Unintentionally (HIATUS) escrita por Mika Martins


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Postei mais cedo hoje, porque sou contraditória sim e maluca também.
Comentem viu? Faça uma escritora feliz e ter um mini infarto com cada comentário e carinho de vocês.
Beijos, Mika xoxo



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Karina chora por um tempo na praça enquanto Cobra e ela trocam olhares que se pudesse falar ou demonstrar como estavam, seriam faíscas de fogos e xingamentos para ambas as partes. Ka ficou ali até que Pedro e João a vissem e fossem vê-la. A menina apenas respirou fundo, se levantou e foi embora sem dizer absolutamente nada para nenhum dos dois. O ex-namorado dela, apenas olhou para Cobreloa e mexeu a cabeça em um gesto de saber o que tinha acontecido.

– O que deu nela Cobra? - Pedro vai até o QG e intimida o garoto.

– Quer mesmo que eu responda? - Cobra continuou sentado depois de ver a menina ir embora.

– Eu?

– Tem outro?

– Não. - falou derrotado.

– Então por que a pergunta?

– Pensei ser outra coisa.

– Pedro escuta uma coisa, a Karina te ama mas não vai na noite pro dia que vai reconquistá-la e ter a confiança dela de volta. - Cobra o olhou mas depois voltou os olhos ao computador.

– Eu sei Cobra, mas o que posso fazer?

– Corre atrás dela, prova que o que sente é verdadeiro. Só não deixa ela magoada.

– Tá. - Pedro se despede e vai embora com João para escola.

– Karina? Algum problema minha filha? - a menina entra transtornada em casa e vê o pai e a irmã tomando café.

– Não pai, tá tudo bem. - ela mente limpando as lágrimas que escorriam.

– Karina, volta aqui. - Gael se levanta, mas Bianca impede dele ir atrás da filha.

– Deixa pai, ela tá chateada ainda.

– Eu sei Bianca, mas já estão passando os dias não?

– Sim, mas não vai ser assim que ela vai voltar a falar e confiar em mim e nem no maluco do Pedro.

– Verdade. - ele se senta e os dois voltam a tomar o café da manhã.

Bianca limpa a mesa enquanto Gael termina de se arrumar para ir até a academia dar aula e nota quando Karina passa pelo seu lado sem dizer nada. Apenas esbarrou de leve na irmã que fingiu não sentir e ignorou a mais velha que fez de novo até que Ka respondesse aos sinais e chamados disfarçados dela, mas quando a loira prepara para dar um soco o pai vê as duas.

– Bom dia Karina, posso falar com você um minuto? - Gael se aproxima de Karina, enquanto Bianca sai de fininho para ir para Ribalta.

– Pode. - ela se vira.

– O que aconteceu? - ele pega a mão da filha, mas ela tira.

– Nada, só .... - ela não terminou de falar e seguiu até o banheiro.

– Karina, volta aqui filha. - Gael tentou pegar no braço dela, mas não conseguiu.

– Deixa pai, você fala com ela na academia ou mais tarde sobre isso. - Bianca beijou o pai no rosto e saiu porta a fora. - Sinto cheiro de Pedro nisso. - ela riu e fechou-a.

– É, é melhor mesmo. - Gael falou para si mesmo. - Karina, eu to indo viu filha. Te espero na academia. - ele bateu na porta do banheiro.

– Tá pai. - a loira respondeu tomando banho.

Karina entrou no banho para eliminar duas coisa: a primeira, o cheiro e as coisas que aconteceram na madrugada com Cobra e a segunda, ter visto Pedro e parecer que estava totalmente destruída. Talvez o amigo estivesse certo dela sofrer tanto por ele, e deveria mudar, mas como deveria começar. Como faria para provar que mudaria e se tornaria outra pessoa, diferente de antes e mais confiante e segura. Não sabia a resposta, mas estava disposta a fazer mesmo assim.

A menina depois de sair do banho, se secou e foi enrolada na toalha até o quarto onde dividia com a irmã e pegou um short preto e uma blusa rosa solta que havia encontrado do fundo armário, um que não usava a tempos. Colocou e se olhou no espelho da penteadeira da irmã, se sentia bem e foi pentear e arrumar os lindos cabelos curtos e loiros. Os colocou para o lado esquerdo por ficar mais bonita, sorriu e desceu para a academia depois de calçar seu chinelo preferido.

– Bom dia Ka, como você está diferente. - Fabi a elogiou e se cumprimentaram.

– Diferente? - ela colocou uma mecha atrás da orelha.

– Sim, está mais bonita. Feliz. - Fai sorriu.

– Deve ser impressão.

– É deve ser. - a amiga da loira sorriu e form treinar.

