Despertar escrita por Melaine_, Cassia Cardoso


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Hii! Demoramos um pouco, mas aqui está mais um capítulo pronto.
Espero que gostem do capítulo!
Obrigada a vocês que estão acompanhando desde o primeiro capítulo!



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–Boa tarde, senhorita Thierry. Como está se sentindo? - Perguntou Dumbledore a observando sob seus óculos meia lua.

–Estou bem, apenas não lembro o que aconteceu. - Mentiu Desiré evitando dar muitos detalhes sobre os últimos acontecimentos e as milhões de regras que ela havia quebrado antes de ser acordada pelo diretor.

Desiré havia acordado aquela tarde na ala hospitalar, ela estava meio confusa sobre como havia chegado lá mas imaginou que Freya devia ter ficado preocupada com a amiga após a conexão das duas ter sido cortada. Após dormir mais algumas horas ela agora estava diante de Dumbledore e do professor Snape que a observavam atentamente.

–A senhorita foi achada, desacordada, por Freya e Draco em frente ao labirinto do castelo que foi reformulado para a terceira tarefa. - Disse Dumbledore bondosamente.

–Por que o labirinto? O que a senhorita estava especulando por lá? - Questionou rispidamente Snape.

Desiré mordeu os lábios com indecisão, após a conexão entre as meninas falharem e o ritual de projeção dos corpos para a sala de herbologia ser interrompido bruscamente ela ainda não havia conversado com Freya para decidir o que deveriam contar ao diretor e o que não deveriam. Alem disso, ela não sabia ao certo até que ponto as duas haviam compartilhado a visão que aconteceu com Desiré, então estava em dúvida sobre as informações que deveria fornecer naquele momento. Percebendo a dúvida de Desiré o diretor apressou-se a dizer:

–Não se preocupe Desiré, a senhorita Ivanitch já foi chamada e deve… - O diretor interrompeu as palavras ao ouvir os passos de Freya que chegava correndo carregando o caderno de desenhos - Pronto! Ela já está aqui.

–Professor Dumbledore, professor Snape. - Disse Freya acenando para os dois antes de se sentar na cadeira ao lado da cama da amiga. Sua mente fervilhava por respostas, mas aquele não era o momento apropriado para questionar a amiga.

–Agora que estamos todos reunidos, por favor, nos contem sobre suas visões.

–Eu não tenho tido visões. - Disse Freya séria olhando preocupada para a amiga - Você Desiré, teve alguma visão ontem? - Perguntou ela a amiga.

–Sim. Na verdade foi bem complicado, mas como desconfiei você não teve a mesma visão, não diretamente, ao menos - Desiré pensou em como explicar a visões deixando de fora o pequeno ritual enquanto Freya a encarava confusa com as ultimas palavras da amiga.

– Você poderia nos contar o que viu? - Perguntou o diretor.

Desiré se endireitou na cama e narrou detalhadamente a visão, deixando de fora apenas os detalhes sobre as circunstâncias nas quais esta visão tinha ocorrido, a garota imaginou que não seria prudente contar ao diretor sobre o ritual e narrou o acontecido como se fizesse parte de um de seus pesadelos rotineiros. A narração feita pela garota parecia ter chocado a todos, inclusive Freya. Ela pode ver os olhos azuis do diretor se tornarem frios com suas palavras.

Desiré apontou para o caderno de desenhos que Freya trazia em mãos pedindo que a amiga a entregasse.

–Freya tem feito alguns desenhos que parecem flashs das minhas visões. - contou Desiré folheando o caderno de desenhos.

Desiré começou a folhear e antes de mostrar aos professoras ela percebeu que agora haviam páginas e mais páginas rabiscadas com tons verde vibrante, era como se o caderno tivesse sido tomado por raios verde esmeralda em suas ultimas páginas. Desiré notou que inconscientemente Freya havia desenhado partes da ultima visão também.

