Atlanta escrita por Luna Collins


Capítulo 24
Capítulo Vinte e Três


Notas iniciais do capítulo

Tenham uma boa leitura, e não esqueçam os deliciosos reviews.



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Em Jackson, Grace estava preocupada com a demora de Jack. Penny andava de um lado para o outro.

―Gente, onde está o Levi? ― perguntou Judy pensativa.

―Caramba, acho que ele saiu para buscar suprimentos. ―falou Penny olhando através da janela.

―Ele nem avisou nada. ―respondeu a enfermeira. Ela olhou para a cientista loira que tentava algum sinal no walkie talkie. ―Nada ainda, Grace?

―Não. Talvez eles tenham conseguido um lugar e estejam limpando, não é? ―disse Grace esperançosa. Penny assentiu e escutou um barulho, espiando através da janela.

―O que foi isso? ―perguntou Judy.

―É o Levi. Ele chegou com uma mochila, abra a porta. ―respondeu a garota ruiva, vendo Judy ir abrir a porta para o cientista e ajudá-lo com as coisas.

Grace pensava em como organizaria as coisas para sair dali. Porque ela era uma das principais líderes depois de Jack. Ela tinha um mapa, e deixou o walkie talkie de lado, percorrendo as estradas do mapa com um lápis. Haviam saído de Atlanta, passaram por Stockbridge e McDonough, parando em Jackson. Deveriam seguir agora para Juliette, era uma cidade próxima que poderiam talvez ficar mais seguros.

**

Perto dali, Jack e Phillip organizavam a limpeza da parte de baixo da casa. Angelo queria ajudar, foi andar por ali aos arredores. Ele estava com uma faca nas mãos, sentia a adrenalina percorrer suas veias, mas tinha coragem. Não queria demonstrar fraqueza até porque queria ajudar. Passou por detrás de uma casa que parecia recém-construída, talvez por algum casal que se casaria logo, e chegou à outra casa, mais antiga. O carro de alguém estava na frente da casa, e parecia haver movimento ali. Angelo pôde escutar os gemidos cadavéricos, chegou devagar.

Aproximou-se para abrir a porta da frente, quando foi pego de surpresa por um zumbi que veio pelo jardim da frente. O cadáver mirou e mordeu o ombro de Angelo, que logo começou a sangrar e gritar por ajuda.

―O que foi isso, Jack? ―indagou Phillip escutando os gritos do genro.

―É o Angelo. ―o soldado falou logo pegando um machado e indo ver o que aconteceu. Passou por duas casas e uma recém-construída para chegar onde estava o rapaz. Phillip estava com ele, pronto para matar os zumbis, mas viram que era difícil na situação em que o rapaz estava.

―Não podemos ajudá-lo. ―Jack segurou Phillip que queria ir ao menos salvá-lo.

―O que direi à Penny? ―o pai de família estava com expressão de assustado em seu rosto.

―A verdade. ―o soldado respondeu. ―Não há como ir até lá. Tem pelo menos uns quinze errantes naquela casa.

―Temos que voltar, sairemos daqui e seguiremos viagem.

―Isso. Grace deve ter tentado falar comigo pelo walkie talkie, mas esta droga esta com defeito, não funciona. ―ele verificou o aparelho grudado em seu cinto, logo voltando a olhar os zumbis e depois Phillip. ―Provavelmente ela deve ter calculado a rota, vamos logo.

Phillip assentiu e acompanhou Jack. O carro estava com as mulheres na casa em que se abrigavam. Decidiriam juntos se sairiam dali ou permaneciam ali por mais uns dias. Mas era mais provável que seguiriam viagem pois ali não era mais seguro como pensavam.

**

―Graças a Deus, vocês chegaram! ―disse Carla preocupada. Alicia estava sentada, lendo um livro de receitas, talvez para ajudar a cozinhar algo com os alimentos que conseguiram.

―Sim, e trouxemos mais alguém. ―falou Owen carregando a modelo com ajuda de Caleb.

―Esta não é Ivne Laurent? ―disse a loira. ―A modelo que ganhou 5 prêmios em desfiles e posou três para a Vogue? ―estava admirada.

―Ela mesma. ―Amy cruzou os braços com um sorrisinho de canto.

―Temos que ajudá-la. Encontramos ela com uma faca cravada na barriga. ―disse Logan.

Gavin se aproximou para olhar o machucado. A modelo estava quase desacordada.

―Só tem que limpar o machucado e dar pontos. Estou certo, Carla? ―ele chamou a amiga para ver o machucado. Os outros apenas observavam.

―Exatamente, iremos cuidar disso. ―ela respondeu.

―Ah, conseguimos fazer Alicia comer alguma coisa. ―a loira sorriu.

―Mas que ótimo! ―bradou Owen.

―Sim, Carla fez um sanduíche e ela conseguiu comer. ―Gavin disse dando um beijo no rosto da garota.

―Eu estava com fome, e parecia que tinha um buraco enorme no meu estômago. ―riu Alicia.

―Bom, me ajudem com ela. Vamos colocá-la na maca. ―disse Owen pegando Ivne por um lado e Logan ajudando do outro. Suspenderam-na e deitaram a modelo na maca, observando Amy que esterelizava os objetos para Carla poder limpar o machucado de Ivne e costurar.

Não estava muito feio, apenas não poderiam deixar aberto porque correria risco de pegar uma infecção e a modelo morrer. E o que eles queriam era poupar a vida das pessoas, porque tinham que chegar até Savannah a salvo.

Alicia e Amy abriram a mochila para tirar os suprimentos e fazer algo para todos comerem. Naquela noite, iriam comer pão de forma, que ainda estava com boa validade; e o recheio do pão seria atum ou sardinha. Era o que conseguiram. Os potes individuais de macarrão instantâneo usariam depois. No total ali daquele grupo, haviam oito pessoas. Iriam lutar para proteger uns aos outros.


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