Hana sai da mansão andando completamente perdida, ela não sabia se ia primeiro no sexto esquadrão avisar seu pai ou se ela ia até o quarto esquadrão pedir ajuda. Ela estava nervosa, e estava andando lentamente, quase todos que passavam perto dela percebiam que a jovem menina estava nervosa. Pra ela era quase difícil dar o passo seguinte, era como se ela tivesse traindo ela mesma, pois ela sabia que sua mãe precisava dela, mas também sabia que Rangiku precisava do seu pai e ajuda para o parto. Nesse momento de indecisão ela mal andou metade do caminho, até que uma garota de cabelos rosa pula em cima dela.

_ Hana!

_ Yachiru, você me assustou! – Hana quase grita.

_ Qualquer coisa iria te assustar, você está mais distraída que o cabeça de ovo.

_ É que tem muita coisa passando na minha cabeça agora......

_ Humm... me diga, talvez eu possa ajuda-la. – Yachiru ofereceu com um sorriso.

_ ....... minha mãe entrou em trabalho de parto e eu tenho que avisar meu pai e o quarto esquadrão sendo discreta.

_ Ok, eu vou no quarto esquadrão e você vai até seu pai, quando você diz quarto esquadrão é apenas a Isane, né?

_ Sim, e obrigada Yachiru.

_ Eu sou sua melhor amiga, e amigas servem pra isso.

Hana então segue ao sexto esquadrão um pouco mais aliviada, mas mesmo assim ainda anda lentamente, ela nem sabe quanto tempo se passou desde que ela saiu da mansão, mas com certeza já tinha sido pelo menos 20 mim. Ela entra no sexto esquadrão e vai direto ao escritório pra encontrar apenas Renji mexendo em alguns papéis meio nervoso.

_ Renji!

_ Hana! Nossa você me assustou...... você não devia estar com a Rangiku?

_ Sim, mas ela me mandou pra avisar meu pai.....

_ Ah! Ele está numa reunião no primeiro esquadrão, parece que é uma missão no Hueco Mundo, e eu acho que só vão ser enviados taichous e fukutaichous, além de altas patentes do quarto esquadrão.

_ E você não deveria estar na reunião? – Hana pergunta quase desesperada.

_ Sim, eu só vim pegar um documento, mas já estou voltando.

_ Hana! – A voz da Yachiru ecoa pelos corredores do sexto esquadrão.

_ Yachiru o que foi?

_ Eu fui até o quarto esquadrão e me disseram a Isane, Nari, Yamada, Eru e Mio foram para o primeiro esquadrão para uma reunião muito importante, ai lembrei que o Ken-chan falou algo assim e eu disse que ia procurar você, e não queria ir na reunião. E agora?

_ Hana, o que você está escondendo de mim? – Renji pergunta encarando ambas as garotas.

_ Minha mãe entrou em trabalho de parto.....

_ O QUE? E você só me fala agora, se esse é o caso podemos atrapalhar a reunião.......

Renji solta os documentos em cima da mesa e pega as meninas pelo braço e com shunpo ele se dirige até o primeiro esquadrão. Chegando na frente da grande porta da sala de reunião eles respiram fundo. Renji abre a porta e entra na frente das duas meninas.

_ Finalmente Abarai, trouxe os documentos? – Byakuya pergunta assim que vê Renji.

_ Sinto muito Kuchiki-taichou, mas acho que algo mais importante o senhor deve tomar o conhecimento.

_ E o que seria tão importante que fez você esquecer os documentos Abarai-fukutaichou? – Kurotsuchi pergunta com seu sorriso sarcástico.

_ Papai.......

_ Hana, você não devia estar com sua mãe? – Byakuya fica preocupado. – o que aconteceu?

_ A.......... mamãe............. – Hana estava muito nervosa com todos os olharem para ela – entrou.......em trabalho de parto.......

_ O QUE? – quase todos dizem juntos.

_ Byakuya...... – Kyoraku começa a falar mas percebe que o líder do clã Kuchiku já estava saindo da sala, assim como todos do quarto esquadrão.

Eles chegam juntos na mansão Kuchiki e são recebidos por Kaori, que ficou sabendo pela Mei.

_ Byakuya-sama!

_ Onde ela está?

_ Ela preferiu ir a um quarto de hospedes, por aqui senhor.