–Freya…

–Por merlim! - Disse a garota levando as mãos a boca - Eu acordei com o caderno no meu colo, mas eu não o abri… - Disse Freya confusa pegando o caderno das mãos de Desiré o folheando nervosamente em busca de respostas.

–O senhor pode fazer algo sobre a visão, certo? - Perguntou Desiré séria - O senhor pode impedir essa morte, não é?

–Eu com certeza tentarei. - Respondeu o diretor.

–Nós deveríamos começar investigando a taça. - Disse Snape.

–Ótimo, Serevo. Peça para Minerva e o professor Moody te auxiliarem na busca por pistas e feitiços de passagem que possam estar na taça. Depois que a inspecionarem quero que deixe a taça com Alastor que deve garantir a segurança dela até a tarefa. - Disse o diretor antes que Snape pudesse sair pela porta da ala hospitalar rapidamente.

–E eu, já posso voltar para a carruagem da minha escola? - Perguntou Desiré se levantando da cama pronta para sair da ala hospitalar.

–Sim, só peço às duas que sejam discretas quanto a visão. Se os demais alunos descobrirem sobre isso será criado um estado de pânico que eu não serei capaz de amenizar. - Respondeu Dumbledore sério.

As meninas acenaram para o diretor, mas elas sabiam que não conseguiriam manter a promessa feita com tanta facilidade assim, não havia como elas deixarem de alertar seus amigos campeões sobre a visão que Desiré havia tido. As garotas já estavam quase na porta da ala hospitalar quando o diretor as chamou para um ultimo recado.

–Mais uma coisa senhoritas, não preciso alerta-las sobre os perigos e penalidades aplicadas a alunos que praticam magia avançada sem a devida orientação de seus professores, certo? - Disse o diretor olhando as garotas por cima do óculos.

–Sim senhor. - Responderam prontamente as duas antes de deixar a ala hospitalar.

Assim que passaram pela porta da enfermaria elas apressaram o passo para ficar o bem distante da audição apurada de Dumbledore. Não era possível, as garotas suspeitavam que o diretor devia ter implantado um chip delator na varinha de cada aluno de Hogwarts para saber tantas informações sobre as infrações e feitiços praticados pelos alunos. Além do mais, as indiretas do diretor eram piores que os cartões berradores enviados pelos pais aos alunos encrenqueiros.

–Você tem sorte que fui eu quem te encontrou, se Dumbledore tivesse visto aquele livro que você carregava…- Disse Freya encarando a amiga - Agora você pode começar a me contar tintin por tintin o que a senhorita estava fazendo sozinha ao lado do labirinto carregando um exemplar do “Guia avançado de magias de projeção - Técnicas de controle de mente” ?

–Caraca! Você poderia trabalhar facilmente na biblioteca, se tudo der errado já tem um emprego garantido amiga, - Riu Desiré tentando desconversar.

–Haha! Você está me achando com cara de trasgo? Para de desconversar Senhorita Desiré e me conte logo o que você estava tentando fazer.

–Eu vou te mostrar uma coisa, me dê sua mão - Disse Desiré estendendo a mão a amiga.

Freya hesitou antes de estender a mão para a amiga a observando com olhar atento.

–Ora vamos logo, não é como se eu fosse um dementador querendo sugar toda a sua alegria de viver - Riu Desiré puxando a mão da amiga para perto.

–Você está agindo estranho ultimamente, misteriosa e meio ‘a flor da pele’, isso me assusta. - Freya ainda estava receosa observando a amiga.

Assim que as garotas se aproximaram e deram um aperto de mãos uma sensação diferente invadiu a mente de Freya, ela se sentiu subtamente leve e com a mente esvasiada de qualquer pensamento.

–Tente manter a mente livre e evite tocar em qualquer coisa a seu redor.

