Um Rastro de Carinho escrita por Nalu


Capítulo 24
Eu senti saudades.


Notas iniciais do capítulo

Provas, provas. Semana de provas, só vou postar nos fins de semana gente. Beijos.



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No outro dia, não tome café e fui direto para a faculdade. Quando cheguei lá, o grupo estava todo reunido em frente a minha árvore, o que eu achei estranho.

Me aproximei deles, mas nem pude os cumprimentar que já vieram fazer um interrogatório:

–Onde o Adam está? –Aiden perguntou.

–E eu que sei! –respondi –Bom dia...

–Ele nunca falta, e quando falta, ou está doente, ou algo extremamente sério aconteceu –decidi ignorar essas ultimas palavras da Laura e encerrar a conversa entre eles, mesmo que minha curiosidade estivesse chegando ao extremo:

–Bom, não quero me atrasar para a aula, estou tendo uns testes supresas todo dia –menti –Você vem Mel?

–Não, estou tentando falar com o Adam também, olha, qualquer notícia eu te aviso ta? –assenti com cara de desdém e fui para a aula, prometi a mim mesma que não iria me importar.

Na sala de aula? A mesma coisa e sempre, a ansiedade para que o inervalo chegue logo. Quando o sino tocou, eu fui uma das primeiras a sair, aquela história do Adam não ter vindo pra faculdade estava me deixando nervosa, mas eu não queria admitir isso a ninguém.

Hoje o refeitório estava mais cheio que o normal, Mel me disse que teria uma palestra dos antigos alunos à tarde, mas não era obrigatória vir, ainda bem.

–Jura que você não está nem um tiquinho assim –Mel fez um sinal de pouco com os dedos -...preocupada com o Adam?

–De novo isso! Não, eu não estou preocupada com o Adam! –pessoal olhou pra mim assustado, mas logo depois voltaram ao que estavam fazendo.

–Pode mentir um milhão de vezes, eu sei que você sente nem que seja um rastro de carinho por ele –falou e eu girei os olhos.

–Com licença –digo saindo do refeitório e indo para a arquibancada do campo.

O telefone chamou, chamou, chamou, até que enfim ele atendeu.

“Alô?” –falei.

“Kath?” –ele pareceu surpreso.

“Sim, como vai, tudo ok por aí?” –perguntei.

“Sim! É muito legal tudo o que eles me mostraram até agora, poxa, você iria adorar...”

“Ethan” –interrompi “Er...” –não, eu não tinha coragem suficiente para perguntar aquilo –“Estou com saudade”

“Eu também, estou morrendo de saudades, eu juro que se não fosse por sua faculdade, eu tinha te trazido comigo” –ele fungou atrás da ligação.

“Ta chorando?”

“Não, é que aqui quando quer fazer frio, lasca com agente mesmo” –ele riu.

“Sei...” –ele deu uma risada gostosa de ouvir.

“Quer me dizer mais alguma coisa?”

“Não, era isso mesmo...”

“Então... tchau”

“Beijos”

Saí dali e fui direto pro carro, se fosse ficar conversando com eles não dava. Ver eles ligando pro Adam e não conseguir. A Mel dizendo que eu gosto dele, e blá, blá, blá.

Cheguei em casa e me joguei direto no sofá, coloquei meu celular sobre a mesa de centro e meu concentrei nele, tentando criar coragem para ligar e pedir notícias dele, ou ligar para o próprio.

*

Três horas, três horas! Eu estou nesse sofá à três horas, tentei me distrair com a tv mas foi em vão, totalmente.

Eu desisto! Vou pro meu quarto dormir até amanhã!

Assim que ponho o pé no primeiro pé na escada o meu celular toca.

Corro de volta pra sala e o atendo:

“Adam?”

“Quem ta falando?” –uma voz masculina falou.

“Residência dos irmãos Garcia” –falei já desanimada.

“Katherine?” -opa! Ele sabe meu nome “É o Luiz!”

O meu Deus...

“L-Luiz?” –perguntei.

“Sim! Lembra de mim?”

“S-SIM...”

“Quer sair um dia desses?”

“Ando muito ocupada Luiz, acho melhor deixar pra próxima” –digo.

“Então... vai ficar pendente?” –perguntou.

“Sim, quando eu me desocupar, eu te ligo e digo a resposta, tá?”

