All Things Go... escrita por Kai, Donna Bela


Capítulo 12
19:00, 18:45, 18:00 Jantar?


Notas iniciais do capítulo

unkiss me..... Maaron 5
Todo o Álbum "V" Maaron 5



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– Vou tentar ler, mas a lingua desse livro é algo antigo e bem complicado de se ler, mas Órion falou que meu tio, que no caso seria Tataraavô de Tori inventou esse idioma e o chamou de Solariptação. - Falei meio que sozinho olhando apenas para Tori alí escornada. - Acho que quando Tori acordar você precisa aprender mais sobre você e sobre sua família. - Richie sorria. - Eu sei disso Richie, mas você não sabe o quão agitada esta minha vida, havia terminado com meu ex de quem agora estou noivo, estava aprendendo magia com Órion, conheci Tori que é minha Tia desaparecida que foi amaldiçoada por que se apaixonou pelo próprio irmão. Não é uma família nem mesmo uma vida fácil de entender, então se você me permite eu estou tentando ler essa língua baseada no latim antigo com uma encriptação Egipcia. - Caramba é isso, nossa família e a dona do sol, assim como o deus Rá, então onde Rá estiver ira existir um feitiço de luz uma das nossas habilidades mais poderosas. - Richie e Ben sorriram. - Está vendo? O que um pouco de pressão não faz? Nós ajudamos de uma forma meio impotente, mas ajudamos. - Artche sorriu pra mim assim que terminou o pequeno discurso. - Aqui diz que um feitiço de luz pode ser feito por qual quer bruxo ou bruxa que pussuir o espirito do sol em seu corpo, ele e fatal para seres imortais, menos para fadas, pois elas possuem luz dentro de sua escuridão. Richie olhava fixamente para meu corpo meio destroçado e queimado, mas enquanto ele apenas olhava eu estava ali tentando conectar simbulos as letras e transformar aquilo em um feitiço. - Aqui fala muito sobre o feitiço, mas não mostra como faze-lo, então não sei como ministrar isso. - Um sopro em meu ouvido sussurava alguma coisa, mas eu não entendia as palavras. - Leia com calma meu menino, ela esta a salvo comigo, só precisa ajudar ela a voltar para dentro de seu corpo, mas antes cure suas feridas e as dela, lembre que onde há calor, luz e brilho eu sempre estarei ao teu lado pra proteger você, meu menino. - Os arrepios subiam e desciam pelo meu corpo, a sensação de ter algo de Órion ali ainda era maravilhosa, mas assim como o sussuro avisou primeiro os machucados, depois vem a cura. - Peguei algumas das ervas do estoque, Xilonania, Blicocentru, Algas negras e comecei a moer elas com um pequeno pilão, depois quebrei uma ametista e comecei a esfregar a mistura nas queimaduras de Tori, por fim ministrei em mim mesmo a mistura passando nas queimaduras e arranhões, em questão de segundos tudo estava sumindo estavam indo de uma forma idolor e inacreditável. - Rob agora você tem que acordar a Tori, ela esta nesse estado a quase uma hora. - Richie olhava fixamente para Tori deitada nas almofadas ali no chão. - Eu sei Richie, mas primeiro vou limpar ela pra tirar essa gosma de cima dela e de mim. - Ele sorriu.

– Minutos depois Tori estava limpa, cabelo emaranhado, mas preso por um lápis, o ventilador do teto girando e tentando acalmar as gotas de suor que escorria em litros pelo cabelo, testa e braços. - Richie quero algumas velas vermelhas, verdes e brancas, Ben quero todos os espelhos pequenos da vitrine, Artche quero uma ametista e uma pedra da lua. - Os meninos saíram correndo pela loja procurando cada uma das coisas, Richie voltou com todas as velas e ainda mais algumas. - Ascenda elas Rob. - Ele terminava de posicionar as velas de acordo com a ordem. - Não precisa ascender todas uma a uma. - Richie sorriu e saiu de perto quando apenas com um estalar de dedos todas as velas estavam acesas e com a chama tremulando. Quando peguei nas pedras e s sentiram a energia e a força da lua nelas um brilho tao intenso e forte atingiu meus olhos como se fosse um soco, todos os espelhos apontados para Tori fazendo ela se tornar um abajur humano. - Solum, Golglun dervanium, sabotta invitanius Solarum Giahnten, Barbyonez say Tori tour son, your uncle, friendship from all then things come got back. - Um vento atingiu toda a sala de leitura particular de Tori levanto papéis, derrubando livros no chão, fazendo uma festa de papéis, clipes quando tudo acabou e o corpo de Tori pareceu flutuar e desceu novamente para o solo e os olhos dela se abriram. - Robert o que esta acontecendo aqui? Um ritual de invocação? - Eu sorria. - E por que os meninos estão ajudando você a fazer isso? - Richie começou a recolher os os papéis e os meninos o ajudavam. - É uma longa história, muito longa mesmo Tori. - Ela sorriue e nós saimos para o estoque para conversar. - Órion sumiu, não sei o que aconteceu comigo, tudo que sei foi que Sylvain atacou a loja e eu defendi, depois disso tem um espaço vazio na minha mente. - O livro da capa de madeira havia ficado na sala de leitura bagunçada.

