Melody of heart [HIATUS] escrita por Director of dreams, The Carols Confidences


Capítulo 4
One step closer


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpa pela absurda demora, visto que o capítulo já estava pronto, porém, a minha internet saiu para passear e só voltou hoje.
Boa leitura!
Ava.



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Sento-me de repente na cama. Dois anos e os sonhos com ela me assombram toda a noite, como se rindo da minha cara. Mas, na minha fodida condição, a única coisa que me faz passar pelo dia é saber que, assim que eu for para cama, vou poder ver o seu rosto. Mesmo que só em lembranças. Uma lembrança, toda a noite, de algo que eu nunca mais vou ter.

Já faz dois anos que eu saí de LA deixando para trás todas as pessoas que eu amo. Meu irmão mais novo, Gabe, era apenas um bebê... eu não estava lá para ver quando ele deu seus primeiros passos. Eu estive longe por tanto tempo que, eu acho, que o Gabe de três anos não me reconhece mais... me ver apenas pelo Skype não conta em nada. As gêmeas choraram por meses depois que eu fui embora. Da última vez que eu vi Brent ele agiu de forma estranha comigo, eu tinha deixado de ser seu ‘irmão mais velho/ ídolo’, esse era o Josh agora. E, até hoje, sinto que Seth não me perdoou. Alexa e Josh me apoiaram por todo esse tempo, mesmo que nenhum dos dois realmente achasse que o que eu fiz foi a melhor solução. Meus pais não ficaram felizes com minha decisão, mas tão-pouco objetaram. Uma coisa minha mãe sempre fez questão de que eu soubesse: nós somos sempre os responsáveis pelas consequências de nossos atos e decisões, independentemente de qualquer coisa, a gente sempre poderia ter escolhido fazer de outra forma.

Eu vivo de estado em estado desde então, tentando buscar em novas paisagem o que eu sei que só vou encontrar em um lugar. Meu emprego me permite mudar com frequência, então eu faço, afinal, qualquer lugar sempre precisa de mais um veterinário, não é mesmo?

Meu celular toca ao lado da mesinha de cabeceira em meu novo quarto. Saindo do estado de torpor que sonhar com Mel me deixa, alcanço o telefone e atendo.

— bom dia irmãzinha, qual milagre te tirou da cama uma hora dessas? — são oito e meia da manhã, isso é de madrugada para Lexa.

oh Meu Deus Luke! Eu não sabia, eu juro que não sabia, porque você não me disse que estava indo para New York? — ela soava realmente perturbada com a minha mudança para cá, mas eu não peguei a dica do porquê.

— Lexa, você não está fazendo a porra de sentido nenhum... qual o problema de eu ter me mudado para New York?

— sério? tinha que ser New York Luke?! Porra...— a voz dela soou ao telefone, mais parecia que ela estava falando para si mesma do que para mim.

— Eu mudo muito, ia acontecer alguma hora... agora, qual é o grande negócio a respeito disso?

— bom irmão, acontece que Melody...

— Pare Lexa! Eu já disse, e mantenho: eu não quero saber! — meu tom era irritado. Meus irmãos e amigos tentaram me convencer a voltar de muitas formas, quando eles finalmente viram que não ia funcionar, passaram a jogar sujo e me manter informado da vida de Melody, do novo emprego, o novo cara com quem ela estava saindo... eu simplesmente não podia saber... de nada. Já era ruim o suficiente.

mas Luke, eu tenho que dizer que Mel...

sério Lexa, eu não posso... — minha voz quebrou em uma súplica. Por favor, não me atormente mais...

— ok— veio em um bufo resignado, pelo telefone— Mas não diga que eu não tentei avisar...

Fique tentado a descobrir o enigma por trás das palavras da minha irmã, mas se eu perguntasse, ela começaria o “assunto proibido” novamente, a única coisa que importava era:

— ela está bem, não é? — a única coisa a respeito dela que eu sempre queria ouvir.

você está? — foi a única resposta da minha irmã antes de desligar.

