Kise já tinha gozado uma vez, mas Kasamatsu ainda não tinha terminado.

Aqueles olhos dourados do guri loiro eram simplesmente fantásticos cheios de tesão e luxúria e prazer. Kasamatsu mal se aguentava. Kise gemia alto o nome dele, cravando as unhas em suas costas, e todos os vizinhos tinham certeza que dentro daquelas quatro paredes estava rolando um sexo dos bons, talvez até divino.

Kise pega na mão de Yukio e puxa seus dedos para sua boca, rolando a língua entre eles e chupando do mesmíssimo jeito que tinha feito com outra coisa mais cedo. Kasamatsu lambe os lábios e mal consegue tirar os olhos daquele rostinho bonito, que faz umas caretas de prazer. O jeito que Kise prendia as pernas ao seu redor era sensacional, e Kasamatsu sabia que tinha que fazer Kise gozar de novo para poder ouvir seu nome saindo daquela boquinha linda.

Por isso, sentou-se nos calcanhares e puxou Kise contra si pela parte de trás de um dos joelhos, enquanto sua outra mão pegava no pau do outro e o esfregava com vontade. Kise sentia a barriga formigar de novo, e amava como aqueles olhos azuis olhavam para ele como se Kasamatsu fosse um condenado à morte e estivesse comendo sua última refeição.

— Goza pra mim.

Sim, senhor. Com toda a certeza.

— Olha pra mim, quero ver essa sua carinha bonita - Kasamatsu segura suas bochechas com as pontas dos dedos e sorri perversamente.

— Seja bonzinho comigo - Kise soluça, mas esboça um sorriso malvado também.

Kasamatsu morde o lábio e se move com mais força, arrancando gemidos altos de Kise. O formigamento em sua barriga já tinha descido as pernas e agora apertava suas bolas. Quando Yukio começou a soltar ruídos roucos do fundo da garganta, Kise sentiu aquela sensação quente explodir dentro de si e se contraiu todo, sujando de novo toda sua barriga e peito.

Ver Ryo perder o fôlego daquele jeito e se contrair todinho fez com que a mesma sensação se espalhasse por todo o corpo de Yukio e ele chamou o nome do outro bem alto enquanto gozava gostoso.

Quando Kasamatsu ergue o olhar das belíssimas pernas de Kise, ele solta um grito que provavelmente deve ter sido escutado da rua.

Ele pula uns dois metros para longe da cama e encosta na parede, com o pau meio duro e tudo.

—Você! - ele diz, apontando para o loiro na cama. Sua cara era de horror - Você tem asas!

Kise ergue as sobrancelhas, assustado, e olha para os lados. Suas grandes asas brancas estão espalhadas na cama, as penas eriçadas e tudo.

— Merda merda merda merda merda

Kise levanta, limpando a barriga com uma camiseta jogada num canto, e tenta fazer suas asas voltarem, mas elas se recusam. Já estava imaginando o trabalho que daria apagar a memória daquele humano...

Kise também grita ao ver que Kasamatsu tem chifres e um rabo comprido e fino balançando atrás dele.

—Um demônio! Um demônio!

Kasamatsu se apalpa rapidamente, sentindo seus chifres na cabeça e seu rabo chicoteando ao seu redor. Ele tenta esconder as coisas com as mãos, mas sem muito sucesso.

—Você é um demônio!

—E você é um anjo! Como assim você é um anjo?!

Os dois se encaram, olhos bem arregalados e o coração disparado. As grandes asas de Kise se agitam levemente. Kasamatsu abre e fecha a boca sem parar, tentando absorver a situação.

—Puta que pariu.

—Eu não acredito que tô transando com um demônio faz três meses...

—Bom... - Kasamatsu passa os olhos pelas penas brancas e depois por todo o corpo de Kise - Isso explica muita coisa sobre você.

Kise se joga na cama e esconde o rosto nas mãos.

—Meu Pai vai me matar. - ele sacode a cabeça com força, e ergue os olhos um pouquinho - Mas, olha, isso também explica muita coisa sobre você.

—Tipo?

—Tipo quando você riu aquela vez que bati o dedinho no pé do armário e chorei por uma hora.

—Não, aquilo foi engraçado mesmo.

—E também como você é tão irresistivelmente gostoso...

—Eu sabia que você era perfeito demais pra ser humano. - Kasamatsu anda até a cama e senta ao lado de Kise - Olha isso! A gente transou por uma hora e seu cabelo nem tá desarrumado! E não tinha como um humano ser bonito desse jeito...

—Não acredito que eu tava fodendo um demônio esse tempo todo.

—Com licença, era eu quem tava te fodendo.

—Hmmm - Kise coloca a mão no queixo e olha os chifrinhos curvados de Kasamatsu - Deve ser por isso que foi tão bom...

—Foi... Divino - Kasamatsu olhava as penas macias, fofas e brancas nas costas de Kise.

O loiro solta uma risada, arrancando um sorriso de Kasamatsu também.

—Piadas à parte, eu realmente acho que meu Pai vai me matar. Quero dizer, não tá explicitamente escrito no Código que não poderíamos nos envolver sexualmente com demônios, mas...

—Olha, deixa eu dizer que algumas das coisas que você fez foram bem pecaminosas - Yukio ergue a sobrancelha e sorri maliciosamente. - Garanto que seu Pai não sabia que você usava bem a boca desse jeito...

—Ai. Fica quieto - Kise esconde os olhos atrás das mãos e sorri.

—Por outro lado, acho que o meu Pai ficaria bem orgulhoso de mim se soubesse que eu ando fodendo um anjinho...

Kise dá um soco no braço do outro e eles riem baixinho.

—E agora? Não quero que seu Pai te proíba de voltar. - Kasamatsu tomba a cabeça e seu rabo encosta suavemente no ombro de Kise - Eu meio que faço o melhor sexo da minha vida contigo. Talvez eu até goste de você um pouquinho, Kise.

—Eu gosto um pouquinho de você também, Kasamatsucchi. - as bochechas de Ryo ficam levemente vermelhas - Posso fazer uma pergunta?

—Faça.

—Lá no Céu tem um boato que diz que os chifres dos demônios são as partes mais sensíveis do corpo...

Kise morde o lábio e Kasamatsu sorri maliciosamente de volta.

—Por que você não vem ver por si mesmo?