Diário de um Khajiit escrita por Lorde Rick Lefeaten


Capítulo 42
As cartas estão em mãos!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Acordei no dia seguinte e fui até a janela, o dia estava perfeito, não havia nevado a noite e neve no dia anterior já havia secado na maior parte, acordei Bazzir e começamos a arrumar tudo para ir a Markarth.

– Iremos a cavalo? – perguntou ele

– Sim, – respondi – por que?

– É meio longe. – respondeu ele

Parei de pegar algumas poções da estante para encara-lo com uma risada.

– O lobinho está com medo? – falei rindo

– Lobinho vai acabar com a sua raça... – respondeu ele rindo

Quando terminamos de arrumar oque podíamos, saímos do quarto e deixamos o colégio a passos largos evitando encontrar alguém que questionasse oque fazíamos saindo de Winterhold, pegamos Faahnu e fomos na direção de Markarth, a viagem foi demorada, ficamos bastante tempo montados no cavalo a observar a paisagem que eu já estava até ficando enjoado, o cenário se transformou quando estávamos nos aproximando da cidade do oeste. Ao chegarmos, não encontramos Katrin na entrada, andamos pelas ruas que ficavam estreitas e largas e iam de cima para baixo sem uma ordem certa, não a encontramos em nenhuma delas, quando já havíamos ficado cansados e sem paciência entramos na estalagem para descansar enquanto comíamos um Deleite de mel e nozes, mas quando me virei na cadeira avistei no canto da sala uma menina no canto da estalagem sentada na cadeira com uma capa preta com touca que cobria quase todo seu rosto, ela lia um livro.

– Acho que a encontrei! – falei apontando para ela

Bazzir concordou com cabeça e limpou o mel dos seus lábios com as costas da mão, saímos das cadeiras e fomos a garota no canto da estalagem.

– Olá? – chamei

Ela ergueu a cabeça e sorriu ao nos ver, era Katrin mesmo.

– Tinnaff, Bazzir! – exclamou ela saltando para cima de nós dois nos abraçando

– Por que está em Markarth? – perguntou Bazzir

– Ok, talvez, só talvez! Ir morar naquela ruína Dwemer não tenha sido uma escolha tão boa! – disse ela revirando os olhos

– Ahá! Eu sabia que você ia perceber isso alguma hora! – falei rindo

– Calma, eu não disse que vou voltar... só preciso de alguns móveis para tornar um lugar mais... aconchegante! – disse ela

– Por que não volta para a cidade?! – perguntei

– Será que ainda não fui clara com isso? Eu prefiro viver no meio do nada podendo ser eu, do que estar numa cidade tendo que me esconder para manter todos seguros, incluindo eu mesma e depois ainda acontecer com o que aconteceu em Winterhold! – explicou ela

– Faz sentido. – disse Bazzir olhando para mim

– Encontrei uma cabana abandonada na floresta, não fica muito longe da estrada e já tem cercas em volta e terreno para plantar, só preciso de alguns móveis e uma limpeza, se quiserem levo vocês lá depois... mas no momento eu preciso de uma forma de levar os móveis, não tenho como levar tudo e só vocês dois como ajuda também não conseguiriam... – disse a Imperial com a mão no queixo

– Faahnu pode carregar alguma coisa, ainda assim teria que ser mais de uma viagem, podia contratar uma carroça. – falei

– Ah, é perfeito! – exclamou ela erguendo os braços, mas escondeu sua animação para não chamar atenção – vamos.

Saímos da estalagem, fomos a uma loja onde Katrin comprou alguns móveis, enquanto carregávamos estes para a carroça com a ajuda de mais dois Imperiais da loja eu a perguntei.

– Como conseguiu dinheiro para isso? – perguntei – Não me diga que roubou de alguém...

Katrin riu.

