All Things Go... escrita por Kai, Donna Bela


Capítulo 7
First Fight


Notas iniciais do capítulo

Nome sugerido pela Minha BFF Pâmela, Narrado por Fabricio... Ouça Froot By Marina And The Diamonds e Wake me Up by Glee Cast



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Já são 17:51 marquei com Robert a alguns minutos atrás, mas pelo jeito ele não vem e eu não vou conseguir explicar por que eu sai correndo quando recebi o telefonema do meu amigo me contando horrores sobre Sylvain, nunca pensei que ele fosse um monstro, mas pelo jeito sempre somos antingidos de lugares onde não esperamos, então descobrir que meu amigo e ex namorado sequestra crianças para usá las em esperimentos macabros não foi fácil, ainda mais por que nunca perdi o convívio com Sylvain. - Acho que vou embora, Robert não vem. - Levantei do banco onde estava sentado no central Park e sai andando devagar. - Uma sombra corre rápido entre os caminhos e vejo o cabelo dela voando com o vento e então percebo que não era uma simples sombra, era Robert correndo. - Desculpe pelo atraso, mas a gente está tentando tirar a Tori do vermelho e isso não e fácil. - Ele sorriu. - Por que você fala como se não fosse apenas vocês dois, tem mais alguém te ajudando? Talvez uma pessoa possa ter entrado na sua vida nova? - Ele balançou a cabeça em negativa, Robert e bem sincero comigo, mas não sei se ele se apaixonou por outra pessoa, mas " A gente" não classifica apenas duas pessoas. - Fabrício, eu não estou com ninguém e você sabe disso, na loja estavam apenas Tori e eu, então não sei como você gosta de Classificar, mas pode ser nós, vós ou a gente. - Ele estava tentando desconversar, Robert é bem astuto quando o assunto e desconversar algo. - Sorri e fingi que acreditava nele. - Mas bem quero te falar por que fugi naquele dia, descobri coisas ruins sobre Sylvain e tudo isso por causa de você, se meu primo não houvesse visto a briga ele não iria investigar e descobrir que Sylvain sequestra crianças em lares e casas de adoção e depois de seis dias elas somem de uma forma que ninguém mais as encontra. Bem eu não sei o que ele faz com elas, se as come com sopa ou sei lá, mas estive investigando com meu primo e descobri isso. - Peguei a pasta de papel grosso e abri, mostrando fotos das crianças antes do sequestro e alguns dias depois, elas estavam distorcidas e diferentes, com rostos e expressões anormais. - Robert estava quase morrendo sem ar de quando veio correndo e agora pelo jeito seus pulmões pararam de vez, a reação dele foi justamente o que eu esperava, espanto, medo e algo mais. - Nossa Fabrício, você seguiu ele? Meus deuses o que esse cara faz com essas crianças? - Nem mesmo eu sei, pensei comigo mesmo. - Não sei, só consegui constatar que no sexto dia elas somem e ele vai sempre em casas de adoção diferentes, além de usar nomes e números de seguro falsos. - Sentei na grama e espalhei tudo que havia descoberto nos dias anteriores, enquanto folheava as fotos apontava para alguns pequenos detalhes e mexia a boca como se estivesse falando com alguém. - Esta falando com quem Rob? - Ele olhou pra mim como se não houvesse me ouvido. - Desculpa você falou comigo? - Realmente ele não me ouviu, então deve estar conversando com alguém ou algo. - Eu perguntei se esta conversando com alguém, seu amigo imaginário, um espírito ou sei lá. - Ele sorria e continuava a olhar as fotos e os papeis com os nomes falsos de Sylvain. - Nossa Fá, não acredito que em tão pouco tempo você descobriu tanto sobre ele, mas por que você comprou aqueles livros, amuletos e os livros são do mesmo autor. - Tentei desviar o olhar do dele, mas era difícil, Robert me fazia querer beijar ele ainda mais quando conversa olho no olho. - Acho que Sylvain pode estar usando algo ruim para mexer com essas crianças, podemos chamar de Tortura ou magia, o que você preferir e aquele autor fala muito sobre transmutação, invocação, sacrifício e outras coisas relacionadas ao número seis e a crianças, então pode considerar aquilo como pesquisa, então descobri muito sobre nada. - Robert sorria de uma forma tão diferente, ele não parecia mais a mesma pessoa de dias atrás ou que eu conheci. - Você foi ao lugar certo, comprou as coisas certas, mas leu e fez tudo errado, tudo que você precisava era saber que Sylvain não é normal e que magia existe com isso tudo iria fazer sentido, os livros, os amuletos e o que eu mais tivesse na loja, mas você não se deixou aberto a mais opções....