“Claro!”

“Só mais uma coisa, quantos anos você tem?”

“Fiz vinte semana passada”

“Então, parabéns!”

“Obrigada, tchau”

“Tchau”

Não Kath, exclua essa opção! Você não vai colocar sua vida em risco saindo com o Luiz, jamais.

Dois dias depois...

Estávamos todos preocupados, Adam ainda não ligou e seus pais não queria dizer onde ele estava.

Ficamos á tarde na casa do Aiden, já que ele é o melhor a amigo do Adam, todos estavam com seus celulares em mãos e alguns tentando novamente ligar, mas ele nunca atendia.

–Gente, ta todo mundo cansado, vão para casa, se o Adam não se importa de dizer onde está, ele deve estar bem –Laura disse.

–Tchau –fui a primeira à dizer.

–Tchau –responderam surpresos.

Já dentro do carro, Mel bate da janela, desço ela.

–Você esta com raiva dele? –ela perguntou.

–Por que, eu deveria? –falei seca.

–Ele está bem, deve ser algo de família –diz ela.

–E como você pode afirmar isso? Anh?! –falei com raiva.

–Calma...

–Olha, que saber? Ele não merece a preocupação de ninguém nem mesmo a minha –digo –Tchau.

...

No outro dia eu não quis ir para a faculdade, fiquei comendo chocolate pela manhã.

9:00, meu celular tocou, e não acreditei quando vi o visor: Adam. Recusei a chamada e desliguei o celular. Se ele não falou antes, por que agora?

Até à tarde, bateu um remorso em mim. E se ele tivesse sido sequestrado e só tivesse conseguido falar comigo agora?

O desenho do FLAPJACK sempre me anima, mas agora, ele não faz muito sentido.

Minha campainha tocou e eu atendi sem nem perguntar quem era.

–Mel! –falei dando um abraço nela.

–Oi –falou.

–Por que vaio aqui?

–O Adam voltou –disse.

Fiquei pasma, mas não queria demonstrar aquilo.

–Você veio aqui só pra me dizer isso?

–Sim, eu tenho que passar na casa dos meus pais –ele disse.

–Poxa... ta bom –falo, ela sai e dá partida no eu carro.

–Por que!? –grito.

*

Escolho um vestido vermelho rodado que vai até o joelho e um sapato preto, meu cabelo amarrado em um coque frouxo com minha franja solta, minha bolsa preta de franja e brinco dourados.

Ligo o carro e dou partida, passo no Starbucks e compro um café com leite e Donuts recheados.

Vejo o grupo no campo, assim será bem mais fácil de passar sem que eles me vejam. Coloco meus óculos pretos Ray Ban da Erika Velvet.

Consegui! Entrei sem eles me verem, agora tenho que ir no meu armário.

Pego meus livros e trabalhos que vou precisar, quando fecho a porta dele dou de cara com o Adam.

–Sentiu minha falta? –perguntou com um sorriso.

–Bom dia –passei por ele, que depois de alguns passos me seguro pelo braço:

–A Mel falou que você ficou com raiva de mim –disse, eu apenas me desvencilhei dele e disse:

–Onde você estava?

–Viajando.

–Onde?

–Bausman.

–E por que não ligou pra ninguém?

–Sem sinal.

–Mentira –digo e vou pra minha sala.

No intervalo (saída) não quis nem passar no refeitório, fui direto pro carro. Não devia...

–Eu sabia que você viria pra cá –disse.

–Com licença –digo abrindo o carro.

Entrei e coloquei a chave na ignição, antes que eu girasse, o Adam entrou no carro também.

–Você não desiste?

–De você, nunca –diz e sorri.

Dei um longo suspiro.

–Por que você não acredita em mim?

–Por que eu sei que é mentira –falei –Bausman é a cidade mais próxima de Lancaster!

Ficamos em silêncio.

–Kath eu não posso dizer... –falou com a voz rouca.

–Sai do carro –falei.

Ele obedeceu vermelho e eu dei partida.

Aquilo não foi o que eu quis fazer, não mesmo. Minha vontade agora é de voltar e dar um beijo nele, dizer que senti saudade e fiquei preocupada, que ele era um chato muito fofo. E que eu acreditava nele.


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Notas finais do capítulo

bjjs



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