A Minha Conselheira Amorosa escrita por Lady Allen


Capítulo 3
"Vai sonhando Maxon"


Notas iniciais do capítulo

Mil anos depois, eu voltei a escrever, me perdoem pela demora, eu realmente tinha desistido da fic por vários motivos, mas hoje minha inspiração voltou e voltei a posta-la, por favor não tenham me abandonado.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/598605/chapter/3

America enterrou a cabeça nas costas do urso de pelúcia, estava envergonhada pela vergonha que havia feito Maxon passar.

Maxon esticou o braço e ligou o som do carro, “High Hopes – Kodaline” soou pelos alto falantes.

— High hopes, it takes me back to when we started — Maxon cantarolou baixinho enquanto olhava para a rua.

— Você está bravo comigo? — a voz de America soou abafada pelo ursinho.

Maxon sorriu de lado, parou o carro perto de uma calçada e tirou o urso do rosto da ruiva que não o olhou.

— Eu não estou bravo com você, ela mereceu — ele sorriu e America perdeu as palavras pela primeira vez.

— Você acha que ela vai me matar? — perguntou quebrando o silêncio.

— Não sei, quem sabe?! — ligou o carro novamente.

★*.¸¸..¸¸.*★

Marlee e Carter conversavam sobre o tudo e sobre o nada, eles haviam achado coisas em comum de uma maneira simultânea.

— Sua amiguinha é um máximo — olhou de lado.

— Você também gostou do soco? Eu amei, detesto a fingida da Kriss, não sei o que Maxon viu nela — revirou os olhos.

— Ele não viu nada, ele está cego pelo orgulho dele, ela deu um fora e é o primeiro que ele leva na vida dele — respondeu.

— Eu gostaria que ele se apaixonasse pela Meri, eles seriam lindos juntos — suspirou.

— Seria complicado — diminuiu um pouco a velocidade, não queria chegar tão rápido a casa dela.

— Você acha?

— Tenho certeza — parou no semáforo — Maxon é complicado demais, é orgulhoso, algumas vezes a maneira com que ele fala machuca as pessoas, ele tem um ar de superioridade, ele não gosta de admitir nada e odeia pedir desculpas — o semáforo abriu.

— Pensando por esse lado, America é três vezes mais tudo isso que você falou — a loira tirou o cinto de segurança ao avistar a sua casa.

Carter parou vagarosamente o carro rente ao parapeito da calçada, a luz da casa da garota estava acesa, Marlee virou-se devagar e sorriu docemente.

— Então — suspirou sem saber o que dizer — Obrigada.

O rapaz apenas sorriu enquanto abria sua porta e rodeava o carro para abrir a porta do lado da moça. Marlee desceu do carro, seus sapatos ainda nas mãos.

— Devo agradecer novamente? — corou.

— Não, não precisa.

Marlee virou as costas e caminhou a passos lentos pelo caminho de pedras que levava a porta de sua casa.

— Tames — a voz do rapaz soou se aproximando dela.

— Diga — virou-se esperançosa e voltou caminhando vagarosamente.

— Você só não se despediu — caminhou até ela.

Ela parou, gelou e ele a encarou sorrindo, Carter colocou uma mão na bochecha de Marlee e a outra enlaçando sua cintura torneada, seus olhos se encaravam sorrindo, flamejando, faiscando.

— Boa... — Marlee foi interrompida por lábios macios, os lábios dele estavam quentes, os dela estavam gelados, assim como suas mãos que ao tocar a nuca de Carter o fizeram arrepiar levemente — Boa noite — os rostos ainda estavam perto, as respirações misturadas.

— Boa noite — afastou-se agora segurando a mão da loira.

Carter soltou lentamente a mão da garota que continuou suspensa no ar, ele se afastou andando para trás, seus olhos nos dela.

— Acho que devo te agradecer pela noite, não havia me divertido assim há muito tempo — sorriu e entrou no carro.

— Por nada — a voz de Marlee soava vacilante.

Ele buzinou e foi embora, Marlee pegou o celular e com os dedos trêmulos tocou a tela digitando uma mensagem curta, mas tão significativa.

★*.¸¸..¸¸.*★

America se assustou com o celular vibrando e rapidamente abriu a mensagem quando viu o nome de Marlee na tela.

Ele me beijou”

— Deus! — America deixou o celular cair em seu colo e levou as mãos à boca escondendo o sorriso escancarado.

— Posso saber o motivo de tanta felicidade? — Maxon olhou de relance.

— Três palavras — America tirou as mãos da boca — Carter, Marlee, beijo — bateu palminhas.

— Eu sabia, sabia que ele faria isso — disse nada surpreso.

— Ele sempre faz isso com as garotas que sai? — Meri avermelhou as bochechas.

— Só depois do terceiro encontro, mas hoje no parque vi algo diferente no olhar dele, algo que nunca havia visto — parou o carro na frente da casa de America.

— Boa noite — America abriu a porta do carro e desceu.

— Boa — Maxon acelerou um pouco o carro e estacionou na frente de sua casa.

America parou na porta e manteve seus olhos no carro de Maxon e o mesmo não havia descido.

A ruiva girou a chave na fechadura e encarou a mãe sentada na escada, os olhos brilhando, o sorriso de orelha a orelha.

— E então, ele te beijou? — perguntou ansiosa.

— Não — America deu de ombros e subiu.

— Meri...

— Amanhã mãe, amanhã — alcançou o último degrau.

Meri fechou a porta do quarto, se olhou no espelho, seu rosto transparecia cansaço, mas havia outra coisa em seus olhos, uma coisa que ela realmente não sabia o que era. Uma coisa assustadoramente bonita.

Ela estava com sono demais para trocar de roupa, chutou as botas que se chocaram com a porta, fez um coque rápido no topo da cabeça e caminhou para fechar a janela. Maxon tirava a camisa do outro lado.

Oh Deus!

America fechou rapidamente a janela e colocou a mão no peito.

— Concentre America — repetiu várias vezes antes de se jogar de costas na cama.

Ela fechou seus lindos olhos e por algum motivo desconhecido o rosto de Maxon inundou os pensamentos dela. America sabia que no fundo não o odiava tanto, mas se apaixonar por ele estava fora de questão.

O celular vibrou e ela deslizou o dedo na tela.

“Querida... Não me lembro de me despedir, então, boa noite”

Ela não queria, mas sorriu.

“Não sou sua querida e boa noite para você também”

Cinco segundos, trinta segundos, um minuto, um minuto e meio, dois minutos e America roia as unhas esperando por uma resposta que só veio mais um minuto depois.

“Desculpe a demora, minha mãe estava perguntando se eu te beijei”

America colocou a mão na boca e depois digitou.

“O que você disse?”

Segundos depois a resposta chegou.

“A verdade, disse que ainda não”

O sorriso bobo apareceu novamente.

“Vou dormir, tchau”

“Sonhe comigo, querida”

“Vai sonhando Maxon, vai sonhando”

A noite de America fora regada por sonhos bobos e sempre com a presença dele. Ele só podia ter rogado praga.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo, continuarei postando se vocês ainda estiverem aí, me deem um sinal de vida. Se alguém quiser que a fic continue, por favor comente. Obrigada, beijos e espero que até logo.