Uma Maçã Para Meu Professor escrita por Gissely


Capítulo 2
Romance e Confusão


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora *-*
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/597128/chapter/2

Sakura

Durante a aula toda, eu evitei olhar nos olhos do meu professor. Me concentrei em meu notebook, e por curtos segundos, olhava para os outros alunos e sinceramente, todos pareciam impressionados com o Sasuke. Não sei se é a beleza ou o conhecimento computacional, mas os olhares sobre ele eram de um felino querendo um pedaço de carne.

– Nos vemos na próxima aula. – ao ouvir essas palavras do meu “professor”, peguei minhas coisas e tentei sair o mais rápido que pude. – Senhorita Sakura.

Nem acreditei quando o ouvi pronunciar o meu nome. Paralisei meus movimentos de fuga em frente à sua mesa e o encarei pela primeira vez.

– Eh... Você me disse que era professor e nossa... Meu professor... Eu realmente não sei o que dizer...

– Quero apenas deixar bem claro que o que houve entre nós dois não é pra ser mencionado em nenhum momento.

– Ah, certo. – me senti um pouco aliviada por isso, afinal, ninguém que ser rotulado como um objeto sexual de professores.

– E notei sua falta de interesse pela aula. Espero que por sermos vizinhos você não se aproveite da situação e pense que irei facilitar as coisas...

– Jamais pediria isso... Eh... Sasuke...

– Professor.

– Ok... Professor Sasuke. Fiquei desmotivada quando o vi como meu professor e não preciso explicar o porquê e além do mais, odeio computadores e você sabe disso... Estou aqui exatamente pra completar uma carga horária específica do meu curso de Medicina e não quero chamar a atenção, entende? Então, não dificulta a minha vida.

Ele deu um sorriso de canto e se reclinou sobre a sua mesa, me olhando bem nos olhos, e simplesmente, concordou com a cabeça. Saí da sala o mais rápido que pude.

(...)

Sasuke. Professor. Sasuke. Professor. Meu professor. Fiquei repetindo essas palavras em minha mente, deitada em minha cama, com um ursinho ao meu lado e com a minha moral no chão. Odeio minha vida. Tudo dá errado. Mas dessa vez, sinto que as coisas irão ficar bem piores.

(...)

Dormi a tarde toda e acordei toda desnorteada.

– Nove horas... – sussurrei e caí da cama com o susto que levei ao perceber que já eram nove da noite. – Droga.

Um banho. Uma roupa decente e mais estudos. Minha noite se resumia nisso. Infelizmente, tinha que ser só isso.

– Nunca mais transarei com um homem como o Sasuke!

Decidi sair desse lema sombrio e triste e pegar o meu notebook para treinar algumas coisas do livro que o Sasuke pediu para lermos hoje. Por sorte, abri o meu e-mail e havia uma mensagem do meu amado professor lembrando de um arquivo que é pra entregar na aula de amanhã. Arquivo? Não me lembro dele mencionar algum arquivo. Pensei em enviar um e-mail perguntando, mas seria bobo demais, afinal, ele é meu vizinho. Que mal há em ir perguntar pessoalmente?

Me olhei no espelho e pra ser sincera, não estava com uma aparência ruim. Tranquei meu apartamento e fui em direção à porta de entrada do local onde o Sasuke estaria. Pensei, pensei e pensei, até que bati na porta.

– Sakura? – ele pareceu surpreso em me ver.

– Eh... Você está ocupado? É que eu...

– Sasuke, querido, quem é? – uma voz feminina soou de dentro do apartamento do meu professor. Entendi tudo.

– Ah tá... Estou indo.

– Não é isso que você está pensando. – me virei para ir embora e acabei sentido seu toque forte em meu braço, me forçando a olhar em seus olhos. – Sakura...

– Ei, não precisa me explicar nada. Afinal, somos apenas professor e aluna que moram um no lado do outro! E eu só vim aqui perguntar da droga do arquivo que é pra levar pra aula de amanhã, porque eu não dei atenção a quase nada do que você falou hoje! E odeio computadores! – falei tão rápido que o Sasuke me olhou todo desconcertado.

