o que realmente és. – disse Sam.
- E agora o que me vai acontecer?
- nada vais viver a vida ao máximo, é para isso que cá estamos festas, sair até de manha e não fazer nada.
Bem-vinda ao nosso verdadeiro mundo.
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