– Tori, não sei o que pode ter acontecido com você, só sei que desmaiou, voltou e depois gritou que a loja estava pegando fogo, depois disso ficou me olhando de uma forma estranha. - Mas ela sabia que tudo era verdade, com o poder dela de ler mentes quem dúvida? - E depois Rob, o que aconteceu? - Tori me olhou e ficou encarando. - Não sei eu joguei Sylvain porta a fora e você e os meninos mandaram eles pelos ares e uma luz quase cegante fez você desmaiar, ah Órion morreu, segundo sei ela foi atingida por uma bola de fogo atirada por Sylvain e ela se foi completamente depois de me ajudar a salvar você do coma. - Tori correu. - Não ela não se foi, Órion pare de brincadeira preciso falar com você, Órion? Onde você esta, preciso falar com você urgente, sei como trazer você de volta. - Corri atrás dela que estava na frente da loja abrindo a porta e olhando para fora. - Falei Tori, ela se foi apenas para me salvar, depois que ela falou, melhor mostrou como trazer você de volta do limbo. - Ela riu e andou pela loja. - Meus deuses como tudo voltou ao normal? - Ela perguntou de uma forma estranhamente boba, já que ela havia concertado tudo. - Foi você que concertou tudo com uma pedra que pegou na vitrine, dois segundos depois tudo estava de volta ao lugar como se nada houvesse acontecido. - Ela olhou o relógio pendurado encima da vitrine das tortas. - Robert já são quase quatro horas, temos de ir para arrumar o jantar para a familia de Fábricio, vá ao terceiro corredor, terceira prateleira e pegue o grande livro de capa de veludo azul com um azulejo verde na frente. - Richie, Ben, Artche venham aqui por favor. - Tori gritou enquanto eu corria até a frente da estante grande com os livros grandes, subi na escada e peguei o livro, enquanto os meninos vieram correndo até Tori. - Você esta bem Tori? - Artche perguntou tentando ainda segurar a pilha de papeis em suas mãos. - Estou, mas quero que vocês venham comigo pra conversarmos. - Ela saiu com os meninos e eu abria o livro que pelas primeiras páginas se mostrou ser um livro de receitas. - Richie foi o primeiro a voltar do estoque foi Richie. - Robert obrigado por toda a aventura, amsi o dia, se soubesse que havia tanta ação aqui, tinha vindo aqui antes, mas agora venha comigo, Tori precisa falar com todos nós. - Segui andando dois passos mais rápido que Richie, o alto magro e loiro vinha atrás de mim como uma parede humana, O silêncio que nós seguia era estranho, mas nada que matasse. - Robert quero conversar com você sobre a loja. - Tori estava de pé, ela segurava uma espécie de cajado, uma ostra estava sendo segurado por uma parte circular que parecia ser ouro. - Você gostaria de falar sobre o que Tori? - O cajado brilhava e ela estava diferente depois de acordar, não sei se é a saudade de Órion ou é a mudança que ocorreu com aquela explosão luminosa. - Quero que você dê boas vindas aos três novos bruxos do nosso ciclo, quero que de boas vindas aos nossos três novos funcionários, vamos sair do vermelho, vamos conseguir salvar Órion e tudo isso com a ajuda desses três, então a partir de amanhã nada mais de tortas e coisas de outros lugares, tudo vai ser feito com magia, amor e aqui na loja, era essa a idéia de Órion, então vou seguir o plano que ela fez para nós, vou treinar você e ensinar tudo sobre magia, mas agora vou deixar os meninos aprendendo a tomar conta da loja, mas já expliquei tudo a eles enquanto você não estava aqui. - Ohei para meus pés dentro dos sapatos marrons.