– Ok. – ele soltou o meu braço e deu um sorriso. – Vou no seu apartamento em quinze minutos. Me aguarde.

Ele entrou e fechou a porta. Fiquei com uma expressão confusa ao ouvir ele dizer que ia me ver quinze minutos. Ok. Quatorze minutos agora. Droga.

(...)

Fiquei sentada em meu sofá com uma preocupação imensa. Tinha apenas dois minutos pra pensar em algo pra dizer ao Sasuke e não fazia a menor ideia. O plano um seria perguntar gentilmente o que é o arquivo da aula de amanhã. O plano dois seria ficar nua e obrigar o Sasuke a me dizer, em minha cama, que já estou aprovada nessa disciplina.

(...)

E, pontualmente, ele está sentado em minha frente me olhando com uma expressão bem séria e intimidadora.

– Em primeiro lugar, por que você não gosta de computadores?

– Eh... Gosto de livros. Prefiro os livros.

– Hum... Você achou que eu estava com uma garota em meu quarto?

– Já disse que você não me deve satisfações... Mas, quem era? – ele começou a rir.

– Era a minha mãe.

– Ah sim...

– Ela apenas veio me visitar... Coisas de mães...

– Eh... Bem, minha mãe mora muito longe. É raro nos vermos. Só por telefone mesmo.

– Então, você quer saber sobre o arquivo da aula de amanhã?

– Sim.

– Infelizmente, você foi uma péssima aluna e não posso repetir o que disse durante a aula. Somente se...

– Se o que? – nunca mais me arrependerei de perguntar algo tão simples assim. Terminamos nus em minha cama, sem fôlego algum e extremamente cansados. Minha única opção é dormir um pouco.

(...)

Acordei com um cheiro ótimo de café. Olhei para o lado e estava sozinha em minha cama. Olhei para o outro lado e meu relógio me dizia que ainda eram seis da manhã. Fiquei na dúvida se o que houve foi um sonho ou a mais pura realidade. Tirei as dúvidas ao ver meu lindo vizinho, professor, parceiro sexual e tudo que se pode pensar em minha cozinha tomando café em minha xícara da sorte.

– Bom dia. – ele disse ao notar minha presença. – Não sabia que a garota inimiga dos computadores acordava cedo.

– Eh... Você realmente dormiu aqui?

– Ainda duvida?

– Bem, e o lance de esquecer o que houve entre nós? – falei em um tom de deboche. – ele deu um sorriso.

– Quer café? – odeio quando as pessoas mudam de assunto.

– É claro. – peguei outra xícara e me sentei ao seu lado. Ele me serviu uma dose deliciosa de café e fiquei pensando no que esse maluco achava de tudo isso. – Você transa com as suas vizinhas ou eu sou a primeira?

– Hum... Acho que você é a vigésima... – ele começou a rir. – Por que me pergunta isso?

– Só não quero que pense que eu transo com qualquer um que aparece em minha porta... Pra falar a verdade, só transei com um cara em toda a minha vida e foi horrível... Mas, com você, eu gostei... Na verdade, já estou com vontade de fazer de novo.

(...)

Em poucas horas, já estava na faculdade, pensando no Sasuke e na aula dele. Que droga. Ele transou comigo e não me deu as informações que precisava para saber do maldito arquivo. É lógico que ele vai entender. Ele tem que entender.

(...)

– Preciso que enviem os arquivos para o meu e-mail nesse exato momento... Irei considerar trinta por cento da primeira nota de vocês. Espero que comecem me dando uma boa impressão, afinal, a disciplina é obrigatória para alguns, e optativa para outros. – senti até o seu olhar sobre mim. – Entretanto, avalio todos vocês da mesma forma. Nos vemos na próxima aula.

– Eh... Professor... – me atrevi a chamar a sua atenção. – Infelizmente, não consegui concluir o arquivo.

– Ok.

Ok? Só isso? Preferia ouvir várias palavras ofensivas, do que um simples ok. Iria me sentir aliviada se mais algum aluno não trouxesse o arquivo. Olhei em volta e todos sorriam com os arquivos concluídos. Concluí com a aula de hoje que a minha vida é uma tragédia.

(...)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

CONTINUA...

Bjs'



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma Maçã Para Meu Professor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.