Melody of heart [HIATUS] escrita por Director of dreams, The Carols Confidences


Capítulo 5
The past use brings a man on his knees


Notas iniciais do capítulo

Para nossas querida leitoras que estão acompanhando, favoritando e comentando. Obrigada, esse é para vocês!



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— Melody— seu nome saindo dos meus lábios como um suspiro, foi tudo o que eu disse antes de abraça-la... eu só precisava ter ela em meus braços depois de tanto tempo.

Mel correspondeu meu abraço me apertando de vota, quase tanto quanto eu estava. Depois de um longo momento ela lentamente se afastou. Mas eu mantive minhas mãos em sua cintura, precisando toca-la de alguma forma. Eu olhei para ela, me deliciando com cada bonito traço de sua formação, o desejo consumindo meu corpo, o amor consumindo minha alma.

Ela levou suas pequenas mãos ao meu rosto, me tocando, como se para ter certeza de que eu estava realmente lá, e em um sussurro disse:

—Luke? — em tom de descrença.

— Luke. — agora em um tom ‘sim, é ele’, como se sua dúvida, de que era realmente eu, tivesse acabado. Ela deixou as mãos caírem de onde estava, em meu rosto, para cerra-las em punhos ao lado do corpo, uma expressão de confusão apareceu em seu rosto, e ela balançou a cabeça, como se para clarear os pensamentos. Seu olhar foi para o chão por um momento antes de se voltar para mim. Determinação brilhava em seus bonitos olhos azuis escuros.

— Luke! — ela falou meu nome mais uma vez, mas desta, saiu em um tom de irritação e alguns decibéis mais altos. Eu não estava preparado para o que veio em seguida.

O estalo alto soou, e, antes que eu pudesse registrar o que estava acontecendo, um ardor tomou conta do lado esquerdo do meu rosto.

Ela me deu um tapa, na cara. E, porra, eu merecia, mas essa merda doí!

— Mel! — gritei indignado, mas completamente involuntário. Eu jamais esperaria uma reação dessa da doce Melody Flame, ainda mais com tanta força envolvida na ação.

— ah, pelo amor de Deus Luke, não pareça ofendido— ela falou fazendo pouco caso da minha reação— isso foi como eu me senti depois que você foi embora sem nem um ‘oi’, e desapareceu completamente por dois fodidos anos.

Me senti como se um punhal tivesse atravessado meu peito ao ouvir suas palavras. Doeu pra caralho. Mas, não era o lugar para esclarecer nossos pecados. Ainda estávamos no meio do gramado verde brilhante de Juilliard. Eu não estava me importando com nenhumas das 500 pessoas assistindo ao show, o maldito mundo todo podia assistir eu derramar minha alma para essa mulher, eu não me importava. Mas acho que ela se arrependeria da cena amanhã, quando voltasse para ter aula.

— Mel— falei, baixinho e com cuidado. Eu mereci o tapa, mas, nem sonhando, eu quero levar outro— nós precisamos conversar...

— sério?! Eu te disse isso a dois anos, você me deu chance fazer isso? NÃO. Porque você acha que EU deveria? — ela ainda estava, claramente, brava.

Foda.

— por favor bebê— Mel estremeceu e fechou os olhos ao som do apelido carinhoso — por favor Mel, vamos sair daqui— meu tom era de suplica, ela permanecia com os olhos fechado, imóvel. O velho apelido a tinha atingido, aproveitando a brecha, me aproximei, até que eu tinha ela em meus braços de novo— nós precisamos conversar bebê— falei baixinho em seu ouvido, e todo seu corpo tremeu em resposta, senti a lágrima em seu pescoço antes de poder vê-la.

Me afastei o suficiente apenas para ver o seu rosto— por favor... — seus olhos estavam abertos agora, brilhando com lagrimas não derramadas, olhando profundamente dentro dos meus. Uma única lagrima descia pelo seu rosto, e eu levei minha mão até ela, limpando numa caricia suave. Dei um beijo em sua testa, assim como fiz tantas vezes no passado, e o que restava de sua determinação escorregou fora de seu corpo. Ela assentiu levemente, num movimento quase imperceptível.

Ela iria comigo.

Porra, eu vim andando.

— baby, onde está o seu carro? — ela apontou um pequeno Mercedes cupê do outro lado da rua.

Eu a levei até o carro, com meu braço ainda firmemente envolto nela. Peguei a chaves do seu e dirigi até o meu apartamento. Não levou nem cinco minutos de carro, mas Mel se manteve calada todo esse tempo, cozinhando alguns pensamentos, eu tenho certeza.

Eu a levei para dentro do meu novo espaço. Ela nem sequer olhou ao redor, passou direto por mim se sentou no sofá.

— você vai me dar o voto de silencio Mel? — perguntei tristemente. Ela ainda parecia perdida em pensamento, mas ela olhou para mim nesse momento.