...

Ainda repassando a conversa de nível extremo de estranheza de hoje de manhã, entro no pequeno restaurante na esquina da minha casa. Eu provavelmente tenho trabalhado, em maior parte, para comer, visto que eu não sei cozinhar nem água.

Uma lasanha e um copo de vinho depois, saio para conhecer o meu bairro novo. Upper West Side, Mahattan. Meu apartamento fica a uma quadra do Lincoln Center, consequentemente, da Juilliard School. Chame-me de nostálgico, mas eu escolhi o local por causa dela.

Mais uma coisa pela qual sou culpado...

Um ano atrás eu perguntei se Mel havia aceitado a graduação em Juilliard, na época, Nate me disse que não, Mel preferiu ir para a faculdade local. Ele não me disse o porquê, mas eu sabia que tinha algo a ver comigo.

Passeio pelo bonito bairro antes de parar em frente a faculdade. A estrutura ostentosa é certamente impressionante. Mel definitivamente ia amar o local, e eu amaria ainda mais que ela estivesse aqui comigo agora, que fosse eu a apresentar o lugar para ela.

Eu estava tão preso nesse devaneio que, eu achei ter visto ela sair de uma das estruturas que compunha Juilliard. Isso me fez frear meus passos. Ela estava conversando e rindo com outras duas meninas, como se fizesse parte dali.

Ótimo, agora meu cérebro decidiu que quer me pregar peças quando eu estou acordado também... Foi a primeira coisa que eu pensei. Não é possível. Mel está em casa, na Califórnia. Do outro lado do país. Não é?

Eu passei o que pareceram horas encarando o mesmo local onde eu achava estar vendo ela. Ela parecia tão bem em meu devaneio, seus cabelos cheios e macios estavam presos em um rabo de cavalo; o mesmo corpo bonito; o mesmo jeito de se vestir, saia jeans e camiseta azul combinando com os olhos. Linda! ...Porra...

Porra! Não podia ser...

O fantasma que eu achei estar vendo se virou para mim, e tal como eu, congelou no ato. Olhos azuis me encaram em choque. O rosto de Mel ficou mais pálido do que de costume...

Uma única palavra deixou seus lábios em um sussurro, que eu ouviria mesmo que estivesse surdo— Luke...

E foi só então que as palavras da minha irmã ressoaram em minha mente.

Não diga que eu não tentei avisar...

Agora eu entendi o que isso queria dizer.

Santa merda! ela está aqui. Eu não estou louco, o que é um alivio, mas aquela? é ela de verdade.

Eu continuo a encarando em choque. Dois anos sem vê-la e eu simplesmente esbarro nela. O destino simplesmente não da preparação para esse tipo de merda. Ver Melody depois de tanto tempo fez dores, que eu levei tanto tempo para enterrar, voltarem livres e com força total. Meu corpo, literalmente, doía para tocá-la.

Minhas pernas reagiram antes do meu cérebro, e eu quebrei em uma corrida frenética.

Um passo mais... era o comando vigente dentro de mim.

Um passo mais perto.

Até que eu estava de frente para ela. Meros cinco centímetros mantinham nossos corpos afastados. Nossas respirações ofegantes. Levanto as mãos até o bonito rosto que estrela meus sonhos, e acaricio apenas para ver se é real.

Luke. — Mais uma vez meu nome saiu de seus lábios, e era em tom de descrença completa. Um nome saiu dos meus lábios também, mas esse estava carregado de outros sentimentos:

Amor.

Saudade.

Esperança...

Da minha boca sai a única coisa que minha alma tem ansiado por anos — Melody.


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Notas finais do capítulo

Então gente, só para vocês entenderem... falamos de muitos nomes novos nesse capítulo, eles são os irmãos do Luke. Sim, são sete.
Na ordem, do maior para o menor, os irmãos Ames são: Luke, Josh, Alexa, Seth, Harlow & Harper, Brent e Gabriel.
...
Nos contem o que estão achando.
até o próximo!
Ava e Carol.



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