Os Feiticeiros de Grimmauld Place escrita por hadassah


Capítulo 11
Na Gemialidades




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Bem, não exatamente dentro da loja Weasley. Dentro da parte administrativa, o escritório de Jorge. Harry reconheceu o lugar porque fora lá com Rony, meses depois da morte de Fred, e ouvira o amigo dizer que gostaria de trabalhar com o irmão no ramo dos logros. Harry constatou algumas mudanças no lugar, para melhor, é claro. O espaço agora era maior; havia prateleiras cheias de arquivos, que informavam o sucesso das Gemialidades; o chão era forrado por um carpete luxuoso; no teto, um lustre apagado. Harry observou o relógio do lugar: quase hora do almoço. Mas ele não sentia fome nenhuma; sentia curiosidade para saber o que diabos eles estavam fazendo ali, o que realmente acontecera com eles, e claro, porque acontecera com eles. Estava nesse pensamento quanto notou que Rony estava lá, na tentativa frustrada de organizar as pilhas de relatórios que abarrotavam uma das mesas da sala.
- Susan, resolve isso pra mim, tá? – desistiu o ruivo.
Uma mulher jovem de cabelos cor de palha estava lá também; Harry supôs que ela fosse algum tipo de secretária.
- Está bem, Sr. Weasley.
Susan deixou o escritório; assim que ela fechou a porta, Rony se jogou na cadeira de madeira de lei e revestida com veludo vermelho. Colocou os braços atrás na nuca e pôs os pés em cima da mesa: a posição preferida dele. Jorge entrou na sala minutos depois, acompanhado de Angelina e Hermione, que se largou no colo do marido.
- Respeitem as crianças que vem nesse estabelecimento, ta? – avisou Jorge.
- Estamos no escritório. – lembrou Rony. – E não estamos fazendo nada de mais. Ela é minha esposa. – disse com orgulho.
- E então, o que você queria nos contar? – perguntou Angelina.
- Nosso mais novo investimento. – começou Jorge; ele pegou a varinha e deu uma batidinha na parede nua; um mapa-múndi apareceu.
- Aqui. – ele apontou com a varinha para a China, e o país aumentou de tamanho, mostrando as cidades principais. – Temos finalmente a chance de fazer uma parceria com bruxos chineses, que estão interessados no negócio.
- Uma sociedade? – perguntou Hermione.
- Exato. – confirmou Rony. – Uma ampliação da Gemialidades, para nós; para eles, novas tecnologias e inovação no mercado de logros mágicos. O que vai fazer da nossa loja – ele se ajeitou melhor na cadeira, acompanhado por Hermione – a maior do ramo no mundo.
- Vejam. – mostrou Jorge; ele bateu novamente com a varinha, e o mapa voltou ao tamanho normal, mas agora mostrando vários pontinhos assinalados na Alemanha, França, Brasil, Portugal, Rússia e Egito. – A China é o que falta para alcançarmos definitivamente o Oriente. Depois vamos montar uma filial nos Estados Unidos e no México, e aí já teremos a América na mão.
- Não me admira que tenham chamado as Treze Colônias de Terra Prometida. – comentou Rony.
- De fato. – sorriu Jorge. – Estamos preparando mais uma parceria aqui – ele apontou para a Nova Zelândia. – pra daqui uns 4 meses. E então? – ele se voltou para Angelina. – Que tal?
- Fabuloso. – confirmou ela.
- Parabéns. – disse Hermione, fazendo Rony quase sair voando de felicidade. – E os chineses virão aqui?
- Não. – informou Jorge. - Nós iremos lá. Assim que nossos filhos voltarem à escola.
- Mas vocês podem vir com a gente. – disse Rony, esperançoso. – E podemos aproveitar pra conhecer o país e tudo...
- Ahn, é... – Hermione se atrapalhou; Harry percebeu uma nuvem passar pelo olhar da amiga do futuro. – Poderíamos...
- Estamos arranjando as passagens. Vamos viajar à moda trouxa – de pássaro de metal!!! Não é demais? - perguntou Jorge entusiasmaticamente.
- De avião? – Hermione estava boquiaberta. – Vocês vão...
- Nós vamos. – cortou Rony, sorridente. – Vamos conhecer a China, acertar nossa parceria por lá e aproveitar a vida. O que acha? – ele sacudiu Hermione no colo dele.
- Ah... não sei... bom? – ela tentou, sem seu tom habitual de certeza.
- Excelente. – disse Rony. – Então, agora que já conhecem o plano, podemos ir todos almoçar. Estou morrendo de fome. – e fez Hermione se levantar, mas ainda segurando a mão dela.
- Não diga, maninho; nunca ouvi você dizendo isso antes! – brincou Jorge.
- Eu pago a conta. - avisou Rony antes que Mione e Angelina começassem a rir.
- Nada disso. – falou Jorge. – Vamos comer de graça, adivinha onde?
- Não tenho idéia. – confessou Angelina.
- Num restaurante ma-ra-vi-lho-so dos trouxas; sabe o Albertoni?
- Aquele italiano que você ajudou no trânsito? – tentou Rony.
- Que história é essa? – quis saber Angelina.
- O cara quer me agradecer por eu ter salvado a vida dele; eu só usei um feitiço Confundus para impedir que ele fosse multado...
- Que surto de caridade foi esse? – cortou Mione.
- Eu e ele tínhamos estacionado em local proibido; se ele fosse multado, eu também seria. – contou Jorge. – Enfim, ele tem um restaurante de massas em Londres e disse que eu podia comer lá sempre que quisesse, por conta da casa.
- Acha certo se aproveitar desse jeito da boa vontade das pessoas? – perguntou Hermione, incrédula.
- Não estou me aproveitando da boa vontade dele. – defendeu-se Jorge. – Só da comida boa que ele ofereceu. – e riu gostosamente com Angelina e Rony. - Vamos logo atrás das crianças.
- Adolescentes. – corrigiu Roxanne; Harry a viu surgir na porta, ladeada pelo irmão mulato e também por Rosa e Hugo. Ela era linda, e já tinha quase a mesma altura do pai.
- O Fred pelo menos ainda é criança. – opôs-se Angelina.
- E Rosa e Hugo também. – atravessou Rony. – São muito jovens e indefesos e precisam de proteção constante e ...
- Rony, volta pra Terra! – riu Mione. – Sua filha já tem 15 anos! Não vai demorar muito para ela chegar em casa com um namora...
- Ele vai morrer assim que puser os pés na soleira da porta. – rosnou Rony. – E ela será deserdada se ele tiver sangue puro.
- Não ria não, Rox. – avisou Jorge. – Você não é diferente da sua prima. E vamos acabar com esse assunto desagradável.
Os Weasley deixaram a sala; Harry ainda percebeu o olhar cúmplice que Aneglina e Hermione dirigiram à Roxanne e Rosa; depois Harry viu seu corpo rodar estranhamente por algum tempo, até cair sem estrondo no sofá da casa de Neville.

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