Freya ouvia a voz de Desiré distante, como um sussurro, ela se sentia levitando no ar, como se fosse capaz de voar. Ao observar a paisagem ao redor Freya tomou um susto, as garotas não estavam mais nos gramados do colégio. Elas estavam na sala comunal da carruagem de Desiré observando algumas veelas conversando animadamente.

–Maravilha! - Dizia Desiré empolgada - Isso está ficando cada vez mais interessante!

–Desiré, o que está acontecendo aqui? - Freya olhava aquela cena como uma espectadora de um filme enquanto as pessoas presentes na sala pareciam não notar a presença das duas garotas, e por mais estranha que fosse aquela situação Freya ainda se sentia vazia, como se não fosse capaz de ter qualquer tipo de sentimento a preenchendo.

–Não é demais? Essa é a chave para os nossos problemas, é assim que vamos impedir a morte no torneio! - Desiré parecia euforica enquanto Freya estava completamente preocupada com aquela nova habilidade da amiga - Estive estudando várias técnicas de telepatia e projeção de corpos nos livros da sessão proibida da biblioteca de Hogwarts, descobri que tenho certa facilidade em conseguir recriar ambientes de forma mental e dai para conseguir projetar nosso corpo nesses ambientes é bem simples na realidade. É claro que as pessoas que estão nessa sala nesse instante, por exemplo, nunca conseguiriam nos ver, mas estou trabalhando arduamente tentando descobrir uma forma de exercer influencia nos ambientes em que me projeto.

–Que tipo de professor esta incentivando e te ajudando nessas buscas Desiré? Isso pode ser muito perigoso. Você nunca ouviu as histórias de pessoas que usam pó de flu para se transportar e acabam chegando a destinos errados ou tem partes do corpo mutiladas? - Freya estava começando a se irritar com a irresponsabilidade da amiga.

–Nenhum professor está me ajudando oras. Estou desenvolvendo muito bem sozinha! - Disse Desiré confiante - Hey, Freya, o que você pensa que está fazen..- Disse Desiré olhando perplexa para a amiga que tentava soltar a mão de Desiré.

Freya se sentia nauseada invadida por aquela total apatia, ela se questionava como Desiré podia estar parecendo tão bem se ela própria se sentia miserável, como se todo resquício de lembrança e sentimentos tivesse sido sugado de sua alma.

–Me solte, eu quero voltar agora! - Implorou Freya.

–Mas você não entende? Essa é a chave! - Disse Desiré.

–Eu já entendi, ótimo, temos a chave. Agora me leve de volta e conversamos no mundo real. - Disse Freya .

–Okay, leva um tempo pra se acostumar, eu entendo. - Disse Desiré apertando a mão da amiga com força e fechando o olho - Agora se concentre apenas em deixar a mente livre. Deixe a brisa do vento te preencher.

Freya apesar de assustada seguiu os passos de Desiré, fechou os olhos e se concentrou na sensação do vento que começava a sacudir lentamente seus cabelos.

Pronto, já pode abrir os olhos! - Disse Desiré soltando a mão de Freya - É facinante essa sensação de vazio não é? É a parte que eu mais gosto!

–Eu achei bem assustador na verdade! Era isso que você estava fazendo aquele dia perto do labirinto? Porque você estava desmaiada quando te encontrei? Isso pode ser perigoso! - Freya tinha um milhão de perguntas sem resposta em sua mente que agora fervilhavam, ela tinha perdido completamente aquela sensação de vazio e agora se sentia completamente irritada e cansada.

–Ai, você está passando por um tipo de estresse pós projeção. Os livros descrevem bem esse tipo de efeito colateral. - Desiré olhava preocupada para a amiga - Deve passar rapidamente. Olha, vou te emprestar um guia de bolso super instrutivo que achei esses dias. Leia e voltaremos a conversar sobre isso, okay? É sério, nós temos que encontrar uma forma de agir rapidamente ou você acha que nossos amigos vão simplesmente concordar em não participar da ultima tarefa?