– Tori, mas não podemos contratar eles agora, não temos como pagar eles, nem mesmo como pagar a mim. - Ela sorriu. - Tenho apenas uma solução para todos os problemas, magia, magia e mais magia. - Agora sei que a Tori que eu conhecia não era a mesma que havia voltado. - Tudo bem Tori, se você quer assim, não vou ficar no seu caminho, então tenho que ir para o jantar, você vai ficar e ajudar os meninos ou vai comigo? - Ela me olhou como se eu fosse outra pessoa. - Lógico que eu vou, a menos que você não precise de minha ajuda. - Os meninos me encararam como se eu não estivesse feliz pelo ciclo, pelos novos planos de Tori, mas era verdade, eu não estava feliz, por que Órion não queria que eu participasse de um ciclo, tanto que May esta com as velhas senhoras de Salém e eu estava trabalhando numa loja sem vínculo com ciclos de magia, Tori e Órion me ensinavam o que era preciso, além disso não quero me envolver com rituais, sabás ou essas coisas. - Tudo bem se você não quiser ir, pode ficar e ajudar os meninos, eu estou indo e acho que consigo fazer tudo sozinho. - Ela sorriu e eu sai andando.

– Ao sair da loja percebi que Tori estava ensinando os garotos o ritmo de uma loja Wicca/Humana, falando sobre alguns dos frequentadores, sobre as tortas, sobre as idéias de Órion para tirar ela do vermelho, ou simplesmente estava mostrando os livros, bem não sei, apenas segurava o grande livro verde com as mãos o agarrando como se tudo na minha vida fosse sem valor, apenas o livro era meu tesouro mais precioso. - Saudades de Órion, da Tori chata, do meu mundo de namoro sem noivado, de poucas preocupações. - A Trank Toys and More... Estava aberta e eu tinha o dinheiro reserva que Fábricio me deixou no bolso, então tive a bela ideia de comprar um par de patins para não ter que pegar ônibus para a casa de Fábricio, de patins preciso apenas pegar o metrô, então quando entrei na loja, Hay estava sentado lendo uma revista, Hay era o filho mais novo de Hayden o dono da loja. - Oi Robert, tudo bem? - Hay levantou e saiu detrás do balcão onde estava meio deitado. - Estou sim Hay, só não estou muito feliz hoje. - Ele sorriu e me cumprimentou. - Pode ser por causa da explosão do bueiro ali da frente da loja da Tori, até mesmo ela que é tão forte passou mal segundo fiquei sabendo. - Obrigado deuses, eles não sabiam o que havia acontecido na loja, nem mesmo na frente, nada sobre Sylvain. - Sim ela passou mal e eu ainda estou mal, perdi minha aliança de noivado, perdi a hora de fazer o jantar para a família do meu namorado e agora preciso de sua ajuda, porque preciso de um patins bem rápido e que ande bem. - Hay sorriu. - Calma, me conte primeiro sobre sua aliança, depois eu mostro os patins. - Não consegui retribuir o sorriso. - Ela é feita de três metais bem como se fosse um entrelaçado dos três, ela e prata, cobre e zinco, mas entre os laços não há espaço ou seja é como se ela fosse dividida em três e colada de uma forma mágica, mas porque você está me perguntando isso? - Hay sorriu. - Bela descrição da jóia, estou perguntando pelo fato de ter encontrado uma coisa incomum na calçada hoje e queria saber a quem pertence, mas acho que já encontrei o dono. - Ele colocou a mão na gaveta e remexeu um pouco lá por dentro, até erguer a mão fechada, quando ele abriu, não consegui conter o sorriso, ela estava lá pousada no meio da mão dele, minha aliança. - Obrigado Hay você não sabe como eu estou agradecido, fico te devendo um café e uma torta na próxima vez que for tomar café lá na loja pra ler seus quadrinhos. - Hay sorriu e deu um pequeno giro. - Não foi nada Robert, aceito o café, mas tem que ser um cappuccino sem canela e com chantilly na borda e a torta tem que ser de côco com Framboesa. - Eu sorri e enterrei a aliança de volta ao lugar dela, no meu dedo anelar. - Então fico te devendo um de sempre