I'm the rock. You're the sea. escrita por Haylea


Capítulo 1
I'm the rock. You're the sea.


Notas iniciais do capítulo

Agradecimentos à SayakaHarume pela ajuda na revisão ortográfica. Ainda acredito que você foi muito boazinha só porque era meu aniversário. ¬¬

Música: Green Eyes - Coldplay. SIM! COLDPLAY! ♥

Aos interessados, o link da música com a letra e tradução:http://www.vagalume.com.br/coldplay/green-eyes-traducao.html

Enjoy ♥



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Porque eu cheguei aqui com um fardo

E este me parece tão mais leve

Há algum tempo o pai de Nico, Hades, lhe disse que seus filhos não costumavam possuir um final feliz. Nos anos que se seguiram, o menino passou a acreditar nessa maldição ao perder a mãe e a irmã em um acidente cujo único sobrevivente fora ele. Por isso, o menino se agarrava a qualquer chance ou pessoa que lhe proporcionasse um momento de felicidade.

E em quase como confirmação dessa estranha maldição, ele podia contar nos dedos as pessoas e os momentos que o fizeram feliz. Era-lhe difícil fazer amizades ou relacionamentos, sendo do tipo que gostava de ser o observador, preferindo não tomar uma parte essencialmente ativa nas situações.

Nico era infeliz, mas o era porque acreditava que as palavras do pai fossem verdadeiras. Aqui devo interferir e lhes dizer que existem pessoas que ao crerem nas palavras agourentas de um determinado individuo, acaba por sabotar a si mesma, cumprindo assim, a profecia feita pelo último. Então, Nico não era infeliz porque todos os filhos de seu pai não possuíam um final feliz. Ele era infeliz porque assim o queria. Se agarrava ao sofrimento com a mesma ânsia que outras pessoas se agarravam à felicidade ou ao dinheiro. Pessoalmente, prefiro o dinheiro.

E aqui vai o clichê: até conhecê-lo. Pois é, não me levem a mal. Há beleza no clichê. Há beleza em tudo o que é simples. Simplicidade é lindo. Ponto.

Percy era um cara desligado, relaxado, que levava a vida como se fosse uma onda ou o peixinho Nemo, mas era inteligente, bonito, engraçado – não tem “rico” para ninguém confundir com um personagem fictício (perfeito) – e possuía os olhos verdes mais brilhantes e lindos que Nico ou o submundo já viu.

Conheceram-se em um acampamento para crianças e adolescentes que possuíam um problema em comum: um pai//mãe/padrasto/madrasta loucos para se livrar do rebento incompreendido e aproveitar cada momento livre, incluindo as férias de verão, como se não tivessem filhos.

A ocasião havia sido uma partida de caça à bandeira. Eram do mesmo time. E nada une mais as pessoas que um objetivo em comum: destruir/transformar em purê/limpar o chão/acabar com o acampamento rival.

Tornaram-se amigos, quase irmãos. Dividiram tudo um com outro, pensamentos, sentimentos e segredos que nunca haviam contado para ninguém.

Nem mesmo o próprio Nico sabe o que o fez se apaixonar por Percy. Ou quando e como aconteceu. Em um belo dia, ele olhou naqueles olhos verdes e sentiu que havia entregado algo tão precioso ao maior que se ficasse distante perceberia eternamente a falta.

Os olhos verdes

Sim, o refletor

Brilha sobre você

E como poderia alguém

Negar-te?

Ele tornou-se dependente. “Nemo” havia se tornado seu pilar, a rocha no qual ele se apoiava. E ao se dar conta do caminho que ele percorria e aonde isso o levaria, o menino cujo destino era a infelicidade, sentiu medo. E por esse “medo” ele começou o círculo vicioso de auto sabotagem: se afastou, ignorou e magoou.

Mas quem poderia resistir àqueles olhos verdes? Percy foi implacável. Sabia o que queria. Sabia como consegui-lo. Não desistiu nem mesmo quando Nico começou a namorar com outro.

Depois de meses de luta, o maior estava finalmente com o menino nos braços. Nico havia se rendido ao sentimento, mesmo com o medo lhe dizendo que aquilo não duraria e que em breve, o outro iria embora.

Para comemorarem o aniversário de um ano de namoro, eles finalmente iriam para a cama. E o filho de Hades estava nervoso. Tão nervoso que sentia as batidas do próprio coração. Cada célula de seu corpo parecia ter entrado em curto circuito. Podia sentir o suor, a respiração arfante, a dança que eles pareciam criar a partir da união dos corpos. Era dizer “Eu te amo” primeiro com as palavras, depois com o próprio corpo.

Ele percebia a presença de Percy de uma maneira que nunca havia feito antes. Compreendia coisas que antes não entendia. Era incrível como alguns pontos de vista se modificavam depois da primeira vez.

E Nico finalmente permitiu-se ser feliz. Nunca entendeu o que fez o pai lhe dizer que a felicidade não estava em seu destino, mas incrivelmente, depois de muito pensar, compreendeu que não importava.

E com um sorriso discreto nos lábios, ele cumprimentou os pais de Percy, sabendo de antemão, que logo teria que ir embora. Um dia cheio de trabalho o aguardava e o despertador logo o acordaria.

E com o barulho deste, Nico abriu os olhos, suspirou e virou-se para encarar o lado vazio da cama. Os sonhos sempre acabavam com a chegada da manhã afinal.

Querida, você deveria saber

Que eu nunca poderia continuar

Sem você

Olhos verdes.


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Notas finais do capítulo

Poderia dizer para pegar leve por essa ser a primeira fanfic, mas...oh whatever, peguem leve. Dispenso as grosserias. Acolho com prazer as críticas bem construídas. Beijos.