_ Nós também? – Yamada perguntou.

_ Claro Yamada, nós teremos que fazer o parto já que a Haruka não está aqui, e precisaremos de toda ajuda possível. – Isane diz.

Eles chegam na frente da porta em que a Rangiku está, Byakuya respira fundo antes de abrir a porta. Ele encontra Rangiku sentada num futon olhando em direção a uma parede e ela parecia triste, do lado direito da Rangiku estava Irina.

_ Rangiku..... – Byakuya diz entrando no quarto e sendo seguido pelo quarto esquadrão, Hana, Rukia, Yachiru e Renji. – Rangiku........

_ Rangiku...... como você está? – Isane pergunta.

_ Rangiku você está com dor? – Mio pergunta.

_ Rangiku..... você não parece estar em trabalho de parto, está tudo bem?

Rangiku apenas continua olhando para a parede e não responde nenhuma das perguntas. A porta do banheiro do quarto abre e Seira sai com um bebê no colo, limpo e com uma roupinha azul esmeralda. O bebê tinha cabelos cor da noite, e a pele branca, ele estava dormindo, parecia um pequeno anjinho.

_ Pronto agora ele está limpo..... – ela se assusta com a multidão no quarto.

_ Vocês fizeram o parto? – Isane pergunta assustada.

_ Já faz 1 hora que a Rangiku entrou em trabalho de parto, os bebês nasceram faz um pouco mais de 15 minutos. – Seira responde educadamente entregando o bebê para Byakuya que parecia estar sem palavras.

Byakuya pega o filho no colo e olha emocionado para seu pequeno menino, percebendo como ele era parecido com a Hana, ele era pequeno com cabelos pretos e os olhos pareciam que iam ficar como os olhos da Rangiku.

_ Ele é lindo..... – Ele diz emocionado – e cadê a nossa menina?

Rangiku que ainda estava olhando para a parede vira encontra os olhos do Byakuya antes de um suspiro abafado e depois olhar pra longe novamente, então ela começa a ter pequenas lágrimas caindo de seus olhos.

_ O que aconteceu? – Rukia pergunta depois de alguns pequenos minutos.

_ Como podemos explicar...ela nasceu primeiro.... – Irina começa – .....ela era linda, tinha o cabelo loiro, mas ela não respirava, fizemos tudo o que podíamos, mas não conseguimos faze-la respirar......

_ Ela morreu? – Rukia pergunta assustada.

_ Vocês deviam ter nos esperado – Mio diz – não sei como conseguiram fazer o parto, mas com certeza nós teríamos salvo a menina.

_ MIO! – Eru, Isane e Nira dizem ao mesmo tempo.

_ Se tivéssemos esperado por vocês os dois bebês poderiam ter morrido..... – Seira diz – e você fala como se você conseguisse fazer tudo o que quisesse.

_ Eu quero vê-la....... – Byakuya começa a falar.

A porta do quarto abre novamente e Chihaya entra no quarto.

_ Chihaya!? – Byakuya e Rukia dizem juntos.

_ Vovó.

Rangiku desvia seu olhar da parede para a mulher que tinha acabado de entrar no quarto, seu olhos estavam cheios de lágrimas.

_ Mãe.....

Chihaya entende o pedido e vai até o lado da Rangiku e a abraça, então o quarto é enchido pelo barulho do choro abafado da Rangiku. Byakuya fica parado sem saber o que fazer, então ele decide levar seu pequeno menino para consolar a mãe.

_ Rangiku, ele é lindo...você não quer segurá-lo?

_ Byakuya tira ele de perto de mim....... não agora.......não agora........por favor..... só me deixa sozinha.......

_ Mãe... – Hana se aproxima da Rangiku para consolá-la.

_ Hana.....me deixa sozinha.........saiam todos.......eu quero ficar sozinha.......

_ Isane, Eru, Mio, Nari e Yamada obrigada por virem, mas eu acho....

_ Eu entendo Kuchiki-taichou......ela precisa de você – Isane diz – Agora quanto a nós é melhor irmos. Rukia você pode nos chamar se precisar de algo, e por favor nos avise....

_ Claro Isane – Depois da resposta da Rukia os shinigamis do quarto esquadrão saíram da mansão Kuchiki.