e um beijo de muito obrigado, agora quero que me mostre os patins se não vou me atrasar e levar uma bomba dos velhos e dos irmãos de Fábricio. - Hay sorriu, ele tomava café todos os dias na loja antes de abrir a Trank Toys, ele era um ex amor de Tori, sempre a cada fim de mês segundo ela comprava uma pedra de liz roxa lisa e com uma parte áspera avermelhada, mas segundo ela ele sempre perdia ou quebrava a pedra no meio do mês. - Venha por aqui, vou mostrar os patins mais modernos e maia rápidos pra você. - Haviam vários modelos que enchiam prateleiras e prateleiras, de várias cores, materiais, modelos que imitavam os que os famosos como Jhon Travolta gostava de usar. - Esses aqui tem borrachas de freio na frente e atrás, são um dos modelos mais vendidos e mais modernos da atualidade. - Hay era tao fofo explicando sobre cada tipo de patins, não conseguia tirar o sorriso do rosto. - Acho que quero o de duas borrachas preto, mais nada. - Ele sorriu, e correu pela escada que com certeza ia para o estoque. Ele desceu correndo minutos depois com o par de patins novinhos, lindos e cheirando a plástico, poliéster, algodão e nem sei o que mais, bem simplificando, era cheiro de coisa nova. - Aqui, custam 30 dólares, mas como você já e um cliente de carteirinha eu faço por 20 dólares. - A sineta tocou novamente e duas senhoras com crianças nos bracos estavam olhando brinquedos de corda em uma das muitas prateleiras . - Vou ficar com ele Hay aqui o dinheiro, pode ficar com o troco. - Entreguei a ele uma nota de cinqüenta dólares e ele correu pra antender as senhoras e foi na registradora, mas eu sai correndo antes de que ele tivesse a oportunidade de devolcer o dinheiro. - Tirei meus sapatos e calcei os patins com presa, correr era minha prioridade e chegar a tempo de fazer o jantar era outra. - Os carros iam e vinham devagar, as ruas não estavam tao lotadas, era uma tarde de sexta bem calma, algumas pessoas haviam ido para as praias, outras estavam em casa comendo e assistindo TV e muitos estavam tendo o último dia de trabalho da semana, tudo era diferente, quando cheguei na estação o metrô estava vazio, apenas um jornal voava jogado ao vento. Cinco ou quatro minutos depois o trem passou, a velocidade foi reduzindo e parou, varias pessoas desceram com suas maletas de couro pretas e casacos de frio, entrei meio que com receio de tomar um tombo com aqueles patins, todos me olhavam de um modo estranho e escabroso, quando estava começado a ficar vermelho ouvi que a próxima estação era a minha então quando a porta se abriu abracei o livro novamente e sai correndo de patins até as escadas que subiam pra rua, o sol estava sumindo entre as nuvens de uma bela tempestade, tirei os patins para poder conseguir subir a escada, fui o último a subir, até mesmo os velhinhos eram mais rápidos que eu. - Quando subi coloquei os patins nos pés de novo, sai correndo e aqui não estava como em Upper East Side, haviam mais pessoas, trânsito pesado e táxis buzinando e zunidos por toda parte, - Com licença, preciso passar, escusi, perdon. - Gritava pedindo desculpas e licença para as milhares de pessoas que estavam na minha frente. Por fim quando cheguei a casa de Fábricio ou melhor a nossa casa, eram quase cinco da tarde e a família dele chegariam daqui a poucos minutos, fui pra cozinha limpando apenas as rodinhas do patins antes de pisar no carpete, cheguei na cozinha e percebi que haviam sacos de compras encima da bancada da cozinha e nele um bilhete " Aqui uma ajuda, estou quase chegando, te amo muito... F" Estava escrito com tinta de caneta preta, um grande sorriso se abriu em meu rosto e então olhei e dentro das sacos haviam milhares de coisas incluindo uma caixa de bombons de chocolate com côco, um champanhe, vinho e carnes. - Comecei a folhear o livro e encontrei uma receita de Arroz com Queijo e