Freya não sabia ao certo como agir naquela situação, ela realmente estava sentindo a raiva se dissipar com o passar dos minutos e também tinha certeza que elas deveriam tentar todas as maneiras possíveis de tentar impedir que a ultima tarefa se realizasse da forma como elas haviam previsto.

–Certo, me dê logo o livro, preciso de todas as informações possíveis sobre essa sua idéia! - Disse Freya pegando o livro que Desiré havia tirado do bolso de suas vestes - Além do mais eu tenho certeza que o cabeça dura do Krum não irá aceitar de jeito nenhum os nossos conselhos sobre a tarefa.

–Hoje tentarei conversar com a Fleur, vou ao menos avisá-la do perigo que ela corre. Preciso chegar o quanto antes a carruagem para conversar com ela sem ninguém por perto

–Certo, nos encontramos amanha no café da manhã? - Perguntou Freya analisando a capa do guia de bolso

–Sim, leia atentamente as instruções miúdas, elas oferecem diversas dicas para iniciantes. - Desiré apontou para o rodapé de uma das páginas do guia.

–Uhul, a noite vai ser boa! Já posso imaginar usos bem interessantes para essa nova técnica. - Disse Freya dando uma piscadinha para a amiga.

–Até amanha! - Despediu-se Desiré indo em direção a carruagem.

Alguns minutos depois de se despedir de Freya, Desiré chegou na carruagem de sua escola, passando pela sala de entrada pode ver que as garotas que elas haviam visto a alguns minutos atrás quando projetaram seus corpos ainda permaneciam ali no mesmo local conversando animadamente sobre as espectativas que tinham para a ultima tarefa que estava por vir.

Desiré imaginou que sua amiga Fleur deveria estar reclusa no quarto conversando com a irmã mais nova. As pessoas costumavam ter uma impressão equivocada de Fleur, ela era muito mais do que uma garota metida e arrogante. Na verdade a personalidade da garota estava muito distante do que sua aparência mostrava para os desconhecidos. Fleur sempre fora muito acanhada e apegada a irmã caçula, ela não gostava muito dessa atenção toda que recebia por ser uma veela famosa e várias vezes se incomodava com o assédio e preferia ficar reclusa em seu quarto.

–Olá Cinderela, será que eu posso interromper sua reclusão de beleza? - Disse Desiré entrando no quarto de Fleur.

–Oh, Mon chéri! Entre, fique a vontade! - Disse Fleur se virando para Desiré e indicando um grande pufe ao lado da penteadeira. Ela estava fazendo uma grande trança nos cabelos dourados da irmã caçula.

–Que lindo! Gabrielle, seus cabelos parecem os raios de sol que batem na agua em dias de verão! - Disse Desiré olhando carinhosamente para a irmã de Fleur que correspondeu ao elogio com um sorriso tímido.

–Minha pequena está tão linda, o ar de Hogwarts faz bem para nossa pele, você não acha, Desiré? - Disse Fleur com seu sotaque carregado.

–É claro! Será que podemos falar alguns minutos a sós? - Disse Desiré olhando de Fleur para sua irmã.

–Ahh, imagino que sim! Gabrielle querida, já terminei sua trança, agora vá procurar a Madame Maxime e peça para vistoriar as minhas vestimentas para a ultima tarefa. Confio no seu bom gosto, minha querida. Não deixe aquela gigante me empurrar vestes de segunda linha, certo? Merci! - Disse Fleur enquanto encaminhava sua irmã para a porta do quarto. A garotinha saiu animada e Fleur logo voltou para perto de Desiré e se sentou no banco da penteadeira.

–Me diga, o que posso fazer para te ajudar. - Disse Fleur interessada.

–Fleur, eu tive uma visão - Disse Desiré sem rodeios - E eu preciso que você desista da ultima tarefa, por favor?

Fleur observava atentamente a amiga, ela já sabia que Desiré tinha alguns dons diferentes das outras garotas veela e não duvidava das visões da amiga, mas havia um porém. A diretora do colégio nunca permitiria uma desistência do torneio.

