Diário de um Khajiit escrita por Lorde Rick Lefeaten


Capítulo 13
"...Vivendo num mundo onde nada da errado..."


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Abri os olhos meio assustado, acho que estava tendo um pesadelo enquanto dormia, me virei e como sempre Bazzir estava dormindo todo desarrumado em sua cama, dessa vez estava até do lado errado, seus pés estavam batendo na cabeceira da cama, fui até a janela que estava fechada, quando a abri um vento forte entrou e levou todos meus pelos para trás, fechei novamente, estava nevando, parece que hoje não daria para passar o dia fora do colégio, então voltei a me sentar em minha cama e peguei o livro “Um guia de explorador para Skyrim”, mas antes que conseguisse ler a primeira linha, alguém bateu a porta, me levantei e fui atender, era Âlara.

– Oi! – exclamou ela me abraçando forte

– Oi – respondi quase ficado sem ar, a Elfa era mais forte do que aparentava!

Ela me largou e deu uma risada.

– Quer ir comigo em Windhelm? – perguntou ela sorrindo

– Windhelm? Não é longe? – perguntei

– Um pouco, é a província mais perto de Winterhold, mas ainda assim daria uma boa caminhada, mas tenho dinheiro para uma ida de carroça até lá, preciso comprar alguma coisa para minha companheira de quarto! – respondeu ela animada

– É aniversário dela? – perguntei já esperando que a resposta fosse “sim”

– Sim, não hoje, mas amanha será, e como somos companheiras já faz um tempo, acho que seria legal dar algo à ela, Windhelm tem o comércio melhor que Winterhold, por isso quero ir até lá, e eu não queria ir sozinha... – disse ela abaixando a cabeça

Não respondi e fiquei pensando, afinal nós ainda teríamos aula nesse dia e estava nevando, então não sabia se daria tempo.

– Se fosse com seu companheiro de quarto, o Bretão dormindo de cueca – disse ela apontando para Bazzir dentro do quarto – você não iria?

– Está bem, eu vou. – respondi

– Obrigada! – disse ela saindo saltitante

Âlara parecia viver em pura felicidade, num mundo onde nada dava errado, ela sempre estava muito feliz, saltitante, falando com animação, gostava disso nela, mas acho que ela exagerava um pouco, parecia que tinha a vida perfeita. Fechei a porta me troquei, penteei os pelos e sai do quarto. Azyra estava brigando com alguém na porta, sua voz estava alterada e a do Elfo negro com quem brigava também. Passei por eles tentando não prestar atenção na conversa e fui em direção a minha sala.

– Bom dia, Tin! – exclamou Bonery quando me viu.

– Tin? – Ninguém nunca havia me chamado por um apelido, ainda mais uma versão mais curta do meu nome – Oi, Bonery.

– Pode me chamar de Bony mesmo, nós já somos amigos, não é mais necessária tanta formalidade ou é? – perguntou ela me encarando

– Acho que não, desculpe então, Bony, em Elsweyr era comum chamar a pessoa pelo nome todo, sempre. – respondi

– Em Skyrim não é necessário, a não ser que você prefira assim, ou com pessoas com quem você ainda não tem tal intimidade. – complementou ela

– Está bem, obrigado. – falei

Uma nova professora entrou na sala hoje, ela era uma Elfa da floresta loira de olhos azuis esverdeados, usava uma diadema de prata na cabeça, e roupas de cinzas com branco de necromante.

– Bom dia! – exclamou ela indo até o meio da sala – estão tendo uma boa estadia no colégio de Winterhold?

Nossa, ela estava sendo gentil para uma raça élfica que geralmente eu ouvia que são exibidos.

Todos responderam em conjunto num grito – Sim!

Ela sorriu se virou e começou a mexer em sua bolça, de lá tirou um livro com o símbolo de Encantamento da capa.

– Para os que ainda não me conhecem, me chamo Drem, que significa paz, sou a professora de encantamento, a arte de encantar armas e armaduras para se tornarem mais eficazes em combate. – disse ela sem tirar os olhos do livro – Alguém aqui já tem algum conhecimento sobre encantamento?