tomate francês que pela imagem na foto parecia ser dos deuses, pra acompanhar vai ter ensopado de carne com legumes e de sobremesa torta de chocolate com cereja e bluberry. - Pra começar lavei bem o arroz, ascendia o forno do fogão para pré aquecimento, coloquei os temperos em uma frigideira junto com o Champion para flambar com vinho branco enquanto tomava uma taça de vinho tinto barato e meio que feito com álcool para limpeza quando sentei já não aguentando mais o peso das minhas pernas e já meio tonto por causa do vinho o arroz estava ficando pronto, o cheiro bom que saia do forno era divino, a carne estava descansando no vinagre com vinho e limão, a torta estava pronta para ir pro forno e a carne para a panela, fui até a o tocador de discos e coloquei algo em italiano que encontrei ao lado da estante, voltei pra cozinha rodando a casa de patins. - Se Fábricio me visse agora eu estaria morto. - Comecei a riri e falar sozinho. - Não iria matar assim propriamente dito, mas quem sabe não brigaria depois de uns beijinhos. - Tomei um susto, a taça de vinho havia ido parar no chão aos cacos. - Amor você quer me matar do coração? - Perguntei olhando para Fábricio. - Não quero não, só cheguei cedo e pensei em te animar, mas vejo que você já está feliz demais. - Ele estava diferente de hoje de manhã, a blusa branca social com os botões do pescoço abertos, as mangas arregaçadas mostrando os braços quase por inteiro. - Bem que preciso de uma animação mesmo, consegui tomando aquele vinho barato que fica na prateleira encima da geladeira. - Ele me abraço e me beijou sem nem mesmo ligar pra taça quebrada no chão de madeira. - O que aconteceu que você só conseguiu se animar bebendo? - Ele me olhava de um modo estranho e me segurou quando abaixei pra recolher a taça. - Por falar nisso, onde está a Tori? - Perguntas e interrogatório, se bem quer seria bem pior quando eu fosse pra casa, mamãe iria ficar "Pra onde você foi? Onde você ficou? Ficou com o menino lá? Poque não ligou pra avisar? - Bem hoje teve um acidente com o bueiro na frente da loja, Tori desmaiou e voltou depois de horas como uma outra pessoa, eu perdi minha aliança no meio da plateia que surgiu para admirar Tori largada no chão, por sorte Hay um amigo meu encontrou ela, Tori resolveu contratar mais funcionários, soube que uma tia minha desapareceu hoje também. - Ele tirou o cabelo que cobria minha testa e ficamos ali a poucos centímetros um do outro. - Depois disso você resolveu comprar um patins e tentar fazer com que o resto do dia fosse bom é isso? - Ele perguntou olhando para a garrafa de vinho encima da pia. - Não foi bem assim, não queria pegar o ônibus então comprei os patins na loja de brinquedos da esquina da loja e vim de metrô, mas fui até a estação com eles. - Ele sorria e sentou em um dos bancos me fazendo sentar ao lado dele. - Agora que não está tão atrasado e eu estou aqui pra ajudar a terminar tudo, tire os patins e vamos tomar um banho, o arroz está pronto? - Acesti que sim com a cabeça. - Agora ponha a torta e vamos tomar um banho, quero tirar o stresse, suor, sujeira, e o cheiro de velho que eu estou, mas primeiro vou pegar a vassoura para limpar esses restos de cristal. - Sorri enquanto ele pegou a vassoura e varreu os restos da taça e tirou os meus patins deixando eles de lado. - Agora vamos tomar um banho e esperar minha família doida para o jantar. - Ele me pegou no colo e saímos da cozinha para o banheiro. - Quero saber se vai ser sempre assim, apenas eu e você tomando banho juntos. - Ele sorria, o bigode havia sumido e o cabelo cortado recentemente. - Amor você cortou o cabelo e fez a barba hoje, isso tudo por causa da visita dos seus pais? Ou apenas foi pra me agradar? - Ele sorriu, chegamos no quarto e ele me deixou sentado na cama. - Fiz pelas duas coisas, quis fazer uma pequena surpresa.