As duas treinaram mas Karina parou e perdeu o foco quando Pedro passou com João para Ribalta um pouco antes dela sair para ir a escola. Ela engoliu a saliva a seco e ele a olhou de cima a baixo depois de sorrir para a menina. Ka apenas virou de costas, mas voltou a olhá-lo um pouco depois pelo canto do olho. O ex-namorado falou baixo que a amava mas a loirinha ouviu muito bem e uma lágrima teimosa caiu mesmo ela forçando para que não.

– Karina? - Gael a chamou na sala de administração.

– Oi pai. - ela parou o treino com Fabi novamente e foi até ele.

– E a escola?

– Ah é, vou indo já pai. Beijos. - ela saiu apressada tirando as ataduras e se despedindo de Pri, a outra loira com mechas coloridas e extremamente bonita, e Fabi sua melhor amiga de treino.

– Beijos. - Gael sorriu e observou a filha se afastar.

Gael a observou ir para casa e depois sair para ir ao colégio, mas não contava que o ex-genro iria perturbá-lo aquela tarde, mas enquanto isso Cobra observava Karina também do outro lado e dentro do QG, lugar que o pai da menina não suportava ir ou entrar. O único amigo da menina notou que estava diferente, porém não sabia como apenas que não era a mesma e ficou pensando sobre a madrugada que tiveram. Praticamente até que Ka, voltasse do colégio e trocassem olhares um de frente para o outro.

– Oi Ka. - Cobra saiu do QG e foi cumprimentar a amiga.

– Oi Cobra. - ela apenas sorriu, coçou a cabela levemente e colocou a franja curta para esquerda novamente.

– Gostei disso.

– Disso o que?

– Da mudança.

– Hum.

– Nunca a vi assim.

– Vai passar a ver.

– Gostei. - ele riu.

– Tá rindo do que?

– Nada não.

– Sei.

– Desculpa por hoje cedo. - ele chegou ainda mais perto.

– Eu que lhe devo desculpas. - ela ofereceu a mão para ele apertar.

– Relaxa. - eles apertaram a mão e ela sorriu.

– Vai fazer o que hoje?

– Vou pra Khan daqui a pouco.

– Ah tá. - ela acompanhou a frase com o mexer da cabeça em sinal de entendi e ele sorriu. - Aí posso entrar? To afim de lutar.

– Seu pai não vai brigar?

– Não. - ela passou por ele, tirou a mochila do colégio e colocou em uma das cadeiras.

– Então tá né. - ele riu e a pegou pela cintura e a colocou em seu frente.

– Ei, olha a mão. - ele sem querer esbarrou em um de seus seios.

– Desculpa. - ele falou com malícia nos lábios.

– Tá. - ela apenas colocou a cabeça de lado e eles começaram a brincar de luta com o cair da tarde.

Quando Gael viu a filha com Cobra lutando dentro do QG tratou de ver o que se passava e se era algo real ou não, porém quando a menina garantiu que estavam apenas brincando e se divertindo ele foi para casa, mas deu a ela alguns minutos para ir também, então eles aproveitaram o pouco tempo que ainda restavam para se divertir, rir e lutar. Ficaram ali até o último minuto quando o amigo alertou sobre o horário. Karina, apenas suspirou, respirou fundo e pediu para que a acompanhasse até o outro lado.

– Obrigada Cobra. - ela abraçou a amigo que assim como ela suava bastante.

– De nada, é sempre bom lutar com você. - ele deu um soco de leve no braço dela.

– Aí, amanhã a gente poderia lutar de novo o que acha?

– Não sei, acho que terei de ir pra Khan já que não fui hoje por ficar aqui de bobeira com a senhorita.

– Ah é mesmo né? Nem lembrei, desculpa. - ela torceu a boca em sinal de vish, ferrou.

– Relaxa, amanhã me entendo com o pessoal.

– Ok. - ela sorriu.

– Karina? - Gael a escutou no andar debaixo.

– Sim pai, já vou subir. - ela gritou.

– Ok, não demore estou terminando o jantar.

– Tá bom pai. - ela fez uma careca para Cobra que deu risada.

– Vai lá.

– Vou, até Cobra. - ela abraçou novamente o amigo.

– Até Karina. - ele beijou seu pescoço o que fez a menina sentir um arrepio.

– Para. - ela o encarou e fez uma careta engraçada.

– Desculpa, não resisti.

– Você é bem cobra mesmo né? Adora picar os outros com seu veneno. - ela socou seu braço.

– Talvez. - ele mordeu o lábio.

– Besta.

– Já sei. - ele riu.

– Karinaaaaa. - Gael gritou.

– To indo pai, só estou conversando.

– Anda logo filha.

– Tá bom.

– Acho que agora você realmente tem que ir.

– É, acho que sim. - ela sorriu de lado e eles apertaram as mãos, mas na mesma hora Pedro ia passando com João e flagrou os dois juntos.

– Pedro? - ela gaguejou e subiu correndo as escadas sem olhar para trás.

– Karina? - Cobra sem entender vira para trás. - Você. - ele vê Pedro que sem reação duas lágrimas escorrem pela bochecha corada.


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