Ela o observava, era alto como sua avó descrevera, tinha uma das mãos em forma de punho e a outra balançava instantaneamente. Ele usava um boné, tentava se disfarçar, mas as roupas antigas, e o físico de soldado não o ajudavam.

Assim como ele, ela usava um boné da Nike, tinha um rabo firme onde descia sua longa juba loira, calça jeans blusa cinza, com um casaco comprido colorido. Ela não se importava em ser vista, ao contrario dele.

Resolveu se aproximar, e viu o Super. Soldado pedindo segredo á um garotinho que acabara de lhe reconhecer, e então ele entrou em outra sala, a que mostrava o vídeo de Peggy Carter, falando sobre Steve Rogers. Ela viu como a postura do homem mudou ao ver o rosto da amada, sua mão não estava mais fechada preparada para aplicar um soco.

Mais uma vez ela se aproximou dessa vez mais perto, mas ele se afastou para á última sala do museu. Reparou que não teria mais chances, e se colocou ao lado do capitão.

—Dizem que ele é um herói – a garota começou – o melhor de todos, ele inspirou á todos, quando a humanidade mais uma vez se destruía.

—Ele deve ter sido bom, pra ter um museu só para ele – o homem disse.

—Não ouviu oque eu disse? Dizem que ele é o melhor.

—Eu ouvi – o homem deu uma risada nervosa – mas e você acha que ele foi o melhor?

—Eu não sei, nunca o conheci – a menina tirou o boné, o homem deu finalmente a devida atenção á ela – ele salvou Nova York e tal, mas ele teve ajuda, eu quero o ver lutando sozinho, sem outros super-heróis.

—Todo capitão precisa de uma equipe – ele respondeu um pouco irritado.

—Verdade – a menina concordou – mas é preciso conhecer e confiar em sua equipe.

—Verdade – o homem concordou sorrindo para á garota.

A garota voltou colocar o boné, e com um leve aceno deixou o Capitão América refletindo sobre quem deveria confiar para ter em sua equipe.

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—Eu preciso de você – Nick Fury estava irritado.

—Não sou uma agente – a garota o olhava atrevidamente.

—Natasha te treinou, você é uma agente – respondeu Fury dessa vez mais sério.

—Desculpa, preciso ser mais clara – a garota se colocou para frente com um sorriso divertido nos lábios – não sou, sua agente.

—Entendo que não queira se meter nesse ramo, não o recomendaria de jeito nenhum – Ele se levantou de sua cadeira até estar de frente à garota – mas preciso de você, já é maior de idade e tenho a aprovação de sua avó.

—Estou longe de ser a melhor agente.

—Verdade. Mas para esse caso, creio que seja á melhor.

—Vou começar a universidade em setembro, já á adiei a minha inscrição duas vezes.

—Não irá adiar uma terceira vez. Terminara a sua missão antes de setembro, eu lhe prometo.

—Ok, vamos imaginar que por um momento eu tope participar dessa missão. E se o garoto não topar, eu vou ficar com uma missão incompleta?

—Eu sei que você não aceita um não como resposta.

—E você também não – a garota bufou.

Nick Fury riu divertindo-se.

—Me conhece bem pestinha.

—Não me chame assim – a garota riu – já tenho vinte e um, e você não possui mais essa intimidade comigo.

—Me desculpe se estive ausente. Tive muitos assuntos para tratar.

—Como um bando de heróis acabando com Nova York?

—Salvando Nova York – corrigiu Fury.

—Que seja.

—E agora... – ele coçou a testa de modo preocupado.

—A S.H.I.E.L.D. corrompida?

—Quanto você sabe?

—O suficiente, e também sei que o capitão não vai gostar nada de descobrir que está mentindo para ele.

—Omitindo.

—Que seja.

—Como sabe sobre o capitão?

—Só sei oque a minha avó me fala.

—Natalie – Fury estava impaciente.

—Eu me encontrei com ele, no museu.

—Você falou com ele?

Silencio.

—Você falou com ele? – perguntou mais uma vez Fury impaciente.

—Apenas algumas palavras. Disse que ele deve estar atento, conhecer os seu aliados.

—Você praticamente o colocou contra a S.H.I.E.L.D.

—Pensei que a S.H.I.E.L.D que estivesse contra á ele.

—Vai cumprir a missão?

—Sim eu vou atrás do aranha.

—Muito bem.

—Posso ir embora?

—Pode – Fury voltou a sentar em sua cadeira – Mas antes mais uma coisa.

—Sim senhor.

—Fique longe do capitão.