– Depois de tomar banho fui ao closet e peguei um moletom de Princeton que Fábricio tinha e resolvi vestir ele. - Amor posso usar o moleton de Princeton? - Ele estava no quarto passando Hairspray no novo penteado. - Não use a blusa, minha mãe odeia esse moletom, use algo novo. - Ele estava na frente do espelho se arrumando como se esse fosse um jantar importante. - Mas eu quero vestir algo com seu perfume natural, quero pelo menos me sentir confortável com seus pais aqui. - Ele sorria enquanto eu estava recolocando o meu colar do sol no pescoço. - Pode vestir o que quiser, mas não o moletom, acho que tenho um da Brooklyn State, se quiser pode vestir ele. - Nem procurei ele, apenas peguei uma blusa quadrícula de um azul claro e uma shorts marrom que era extremamente estanho e cheio de bolsos, mas não cobria os joelhos e eles era bonito da forma dele. - Quando terminei de arrumar meu cabelo ouvi o som de batidas na porta. - São eles Rob estou descendo. - Fábricio saiu correndo, enquanto eu ainda estava enrolando pra descer, a torta estaria pronta daqui a três minutos, queria que Tori estivesse aqui, ela ou Órion ou as duas, caso elas estivessem aqui a tarde seria melhor, mais fácil de lidar. Infelizmente iria ser apenas eu e a família dele, ano sei se eles me amariam ou vão me odiar, não sei ainda, estou apenas a esperar e ver. - Criei coragem e desci escada abaixo. lá estava Fábricio todo arrumado e com as mangas arregaçadas. - Então foi assim que eu fiz Tomas Todd vender o Grand Guardian pro banco. - O senhor branco sorria exibido os dentes e os cabelos castanhos quase grisalhos, um menino de olhos azuis que aparentava ter seus quinze anos apontou pra mim. - Fábricio olhou para trás virando o pescoço. A menina que estava sentada ao lado da senhora loira, Ela estava com um vestidinho de boneca meio rosa bordô. - Olha quem resolveu aparecer. - Fábricio sorriu. - Robert venha aqui conhecer minha família. - Ele levantou e eu caminhei com calma até ele. - Mãe esse e o meu noivo, Robert e amor essa e minha mãe Margot. - A senhora loira me abraçou. - Que bambino bonito, você e muito bonito, nem parece com esses meninos de hoje. - Fábricio segurava a minha mão pra que o abraço não me esmagasse por completo. - Calma mãe não esmague ele por completo, Robert esse é Jovanne, meu pai. - O senhor branco era totalmente diferente do que eu pensei, era alto, cabelo preto e rugas bem acentuada. - Olá senhor tudo bem? - Ele apenas apertou minha mão e ficou me observando, a menina que aparentava ser até mais velha que eu com o vestido de boneca levantou e deu uma corridinha pinguim e me abraçou. - Oi Robert eu sou Cissa, irma do Fabrico, filha mais nova e meio mimada e a próxima grande administradora do banco. - A menina quase terminou de me matar. - Olá Cissa tudo bem? Você parece estar muito feliz. - Ela sorriu e sentou. - Estou feliz sim, acho que os dias que passei na Suécia foram maravilhosos, sem mãe, nem pai, nem Kevin, apenas eu e milhares de chocolates, não sei mas de uma forma eu consegui passar férias maravilhosas e nem mesmo o Kevin vai conseguir me tirar do sério agora, mas é você já conheceu a Suécia? - Ela perguntou se eu já sai dos Estados Unidos? Eu nunca fui nem mesmo a Ohio, bem eu já fui a Indiana, Flórida visitar a vovó, já fui a Salém visitar a Tia Mason, mas nunca sai dos Estados Unidos. - Bem eu nunca sai do país, amo muito minha casa, queria conhecer alguns lugares, mas não por enquanto, acabei de terminar o ensino médio e espero conseguir ir para a Juilliard no semestre que vem. - O menino não conseguia tirar os olhos de Fábricio que olhava pra mim encantado, ele nem sabia sobre a Juilliard. - Kevin vem aqui e dê um abraço no Robert, não ligue amor ele é meio tímido. - O menino levantou do sofá e veio em minha direção, sem nem mesmo um sorriso ou algo do tipo. - Olá Kevin, seu irmão falou muito sobre você, e sobre o rabisco. - Rabisco era o gato do Fábricio que a Cissa amava, então um belo dia Kevin colou ele na privada por que ele fazia xixi na cama do Kevin. - Então você sabe que eu colei o Rabisco na privada. - Eu assenti com a cabeça. - Sei sim e sei de umas travessuras ótimas pra se fazer com irmãs. - Ele finalmente sorriu de livre e espontânea vontade ou pressão, não sei mas foi um sorriso bem grande. - Então nós vamos nos dar muito bem. - Kevin falou baixinho, enquanto Fábricio sorria. - Então vamos comer? Podemos conversar mais na mesa. - Kevin estava com uma pluma branca fazendo cócegas no ouvido de Cissa que nem ligava. - Kevin se comporte, pare de testar a paciência da Cissa por favor. - Fábricio brigou com o garoto que sossegou na mesma hora. - Tudo bem Frizzo, eu paro de importunar a Dolla. - Fiquei ali meio alto sem entender nada, mas se ele sossegou foi por um bom motivo, ao menos eu acho. - Espero que você não tenha tentado usar as receitas de sua avó, ela nunca cozinhou bem. - Ele sorriu. - Não fui eu que cuidei da cozinha mamãe, eu fiquei até minutos atrás no banco com Tomas Todd, tudo que vocês irão jantar foi feito pelo Robert, eu só coloquei a mesa e comprei as flores.

