Meu amor veste Dior. escrita por Gabriela


Capítulo 12
Love, Love, Love


Notas iniciais do capítulo

Capítulo imenso p dia dos namors, olha que legal? Não. KKK Galera, desculpa o atraso, mas olha que eu compensei em, seis paginas do word pra vocês, e eu só não escrevi mais porque ia ficar muito grande. Algumas atualizações pra vocês: Mudei, nesse capitulo, o jeito da narrativa, está agora pra terceira pessoa, não na primeira, como nos capitulos anteriores, estava relendo e vi que nao tinha muita proximidade com personagem e leitor, e percebi que quando a narrativa é em terceira pessoa, ambos ficam mais proximos, e fica muito mais facil descrever o que cada personagem está sentindo, querendo, demonstrando. e aproxima mais vocês delas. Espero que gostem do capitulo que está imenso, e boa leitura. beijos a todas e WELCOME OITNB. hahah beijosss



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Jane havia deixado Maura no aeroporto, e só foi embora quando a loira embarcou rumo à Itália. O pensamento da morena estava sempre voltando na loira a qual aprendeu a ter sentimentos, boms sentimentos por sinal. Na volta para sua casa, Jane preferiu passar pelo Central Park, e avistou ao longe uma garota conhecida. Sabia que precisaria de uma ajuda para poder pedir Maura em namoro, e ela jurava que conhecia aquela figura... “Hanna, Juliana” pensava no nome da menina que parou Maura e ela para pedir um autógrafo.

– Anna! O nome dela é Anna. - disse empolgada e partindo em direção aonde a garota estava sentada.

Anna estava com um livro na mão, estava concentrada lendo, quando ouviu um “psiu” não deu atenção por pensar que fosse algum cara sem vergonha que estivesse brincando. Ouviu mais uma vez, e ignorou mais uma vez. Jane estava um pouco atrás dela, e ria da garota que manifestava sua indignação por estar sendo incomodada com tantos “psius”.

– Gostei, você não da atenção pra quem te chama com “psiu” - a morena sentou se ao lado da menor que deu um pulo de susto.

– E você, gosta de assustas as pessoas assim?

– Também estou feliz em vê-la.

– Eu sei, todos ficam feliz em me ver, até as mais ilustres celebridades de Nova York.

– Engraçadinha. Anna, você vai estar ocupada essa semana? - Jane não havia percebido a cara que a garota fez para ela, e só percebeu depois de notar que a menina não a respondia – Que foi?

– Você se lembrou do meu nome...

– Sim, por que eu o esqueceria?

– Porque você só me viu uma vez?

– Bobagem, e então, vai fazer algo nessa semana?

– Apenas nada, e você, por que?

– Apenas nada? - deu de ombros – Quer me ajudar numa coisa?

– Por que tá pedindo a minha ajuda?

– Por que você é desconfiada?

Jane não deixou que a menina respondesse, e contou seu plano a ela, a menina parecia estar gostando, afinal, qual seria a pessoa que iria fazer isso com uma fã? A reação da mais nova foi complemente entusiasmante, tanto que atraiu a atenção de quem estava ali, aos arredores.

– Isso foi um sim? - perguntou a morena

– Com certeza.

– Nos vemos na minha casa, mais tarde, não se atrase, o endereço é esse...

Jane estava feliz, porque já poderia colocar todo o seu plano em prática, voltou para sua casa, e como já estava tudo organizado, sentou-se no sofá e começou a pensar em tudo o que mudara até ali. Sua vida havia dado uma volta de 360º sim, porque ela não era conhecida, e passou a ser, ela não era nada, além de ser colunista em uma revista de moda, fundada nada mais e nada menos por Constance Isles. Desde o dia em que conhecera Maura, soube que, embora houvesse as diferenças entre elas, e Maura sempre falar alguma coisa científica para Jane, quando o assunto era comer algo muito gorduroso, ou quando ela falava a origem de alguma palavra para a morena, ou quando a loira começava a falar “sabia que...” e Jane já fazia aquela típica careta de quem não está interessada. Na verdade, a morena gostava do falatório da loira, e mesmo que ela – jane – não confessasse em voz alta, ela aprendia muito, e mudava, mesmo que gradativamente o seu intelecto, não que ela não fosse inteligente, afinal, ela era uma jornalista formada, e todos os dias pela manhã, lia mais que dois jornais de notícias para saber o que estava acontecendo em sua cidade, em seu país e no mundo. Não era alienada só por ter uma carreira de modelo em ascensão, mas por puro faro jornalístico que tinha, devia estar sim antenada ao que acontece na Terra. Mas sabia que mesmo iniciando um relacionamento com Maura, seu gosto por vinhos iriam sempre estar em segunda opção, porque ela tinha a plena certeza de que a cerveja sempre seria a melhor opção para se tomar em qualquer lugar. Menos nos restaurantes chiques que Maura iria.