–Desi, você sabe porque ainda continuo nesse torneio tenebroso… - Começou Fleur.

–Eu sei que você não pode desistir, sei bem, mas apenas não faça nenhum esforço para ganhar, por favor, não chegue perto daquela taça. - Disse Desiré compreensiva.

A família de Fleur apesar de sustentar um status elevado estava a beira da falência, tudo o que restava as irmas era o nome que elas carregavam e a tradição que a família sustentava dentro da comunidade bruxa, Desiré tinha plena consciência de que Fleur estava aguentando aquele torneio apenas para garantir que sua irmã continuasse matriculada na academia e tivesse sua formação garantida para o futuro. Ela sabia que a amiga não poderia desistir publicamente de competir, mas também tinha certeza que ela não possuía interesse nenhum em ganhar o torneio ou conquistar alguma fama com aquilo tudo.

–Você sabe as circunstâncias que me trouxeram até aqui. - Disse Fleur arrasada.

–Estou trabalhando em uma maneira de impedir que a visão que tive com a Freya se concretiza, apenas prometa pra mim que você vai ficar o mais distante possível da taça. Eu estarei lá com você, apenas confie em mim e me prometa. - Implorou Desiré.

–Certo, vou me manter longe da taça. Mas como assim você estará lá? - Perguntou Fleur curiosa.

–Eu não posso te dar detalhes sobre isso, apenas confie em mim. - Disse Desiré se levantando e abraçando a amiga.

–Esta certo, sabe, as vezes você é bem estranha Desi, mas eu gosto de você. - Disse Fleur retribuindo o abraço da amiga.



No dia da terceira tarefa, Desiré encontrou Freya na mesa do café da manhã com Krum, Kayo e Draco. A cara da amiga não estava muito mais animada que a sua. A conversa com Fleur havia sido mais fácil do que ela imaginara, mas ela tinha a sensação que Krum não compreenderia facilmente aquela situação. Chegando na mesa ela apenas sorriu para Freya e se sentou em sua frente.

–Nossa, não sabia que as veelas eram tão mau educadas… Bom dia pra você também. - Disse Krum pegando no pé de Desiré.

A garota o fuzilou com os olhos e ele soltou um arroto alto como resposta. Freya, irritada, colocou as mãos na têmpora.

–Você conhece ele a anos e ainda se irrita com isso? - Perguntou Draco para Freya.

–Não é por isso que estou irritada, Draco. - Respondeu ela.

–Você pelo jeito nem tocou no assunto com o Krum, não é? - Perguntou Desiré.

–Que assunto? - Krum perguntou interessado.

–A terceira tarefa. - Responderam as duas juntas.

–Vou ganhar com alguma dificuldade? - Perguntou ele confiante.

–Krum, não vai haver vitória nessa tarefa. - Disse Freya séria.

–Como não? Alguém tem que ganhar e esse alguém sou eu! - disse ele sorrindo e apontando com o dedão para ele mesmo.

–Ninguém está brincando aqui, Victor.

–Você teve uma visão, né?! - Perguntou Kayo.

–Nós tivemos uma visão. E não é nada boa. - Respondeu Desiré.

A garota pegou o caderno de Freya e o abriu mostrando as páginas desenhadas. Kayo e Draco pareciam assustados, já Krum parecia confuso.

–Eu não entendi. O que isso quer dizer?

–Basicamente, que não haverá um vencedor. - Respondeu Freya.

–Quem alcançar e tocar na taça morre. - Completou Desiré direta.

–Você não pode desistir da tarefa, mas você pode fazer de tudo para nem chegar perto daquela taça. - Disse Freya.

–Eu cheguei até a ultima tarefa, até parece que vou desperdiçar a chance de ganhar. - Rebateu Krum.