— eu disse que iria conversar com você, não foi? — perguntou baixinho, mas cortante. Eu balancei minha cabeça, afirmativamente, em resposta — então eu irei. Você pode começar me explicando por que, em nome de Deus, você fugiu?

Eu esperava de tudo, menos essa pergunta. Ela sabia o porquê.

— você sabe por quê Mel. Você sabe que é porque eu te amo mais que a vida, e eu sabia que você não me correspondia dessa forma. Eu ia acabar te prendendo alguma hora, na verdade, segundo você, eu já tinha feito isso. Então eu fui embora, para não machucar você, e para não me destruir.

Ela soltou uma risada curta e sem graça.

— então me diz Luke, foi bom? Esse tempo longe, foi bom para alguma coisa? — ela falou com uma raiva medida na voz— não me machucar... — ela riu aquela risada triste e debochada de novo— e o que você acha que fez exatamente Luke? O que você acha que me deixar, nua e sozinha, depois de ter dormido comigo, sem nem ao menos ter me dado um tchau, ia fazer? Até prostitutas recebem algo depois de dormirem com caras. O que eu recebi? Um bilhete. A. PORRA. DE. UM. BILHETE. Onde no mundo isso não machuca Luke? Você era o meu melhor amigo.

Porra!

Lágrimas escorriam livremente pelo rosto dela agora. Pelo meu também. Se eu pensei que deixa-la ia me destruir, dois anos longe dela não me machucaram mais do que suas palavras.

— eu não podia ficar Melody. Eu não suportaria acompanhar sua vida pelos bastidores, ver você feliz com alguém que não era eu. Acima de tudo, eu odiaria saber que estando lá eu ficaria no caminho para a sua felicidade. Então, eu fiz amor com você, e cruzei uma linha aquela noite, e eu não seria capaz de voltar para trás dela. EU. TE. AMO. Sempre amei... e por isso eu fui embora.

— você só pode ser mais idiota do que eu pensei — falou em tom de descrença— você está brincando, certo? — ela estava confundindo minha cabeça...

— eu não estou brincando Melody!

— pois parece Luke. Você, ao menos, sabe o que aconteceu depois que você saiu? Você, por acaso, se preocupou em perguntar?

Eu fiquei em silêncio. Eu não fiz.

— você me destruiu. Minha alma foi rasgada em dois. Eu te ligue, todos os dias, durante um ano, você nunca atendeu. Eu me afastei dos meus amigos; não fui na minha formatura; tive que aguentar os olhares de pena de todos a minha volta— ela riu em desprezo— acho que eles perceberam antes de mim que você não ia voltar; a única pessoa com quem eu falava era a sua irmã, de todas as pessoas, ela foi a única que não me olhou com pena. Eu discutia com Alexa numa base diária, ela não podia chegar perto de mim sem querer esbravejar comigo, mas ela foi o único contato que eu tive, porque eu não podia suportar os olhares dos outros e ela era sincera. E isso só piorou, quando eu resolvi não cursar a faculdade que eu queria, ficar numa local, porque eu queria estar em casa para quando você percebesse o seu erro e voltasse, eu estaria lá te esperando. Mas você não fez, nunca voltou, e se, por acaso, não nos encontrássemos hoje, não veria você novamente, não é?!

Meus joelhos cederam perante suas palavras, e eu caí, incapaz de me manter em pé.

Mas, ela continuou...

— três meses atrás foi quando eu percebi que eu era idiota. Eu tomei as rédeas da minha vida. Eu tinha colocado todos os meus planos em espera, por sua causa. Eu quase destruí minha carreira antes de perceber. Então eu me mudei, fui correr atrás dos meus sonhos. Nunca, jamais me esquecendo do que você fez. Naquele bilhete? Você disse que me amava Luke, mas não me amou o suficiente para me dar uma chance. Então veja, eu simplesmente não pude fazer o que você me pediu nele. Eu não pude te perdoar Luke, sabe por que? — ela tinha falado esse tempo todo olhando para qualquer lugar, menos para mim, mas, nesse momento, seus olhos encontraram os meus— porque por 16 anos você foi o meu melhor amigo, a pessoa que esteve sempre do meu lado, o único que sabia de tudo sobre mim, a pessoa que conhecia meu coração de co, mas na hora de fazer escolhas, você fez pensando em si mesmo. Porque você não iria aguentar me perder, você ficou tão cego com isso, que, nem ao menos percebeu que eu nunca realmente tive interesse por ninguém, eu sempre fui alheia as outras pessoas, e sabe porque Luke? — minha cabeça pendeu em meus ombros, meus olhos se fecharam firmemente, meus punhos se enrolaram dos meus lados. Era como se alguém tivesse me espancado, meu corpo pesava muito, minhas pernas eram incapazes de segura-lo.

—Porque você era o único que eu via. Porque eu te amava.


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Notas finais do capítulo

gostaram?
comentem, favoritem, recomendem.
bjos,
Ava e Carol.



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