_ Hana...... – Yachiru chama a atenção da amiga – eu sei que você precisa de um amigo agora, mas eu também acho que é melhor eu ir, sua mãe precisa de você – depois de dizer adeus a menina de cabelos rosa sai da mansão, pela primeira vez as pessoas poderiam ver Yachiru triste.

Byakuya se levanta e vai até Rukia então entrega seu filho para sua irmão segurar. Se aproxima da sua esposa e a puxa para uma abraço, mesmo que ela estava tentando se livrar do abraço ela acaba cedendo e se confortando no abraço do marido e chorando. Chihaya se levanta do lado da filha e vai até a neta a puxando em um abraço, a menina se aconchega na avó de deixa algumas pequenas lágrimas escorrerem.

_ Eu entendo que eu não estava aqui......eu devia estar aqui pra ver eles nascerem.....eu devia estar aqui para nossa pequena garota.......Rangiku eu sinto muito.......eu agradeço da Irina e da Seira estarem aqui e te ajudarem......mas eu deveria ser o única a poder te consolar, eu deveria estar aqui......se eu estivesse talvez eu poderia ter salvo nossa menina....eu sinto muito......

_ Byakuya.....não é sua culpa, não havia nada que você poderia ter feito........

A porta da varanda do quarto se abre e a brisa do outono entra no quarto, Rangiku olha em direção a porta aberta com esperança nos olhos, então uma pessoa com capa que cobre qualquer informação de quem seja, entra no quarto. Todos ficam olhando assustados.

1 hora antes

Depois que Hana sai para avisar o Byakuya, Rangiku anda em direção ao quarto de hóspedes onde achava que seria o melhor lugar para poder descansar e ter seus filhos. Mei a ajuda e depois vai avisar a única anciã que ela sabe que pode confiar. Alguns poucos minutos se passam, e a dor que Rangiku começa a sentir vai aumentando, ela começa a ficar desesperada.

A porta da varanda abre e por ela entram Irina, Seira e uma pessoa com uma capa que esconde o rosto.

_ Irina, Seira...... por que estão aqui? – Rangiku diz tentando esconder a dor.

_ Por que eu pedi que elas viesse comigo. – A voz da pessoa que estava com a capa ecoa pelo quarto, mas Rangiku não precisava que ela revelasse sua identidade.

_ Onee-sama....... o que você está fazendo aqui? Você deveria estar descansando......

_ Eu acho que dois meses foram o suficiente, e você não estava achando que eu ia deixar você ter meus sobrinhos sem minha supervisão, não é?

_ Então você já sabe?

_ Sua reatsu está oscilando, e você parece estar com dor, é claro que eu sei. Agora Irina me traga algumas toalhas e Seira arrume o travesseiro para que a Rangiku fique confortável.

_ Onde posso arranjar toalhas? – Irina pergunta.

_ Nesse armário deve ter........Ahhhhh – Rangiku fala com a respiração abafada.

_ Aqui Haruka.....

_ Agora arranje um balde com água morna..... Rangiku está tudo bem?

_ Sim......só que dessa vez...... é muito mais .........Ahhhh......dolorido...... do que........ahhhh......quando eu tive a Hanaaaaaah.

_ Bem dessa vez é gêmeos, mas vai ficar tudo bem.....e o Byakuya?

_ A Hana foi avisá-lo.......ahhhh

Depois de ter tudo o que precisava Haruka estava esperando a dilatação ideal para o nascimento, ela até pediu para Seira separa umas roupinhas para os bebês. Irina parecia nervosa, mas tentava esconder. Seira parecia indiferente, mas fazia tudo da melhor forma. Haruka estava tranquila. Rangiku sentia muita dor, mas fora isso estava aliviada que seus dois bebês estavam nascendo, e ela sabia que já amava os dois com muita força.

_ Rangiku, a dilatação já está ideal para o nascimento, você está pronta para empurrar os bebês? – Haruka pergunta sorrindo.

_ Sim......

_ O que foi Rangiku?

_ É só um mal pressentimento.

_ Rangiku eu prometo que tudo vai dar certo....

_ Obrigada.......Onee-sama....

_ Então vamos, empurra....

