Uma garota diferente. escrita por Garota invisível


Capítulo 3
Capítulo 3- Uma volta no bairro...




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Agora que Samantha estava limpa, e mais relaxada, ela lembrou que estava sem celular. Como ia entrar em contato com Mycca para relatar o que aconteceu, e dizer que estava bem, e até mesmo perguntar sobre algum ''estudante motoqueiro''... O único jeito era esperar o dia seguinte, e era isso que Samantha ia fazer! A campainha toca.

– Já vou!

Samantha abre a porta e depara com sua mãe.

– Samantha! Eu disse que era para me ligar. Fui à escola -

– E o que eles disseram? - Samantha a cortou

– Que já tinha ido para casa. Por quê? Aconteceu algo que não sei?

– Oh não, claro que não. - Samantha não tinha obrigação de esconder o incidente pra sua mãe, a mesma já recebeu ocorrências e mais ocorrências da filha. Mas ela não queria encher a cabeça de sua mãe com problemas que poderia resolver sozinha.

– E cadê o seu celular?

– Eu o deixei cair, e quebrou.

– Como sempre desastrada! Ok. Por que você não vai dar uma volta em um parque aqui perto querida? Assim conhece um pouco mais do bairro.

– Até que não é uma má ideia. Daqui à uma hora estou de volta!

– Tudo bem.

Samantha apenas colocou o tênis e se mandou. Precisava mesmo de um momento consigo mesma, refletir sobre o que aconteceu, e pegar um pouco ar fresco. O parque não era longe da sua casa, andou poucas quadras e cá estava. Ela caminhou mais um pouco até que encontrou um banco vazio de frente para um lago. Uma menininha de aproximadamente 07 anos estava com seu pai.

– Empurra mais forte pai!

Ela olhava aquele pai empurrando sua pequena no balanço, e lembrava da época que seu pai a fazia isso. Ela se sentia nas nuvens, como se conseguisse toca-las, e quando seu pai se foi, ela se sentiu caindo dessas nuvens, numa velocidade tão rápida quanto o vento, e logo estava ela, jogada no chão, sem o seu papai para segura-la. Tudo aquilo corroía o coração, que parecia pedra, de Samantha.

– Oi? Está me ouvindo?

Samantha virou-se para o seu lado esquerdo e deparou-se com, qual mesmo o nome? Taylor...

– Oh, olá. Estava meio distraída!

– Eu percebi (risos).

– A proposito, não nos apresentamos bem. Meu nome é Samantha!

– Pensei que nunca se apresentaria (risos). Meu nome é Taylor, mais uma vez.

– Não sou tão mal educada assim rapaz. – Samantha devolveu o riso a ele como fizera mais cedo. – Isso é algum tipo de perseguição?

– Da sua parte? Acho que sim. Pode não ter notado, mas eu estava aqui primeiro (risos). Venho muitas vezes aqui passear com meu cão.

– Ora, e cadê ele? – Ao dizer isso, um grande e lindo cachorro veio correndo, e pulou em cima de Taylor.

– Esse é o Dake! – Taylor disse enquanto bagunçava os pelos do seu cão.

– Lindo cão!

– É de família. (risos)

Samantha não sabia como, mas Taylor tinha um jeito de deixar ela sem palavras, como nunca ninguém fizera antes. E mesmo quando ele estava tão perto dela, e a fazendo sorrir, ele estava muito distante. Ele era misterioso. Nada nova pra Samantha. Ela gostava de mistérios. Ela era um mistério. Eles ficaram ali se olhando, por um bom tempo, sem pronunciarem sequer uma palavra. Até que Samantha caiu em si.

– É... Bom, de onde você apareceu mais cedo?

– Ora senhorita, eu estudo na mesma escola que ti.

– Perseguição. (risos)

– Talvez. (risos) – enfim, eu tenho que ir, né Dake? (latidos) Te vejo por aí!

– Tudo bem. Vemos-nos por aí rapaz!

Logo, Taylor já estava longe, quase que não dava para enxerga-lo mais. Samantha ficou ali parada pensando de como fora o seu dia, de tudo o que ainda iria passar nessa nova cidade. Até que na verdade ela estava curiosa, ela queria deixar a brisa dos ventos leva-la para o lugar que quisessem, ela não tinha medo do que tinha por vir, ela apenas queria que viessem.

Samantha esperou mais alguns minutos, quando viu em seu relógio que já iria dar uma hora e 20 minutos desde que saiu de casa. Ela se levantou e foi andando o mais rápido que conseguia, assim que chegou ao seu portão, pôde respirar com mais calma.

– Já estava ficando preocupada, que bom que chegou. – a mãe de Samantha estava em frente a casa, plantando mais flores, coisa que a deixava mais tranquila.

– Está tudo bem. Eu só encontrei uma pessoa.

– E eu posso saber quem? (risos)

– Um colega da escola, nada demais. Enfim, preciso de um celular! – Samantha desviou o assunto

– Você precisa de mais cuidado. Não vou gastar mais dinheiro com celulares novos para ti Samantha. – mal sabia ela que dessa vez a culpa não era do descuidado de Samantha.

– Tudo bem.

A mãe de Samantha voltou ao trabalho, e Samantha subiu para o quarto. Já eram 18h00min da tarde. Samantha pegou seu livro, e por umas 3 horas ficou ali fixada, sem piscar, apenas lendo e absorvendo tudo o que lia. Mas o cansaço de todo o dia bateu, e Samantha caiu em cima do livro...


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