– Não roubei, tive bastante tempo para explorar a ruina onde estava e achei muitos Septins de aventureiros que morreram lá e bem, acho que não vão sentir falta agora que estão em Sovnguard – respondeu ela

Chegamos a carroça e a enchemos com os móveis, prendi uma corda em Faahnu e também colocamos algumas coisas em suas costas, eu, Bazzir e Katrin fomos andando enquanto a Imperial nos contava como achou a cabana e os motivos pelos quais teve de sair da ruina, entre eles o principal eram os Falmers que eram barulhentos e agressivos e que estavam a deixando com medo de dormir a noite. Quando estávamos na cabana, descemos os móveis e pagamos, Katrin então tirou a capa revelando suas características de vampiro agora bem a mostra, entramos na cabana, estava suja e totalmente tomada pelas plantas trepadeiras que entravam por janelas e portas, a única coisa que havia lá era uma cama e um guarda roupa.

– Não é perfeito? – perguntou ela apontando em volta – só falta a limpeza devida.

– É, pelo menos é uma casa mesmo, estava me deixando incomodado você querer morar numa ruína abandonada pelos Dwemer! – falei rindo

Ela e Bazzir riram. Deixamos os móveis novos de Katrin no lado de fora e fomos limpar a casa.

– Katrin, eu... ainda não sei se você já sabe ou desconfiou... – falei

Katrin parou de limpar o guarda roupa com um pano para me encarar.

– Eu sou o Dragonborn. – falei sem tirar os olhos do meu afazer

Ela arregalou os olhos e riu.

– Está brincando não é? – perguntou ela voltando ao guarda roupa

– Não, não estou, Bazzir ficou sabendo a pouco tempo e fora vocês dois e um amigo meu chamado Laasalun ninguém sabe. – respondi

– Você é o Dragonborn?! – ela se virou para mim sorridente – isso é demais, Tin! Simplesmente demais!

– É, talvez seja, nós precisamos de sua ajuda por que é a pessoa mais inteligente e conhecedora dos Dwemers que conhecemos. – expliquei

– Ora, do que precisam? – perguntou ela indo para outro cômodo

– Conhece alguma ruína Dwemer perto de Riften chamada “Profecia dos dragões”? – perguntou Bazzir se agachando para limpar a cama

– Hum... – a língua de Katrin deslizou em seus dentes brancos e pontiagudos enquanto ela pensava – devo saber de alguma, uma das formas de saber é olhar a localização num artefato Dwemer como o machado que você me deu, Tinnaff, cada peça Dwemer vem com a localização de uma ruína diferente.

– E como sabemos qual estará com a ruína que queremos? – perguntei

– Não tenho certeza, realmente não tenho, mas chutaria uma hipótese, Bonery! – respondeu ela

– Bonery? Oque tem ela? – questionei

– Achei que você nem quisesse mais ouvir o nome dela! – disse Bazzir rindo

– Não foi totalmente culpa dela oque ocorreu, ela tem seus defeitos como qualquer outra pessoa. – explicou Katrin

– E por que acha que ela ajudaria em algo? – perguntei novamente

– Bonery é da família que controla toda a cidade de Riften e seus arredores, além da Guilda dos ladrões inteira, se esse artefato Dwemer estiver ainda perto de Riften ela é a pessoa que pode encontra-lo! – explicou ela

– Acha que ela nos ajudará por bem? – perguntei

– Talvez sim, talvez não, a pequena Nórdica tem seus momentos. – disse Katrin tirando sua atenção por um momento do que fazia

Quando terminamos de limpar tudo, trazemos os móveis para dentro e os colocamos nos lugares onde Katrin queria, até que ficou um moradia bonita, a Imperial nos convidou para dormir lá e nós concordamos por já estar tarde, agora parece que já tinha todas as minhas cartas em mãos, bastava pedir a ajuda de Bonery, ela acharia o artefato Dwemer, Katrin ia decifrar a localização, íamos até lá e descobríamos oque queríamos, mas algo dentro de mim dizia que não seria tão fácil, como sempre!


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Notas finais do capítulo

Está ficando interessante! e.e



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