Tentei viver sem ti [HIATUS] escrita por ImDisappointed


Capítulo 16
Décimo Sexto Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Voltei Queridas.... e esse capítulo é sobre Maxerica Baby...
ahram uhru ahram uhru



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P.O.V.: Maxon

Assim que saí da biblioteca caminhei até o salão, todos lá comiam do bolo de baunilha. Conversei com algumas pessoas, mas sempre olhava ao redor procurando os cabelos mais lindos, e depois de tanto procurar eu a achei.

Perto da mesa de doces, ela comia com voracidade as tortinhas de morango. Seu marido, Charlie me viu e sorriu. Eu acenei com a cabeça e olhei América que só agora me vira. Peguei um pedaço de bolo e me perdi, não sabia o que dizer e só a olhei por um tempo, uma mão tocou meu ombro e eu me virei e Kriss sorriu para mim, acompanhada dela estava minha filha Angeles e Eadlyn.

—Maxon, querido. Angeles e eu estávamos conversando com a senhorita Eadlyn e eu acho que seria muito interessante se ela ensinasse nossa filha a tocar piano, não acha?- Kriss disse e eu observei Angeles e Eadlyn, sorri e assenti, seria uma forma de trazer os filhos de América para cá, o por quê? Nem eu sei.

—Claro, seria maravilhoso- disse e Angeles se animou e sorriu para Eadlyn que a olhava da mesma forma.

—Eadlyn, eu não acho que seja idea...

—Desculpe senhora Barcelos, mas por que não seria uma boa ideia?- Perguntei para América, e ela se endireitou e disse:

—Não creio que seja ideal pois Eadlyn tem responsabilidades na Escola de Musica, e...

—Ames querida, deixe-a dar aulas para a princesa. Vai ser bom para ela.- Eadlyn foi até Charlie e o abraçou sorrindo e agradecendo o pai. Me irritei de certa forma, ‘querida’. Enquanto o senhor Barcelos e Eadlyn se abraçavam, eu ergui uma sobrancelha e olhei América, murmurei ‘Querida?!’. Mas ela só se virou para a família e me ignorou

—Tudo bem- ela disse- Você pode ficar- Ela riu- Como se eu pudesse mudar sua decisão- Eadlyn riu e a abraçou, eu só observei por um tempo mas meu coração se apertou quando Charlie se aproximou e beijou os cabelos de Eadlyn e os lábios da América. Eu, para disfarçar, fiquei por um tempo, mas dei as costas e saí para o meu quarto.

Subi as escadas e entrei no quarto, Kriss que estava atrás de mim, entrou no banheiro e eu fui até a sacada do quarto, eu observei do lado de fora. Eu sentia falta da vista que eu tinha do quarto do príncipe, dele eu podia ver a única coisa que era só meu e da América. Kriss ainda estava no banho, então eu decidi ir ao meu antigo quarto.

Entrei nele, que estava do mesmo jeito dês da seleção, caminhei até o painel onde mantive as antigas fotos, havia uma onde Ames estava assustada com a foto, eu acariciei a imagem dela e sorri. Caminhei até a janela e observei onde ficava o banco.

Eu não podia livrar-me dele, por isso o coloquei no meio das arvores e vou lá às vezes. Coloquei as mãos no bolso e me encostei na parede. Decidi dormir ali hoje e me enrosquei nos lençóis com a mesma roupa e dormi.

Estava vestido com uma calça e camisa de linho e descalço , em um quarto branco com uma janela na qual descia até o chão. Me aproximei dela por ela pude ver o nascer do sol. Havia também um campo de flores amarelas que se estendia até o horizonte, a luz clara do sol iluminava fracamente o quarto dando uma tonalidade amarelada às paredes.

Numa penteadeira bege com espelho me vi jovem de novo, com 19 anos. Nela tinha uma escova de cabelo, com um fio ruivo preso nos dentes. Ao vê-lo, virei e vi uma cama de casal com lençóis beges iluminadas pelo pouco sol que entrava, e nela estava América de 17 anos dormindo abraçada ao travesseiro.

Eu fui me aproximar para tocar seu cabelo quando ouvi um barulho do lado de fora, e ao virar-me para acariciar sua pele antes de ver o que era, ela já não estava lá. Saí do quarto e entrei em um corredor onde mais a frente havia uma parede toda de vidro com uma porta do mesmo material larga. De um lado tinha uma sala com um sofá de canto claro e uma mesinha de centro, já do outro tinha um balcão com alguns vasos rasos e redondos. América estava sentada na ilha da cozinha, eu entrei no cômodo com medo de ela sumir, mas ela me sorriu e me aproximei tocando suas coxas nuas, pois ela usava um short e camisa de linho igual a minha, assim fiquei entre suas pernas. Ela levou as mãos ao ventre e sorriu, senti um sorriso brotar junto com as lágrimas. Ela tocou meu rosto e quando ia me beijar, não senti mais seu toque. Ela não estava mais lá, apoiei as mãos na ilha e decidi procura-la.