Sorriu. E sentiu saudades da então, quase namorada. Riu sozinha. Queria saber como ela estava, se o voo estava indo bem, se ela estava bem. Não fazia nem três horas que a loira havia embarcado e já estava pensando em como o seu amor estaria.

Maura.. A loira já estava dentro do avião, e olhava para a janela. Já estavam a uma altura bastante elevada. Fazia exatamente duas horas de voo, mas já estava com saudades absurda de Jane. A loira sorriu ao lembrar da morena. Jane era totalmente o oposto de Maura, e ela sabia disso, e ela sabia que também que todas as diferenças que elas tinham, não dizendo financeira ou cultural, mas Jane era uma pessoa que não ligava muito para as coisas que Maura ligava, como ir a um teatro, ou ir a museus. A loira sabia que que Jane era sim, inteligente, visto que elas debatiam sobre política, e defendiam suas ideias, e tinham – Jane tinha mais argumentos para defender todas as teses dos assuntos que ambas discutiam, mas nunca desrespeitaram uma a outra, Maura ficava nervosa porque no meio da discussão, Jane simplesmente balançava os ombros e falava “tá ok, Maur, cansei desse assunto” e a morena mudava o assunto tão rápido quando começara.

E a loira estava cada vez mais ciente de que encontrara o amor da sua vida. Clichê para ela, talvez. Maura era cética. Acreditava mais no que podia tocar e provar, como ela dizia para os colegas de trabalho “eu sou física, exata e concreta. Assim como a matemática e a ciência nunca erra, não podemos errar” - mas nunca foi obcecada pelo acerto. Sabia que como todo humano, ela e todos eram limitados, e podiam sim falhar e errar, mas assim como ser humano, podiam evitar ao máximo de cometer erros e falhas. Maura sempre foi uma pessoa simples, embora sempre tivesse ao redor dos holofotes do luxo, nunca deixou que esses bens materiais entrasse em seu coração para que se tornasse uma pessoa presunçosa, não, na verdade, ela sabia viver bem, e não esbanjava tanto quanto os demais de sua classe social, ela sabia que tinha, e sabia que podia gastar o quanto quisesse, mas também podia dar para quem não tinha tantos recursos como ela, por isso, ajudava todos os orfanatos de NY, e ONGs. O dinheiro para ela era apenas um mais em sua vida, sabia que podia ter tudo, inclusive, pessoas que apenas tivesse o interesse em seus bens, mas sabia que o bem maior de tudo, na vida de alguém, era poder amar e ser amada, sem precisar dar e receber algo em troca, além de amor mútuo. E ela mesma pensou que no auge de sua carreira, dos seus vinte e poucos anos não encontraria alguém que a fizesse ter borboletas no estômago, sorrisos espontâneos. Mas a vida ela surpreende, tanto para o lado bom e para o lado ruim, e Maura teve a certeza de que a vida sorriu para ela naquele momento. Quando contou à Jane que queria ser médica, e não modelo, ela achou que ouviria da parte da morena julgamentos, ou exclamações, mas surpreendeu-se quando ouviu que ela devia ser sim médica, e ela estava em tempo de ser, era jovem, e podia sim aposentar-se da carreira de modelo, e seguir para a area em que gostava, em que seria realmente realizada. Maura sorriu. De todos que sabiam do desejo da loira em ser médica, Jane foi a única que a apoiou.

