Jump! escrita por Giii_Poynter


Capítulo 4
Capítulo 4




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Acordei acabada. Olhei a minha volta e estava sozinha dentro de um banheiro. Simplesmente, não conseguia lembrar de nada que havia acontecido na noite anterior. Me perguntei porque, afinal eu só havia bebido uma coca. Eu levantei e estava com uma tremenda dor de cabeça. Percebi que estava um pouco tonta também. Me olhei no espelho do banheiro e me assustei. Estava descabelada, e seminua. Olhei para o chão e todas as minhas roupas estavam ali. Comecei a vesti-las desesperadamente. Será que eu havia dormido com Danny Woods?
Após estar em melhor estado, saí do banheiro.
O Salão de Festas estava um caos. Até agora ainda tocava música, mas o DJ não estava mais lá. Tinha gente dormindo nos sofás e até no chão. No chão havia vários copos e latas de cerveja jogadas e amassadas. Algumas pessoas acordavam aquela hora, outras já estavam no bar e a maioria ainda estava dormindo profundamente. Não acredito que tinha passado a noite em uma festa. Procurei por Danny, mas não o achei. Procurei também pela dona da festa e o diretor, nem sinal deles. Fui andando pelo Salão de Festas, tentando não pisar nas pessoas que estavam dormindo. Então, encontrei Sue dormindo em cima de Joe em um dos sofás. Não queria imaginar o que eles podiam ter feito.
- Susan! Susan Tyler, acorda! – Eu disse, sacudindo ela. Depois da terceira tentativa, ela foi abrindo os olhos bem devagar e perguntou, sonolenta:
- O que foi? Aonde eu to? Ah, me deixa dormir! - E depois fechou os olhos de novo. Eu já tava me enfurecendo com ela. Peguei seu pulso e olhei a hora em seu relógio. Já eram 13:30! Desesperada, puxei Sue que se assustou e quase caiu no chão.
- Caraca! O que foi que eu fiz? – Ela disse, irritada.
- A gente fez! São 13:30! – Eu gritei. Ela imediatamente arregalou os olhos e puxou Joe. Eu saí à procura de Jeremy. Mas, não o encontrei em lugar nenhum.
- Lilly! – Joe gritou meu nome. E quando eu fui até ele e Sue, vi o que eles observavam.
Brian dormia angelicalmente entre dois homens. Reconheci o segurança e o outro devia ser um convidado da festa.
- Cara, que coisa gay. – Joe disse, com nojo.
- E agora? – Sue perguntou.
- Eu é que não vou levar esse cara pra casa, vai que ele me agarra do nada? Ele que chame um táxi... Prefiro ser agarrado por outra pessoa. – Ao dizer a última frase, ele trocou olhares com Sue. Ta, isso era como se afirmassem que estavam tendo um caso.
- Eu não encontrei Jeremy e não sei dirigir, e agora? – Eu perguntei.
- Eu sei dirigir. – Disse Joe.
- Mas você não tem idade para isso. – Eu falei.
- Que se dane as leis! – Ele exclamou, partindo para o carro. E eu fui atrás. Observei Sue e Joe indo para o carro. Eles não tinham nada a ver! Ela era baixinha e ele era enorme e super musculoso. Que doido.
Após entrarmos no carro, partimos para casa.
Ao chegar lá, nos despedimos de Joe e nos preparamos para as broncas de nossa mãe. Porém, ela não estava em casa. Estranhamos, porque isso não era normal. Mas, deixamos para lá e aproveitamos nosso tempo livre. Eu tomei um banho, me vesti e depois fui andar na praça. Até que encontrei Danny. Corri até ele, mas quando me aproximei, vi que ele acariciava os lindos cachos louros de Laura Jensen e depois a beijou. Aquilo me abalou fortemente. Eu fui até ele e disse:
- Danny, eu quero falar com você. – Ele ficou confuso, mas disse que já voltava para Laura e me acompanhou até uma árvore ali perto.
- Danny, você não tinha terminado com ela? – Eu perguntei.
- Terminei, mas voltei com ela hoje de manhã. – Ele respondeu, sorrindo.
- O-oque? E nós ontem à noite? – Eu perguntei, temendo pela resposta.
- Nós? Cara, eu nunca iria namorar contigo. Eu só fiquei com você ontem pra atingir minha meta de namorar todas as garotas da sala. E, infelizmente ainda faltam as nerds da sala.
Eu fiquei olhando para ele, pasma.
- O que? Você acha que eu namoraria uma emo revoltada? HAHAHA. Só pode estar de brincadeira, né? Que louca! – Ele disse e depois voltou para sua namorada.
Cara, como eu fui idiota! Como eu pude acreditar nesse cara?
Perturbada, corri para o meu lugar preferido e bem distante de todos. Era um banco entre duas árvores em frente à praia. Só quem sabia dali era Jeremy. E era dele que eu precisava naquele momento.