Rangiku começou a fazer força para empurra os bebês, depois de alguns minutos de força uma cabeça loira começou a sair, Haruka rapidamente retirou o bebê, mas ela não parecia respirar. Haruka entregou o bebê para Irina e disse algo em seu ouvido. Irina levou o bebê para longe de Rangiku. Enquanto Haruka tirava o segundo bebê, um menino de cabelos escuros que logo que saiu da mãe já abriu o berreiro. Ela então entrega o bebê para Seira que leva o bebê para Rangiku ver. Então Haruka termina o procedimento e deixa Rangiku livre, ela pede para que Seira limpe o garoto e coloque a roupinha separada. Enquanto ela vai ver a pequena menina.

_ Rangiku......... – Haruka fala com uma voz fraca.

_ O que aconteceu onee-sama, o que ela tem?

_ Ela não está respirando.......eu.....

_ Onee-sama, não diga “ eu sinto muito”, por favor diga que ela vai sobreviver, eu não poderia aguentar......mesmo com a Hana e o novo bebê, mas se ela morrer é como parte de mim foi embora......eu já amo ela.....muito..... por favor onee-sama.

_ Eu vou fazer o possível pra salvá-la, mas pra isso terei que usar alguns kidous....então eu irei até algum quarto livre.....Mandarei alguém avisar a mãe e pedir para que ela venha ficar com você.....

_ Obrigada....

Haruka beija a testa da Rangiku e sorri, mas um sorriso fraco e sem vida, por mais que ela prometeu que iria fazer tudo a seu alcance para salvar o pequeno bebê, ela não tinha certeza se iria conseguir. Ela pega a pequena menina sem nome ainda, coloca a capa sobre ela e o bebê e desaparece pela porta da varanda.

Presente

_ Onee-sama......– Rangiku diz.

_ É a Haruka? – Rukia e Renji dizem incrédulos..

_ Tia Haruka.......por que você não veio antes.....você poderia ter salvo minha irmã.......

_ Haruka – Byakuya se levanta e fica de frente com a pessoa com capa. – Eu queria poder culpa-la, mas eu não posso....então você está de volta ou apenas veio ver a Rangiku?

_ Eu estou de volta, mas tenho que falar com o Shunsui, provável que só volte a ativa semana que vem. – ela tira a capa da cabeça revelando o rosto, e revelando que tinha cortado o cabelo que agora estava na altura dos ombros.

Haruka se aproxima de Rangiku, assim que Byakuya deixa. Ela sorri para a irmã e tira a capa do restante do corpo e revela no seu colo uma pequena menina com cabelos loiros e ela estava coçando os olhos com uma de suas mãos.

_ Ela está bem!? – Rangiku sorri.

_ Ela está bem. – Haruka sorri – Ela é apenas mais calma do que o seu irmão.

_ Haruka! – Byakuya diz ainda assustado – você..........

_ Eu fiz o parto da Rangiku, mas para salvar essa pequena garota eu precisava usar alguns kidous, e então fui até um quarto livre, assim não teria ninguém para me interromper ou ficar com medo da minha reatsu. Ela é uma garota forte, mesmo tão pequena.....ela me lembra você Rangiku.

_ Onee-sama.......obrigada!

_ Você sabe que não precisa me agradecer... – Haruka sorri. – Bom agora que tudo está bem eu acho que vocês deviam dar nome aos dois.

Byakuya sorri para sua esposa carregando sua filha que já havia lhe dado um susto, ele sabia que sempre iria se preocupar com todos os filhos, mas aquela menina sempre seria o centro de suas preocupações. Ele não sabia por que, mas podia dizer que ele amava muito os dois filho que tinham nascido há menos de uma hora, e que não saberia como viver sem eles. Ele se aproxima de Rukia e pega seu menino de volta, agora ele estava com os olhos abertos e ele podia ver os olhos da sua esposa.

_ Ryuu – ele diz. – Kuchiki Ryuu é o nome dele.

_ Eu gostei. – Rangiku diz sorrindo.

_ O que significa Ryuu? – Hana pergunta sorrindo.

_ Dragão. – Byakuya responde a filha.

_ E o nome dela? – Hana pergunta se aproximando da mãe.

_ Sayaka.... Kuchiki Sayaka – Rangiku sorri.

_ Sayaka é um lindo nome Rangiku. – Haruka sorri e depois olha para Hana – Significa brilhante e combina com ela.

_ Bem vindo ao mundo Ryuu. Bem vinda ao mundo Sayaka – Byakuya diz sorrindo.