Percy Jackson e o Legados dos Grandes Deuses escrita por Dark Swan


Capítulo 18
É pra isso que servem as amigas


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curto, porém esclarecedor. Não era minha intenção deixar ele pequeno, mas então achei que ficaria legal para num hora que deixasse um mistério, então... Boa leitura.



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“–Você tem cinco minutos para falar.”

Percy fez um gesto para que eu fosse com ele até a praia, hesitei, porém fiz o que ele me pediu.

Me sentei num banco de areia de frente para o mar e ele repetiu o meu movimento.

–O que está acontecendo com você Ashley? – perguntou.

–Eu é que te pergunto – sussurrei baixo demais, mas mesmo assim ele ouviu e se levantou num pulo.

–O que está acontecendo comigo? – fala ele, aumentando o tom de voz – Não sou eu que tenho evitada minha melhor amiga! Não sou eu que tenho ignorado quem se importa comigo!

–Você não tem o direito de falar desse jeito comigo. Você ficou oito dias naquela ilha. Não teve nem a consideração de voltar mais rápido. – falei alto - Seus amigos estavam morrendo, Jackson!

–Você acha que eu não quis voltar para você? – murmurou.

Me sentei novamente e fiquei longos minutos fitando o mar, num silencio inquebrável. Suas palavras me atingiram como adagas. Ele se importava mesmo comigo?

–Eu senti sua falta – falou.

Continuei calada. Uma lágrima escorreu solitária em meu rosto, porém a enxuguei rápido demais.

–Sabe qual o seu problema Grace? Você não aceita quando está errada, não fala o que pensa cara a cara. Você se esconde. – falou ele amargamente – Você é fraca Ashley, você é fraca.

Dito isso, ele saiu em passos duros em direção ao seu chalé.

Não me movi, não falei, não o segui. Continuei ali, parada e incrédula. Como ele podia ser tão duro comigo? Como meu melhor amigo pode dizer isso tão friamente?

Andei de cabeça baixa até o meu chalé. Envergonhada demais para retrucar e confronta-lo. Eu sabia que ele estava certo, mas ele não tinha o direito de falar assim comigo.

Arrumei rapidamente uma mochila de viagem, troquei de roupa e fui até o chalé de Atena. Bati na porta e graças aos deuses Annabeth tinha visto o que aconteceu.

–Ativar o plano B? – perguntou.

Assenti de leve e ela foi pegar o que era necessário. Teríamos uma longa noite pela frente.

Saímos do acampamento sem sermos notadas e pegamos um táxi até o aeroporto mais próximo de Long Island. O plano era ir até São Francisco e enfrentar Tifão de uma vez por todas. Sem exércitos, sem reforços, sem deuses. Só nós duas.

Escolhi a Annabeth para ir comigo por que ela descobriu meu plano no momento que encontrei na margem do rio Estige. Ela ia revela-lo caso eu não deixasse participar do ataque. Fiquei aliviada por ter uma amiga ao meu lado numa hora tão difícil da minha missão. A profecia havia sido cumprida, mas os desafios não se limitavam a ela, eles eram muito mais do que encontrar a espada, era enfrentar o medo.

–Preparada? – perguntou ela antes me embarcarmos.

–Sempre – respondi confiante e entramos no avião.

Nosso assento era próximo um do outro, então ficamos debatendo qual seria a estratégia. Annabeth dizia e eu me limitava a assentir.

–Eu estava pensando em entrar pelos fundos da "base" e não atacar diretamente. Infiltrar, dominar e destruir o caixão de uma vez por todas – falou ela, se referindo ao caixão de prata em que a consciência de Tifão estava aprisionada.

Dormimos metade da viagem para recarregar nossas energias para a batalha, seria difícil, porém não impossível. De tempos em tempos Annabeth pegava um livro de estratégias para ler.

–Presente da mamãe – dizia ela.

Quando chegamos já era tarde, o que facilitava muito o trabalho. Vasculhamos a cidade em busca do local com maior quantidade de monstros reunida ou qualquer coisa incomum ou mitológica. Não era um trabalho fácil, tivemos muitos problemas envolvendo lutas a cada 10 minutos. Esse território é onde há maior concentração de monstros, então é um lugar perigoso para semideuses como nós viverem ou visitarem.

–Estou ficando cansada, melhor pararmos em algum lugar para descansar. Pela manhã retomamos a busca – falou Annabeth.

–Somos menores de idade, não podemos nos hospedar em um hotel.

–Quem disse que vamos para um hotel? – retrucou enigmática.

Relutante, segui a filha de Atena pelas ruas.


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Notas finais do capítulo

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