De: Lilly
Para: Jeremy
[Preciso de você. Por favor, me encontre no meu lugar preferido]

Quando cheguei no lugar, sentei no banco de madeira e me desabei a chorar. Botei as mãos no rosto, que ficaram totalmente molhadas. Como eu pude acreditar nele? Como eu pude me apaixonar por ele? Como eu pude me deixar enganar daquele jeito? Eu me sentia uma completa idiota. De repente, senti os braços de Jeremy me envolvendo em um abraço forte. Passei meus braços por seu pescoço e chorei em seu ombro. Ele beijou meu cabelo, e quando eu melhorei, perguntou:
- Pode me dizer agora o que aconteceu?
- Eu acabei de descobrir que sou uma idiota, foi isso que aconteceu. – Eu respondi.
- Ei! Você não é nenhuma idiota, não fale isso. O que aconteceu de verdade?
- Depois de me beijar muito ontem à noite, Daniel me disse que só me usou para poder atingir sua meta de ficar com todas as meninas da sala. – Eu falei, chorando ainda mais. Jeremy pôs as mãos em meu ombro e me empurrou um pouco para trás para ver se eu estava falando a verdade.
- Ele disse essas coisas horríveis pra você? – Ele perguntou. Eu afirmei com a cabeça. – Que canalha! Eu já havia te avisado várias vezes sobre ele e você não me escutou.
- Eu sei, Jer. Me desculpe. – Eu disse. – Eu não acredito que transei com aquele cara.
- Você não transou com ele. – Ele disse.
- Como não?
- Eu vi tudo, Lilly. Quando você deixou Danny te esperando no bar, ele botou um remédio na sua bebida. Eu ia te avisar, mas não deu tempo. Depois ele saiu te beijando e te levou para o banheiro. – Ele deu uma pausa, com nojo. – Mas quando você desmaiou lá dentro, ele te despiu como se tivesse dormido com você e te deixou lá, sozinha. Só para todos pensarem que ele estava quase “atingindo a meta dele”.
Eu fiquei boquiaberta.
- Mas, como você sabe que ele me despiu?
- Eu ouvi ele contando o plano para a Laura. – Ele disse.
- Bom, pelo menos um alívio para mim. E raiva também porque ele me enganou.
- Mas, olha. Saiba que sempre que você precisar eu vou estar ao seu lado, ok? Afinal, é para isso que servem os melhores amigos, né?
- É. Obrigada, Jeremy. – Eu disse e o abracei.
Depois do abraço, ele não me deixou que eu me afastasse muito e ficou olhando nos meus olhos. E, bem lentamente, foi tocando seus lábios nos meus. Meu coração disparou tanto que eu achei que ia morrer ali. Então, quando o beijo se aprofundou e sua língua tocou na minha, eu senti como se nada mais existisse, só eu e ele. Foi uma sensação estranha, pois eu estava beijando o meu melhor amigo. Mas, naquele momento, eu não conseguia pensar em mais nada. Então, quando nossos lábios foram se afastando suavemente, eu percebi aonde estava e com quem, mas não conseguia tirar meus olhos dos dele. E, de repente, não vi mais nada.

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