Eu acho que você devia fazer o que ama, porque gostar de estar em uma passarela é simples quando você tem o gosto pela coisa, é como se fosse um hobby, sabe? Eu toco piano, e já dancei Ballet, e são coisas que eu gosto de fazer, mas não seguiria essa carreira para a minha vida. São os meus passa tempos.

– Então você tem certeza, de que se eu quisesse deixar de ser modelo até o fim desse ano, e procurasse um hospital para ser residente, você me apoiaria? Você estaria comigo ainda?

– Claro, Maur, porque eu não estaria? Se você quer ser médica, eu tenho certeza de que você vai ser a melhor médica, assim como é uma ótima modelo.

– E a revista?


– Com certeza você saberá o que fazer, e eu estarei aqui para ajudá-la em tudo.

Sim, Jane estaria com Maura para tudo, e ela tinha plena certeza disso.


***

Se a semana para Jane foi lenta e ao mesmo tempo corrida, para Maura foi lenta e muito corrida. A loira chegou à noite em Milão, e foi direto para o hotel descansar porque no dia seguinte já teria sessão de fotos, mais entrevista para a revista Moda Mio, e à noite daquele mesmo dia iria abrir o desfile da semana de moda em Milão. Entre alguns intervalos e outro a loira conseguia mandar alguma mensagem para Jane, que respondia no mesmo instante para poder aproveitar o pouco de tempo que elas tinham para se comunicarem. A loira sorriu, Jane tinha dado ouvidos a Maura pela primeira vez – isso na concepção da loira – e aceitou ser a garota propaganda da Calvin Klain e a modelo desta marca durante a temporada da Fashion Week, que seria no mês seguinte.

Os dias para ambas passaram voando, e Maura já estava embarcando novamente para NY. Jane sabia disso e foi buscá-la na faltando meia hora para o voo ser anunciado. Era noite, e estava começando o inverno, o vento estava bastante frio, o que fazia ser necessário tirar dos armários as blusas mais quentes para se proteger do frio. Jane estava linda. Inevitável não tirar foto da morena. Ela estava simples, vestida uma calça preta colada, que delineava bem suas pernas, sandália de salto alto, e uma camisa feminina na cor nude, e um casaco preto. Os cabelos, como sempre, em um coque frouxo, a maquiagem leve, porém, marcante.

Tudo estava preparado para oficializar o namoro das duas, Jane não ia pedir, Maura não ia pedir, elas iam oficializar, embora Maura não soubesse da surpresa que estava sendo preparada para ela.

Às oito da noite o voo de Maura é anunciado na sala de desembarque, e a morena caminhou direto para lá, a espera da loira. Na casa de Maura, alguns cozinheiros de alguns dos restaurantes de sua mãe estavam lá, preparando tudo, havia também um garçom para servir–lás.

Maura pegou suas malas e logo o motorista as levou para o quarto, despediu-se dele assim que viu Jane, e apenas pediu para que ele levasse as malas para a casa dela. A loira estava vestida com uma calça jeans branca, a calça havia alguns rasgos, compondo o modelo, sua camisa de manga cumprida era da cor vinho o cabelo dourado solto. A jaqueta de couro na cor preta estava dando um quê a mais em seu corpo. Maura era linda, alta, esguia, andava com saltos altos como se estivesse andando com uma simples sapatilha, sem medo e com firmeza. Jane se apaixonou um pouco mais ao ver aquela beldade em sua frente. Suas mãos suaram, seu coração acelerou os batimentos cardíacos, e os olhos brilharam e o sorriso saiu levemente, aberto e espontâneo. Já Maura, assim que avistou a morena, diminuiu o andar por medo de esquecer o passo seguinte e cair ao chão, a mesma sensação do primeiro encontro, do primeiro beijo, do primeiro olhar. Maura nunca tinha entendido bem o termo “borboletas no estômago” mas agora ela entendia perfeitamente o que isso queria dizer.

Ambas se aproximaram mais e as pessoas já não existia. Os braços se entrelaçaram em cada corpo diferente, e estreitaram-se, sentindo o calor uma da outra.

