P.O.V. América:

Ainda muito chocada saí da enfermaria acompanhada de Charlie, que queria comemorar, mas eu disse que precisava descansar e pedi que ele fosse embora.

Deitei e me perguntei: Como deixei isso acontecer? Um filho? Isso é impossível. Tentei ao máximo não pensar no filho de Charlie, que carregava no ventre.

Estudei a musica, uma, duas vezes, mas nada me tirava da cabeça a reação de Maxon, não conseguia esquecer como ele ficou. Maxon me deixa confusa, ele age de uma forma, mas demonstra outra. Eu estou perdida, boiando nesse mar de aparências, onde tudo nunca é o que parece.

Já era a hora do jantar. Mary trouxera mais cedo o vestido que eu deveria usar, era de um azul claro, quase branco, simples e longo com decote de canoa e um pouco rodado. Tomei banho e me perfumei. Charlie ainda não aparecera, mas deixei de lado.

Terminando de colocar meu cabelo ruivo para cima num coque de fios soltos, fiz minha maquiagem e me dirigi ao vestido, mas batidas na porta me fizeram parar no meio do caminho e abrir a porta:

—Mary? O que faz aqui?- Pergunte, observei uma caixa em suas mãos- O que é isso?- Disse para ela

—Senhora Ames-disse ela apressada- Esse é o seu vestido- fiquei confusa, e vendo isso ela explicou- A senhora Singer (NA: A senhora Singer no caso é a Celeste) o desenhou e pediu que eu o fizesse, pois achou o seu vestido muito simples. E é simples porque a Rainha pediu-me que seu vestido em especial fosse o mais simples o possível, ela disse como se a senhora não fosse tão importante, ela disse como se quisesse que você não aparecesse como as outras.

Ri com aquilo, bem a cara da Celeste achar que meu vestido era simples, mas não entendi o porquê de Kriss querer isso.

Fui até a caixa e abri, dentro tinha um lindo vestido preto (Vestido de Olivia Wilde, do Globo de Ouro de 2011) deslumbrante, sorri com a beleza do vestido, não demorei muito, tirei meu roupão e o vesti com a ajuda de Mary, que teve de ir embora, pois tinha que ajudar Kriss a se arrumar.

Eu decidi manter meu cabelo e maquiagem, até que Celeste invade meu quarto, desfilando com seu vestido vermelho (Nina Dobrev no Emmys 2011) me dizendo que meu cabelo teria de estar lindo e que meu coque estava feio, eu frustrada sentei e deixei que ela soltasse meu cabelo que escorreu ate metade das minhas costas, com algumas partes milimetricamente calculadas ela colocou mechas do meu cabelo ruivo para frente que dava um grande destaque, minha maquiagem leve foi substituída por uma nova e forte, que só Celeste sabe fazer.

Charlie apareceu e me acompanhou até o salão, esperei por Ahren e Eadlyn (Kaley Cuoco 2013 Emmy Awards). Entramos no salão, que estava enfeitado com detalhes dourados e flores roxas, as pessoas se espalharam pelo salão. A rainha Kriss (Katy Perry EMA 2009) desceu as escadas ao lado de Maxon e Angeles. Charlie foi conversar com alguns ingleses, Ead ficou a porta esperando por Kile e eu passei pelo salão, e vi que Ahren se juntava a Camille, princesa da França, sorri ao vê-lo, ele estava tão bobo a nessa manhã. Aproximei-me de uma mesa até que encontrei uma senhora segurando uma taça meio tonta, ela sorriu para mim e acenou com a mão que segurava a taça, jogando champanhe para os lados. Ela se aproximou e eu a reconheci, ela é a irmã da rainha Amberly.

Estava quase na hora de minha apresentação, Ead se aproximava para me avisar, enquanto isso Adele não dizia muitas coisas com sentido, e eu apenas assentia e em um momento ela precisou sentar-se. Eu a ajudei a chegar a uma cadeira e Eadlyn correu até nós perguntando se ela estava bem. Jornalistas se aproximaram, querendo um furo, e um escândalo para apresentar na revista, ávidos por um chilique. Maxon chegou perto e segurou a tia, que antes de se afastar disse:

—Amberly?!- Disse a senhora com lagrimas nos olhos enquanto segurava o rosto da minha filha. Os que estavam em volta olharam para nós atentamente. Ead me olhou confusa e eu me assustei e só agora reparei, ela se parecia realmente com Amberly. Jornalistas focaram seus gravadores e microfones mais próximos da Adele, que chorava e sorria ao acariciar o rosto da Eadlyn. Maxon como antes, já não estava tentando levar a tia para longe, só olhava sem foco para a filha que não tinha conhecimento.