– O resto da noite foi maravilhosa, consegui fazer o velho pai de Fábricio sorrir, ele amou a torta, descobri que Frizzo era como Kevin chamava Fábricio desde que aprendeu a falar, descobri que Fábricio e dono de mais da metade do banco, que a família sobrevivia muito bem, pois eram ricos e donos de metade da Itália e donos de uma marca de chocolates suíços. Alem de que Fábricio estava montando um plano de investimentos pra loja da Tori que vai tirar ela do vermelho. Depois de lavar a louça sentei no sofá e fiquei ali olhando pro nada, Fábricio voltou da cozinha com um pote de sorvete e duas colheres. Ele ligou a televisão e ficamos ali feito duas crianças tomando sorvete e assistindo desenho animado na televisão até altas horas da noite, eram duas e cinco da manha quando estava passando uma animação muda em preto e branco, Fábricio estava dormindo e eu ainda estava sentado no carpete com ele deitado nas minhas pernas, tirei ele corri no quarto peguei umas cobertas, travesseiros e quando voltei ele estava diferente, vestia apenas uma samba canção. - Onde foi parar a sua roupa? - Perguntei no ouvido de Fábricio. - Não sei, acho que talvez tenham sido seqüestradas. - Ele falou baixinho. - Não precisa fazer isso Amor, só falar que quer fazer amor comigo. - Ele sorriu e abriu os olhos. - Que coisa feia moço, fingindo dormir apenas pra fazer sexo comigo. - Ele começou a gargalhar, mas era verdade, não sei o que eu tenho, bem mesmo ele, mas quando nos juntamos se torna algo grande, único e poderoso de uma forma inacreditável e afetiva...

– Nossa filho ele é tão novo, tem cara de rapaz e você já e mais vivido. - falava uma voz feminina. - Eu sei mãe, mas eu sinto algo muito forte por ele. - Uma voz masculina se sobrepunha. - Ele esta certo Margot, o menino e boa pessoa, sabe cozinhar, se o Kevin gostou dele é porque ele é pra casar. - Uma voz mais grossa e rustica falou. - Eu gostei dele, parece ser adulto com um jeito infantil, sabe lidar com a Dolla e pelos olhares ele gosta do Frizzo de uma forma que ninguém nunca gostou.

– Minutos depois as vozes se calaram e estamos apenas Fábricio e eu, agora ele estava realmente dormindo, eu não conseguia pregar os olhos, levantei sentei no sofá, liguei a televisão no modo mudo, andei um pouco, brinquei com meu colar do sol, fiz tudo que nem mesmo eu imaginei, revirei a geladeira atrás de algo pra comer, bem encontrei de tudo, o que eu queria, nem sei o que era, peguei algumas uvas e comi enquanto voltava a caminhar dentro de casa, na varanda conseguia ver a ponte do Brooklyn, as luzes da cidade e as alusões de nuvens que eram a única coisa que tinha no céu, além das poucas estrelas que ali estavam.


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