Os Feiticeiros de Grimmauld Place escrita por hadassah


Capítulo 3
O que aconteceu?




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Harry não sentiu o impacto de seu rosto com um frio chão de mármore quando finalmente o efeito do feitiço acabou. Por algum tempo, ficou apenas ouvindo o silêncio do ambiente em que estava, que ele julgava ser a mesma sala de vira – tempos do Ministério, até ouvir Gina brigando com alguém.
- O que você está fazendo aqui?
Harry se levantou, ajeitou os óculos no lugar e olhou ao seu redor. Não estavam mais na sala do Ministério. Aliás não estavam mais dentro do Ministério. Estavam em um lugar que ele sabia conhecer, mas a pouca iluminação dificultava o trabalho de sua memória.
- Gina?
- Você vai me dizer – Gina perguntava para ele – o que ela está fazendo aqui.
Harry se virou na direção que Gina apontara e reconheceu um rosto oriental e os belos cabelos negros e lisos de Cho Chang, parecendo costrangida. Mas o que surpreendeu o rapaz foi ver que, além dela, Lilá Brown, Dino Thomas, Jorge Weasley e Ana Abott estavam no mesmo lugar que eles.
- O que todos vocês... vocês foram atingidos pelo feitiço ou...
- Aqule raio azul ricochetou pra todo lado. – respondeu Rony, à direita de Harry. – Não quero saber que foi atingido, só quero saber onde estamos.
- Na minha casa. – respondeu Draco.
Era na sala de jantar da mansão Malfoy que eles estavam. Harry olhou a sua volta. Dos que o acompanharam dentro da sala, apenas Kingsley não estava lá. E Gina ainda parecia furiosa pelo fato de o feitiço ter atingido Cho, fazendo–a aparecer ali junto com ela e Harry. Ele ia perguntar a Hermione o que havia acontecido, mas se atrasou.
- E então? – indagou Draco, com desprezo na voz. – O que você fez? Ficou com medinho desse traidor de sangue me atacar e nos mandou pra cá... como?
- Sei lá. – respondeu Mione, extremamente nervosa. Ela ainda segurava a varinha na mão. – Eu sei que não me atrapalhei, lancei um Feitiço Escudo, mas aí saiu aquele jato de luz azul... eu não sei o que exatam...
- E por que tinha que nos mandar justo pra cá? – perguntou Rony.
- Se aquilo não aparatação, então o que foi?- questinou Neville.
- E porque não notaram nossa presença aqui? – foi a vez de Lilá.
Harry e os demais se voltaram para ela e entenderam do que ela estava falando. Havia um elfo doméstico arrumando a mesa e uma senhora austera e bonita, de cabelos louro-dourado comandando a tarefa. Quem era aquela mulher?
- VOCÊ!!!!!!!!!!!!
Harry se voltou para o lugar de onde viera o grito. Mas ele mesmo sufucou um grito quando viu Draco Malfoy, 20 anos mais velho, correndo em direção ao elfo com a varinha na mão.
- O QUE EU FALEI SOBRE SOLTAR O HÉRCULES?!
- Perdão senhor. – o elfo pareceu encolher de medo. – Mas o sinhozinho pediu...
- EU NÃO QUERO MEU FILHO ESCREVENDO PARA AQUELA MESTIÇA MALDITA NEM PARA O FILHO DO HARRY POTTER!!!
A bela mulher se colocou entre o Draco de 40 anos e o elfo.
- Devia saber que tipo de escolhas o Escórpio fez... desde que ele entrou para...
- NÃO ME FALE NISSO!!!
Harry olhou para sua esquerda. Draco continuava lá, com as mesmas vestes que estava usando no Ministério, parecendo tão chocado quanto os outros. Harry começou a se perguntar... a associar os vira – tempos com a situação em que estavam...
- Hermione? Sabe o que aconteceu?
- Não. – ela parecia chocada consigo mesma; Harry não se lembrava de te-la ouvido dizer que não sabia alguma coisa algum dia. – Aquele vira – tempo era diferente... parece mais com o que você descreveu sobre a sensação de estar numa penseira...
- Não quero mais ouvir – cortou o Draco que brigara com o elfo – nada sobre a Weasleyzinha nessa casa. Deixa o garoto perceber que está tomando atitudes erradas. – E saiu da sala, deixando a mulher e o elfo sozinhos.
- Limpe essa bagunça. – ordenou ela.
- Dopey existe para obedecer seus senhores.
Harry começou a forçar sua mente a organizar os fatos; estavam no Ministério, ouviram aquele barulho estranho, parecia um grito horrível, correram para aquela sala estranha, Hermione lançou um feitiço, a luz azul atingiu o vira – tempo terrível...
- Harry? O que vamos fazer? – perguntou Dino.
- Não tenho idéia. – E vasculhou a mente em busca de melhor resposta. – Podíamos aparatar de volta para o Ministério. – sugeriu.
- Parece bom. – concordou Luna, filosoficamente.
- Vamos tentar. – disse Ana.
Harry girou no mesmo lugar, mas nada aconteceu. Os outros também tentaram aparatar, sem resultado positivo.
- Esse lugar é à prova de aparatação? – indagou Rony.
- Não. – respondeu Draco. Parecia ter tomado um choque. – Sempre aparatamos normalmente aqui.
- Ele está dizendo a verdade. – concluiu Gina. – Afinal está até falando com meu irmão civilizadamente.
- E o que vamos fazer afinal? – perguntou Rony agitando os braços.
- Ficar aqui mesmo – sugeriu Hermione – e pensar num meio de resolver essa situação.






As horas pareciam não passar. Harry, Rony, Luna, Gina, Draco, Lilá, Cho, Neville, Dino, Ana, Hermione, Neville e Jorge se impacientavam, andavam de um lado para o outro, olhando para o imenso relógio bruxo que havia sobre a mesa da sala de jantar dos Malfoy. Harry repassara o ocorrido em sua mente várias vezes e chegara à conclusão de que não poderia saber muito além do que já sabia. Eles estavam presos no futuro.

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