Unintentionally (HIATUS) escrita por Mika Martins


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Recomendo lerem escutando:
— Impossible da Shontelle
— Love Me Like You Do da Ellie Goulding
Desculpe o horário da postagem, estive ocupada mais cedo
Beijos, xo



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– Karina, para. - Cobra se levanta.

– Parar? O que eu fiz? - ela se levanta e fica de frente para ele.

– Olha o que você acabou de dizer.

– Eu sei o que eu falei.

– Mas não tá com consciência. - ele grita.

– E se eu tiver? - ela aumenta o tom de voz.

– Sei que não tá, é só provocação.

– E se não for? Teria algum problema?

– Sim Karina, teria. - ele se vira.

– E por que? - ela chega mais perto e engoli saliva a seco.

– Porque eu gosto de você. - ele se vira e encosta a menina na parede no QG.

– Eu também. - eles respiram fundo, mas Cobra se afasta. - O que foi?

– Nada, só não posso fazer isso. Não assim.

– Não pode, por que?

– Porque eu sei que você ama o Pedro e só está fazendo isso para esquecer.

– E se for?

– Assim como brincaram com seus sentimentos, não quero que brinque com os meus.

– Não estou. - ela vai até ele.

– Karina, para. Por favor. - ele se safa dela e vai até a frente do QG.

– Cobra?

– Hum.

– Desculpa.

– Tudo bem. - ela sorri torto e volta a se deitar.

Karina se cobre com o cobertor enquanto Cobra pega um copo de água e o bebe rapidamente sem hesitar. Ele o coloca na pia com força, mas não o quebra. O amigo de Ka se sente culpado ao mesmo tempo que ansioso por ter recusado algo que queria também, mesmo que ambos saíssem magoados depois disso. A menina chora baixo e não o deixa perceber mas quando sente a presença dele atrás dela se vira e respira fundo.

– É isso que você quer não? - ele coloca a mão no rosto da menina.

– E se for? - ela a tira.

– Responde.

– Deve ser.

– Karina.

– Cobra.

– Responde, é isso? Só isso que quer?

– Sim Cobra, é isso.

– Sabe que isso poderá sair caro depois não?

– Sim eu sei, mas o que importa agora.

– Tudo.

– Tudo?

– Sim Karina.

– Cobra chega, já entendi que não quer. Me deixa então. - ela se vira mas ele a pega pelo braço e o encara com raiva.

– Se é assim que você quer é assim que vai ser.

Cobra então puxa a menina para um beijo que ela não pensou um minuto em recusar. Era diferente do de Pedro, era intenso, sensual e dava vontade de continuar sem ter de parar para pegar fôlego. Karina colocou os braços em torno do pescoço dele e ele a puxou pela cintura. Eles levantaram sem se largar e Cobrelou empurrou Ka para uma das paredes, mas ela não reclamou de ter batido com as costas dela.

Eles se beijaram por um tempo até Cobra ter consciência do que estava fazendo e largar a menina. Ele foi até final do QG e socou uma das paredes onde machucou uma das mãos que começou a sangrar, mas não importou e socou com a outra. Karina correu até lá e pegou na mão machucada. Recolheu uma blusa velha do amigo e enfaixou-a. Cobrelou apenas olhou a amiga e agradeceu se afastando dela novamente.

– Que foi Cobra? Por que está fugindo de mim? - Karina apenas se virou pra ele.

– Não estou fugindo.

– Está sim, não me deixa chegar perto de você.

– Karina, escuta uma coisa. - ele foi até ela que não se intimidou.

– Fala. Fala aqui ó. - ela deu tapinhas na própria cara.

– Eu não quero isso tá legal? Não é legal.

– E você acha que eu quero?

– Se não queria por que fez tanta questão? - ele começa a ficar com raiva.

– Porque do mesmo jeito que gosta de mim, gosto de você.

– Uma amizade Karina, apenas isso que sinto por você. - ele grita.

– Eu também. - ela devolve gritando no mesmo tom.

– Karina, entende uma coisa a gente é amigo por cima de muita gente mas isso não.

– Cobra, pra mim já deu tá legal? - ela vai até a porta e abre, mas não sai.

– O que foi? Não vai embora? - ela se vira.

– Não, eu não vou.

– E por que não?

– Porque quem eu quero tá aqui e agora.

