Destiny escrita por Queen Stars


Capítulo 2
O belo cavalheiro


Notas iniciais do capítulo

Continuação o/



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Destiny

Capítulo 2 – O belo cavalheiro

Ele estava com a sua carranca inconfundível. Seus cabelos rebeldes alaranjados eram outro detalhe que não passava despercebido. O alto e de porte atlético, que facilitava nas horas do combate. Essas são as características do mais novo capitão da guarda do Reino de Burakkumūn¹.

O seu desejo era estar em casa descansando e não viajando novamente. Dessa vez não podia recursar o pedido das suas irmãs para irem ao festival das Estrelas.

_ Ichigo! – o rapaz de cabelos alaranjados abriu os olhos irritados - Tem jeito pelo menos tirar essa cara emburrada?

_ Não me enche velho! – respondeu o rapaz

_ Não é um modo educado de um filho falar com pai. – falou rígido o homem de cabelos negros – Isso é apenas uma viagem em família, não ida para forca.

_ Ichi-ni. – falou a menina mais nova de cabelos claros – Não precisa falar assim com papai. Eu quero ao festival com toda a família.

_ Desculpa Yuzu. – o ruivo falou com mais calmo – Estou indo por você e a Karin. Só estou um pouco cansado.

_ Tudo bem, Ichigo – falou o patriarca – Fez mantém a calma em Hosh²i. Lembra que você é capitão de Burakkumūn e herdeiro da família Kurosaki.

_ Tá eu sei. – repondeu igual uma criança contrariada. – Eu sei disso, isso é mesmo discurso de sempre.

_ Acrescentando o Capitão. – riu o senhor – Lembra quando pequeno o que aprontava na cidade? Deixava a sua mãe preocupada.

O olhar do jovem tristeceu. As memórias daquele passado voltaram na sua cabeça. Quando tempo não ia naquela cidade?

Passaram anos. Lembrou de diversas travessuras que faziam naquele festival e como era bom estar com toda família reunida. Com isso lembrou de uma vez, que salvara uma garotinha das mãos de uns bandidos. Tinha nove anos naquela época, a garotinha tinha sete anos. A menina de olhos estrelados, pratas como as estrelas. Era divertido brincar com ela.

Assim foram todos os festivais decorrentes, combinavam de encontrar e fazer travessuras. No último ano fizeram a promessa de encontrar novamente.

_ Quero de dar um presente. – falou meio constrangido o garoto.

_ Um presente!? Por que? – questionou a garota.

_ Porque eu quero. – respondeu fazendo um bico.

_ Mas não é justo. – cruzou os braços – Também quero dar um presente para Kurosaki- kun.

_ Certo. – acabou concordando com a garota – Vamos encontrar um presente juntos.

As duas crianças andaram pela cidade em busca de um presente. Não haviam encontrado nada.

_ Hmm... ei Ichi... - a menina balança a perna sentada num galho de árvore – Tive uma ideia.

_ Qual seria?

_ Por que nós não encontramos amanhã? No horário dos fogos.

_ Mas você não pode sair à noite. – falou antes de dar uma mordida na maçã.

_ Darei um jeito. – sorriu e deu piscadela.

_ Tem certeza?

_ Claro! – a garotinha sorriu mais abertamente – Até amanhã, na entrada da feira. – deu um beijo na bochecha do garoto.

O pobre garotinho ficava sem jeito com os beijos supressas da menina que lhe dava.

Na noite seguinte as duas crianças se encontraram, para se divertiram na última noite do festival.

_ Olha só que eu trouxe. – o garoto mostrou duas pulseiras, uma com pingente de cristal no formato de Lua e a outra com do sol.

_ Ah, eu acabei esquecendo – falou a garotinha triste.

_ Vamos trocar. Você fica com a Lua e eu o sol.

_ Mas por que vou ficar com a lua?

_ Porque o sol me lembra você!

_ Eu o sol? Não entendi – olhou curiosa para garota

_ Ah! Não sei lhe explicar. – tentou esconder o rosto corado – Eu moro no reino de Burakkumūn, que tem o símbolo da lua.

A garota riu do menino que ficara sem jeito.

_ Não ria de mim – bradou o garoto.

_ É linda a carranca que você faz! – continuou a rir.

_ Não acho graça nenhuma. – continuou bravo – De você ficar rindo desse jeito. Não acha...

Foi surpreendido mais uma vez com um beijo.

_ Você não deve continuar me dando beijos assim!

_ Por que? Kurosaki-kun não gosta?

_ Não é isso. Deve beijar quem você gosta.

_ Eu gosto do Kurasaki- kun.

Os seus olhos arregalaram, o seu coração bateu mais depressa e sentiu o rosto corar. Que sentimento é esse?

_ Eu também gosto de você, Hime.

A garotinha sorriu.

_ Vamos colocar as pulseiras. – pronunciou o garoto colocando a pulseira no pulso da garota.

Depois foi a vez da garota de colocar a pulseira no garoto.

_ Ei Hime!

_ Sim – olhou para ambares castanhos do garoto.

_ Vamos fazer uma promessa? – olhou para os ambares cinzentos- De nós não esquecermos um do outro?

_ Feito! Com dedo mindinho. - mostrou o dedo.

_ Trato feito, com mindinho.

As duas crianças selaram o contrato, mas não imaginaram que esperam no próximo ano.

No ano seguinte Masaki, a mãe de Ichigo adoecera. A família Kurosaki não foram ao Festival. No outro ano falecera, a família toda ficara de luto.

Com tempo, ambos cresceram. Ele começou a treinar no exército do reino. Tivera um treinamento árduo, mesmo sendo da nobreza. O seu pai exigiu que fosse assim, o garoto não questionou. Acreditava que desse modo poderia tornar forte e poderia proteger aqueles que amavam. Com tempo, a sua dedicação fez tornar o capitão.

O que o ruivo não sabia que a garotinha tornara uma moça linda, todo ano tinha a esperança de encontrar naquela macieira que brincaram e conversaram sobre tudo.

Mesmo não podendo ir, ele a lembrava toda vez olhava aquele pingente. O sol que iluminava a sua vida. Não esquecera da promessa. Apenas tinha mergulhado num mundo frio depois que perdera a sua mãe.

_ Ei Ichigo, chegamos. – falou o seu pai que o acordara.

O jovem olhou para lado de fora da carruagem, a cidade mudou um pouco. Sentiu o seu coração palpitar.

_ Não se esqueça da recomendação que lhe dei. – pronunciou Isshin – E não chega tarde e não bebe muito, amanhã termos um compromisso importante.

_ Certo. – respondeu passando a mão nas suas madeixas alaranjadas. – Não sou uma criança para ficar repetindo toda hora.

O senhor riu.

_ Para os pais os filhos são eternas crianças. – abraçou as duas meninas que estavam ao seu lado.

_ Pai me larga. – implorou a morena - Está me sufocando.

_ Eu direi o mesmo Senhor Kurosaki – falou o rapaz – Vou dar uma volta e depois irei para casa.

Não esperou o velho responder, saiu da carruagem e começou a caminhar no meio da multidão. No seu pensamento havia um objetivo:

_ Eu irei a encontrar novamente. Espere por mim, Hime.

Continua...


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Notas finais do capítulo

¹ Lua Negra
² Estrelas

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