Saí do cômodo e fui para a sala onde ela estava sentada no sofá com uma caneca do que parecia ser chá. Ao descolar seus lábios da caneca, pude ver o tamanho de sua barriga. Ela me viu e sorriu pedindo para abraça-la, e ao fazê-lo fechei os olhos e segundos depois ouvi um grito estridente vindo dos fundos. Levantei e vi que na sala, agora ocupada por Celeste, Marlee e uns ruivos que julguei serem parentes de Ames.

Andei até o quarto lotado, onde América dava luz a um menino, sua mãe fazia o parto e me sentei ao seu lado na cama e tirei seus cabelos ruivos que grudavam na testa e sorri para ela que se concentrava. Uma jovem ruiva se sentou ao meu lado e mostrou-me uma garotinha que parecia um presente de tantas mantas que a envolviam. Toquei seu rosto e sorri. Ouvi risos altos vindos da varanda do quarto e todos sumiram novamente. Bufei frustrado e me levantei. No campo América, com uns 22 anos corria em meio ao campo de flores amarelas com duas crianças a seguindo, aparentando ter cinco anos, eles eram morenos e se vestiam como nós. O sol brilhava ardente no céu, era meio dia. Eles correram para longe e sumiram. Me virei e no quarto onde estava, a penteadeira estava no chão com o espelho quebrado e cacos espalhados por todo o chão, Ames estava de costas num canto do quarto abraçando a si mesma, ela chorava, caminhei até ela e tentei toca-la mas ela fugiu se esgueirando. Ela se virou para mim com um semblante triste esperando que eu dissesse algo e eu não disse, fazendo-a virar de costas para mim. Eu a abraçei envolvendo sua cintura. Ela se virou e eu a beijei como se ainda tivéssemos 18. Ela sumiu de novo.

Saí do quarto e segui pelo corredor e dele pude ouvir Ames tocando piano e depois sons estridentes e risos. Entrei na sala e sentadas ao piano vi um morena de 11 anos e Ames com 28 anos, e um menino lendo um livro com os olhos brilhando ao percorrer as letras com vivacidade. Me virei para a cozinha ao ouvir vasilhas e portas sendo batidas, Ames com uns 33 anos ensinava garotos de 15 anos a fazer bolo, todos lambuzados eles riam e corriam de um lado para o outro tentando melar uns aos outros. Eu me virei para a sala que estava vazia, me assustei ao sentir que a garota correu para mim e me sujou de massa de bolo. Ela riu abraçada a mim e eu gargalhei, olhei para América que sorria e se limpava, a garota se soltou de mim e correu até o irmão lambuzando-o, me aproximei de Ames que me deu um selinho e voltou a bater a massa e eu beijei seu pescoço antes dela sumir. O sol estava baixo tocando a agua da praia saí dando para uma segunda varanda, onde em um balanço estava Ames com 40 anos observando o por do sol. Sentei ao seu lado e vi que ela observava duas pessoas na praia. Na areia seguindo para a esquerda uma moça vestida com trajes de princesa, seguindo de cabeça erguida até uma floresta com um palácio nele.

Já indo para a direita, um rapaz com roupas como as minhas caminhava em direção a uma moça loira, chegando a moça os dois se levantaram e se aproximaram mais da agua, caminharam de mãos dadas até se perder de vista.

Ames segurou minha mão e se aconchegou mais perto de mim. Toquei seus cabelos e o sol deu espaço para as estrela, foquei em uma única estrela observando-a meus olhos pesaram e senti os lábios de Ames em minha bochecha.

Acordei do nada olhando em volta, Foi um sonho, pensei enquanto passava as mãos no cabelo, levantei da cama e caminhei até a janela bocejando olhei para fora. Me assustei ao ver que Ames estava sentada no chão, com o mesmo vestido de antes, ela olhava a lua e eu caminhei até a porta, desci as escadas e caminhei até a porta do palácio, aquele sonho me fez ver tudo que eu perdi, eu podia tê-la perdido mas talvez eu pudesse tê-la mais uma vez.

Saí e olhei para ela, que se virou para mim, e sorriu. Me aproximei dela, sentando no chão ao seu lado, ela observava a lua, eu não sabia o que dizer:

—Ele continua aqui- As palavras escaparam e ela me olhou confusa- O banco- Disse por fim- Na floresta- Apontei para as arvores e ela me olhou e sorriu, e eu não pude esconder o sorriso. Eu queria beija-la, eu acariciei seu rosto com a ponta dos dedos, e ela inclinou o rosto e preencheu a minha mão. Não pude evitar, me aproximei e juntei nossos lábios. Foi calmo e tranquilo, ela se mexeu apoiando as mãos em meu peito e senti-me arrepiar com seu toque, corri a mão por seus cabelos e a segurei pela nuca tentando mantê-la perto o máximo possível. A falta de folego chegou e nós nos separamos. Era tão bom tê-la de novo

—Isso não podia ter acontecido- Nós dissemos ao mesmo tempo

—Você tem Kriss e Angeles e e eu vou embora amanhã, mas...

—Mas não posso dizer que não te amo- eu disse e a beijei mais uma vez, logo vai acabar, amanhã é seu ultimo dia aqui.


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Notas finais do capítulo

Beijos flores
Comenta que é bom e eu gosto
XOXO



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