Karina torna a fechar a porta do QG e vai até Cobra mesmo que ele tenha ido para trás da mesma medida que ia avançando. Ela o encurrala na parede e o amigo fica sem reação. Cobrelou tira a camisa que a mão estava presa para estacar o sangue que escorria depois de saber que parou e Ka apenas respira fundo e avança. Os dois se entreolham e depois se beijam novamente.

Cobra pega a menina pela cintura como fez pela primeira vez e a puxa para mais perto, mas Karina faz a mesma coisa. Como resultado sentem o corpo um do outro a pegar fogo e sabem o que poderia dar se não parassem naquele instante, porém não param e continuam se beijando até que desse vontade. Ka fica na ponta dos pés e Cobrelou abaixa um pouco para se firmar com a menina dos braços. Quando eles sentem que deveria acabar, a loira apenas diz respirando fundo.

– Eu gostei. - e sorriem um ao outro.

– Eu também. - eles pegam fôlego juntos e ela decide se sentar em um dos colchões.

Karina chama Cobra para se deitar com ele e automaticamente e hesitar vai de encontro com ela. O amigo da menina a beija no pescoço e na clavícula onde sentia um pouco de cócegas, mas não liga e voltam a se beijar na boca pouco tempo depois. Ka, sente que alguma coisa estava mudando o rumo daquela amizade mas não se importa e continua o que estavam fazendo sem medo do que poderia acontecer ao nascer do sol.

– Você quer continuar? - ele solta do beijo dela e a olha.

– Sim. - ela o puxa pelo pescoço.

– Tem certeza? - ele passa a mão pelo cabelo curto e loiro dela.

– Sim. - ela o olha e sorri torto.

– Então tá.

Eles continuam o que estavam fazendo e aos poucos tiram a roupa um do outro. Karina nem Cobra era virgens mas fazia pouco tempo que ela tinha tido sua primeira relação com Pedro e estava com medo de que algo pudesse acontecer. Cobrelou beija os ombros da menina que ficou por debaixo dele e logo depois passa a ficar em cima e trocarem olharem sensuais um para o outro.

Karina se sente bem tendo esse tipo de relação com Cobra, mas ao mesmo tempo mal por ainda amar Pedro e estar fazendo esse tipo de coisa. Eles transam naquela noite, mas não prometem continuar aquilo logo depois que o dia e o sol radiarem para dentro do QG e em seus rostos. Os dois se divertem e gostam do que fazem, mas quando a menina finalmente pega no sono o moreno se levanta na cama onde dormiram e vai até o banheiro tomar um banho.

Com o nascer do sol Cobra continuava acordado e agora estava sentado na mesa do computador onde ficava a mais parte do tempo quando não treinava na Khan. Karina se espreguiça e abre os olhos azuis brilhantes, boceja e se senta na cama para coçar a cabeça. Ela procura pelo amigo mas só o vê quando levanta e se enfrentam cara a cara.

– Cobra? - ela engoli a saliva a seco.

– Karina. - ele respira fundo.

– Eu...eu... - ela gagueja.

– Eu sinto muito. - ele vai até ela.

– Eu sei. - ela olha para o chão.

– Karina, acho melhor você ir.

– Ir? - ela o olha confusa.

– Sim.

– Por que?

– Porque o seu pai deve estar preocupado.

– Ah, sim. Verdade. - ela sorri torto.

– Tchau. - ele esfrega levemente a mão no braço dela.

– Tchau. - ela passa por ele, volta aos colchões pega a blusa que deixara lá, a veste e sai.

Cobra acompanha a amiga e a observa saindo do QG, mas do gene que Karina possuía volta e encara o amigo.

– É assim então? - ela chega bem perto dele e grita.

– Assim o que Karina? - ele grita também.

– Você sabe do que eu to falando. - ela chora.

– Sim eu sei.

– Vai ser assim? Como se nada tivesse acontecido?

– Sim. - ele volta para dentro do QG.

– Sim?

– Sim, você queria o que? - ele se vira e a encara com raiva.

– Compaixão.

– Compaixão? Karina, foi você que quis. Que começou. - tempo. - Que provocou.

– Mas você também quis.

– Sim, eu quis. Assumo, mas não foi certo.

– Não foi certo o que fizeram comigo.

– Karina você só fez isso porque está totalmente destruída. - ele grita.

– Eu sei. - tempo. - Eu sei.

– Então pronto. - tempo. - Vai embora Karina, por favor.

– Tá me mandando embora? - ela chora e limpa as lágrimas que caíam.

– Tô. - ele morde um dos lábios e coça a cabeça.

– Ótimo. - ela fica com raiva e sai correndo até a praça.


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