– Estou com saudades.

– Eu também, meu amor, muitas.

– Vem – disse Jane segurando a loira pela mão e entrelaçando os dedos. - Eu sei que você deve tá cansada, mas eu tenho uma surpresa pra você...

– O que é?

– Maur, surpresa é surpresa.

Anna havia chegado naquele mesmo dia na casa de Jane, a jovem não sabia, mas estava criando um laço de amizade com a morena, e consequentemente com Maura. O futuro sempre foi incerto, enquanto Anna fazia o trajeto para a casa da morena, ela foi pensando em tudoo que vivera até ali. Seus pai, empresário bem sucedido, juntamente com sua mãe arquiteta bem sucedida. Ambos viajam muito, e estão sempre atarefados, mas são as melhores pessoas que Anna pôde conhecer, eles não ficavam em casa o tempo todo, mas quando estavam, embora Anna fosse uma adulta, eles a davam carinho, traziam presentes e sempre que a garota precisava, corria para os braços da mãe, em horário de serviço ou não, Marie sempre estaria para atender à filha. Anna sabia que sua amizade com as duas mulheres, para alguns, podia ser de puro interesse, mas a jovem sabia que não, porque Jane e Maura não teriam nenhum tipo de relacionamento movido a interesses, e é por isso que a Imopério da Moda está de pé, porque todos sabiam que a princesa da moda, Maura Isles, era certinha demais para cometer qualquer erro que ferisse sua imagem e a imagem de sua empresa.



Em alguns minutos Anna já havia chegado no prédio, e nem deu-se conta de quão rápido fora. Tinha sido anunciada e tido a subida liberada. Os andares iam passando rapidamente no painel do elevador, e assim que chegou, Jane já estava a esperando na porta.

– Você traz todas as suas fãs para te ajudar em alguma coisa?

– Visto que minha carreira começou tem mais ou menos dois meses, você, por enquanto, está sendo a primeira.

– Ah, então vai trazer outras? Digo que não vai dar certo, Jane.

– Por que?

– Elas não prestam pra ter amizades com celebridades, eu sim. Só eu.

– Sim, claro. - riram – entre, e fique a vontade.

– Já tenho tudo planejado, mas antes, eu to com fome, não tive tempo de comer.

– Vamos comer então, e aí você me conta o que pensou, ok? - propôs jane.

– Ok. - Concordou

***

Qual o plano?

– Então, Jane, eu pensei: já que sua mãe é chefe e dona do melhor restaurante italiano da região, você podia pedir a ela que emprestasse pra esse dia alguns cozinheiros para fazer o jantar, sem que você precisasse sair, ou fechar um local pra ter privacidade – riram.

– Mas aqui em casa, Anna? Sério?

– Ué, quer pedir a Maura em namoro aonde? Em um show de TV?

– Não. Mas também não quero funcionários da minha mãe me servindo aqui.

– Então você peça a ela que empreste algum chef, e eu fico aqui, enquanto ele prepara tudo, quando você for buscar a Maura, e estiver voltando, não estaremos mais aqui, e a casa será toda de vocês.

– Você pensou nisso tudo sozinha? - disse a morena com certa dúvida.

– Sim. Eu sou inteligente. Acho que você pensa que eu sou que nem essas outras garotinhas de vinte anos que não pensam em nada.

– Também.

– Chata.

E terminaram a conversa em risos e brincadeira.

***

No caminho para casa, Jane estava nervosa, mas não ia deixar que Maura percebesse, ela saiu antes de ver a arrumação que Anna faria em seu apartamento. Ela e Maura conversavam sobre tudo, com tinha sido a semana de cada uma, da correria, dos afazeres. Estavam felizes.

– Preciso de um banho. - disse a loira.

– Você deu todas as malas para o motorista?

– Sim.

– Vamos passar na sua casa pra você pegar algumas roupas, hoje você dorme na minha casa.

– E se eu não quiser?

– Não te dei escolha.

– E a surpresa?

– Só digo que não precisa se arrumar tanto, é simples, mas você vai saber assim que chegarmos em casa.


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Notas finais do capítulo

E aí?