–Você é surdo, ou o que? - Perguntou Desiré abismada - Acabamos de falar que o vencedor vai morrer. Qual parte disso você não entendeu?

–Como se fizesse sentido isso…

–Eu não ligo se faz sentido ou não, eu ligo para o fato de que há quatro campeões e um deles vai morrer hoje a noite. - Disse Freya o encarando.

–Eu torço para ser o Potter. - Disse Draco.

–Eu aceito o fato de você não me levar a sério, mas não me venha falar que gostaria que minha visão se concretizasse, Draco! - Respondeu Freya grosseiramente - Você não sabe nada sobre morte então não fale nada!

–Eu não… - Começou Draco mas foi cortado pro Desiré.

–Você conhece os dons da Freya, como pode duvidar dela? - Perguntou Desiré brava.

–Dumbledore não deixaria isso acontecer na sua própria escola. - Disse Krum.

–Nós já falamos com Dumbledore e a visão continou. - Respondeu Desiré.

–Krum, você precisa ficar longe da taça.

–Eu sabia que isso ia acontecer. Você estava louca para competir também, e agora quer me tirar do caminho para ficar com a glória eterna. - Disse Krum.

–O que? - Perguntou Freya confusa.

–Que glória tem na morte? - Perguntou Desiré séria - Um de vocês vai morrer!

–Não tem como isso acontecer aqui! - Vociferou Krum - Vocês estão erradas!

–Nós não estamos erradas. - Respondeu Desiré séria.

–Minha irmã nunca errou. O que está acontecendo com você, Krum? - Perguntou Kayo estranhando a reação do amigo.

–Não sei porque você está fazendo isso. Achei que fosse minha amiga… Não achei que deixaria sua inveja nos separar. - Disse Krum olhando para Freya.

–Inveja?? Ótimo! - Disse Freya se levantando - Vai lá brincar de campeão e pegue a taça. Espero que sua gloria eterna lhe faça companhia no caixão. - Disse Freya entre os dentes.

Krum se levantando com os punho fechados, mas antes que ele pudesse ter mais alguma atitude idiota Kayo tentou segura-lo enquanto Draco puxava Freya até a saída.

–Vocês vão se arrepender disso! - Gritou Krum tentando se desvenciliar de Kayo.

–Sempre soube que você era um grande babaca, agora chegou a hora de você aprender uma lição. - Disse Desiré empurrando Kayo para o ela e se atirando em cima do jogador.

–Saia de cima de mim, sua mandrágora berradora! - Krum se debatia como uma criança tentando tirar Desiré de cima, mas a garota permanecia firme com a varinha apontada a meio centímetro do nariz do jogador.

–Vou te transformar em um grande e pegajoso flobberworm. - Riu Desiré.

–Alguém tire essa garota descontrolada de cima de mim - Gritou Krum.

–DESIRÉ! MEU AMOR! - Disse Juan vindo em direção aquela confusão sem nem notar a situação de perigo eminente em que estava se envolvendo. O garoto estava com os olhos lacrimejados vindo correndo na direção de Desiré.

Assim que a garota notou Juan vindo a seu encontro ela teve uma atitude impensada e automática, virou instantaneamente a varinha na direção do amado e gritou:

–Alarte Ascendare!

Juan foi atingido pelo feitiço e lançado no ar caindo no chão com um estrondo, todas as pessoas do salão que pareciam estar se divertindo com a cena de Desiré e Krum agora olhavam assustadas da menina até Juan que permanecia imóvel no chão. Assustada com a reação automática que teve, Desiré saiu rapidamente de cima de Krum que estava espantado demais para ter qualquer tipo de reação contra a garota. Assim que saiu de cima do jogador Desiré passou correndo em direção a porta de entrada sem olhar para trás.


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Notas finais do capítulo

A terceira tarefa está cada vez mais próxima. Estão ansiosos? :3
O que acharam do capítulo? E os poderes da Desiré, fascinantes, não? *_*



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