[Abertura/ Undefined]

"As flores florescem puramente sobre a água, apenas observando minha dor e angustia. O céu sem fronteiras era realmente lindo, porém sinto que nunca poderei sentir mais nada além de dor, o céu sem fronteiras se estende ao horizonte, engolindo tudo sem hesitação.

A água do rio estava gelada, com a lua como companhia, a mesma refletia lindamente no rio cristalino, uma conversa fria sem simpatia. Voltei a tocar delicadamente na barreira mágica invisível, uma pergunta ressoava em minha mente, porém meu coração me impedia de dizer palavras dolorosas. De alguma forma, precisava desfazer dessa dor angustiante, mesmo que seja esquecendo nossos momentos juntos.

Minhas lágrimas começam a saltitar de meus olhos, estava confusa e covardemente com medo... Ninguém poderia me consolar agora, em uma hora como essa, gostaria dos abraços e consolos de meu amado.

Tenho o desejo de seguir em frente, mas também tenho o desejo de escapar, tenho me tornado incapaz de escolher, como um pássaro em uma gaiola, tendo se esquecido de bater as assas.

– "Você não está sozinha..." _Ouço uma voz do horizonte ressoar em minhas orelhas. Fico assustada e com medo, mas minhas lágrimas pararam de cessar, como se eu conhece-se muito bem aquela voz, ela felizmente era familiar, porém infelizmente não sabia realmente de que era aquela voz. - "Só dê uma olhada nessa carta que está sob seus pés." _Desesperada olho diretamente para meus pés, que estavam descalços por causa da luta há alguns dias atrás. Abaixo de meus pés havia uma carta com selada com uma flor de magnólia, parecia ter sido lacrada a anos atrás, como se tivesse esperando-a há esses anos todos.

Agarro a carta delicadamente para não estragar as folhas amareladas sendo preservadas no mesmo local a anos, abrindo-a me surpreendendo com o conteúdo."

Acordo em um pulo, observando tudo ao redor para certificar que estava mesmo em uma realidade, mesmo que seja uma distorcida. - eu apenas via as paredes cor branca, minha cama simples com um cobertor roxo felpudo a cobrindo, duas cadeiras brancas viradas a uma escrivaninha, que avia um computador não tão tecnológico, cortinas brancas nas janelas do mesmo tamanho de meu armário cor creme -

–Apenas um sonho... _Suspiro me levantando da cama e indo diretamente ao banheiro ao lado do quarto, minhas costas estavam doendo muito, talvez seja porque eu dormi de mal jeito.

Entrando no banheiro ao lado quarto, - lá tinha uma banheira aquecida, um espelho do tamanho de meu corpo, uma privada branca e completamente limpa, uma pia virada de frente ao espelho, cortinas decoravam o ambiente, possuído com apenas uma janela. Um ambiente límpido com certeza - me olho no espelho, vendo uma situação deplorável. - era possível ver olheiras ao redor de meus olhos, por causa das madrugadas que passei planejando estratégias para atacar o inimigo, havia lágrimas em meus olhos, não havia percebido elas... O sonho... Me fez chorar...? -

Vou até minha banheira e encho ela de água, esperando tomar um banho quente. Depois de encher, entro na água quente, como se eu tivesse sobre o sol...

Logo vários pensamentos passam vagamente em minha mente, fazendo eu ficar receosa. Aquilo realmente era um sonho? Era muito detalhado para ser um, além de ter uma paisagem familiar para min, senti como se soubesse realmente de tudo que estava acontecendo...

Sinto meus pés ficarem com frio, percebo que a água não está nem quente muito menos morna, logo agarro minha toalha que estava sob a mesa, e me enrolo na mesma.

Ouço meu telefone tocar em cima da pia, - quando havia colocado ele ali? - agarro ele atendendo a chamada, ouvindo gritos furiosos de uma voz que eu conheceria muito bem.

–Alô?

– "Alô", nada! _Gritou do outro lado da linha, fazendo meus ouvidos doerem com o grito repentino. -Sabe que horas são? _Perguntou se acalmando, eu dei uma olhada no relógio que havia em cima de minha janela, que marcava... 10:22... É... Estava atrasada para a reunião...

–dez e vinte e dois... _Murmurei esperando os gritos altos de Levy McGarden tanto fazia.

Ela suspirou.

–Eu consigo segurar o conselho aqui por alguns instantes, mas venha logo! _Exclamou calma pela minha surpresa, dou um sorriso de canto. - apesar de Levy não conseguir ver meu sorriso, com toda certeza ela sentiria que eu estava sorrindo -

–Está bem, estou ai em quinze minutos! _Avisei finalizando a chamada e colocando o celular sob minha cama e logo colocando minha roupa. - eu usava uma blusa branca com um casaco preto de couro, uma mini saia marrom escura, usava botas de cano fino pretas e brincos de estrelas com um coração no meio, meu cabelo estava solto -

Tranco a porta de meu quarto e logo depois saio em disparada para o metro, lá estava cheio e muito apertado, porém consegui me enfiar ali no meio na multidão e esperar chegar na estação Magnólia.

–=-=-=-

Eu estava começando a ficar irritada, o trem avia quebrado no meio do caminho, mais agora continuava seu percurso. Estava irritada com um homem estava com o suvaco bem perto de meu rosto e aparentava não ter passado desodorante. Juro que se "isso" encostar em meu rosto... Enfio um desodorante na garganta do homem!!!

Para piorar minha situação, eu havia dito que chegaria em quinze minutos, mas o trem parou e acabou passando duas horas e quarenta e sete minutos! Meu celular tinha um histórico de chamadas com vários nomes Levy, que por sorte, não tinha sinal aqui dentro, por isso não poderia ouvir sua voz irritante por bastante tempo.

– "Próxima estação, Magnólia. Desembarque do lado direito do trem" _Anunciou uma voz feminina dos sons praticamente "colados" nas paredes.

De repente uns montes de pessoas começaram a empurrar sem pedir licença eu fiquei com muitas dificuldades para ir adiante, por isso acabei caindo na frente da porta do trem. Poderia jurar que várias pessoas passaram literalmente por cima de min, sem se importar com uma garota caída no chão. Onde está a educação desse mundo?!

–Tudo bem com você? _Perguntou um garoto de cabelos róseos exóticos, me olhando com uma expressão de preocupação estampada em seu rosto. -V-Você é... Lucy Heatfilia... _Murmurou me olhando friamente, não conseguia entender, onde estava o garoto gentil de algum tempo atrás...?

Ele me lembrava de alguma pessoa, mesmo assim não conseguia me lembrar de quem era...

O olhar dele me assustava... Como se tivesse uma chama ofuscante piscando bem no fundo de seus olhos, ele desejava vingança... Talvez... "Vingança" seja pouco para ele...

Vingança...? Séria isso?

[Fechamento/ Soleil]

Próximo Capítulo...

Esse sonho não para de me atormentar... Uma pergunta sem ser respondida ainda passa vagamente pela minha mente... "Aquilo era realmente um sonho...?"