Kriss chegou e dispersou os jornalistas, que olhavam de longe, Adele não queria se soltar de Eadlyn, que se desesperava ao ver que eu não sabia o que fazer. Eu olhei para Maxon, pedindo ajuda e ele segurou Adele, que a olhou e segurou:

—Vamos tia?- Ele disse, fazendo-a desviar o olhar de Ead. Adele fitou o sobrinho com um olhar insano

—Mas... Sua mãe- Ela olhou Ead, e abaixou o olhar- Eu estou louca?- Ela perguntou baixo para mim, e eu a abracei. Quando nos separamos, ela me olhou nos olhos como se lesse meus segredos naqueles segundos, e sorriu-me com ternura. Adele abracou Ead e disse num sussurro para mim que estava próxima:- Você não sabe a sorte que tem por ser bonita como sua avó- E ao ouvir isso quase senti vontade de morrer bem ali. Isso vai me custar respostas depois. Saí antes que os olhos de Ead caíssem sobre mim.

Charlie apareceu e me perguntou o que aconteceu, eu disse que não era nada.

Kriss disse:

—Senhores Barcelos, eu acho melhor se apresentarem agora, com tudo que aconteceu... Boa musica é necessária para acalmar.

Charlie, se sentou ao piano e eu peguei meu violino, a melodia do piano começou e no meio do salão Maxon começava a dançar com Angeles, que rodava em seu vestido rosa. Começei a tocar o violino, e fechei os olhos me concentrando nas notas.

No final, abri os olhos ao ouvir os aplausos, que eram direcionados ao rei a princesa, Charlie se virou e bateu palmas e da melhor forma que pude aplaudi também. Maxon se virou para o nós aplaudiu, sorri e me curvei levando Charlie a se curvar também.

Saímos de perto piano e deixei o violino sobre ele. Ead passou sobre mim e me olhou exigindo respostas. Ela posicionou-se de frente ao piano tocou Turning Tables, com mestria, e todos no salão rodavam com seus pares, Charlie dançava com uma moça, e eu saí para os jardins, e comecei a andar por ele dando voltas, pensando no que falaria para Eadlyn, e quando vi estava no antigo banco, onde vi Maxon pela primeira vez pessoalmente. Mas, bem aonde devia estar nos.. O banco, só havia a marca no chão, olhei esperando que ele aparecesse, mas era impossível. Sentei-me nos degraus e bufei, cobri os olhos e me pergunte o porquê, ainda era claro para mim que eu o amava, mas sempre houve mais do que nós, sempre. Eu via muitas coisas como um erro, mas os resultados desses erros me agradavam, mas atrapalhavam em muitas outras coisas. Sufoquei um grito

—Já está pronta para me contar o que foi aquilo lá dentro?- Olhei para cima e vi a face séria de Maxon, desviar a conversa não era uma opção, então me levantei e decidi usar a desculpa que inventei para Ead

—Não há o que explicar- disse balançando os ombros- Ela estava bêbada, quando se têm feridas elas ardem por qualquer coisa.

—Então a semelhança entre sua filha e minha mãe não é nada?- ele perguntou e eu ri forçado

—Semelhança? Minha filha não se parece com sua mãe- disse tentando me acalmar, ele não parecia satisfeito- E também, como isso seria possível? A rainha Amberly e Eadlyn não tem o mesmo sangue, Ead é uma Barcelos- Disse tentando manter uma firmeza na voz, tentando calar o meu inconsciente que gritava, me implorando que dissesse a verdade. Seu rosto ficou triste e ele assentiu, mas ficou parado sem se mover. A curiosidade me corroeu- Onde está o banco?- Perguntei

— Ele partiu- disse, me deixando confusa- Não tinha razões para ficar, Afinal ele se tomou grande importância e eu o macerei*, e agora só restam essas marcas.- Ele apontou com o queixo o chão e se virou partindo, me deixando sem entender. Ainda pensando fiquei ali olhando para a marca no chão.

CONTINUA...