Fabrício olhava para mim como se tudo que ele ouviu, viu ou tocou fosse novo e diferente, bem na verdade para ele era, tudo era uma contratação velha de coisas novas, mas o que ainda esta matutando minha mente é o fato de Sylvain sequestrar crianças e seis dias depois elas sumirem, como assim? Órion havia saido para dar privacidade para que Fabrício e eu pudéssemos conversar o que de fato foi bom. - Bem eu não queria magoar você Rob, mas foi algo que eu não podia falar, meu primo pediu segredo e agora estou contando pra você por que quero que me perdoe, não sei viver sem você. - Ele me olhava tão intensamente que achei que derretia por alguns segundos. - Acho que não vai acreditar no que vou lhe contar, mas Sylvain foi na loja a alguns dias e tentou me arrastar chuva a dentro, não sei o que iria acontecer, mas uma amiga conseguiu me salvar. - Fabrício me olhou e sua sobrancelha se arqueou. - Ele tentou sequestrar você? É isso mesmo que eu entendi? - Fiquei sem reação. - Sim acho que foi bem isso. - Fabrício bateu o punho na grama e mexeu os dentes fazendo um barulho estranho. - Não acredito nisso aquele filho da puta está querendo sequestrar você, como não me avisou hoje quando fui lá e encontrei você na loja? - A reação de Fabrício foi bem inesperada, ele ainda me amava e o que eu fiz? Acabei maltratando ele. - Avisou a alguém? Falou com a Tori sobre isso? Quem te ajudou Meu Deus. - Para acalmar ele agora vai set difícil. - Eu ia contar a Tori, aliás vou contar a ela, mas estou esperando o momento certo. Mas o importante e que eu escapei dele. - Fabrício tocava meu rosto com a calma e delicadeza de um anjo. - Agora vamos esquecer Sylvain por algumas horas e vamos falar sobre algo bom, nós dois, aquela discussão na loja foi algo não planejado, não pensei em te ver e quero que aquilo seja esquecido. - As mãos dele estavam em mim, uma na minha perna, a outra na minha nuca, conseguia sentir toda a energia que ele passava, algo quente, forte e novo. Não sei se era a forma que a noite havia caido ou o a brisa fria que envolvia o anoitecer que me fazia querer sentir ainda mais o corpo dele, a lua estava subindo e as estrelas que vinham junto deixavam tudo mais bonito e as luzes fracas da cidade que estavam sendo acessas uma a uma ainda ajudavam a deixar tudo tão novo e colorido. - Quero estar sempre ao seu lado, quero te proteger, te beijar e você sabe que eu te amo, minha oferta de morarmos juntos ainda está de pé então quero que pense bastante nela. - Ele sorria e eu juntava todos os papéis para poder deitar no colo dele. - Juro que vou pensar, mas quero que você saiba que eu mudei, mas não sei por que meu sentimento por você não mudou nada, nada mesmo. - Ele caiu em um surto de risos. - Não parecia isso lá na loja e olha que eu era um bom cliente, comprei muita coisa, sou bonitão. - Aqueles olhos verdes e lábios vermelhos. Meus d.... - Vamos sair daqui, esta muito frio. - Fabrício concordou pegou na minha mão e nós saímos andando, bem no meio do Central Park havia um vendedor de frutas amigo de Fabrício um hippie de nome Daniel. - Vamos comprar uma fruta e conversar um pouco com o Daniel, nunca mais falei com ele. - Fabrício me puxava e nós seguimos em direção ao carrinho de frutas e ervas do Daniel. - Oi Danny, tudo bem? - Fabrício falou com o hippie de cabelo emaranhado e castanho. - O hippie olhou e sorriu para nós que estávamos de mãos dadas. - A paz meu irmão, por onde tu andavas bicho? Não te vejo a tanto tempo! - Daniel usava aquele arrastado e calmo um típico hippie de comunidade. - Oi Danny também faz tempo que não vejo você! Anda sumido e ai tudo bem?