Âlara levantou a mão, todos olharam para ela que foi andando em passos curtos até a professora.

– Tem experiência em encantamento? – perguntou a professora

Âlara respondeu positivamente com a cabeça, a professora sorriu e entregou a Âlara um anel com relevo azul e uma adaga de ferro.

– Por favor, encante essa adaga com o encantamento que está no anel – disse a professora

Âlara olhou os dois itens e os pegou nas mãos, ela os colocou de volta na mesa.

– Não sei transferir um encantamento de um objeto para outro – disse ela olhando para a professora

– Não tem problema, você esta aqui exatamente para aprender, volte para seu lugar. – a professora respondeu com um sorriso meigo, mas Âlara saiu decepcionada de volta para seu lugar.

No resto do dia na escola, Drem, nos ensinou quais os tipos de encantamentos, como saber qual o encantamento de algo, mas aparentemente só o básico, depois da aula voltei para meu dormitório, Bazzir ainda estava dormindo, ele havia faltado a aula.

– Hey acorda lobo dorminhoco! – falei empurrando ele

– Oque foi? Tenho direito de dormir até as 09:00! – exclamou ele sem abrir os olhos

– Que pena então, por que já são 14:00... – falei abrindo a janela

Ele abriu os olhos rapidamente e saltou da cama.

– Que horas você disse que são? – perguntou ele parecendo preocupado

– 14:00 – respondi diretamente

– Oh! Por que você não me acordou?! – perguntou ele arrumando sua cama rápido

– Porque se preocupa? Você não está aqui para estudar mesmo. – perguntei

– Por que se eu faltar demais, eles me tiram do colégio. – respondeu ele se trocando rapidamente

– Oh, desculpe então, podia ter me dito isso antes, eu teria te acordado... – falei

Ouvi batidas na porta, quando abri Âlara me esperava do lado de fora com um sorriso no rosto e uma bolça em um dos braços.

– Vamos? – perguntou ela – Ah! Bom dia Bazzir.

Bazzir respondeu com a mão.

– Claro, Bazzir eu vou até Windhelm com a Âlara depois volto – falei pegando meu arco e a aljava

Saímos do colégio e cruzamos a ponte, no fim dela uma carroça nos esperava, mas estava vazia.

– Quem vai nos levar? – perguntei olhando em volta

– Ninguém, nós vamos sozinhos... – respondeu ela jogando a bolça em cima da carroça e subindo – você vem? – completou ela me estendendo a mão

Segurei em sua mão e subi, nós seguimos caminho pela estrada, eu olhava admirado a vista, já morava em Skyrim a um tempo mas ainda não havia me acostumada em morar em um lugar com vistas tão bonitas. Até que entramos em uma área onde as arvores cobriram minha vista me limitando a olhar para a estrada.

– É bonita né? – disse Âlara com os olhos fechados aproveitando o vento em seu rosto

– Sim. – respondi

De repente ela deu um salto alegre na carroça, eu assustei e olhei para ela com os olhos arregalados.

– Ali está! Estamos quase chegando! – exclamou apontando para a frente

Olhei para a nossa frente dava para ver meio longe, alguns muros altos.

– Lá é Windhelm? – perguntei

– Sim, é uma das cidades mais protegidas de Skyrim, isso se não for a mais protegida! – disse ela chacoalhando as cordas para o cavalo que puxava a carroça ir mais rápido

Um pouco mais a frente as árvores sumiram e novamente estávamos saindo da floresta para entrar numa área de tundra, tudo coberto de neve a nossa volta e árvores escassas, chegamos perto de Windhelm, Âlara deixou a carroça na entrada e foi correndo para o portão eu a segui.

– Nossa! É tão grande! – exclamei olhando as muitas ruas que a cidade tinha

– É, é maior que Winterhold pelo menos. – disse ela rindo

Ela foi andando para uma das ruas a nossa direita, eu não desgrudava dela, tive até medo de me perder de tão grande que era aquele lugar!


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