Jump! escrita por Giii_Poynter


Capítulo 20
Capítulo 20




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Passaram-se mais de uma semana desde aquele dia. Eu já não chorava mais, pois acho que todo o meu estoque de lágrimas havia se esgotado. Agora, eu só sentia raiva dele por ter me usado daquele jeito.
Ele tentava falar comigo todos os dias. Na escola, batendo na minha janela, tentando entrar no meu quarto... De várias maneiras ele tentava falar comigo, mas eu sempre ignorava ou recusava.
Na quarta-feira, depois da escola, eu estava deitada com o rosto no travesseiro pensando na vida, quando ouvi um barulho de porta bater.

Jeremy PDV

Eu já estava irritado demais com Lilly. Eu não conseguia viver sem ela. Passar mais de uma semana longe dela já estava me dando nos nervos. Eu precisava beijar aqueles lábios que tanto desejei durante anos!
- Já chega! A gente precisa conversar. – Eu disse, entrando no quarto dela. Ela estava com o rosto no travesseiro, então eu não podia ver como estava sua expressão. E o que eu mais queria era olhar naqueles lindos olhos verdes que me hipnotizavam.
- Eu não quero falar com você, será que não entende? – Ela disse, com a voz abafada no travesseiro.
Eu abaixei a cabeça. Até agora ninguém havia me explicado o porque de ela estar me ignorando o tempo inteiro. Eu precisava saber o que estava acontecendo com a gente!
Fui até sua cabeceira e vi uma folha de papel com uma composição dela: Você me enganou.
Li até o final e senti uma dor terrível no peito. Eu havia feito isso com ela? Era assim que ela estava se sentindo? Eu nunca usaria Lilly! Nunca a enganaria!
Sentei na beira da sua cama e acariciei suas costas.
- Lilly, por favor, olhe para mim. Nós precisamos esclarecer o que está acontecendo aqui. – Eu disse, triste.
Então, ela de repente sentou na cama e eu vi seus lindos olhos cheios de lágrimas e inchados. Doía demais em mim vê-la assim.
- O que precisamos esclarecer? Você me traiu! Eu pensava que você era uma pessoa diferente, que me amasse! – Ela gritava, soluçando.
De repente, eu estava chorando também.
- Eu te amo, Lilly! Quantas vezes preciso te dizer isso? Você sabe mais do que qualquer pessoa que é e sempre será o amor da minha vida! – Eu também gritava e lágrimas escorriam rapidamente pelo meu rosto. A minha vontade era de abraçá-la e beijá-la ali mesmo. Mas, sei que isso estragaria tudo. Eu precisava saber o que tinha acontecido primeiro.
- O amor da sua vida? Ah, acho que você não pensou nisso quando estava aos beijos com a Laura! – Ela gritou e se jogou de novo na cama.
E foi aí que entendi o que havia acontecido.
Ela havia me visto beijando Laura na sala mal-assombrada. Meu Deus... Como aquela garota pôde ser tão inteligente a ponto de estragar o meu relacionamento com Lilly?
- Lil, foi tudo um mal-entendido... – Eu disse.
- Ah, então ver você beijando aquela lambisgóia foi um mal-entendido?
- Mais ou menos... Bom, naquele dia eu recebi um bilhete no seu nome e com a sua letra dizendo para eu te encontrar naquela sala. Mas, quando cheguei lá, Laura imediatamente me derrubou no chão e começou a me beijar. Por favor, acredite em mim. Estou falando a verdade. Eu não esperei por você durante 6 anos à toa. – Expliquei.
- Eu devo acreditar nisso? – Ela perguntou, sentando-se e enxugando as lágrimas.
- Com certeza... – Eu disse, olhando em seus olhos.
- Então, como você me explica a sua letra em um bilhete que eu recebi em seu nome me dizendo para encontrá-lo lá?
- Simples. Lembra do Eliot? O garoto excluído da nossa sala?
Ela assentiu.
- Ele sempre foi famoso por copiar as letras dos outros muito bem. Deve ter copiado a minha e a sua por um pagamento que Laura ofereceu. – Continuei.
- Então, ela que armou tudo isso? – Ela perguntou, pasma.
- Foi... – Eu disse, cabisbaixo.
- E você nunca me traiu?
- Nunca, nem em meus pensamentos. – Falei, acariciando seus lindos cabelos negros.
- E você sempre me amará? – Ela perguntou, com lágrimas nos olhos.
- Até que a morte nos separe. – Eu sorri.
Ela imediatamente pulou em meus braços e me deu um delicioso abraço.
- Você não sabe o quanto senti a sua falta! – Ela gritou, chorando.
- E eu a sua. Não consigo viver sem você, por favor, não faça isso de novo. Não quero sofrer com a sua perda mais uma vez. – Eu disse, chorando e a abraçando forte.
Ela se afastou para me olhar nos olhos, botou as mãos em meu rosto e pediu:
- Por favor, nunca mais se distancie de mim.
Eu assenti e ela me beijou. Foi um beijo tão bom quanto o nosso primeiro beijo. Nossos lábios dançavam juntos em uma bela sincronia.
Após o longo beijo, nos abraçamos novamente e ela deu um lindo sorriso.
O sorriso que eu esperava ver à mais de uma semana.

Lilly PDV

Puxei Jeremy e saí correndo para contar a novidade à minha mãe e minha irmã. Soltei a mão dele antes de chegar ao primeiro andar a fim de fazer uma cena. Pisquei para Jeremy, antes de resmungar:
- Quem deixou Jeremy entrar no meu quarto?
- É... Desculpe, filha. Sua irmã não queria deixar, mas eu queria muito que vocês se entendessem. – Minha mãe disse, triste.
- Há! Quem te deu o direito? Pois saiba que você acabou piorando as coisas! – Gritei. Jeremy estava quase morrendo de rir ao meu lado e Sue estava sem entender nada.
- P-piorei? Me desculpe, filha... Não foi minha intenção. – Ela pediu, apavorada.
- Sim, piorou. Agora estamos mais apaixonados do que nunca! – Gritei e sorri. Ela e Sue deram um pulo e vieram me abraçar.
- Ai, que ótimo, Lilly! Eu já estava começando a sentir dor no meu coração no seu lugar. – Sue disse.
- Odiei te ver triste daquele jeito, filha. Ainda bem que vocês voltaram. Temos até que comemorar este acontecimento! – Minha mãe disse. E depois virou para Jeremy: - Querido, chame a sua família para jantar conosco hoje.
- Ah, claro. Vai ser um prazer. – Jeremy respondeu. E logo depois se despediu de mim e foi avisar à família.
Eu tinha certeza que ele voltaria, por isso não fiquei triste com sua ida. O maior sentimento que estava em meu corpo naquele momento, era a felicidade.

Na hora do jantar, estávamos todos reunidos na pequena mesa da minha casa. Brindamos, conversamos e comemos bastante.
E quando eu ia botar o garfo na boca, a campainha tocou. Achei estranho, pois não esperávamos ninguém.
Fui atender toda feliz e ao abrir a porta, me espantei ao ver quem era.
- Oi Lilly.
- A-Antony? – Perguntei, assustada com sua presença.

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Notas finais do capítulo

YAAY, suspense



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