– O hippie sorria e saia do conforto de sua almofada vermelha e vinha com sua mao estendida. - Oi Robert tudo bem grilo? - Ele estava sorrindo tão divinamente, mostrando aqueles dentes brancos e aquele óculos burguês, que nem se percebia que ele era de uma família rica, aqueles trapos que ele usava eram tão gastos. - Estou bem Danny, estávamos passeando quando vimos você. Então resolvemos passar e dar um oi. - Daniel era o tipico novo hippie que havia se juntado ao grupo por querer uma sociedade mais limpa e onde as pessoas pensassem mais na natureza e nas vidas delas em vez de dinheiro e trabalho. - E ai querem alguma coisa? Provem as goiabas elas são orgânicas e cultivadas com amor e carinho, mais nada. - Eu e Fabrício começamos a rir e Danny se rendeu segundos depois rindo junto. - Não entendi o motivo das risadas, mas quero uma explicação ou estavam rindo das goiabas ou de mim. - Fabrício e eu negamos com a cabeça. - Tudo bem eu explico Danny. - Falei ainda sorrindo. - Fabrício e eu temos uma espécie de piada amorosa entre nós e que em historias infantis geralmente são maçãs os frutos proibidos, ou o que pode salvar ou matar a princesa enquanto ninguém lembra das Goiabas, então ela e nossa maçã, um símbolo de amor e ódio. - Danny sorriu. - Nossa mil desculpas gente eu havia entendido errado, mas legal isso de uma fruta tão negligenciada ser um símbolo positivo pra vocês. Podem pegar quantas quiserem então. - Danny foi gentil e tão amoroso que nem mesmo um hippie com mais tempo de comunidade que ele não poderia fazer isso. - Querem sair e ir lá na comunidade para comer alguma coisa um dia desses? - Danny calçava as sandálias de madeira e couro. - Vamos marcar Danny eu quero muito conhecer uma cooperativa Hippie, ainda mais se todos lá forem doces igual você. - Fabrício me olhava, mas ele sabia que entre Danny e eu nunca haveria nada, nós eramos diferentes, ele era um hippie que amava todos e não se amava, eu me amo e amo apenas umas pessoas bem seletas. - Vamos Rob esta ficando mais frio e tarde, tenho que levar você pra casa, isso é se você quiser. - Fabrício estava tentando esconder o ataque de ciúmes, ele realmente me amava e não conseguia esconder isso. Não sei se isso é bom ou ruim. - Pode me levar onde quiser, me surpreenda. - Fabrício sorriu e finalmente pude entender que tudo estava bem entre nós, apenas eu que julguei tudo muito rápido, antes de que algo pudesse acontecer, mas seguimos andando pelo Central Park em meio a escuridão e as poucas luminosidades das luzes. O ponto de ônibus estava vazio, bem como o qual nai estamos acostumados, os táxis estão correndo de um lado para o outro e gritos vão e vem, ainda estamos terminando de comer as goibas que Daniel nós deu. - Então o que mais além de pensar que eu era um merda você fez esses dias? - Fabrício sorria e me abraçava enquanto as correntes de ar iam e vinham em direções opostas a nós.


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Notas finais do capítulo

Ouça Scream my Name by Tove Lo



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