Unintentionally (HIATUS) escrita por Mika Martins


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Recomendação de trilha sonora do Capítulo:
— Katy Burgess - Told You So
— Sia - My Love
— Christina Perri - Human
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Oi gente, estou de novo aqui postando mais um capítulo como prometido e respondido aos leitores que comentaram tanto em "Aviso Importante" e "Capítulo 12".



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– O que você quer Cobra? - Duca respira fundo e o seu coração bate com mais rapidez.

– Só queria saber se sabe a gravidade do que a sua - ele aponta pra Duca - namoradinha fez com a Karina?

– Sim eu tenho Cobra, e por que esse interesse todo?

– Porque a Karina é minha amiga.

– É minha também. - Duca arruma a mochila nas costas.

– Ah é? Não sabia. - ele usa uma ironia que causa em Duca uma raiva mortal, mas ele se contém.

– Cobra, eu não tenho nada pra conversar com você. Tchau. - ele dá as costas mas o amigo de Karina o puxa pelo braço.

– Tá maluco? - Duca empurra Cobra.

– Posso até estar, mas vou fazer o que ninguém aqui fez por aquela menina que tá lá em cima dormindo agora graças a mim quando a sua namoradinha tratou a própria irmã como lixo.

– Olha como você fala da Bianca seu marginal.

– Eu falo do jeito que eu quiser. - Cobra aumenta o tom de voz.

– Não, você não vai falar dela desse jeito.

– Qual foi Duca? Vai defender quem tratou a sua "amiga" que nem lixo e sem sentimentos nenhum?

– Não estou defendendo.

– Então tá fazendo o que?

– Não te interessa tá bom? Fica na sua.

– Eu tô, mas com vocês dois tratando a Karina como nada fica difícil já que ela foi traída por vocês e agora foi humilhada pela própria irmã.

– Eu e o mestre Gael tentamos controlar a Bianca.

– Parabéns Duca, parabéns. - Cobra bate palmas ironicamente.

– Cobra, eu to perdendo a paciência já.

– Dane-se, só fica longe da Karina.

– Você não manda em mim. - os dois não veem mas Karina estava na porta apoiada no batente da porta com dificuldade.

– Cobra? - ela fala com dificuldade.

– Karina? - ele vai até ela. - Como chegou até aqui? - Duca também vai onde a menina estava.

– Fica longe de mim Duca, longe.

– Karina? O que deu em você? - Duca tenta pegar na mão da menina, mas ela não deixa.

– Sai daqui. - tempo - Agora. - ela engolia saliva a seco e respirava com dificuldade.

– Parabéns Cobra, você conseguiu. - Duca o olha com desdém, vira as costas e vai embora.

– Conseguiu o que? - ele para e se vira para a loira que o olhava com cara de curiosidade.

– Nada Karina, deixa pra lá.

– Não, fala. - tempo - Agora.

– Ele veio ofender a Bianca.

– Pera aí, nunca ofendi essa menina. - Cobra se intromete e se autodefende.

– Ah não? E o que foi então? - Duca cruza os braços.

– Eu vim defender a Karina, do que vocês - ele aponta para Duca - fizeram com ela. - e agora para a loira.

– Pra mim deu tá? - Duca olha pra Cobra e depois para Karina - Ka, fica bem. Tchau. - a menina olha pro chão e não responde.

Os dois amigos ficaram ali observando Duca se afastar deles, mas até que desaparecesse de suas visões ficaram em silêncio e nenhuma palavra foi falada. Quando Karina finalmente olha nos olhos de Cobra, ela apenas sorri e o abraça. Cobreloa não recusa e beija a cabeça da menina que estava fungando e quase chorando de tanta coisa que tinha passado naquela noite chegando a madrugada daquele dia.

– Obrigada. - ela apoia a cabeça no ombro do amigo, sem se soltar do abraço.

– De nada, você sabe que nunca magoaria-a.

– Eu sei. - sorri torto e triste.

– Karina, eu sei que escutou o que não queria ouvir lá em cima, mas sabe como é.

– Não Cobra eu não sei. - ela o solta rapidamente e se afasta.

– Sabe, sabe sim. - ele pega queixo da menina e o levanta para que ela o olhasse.

– Não, eu não sei. Me explica. - ela vira a cabeça e volta a olhar pro chão.

– Somos amigos Karina, estamos misturando as coisas.

– Misturando as coisas? - ela fica incrédula.

– Sim. - tempo - Eu sou seu amigo, não quero que saía magoada depois.

– Não sairei.

– Como pode ter certeza?

– Não o amo. - Karina deixa escapar algumas lágrimas e Cobra a olha respirando fundo com também lágrimas nos olhos, mas a menina não viu.

– Nem eu. - ele mente entrando no jogo dela.

– Então, pronto. Podemos continuar sendo amigos sem amor.

– É...pode ser. - ele pega um fio de cabelo dela, beija uma de suas bochechas e vai para o QG novamente.

– Ei, espera. - ela tenta ir atrás dele.

– Fica Karina, vai pra casa. - ele fica de costas e não se vira.

– Cobra?

– Vai pra casa Karina. - ele grita e ela deixa escorrer algumas lágrimas pelo rosto macio.

– Não, eu não vou. - ele aperta o passo e quando entra no QG, tranca a porta e vai até onde dormia.

– Cobra? - ela grita e quando chega na loja bate na porta freneticamente chorando.

– Vai embora Karina, por favor. É pro seu bem.

– Me deixa entrar. - ela gritava e batia na porta.

O tempo foi passando e tanto o mestre quando Bianca não sabiam o que se passava na rua em frente sua casa porque dormiam em um profundo sono e não acordaram em nenhum momento. Naquele horário nenhuma viva alma passaria por ali e quando Karina se cansou de bater na porta, despencou no chão chorando e tentando conter as lágrimas. Foi aí então que sentiu uma dor intensa e pesada em seu peito.

Cobra observava-a pelas frestas da porta do QG e notou que ela estava chorando e mal por ele ter a ignorado daquele jeito, mas sabia que teria de cortá-la se quisesse que fossem apenas bons amigos e a menina não se magoasse mais tarde por sua causa. Cobreloa respira fundo enquanto a observava e também algumas lágrimas insistentes desceram pelo rosto moreno e sensual.

Karina começou a respirar fundo e a sentir fadiga intensa, náuseas e dor na boca do estômago. Ela começou a olhar para todos os lados e ver se alguém poderia ajudá-la, porém ninguém passava pela rua e nem por perto. Achava que estava sozinha novamente e a última coisa que sentiu antes antes de desmaiar foi uma intensa e forte dor da cabeça. Então aconteceu. Karina teve um infarto e Cobra quando percebeu que algo estava errado correu ao seu encontro.

– Karina? Acorda! Por favor. - ele dava tapas em seu rosto mas não adiantava, foi então que ligou para emergência que rapidamente chegou.

– Você é o que dela meu rapaz? - uma socorrista magra e loira perguntava preocupada.

– Amigo, ela mora ali. - ele apontou para o apartamento dela - Mas não sei se estão acordados.

– Ok pode ir conosco, mas ligue para eles. - tempo - Por favor.

– Claro. - ele subiu na ambulância onde ficou ao lado da menina todo o trajeto, segurando sua mão. - Você. vai ficar bem, vai ficar bem. - repetia diversas vezes enquanto os médicos tentavam reanimá-la sem sucesso.

– Cof cof. - Karina tossiu violentamente quando voltou a respirar normalmente e se sentar na cama com os grandes olhos azuis bem abertos.

– Calma moça. - um dos médicos chegou bem perto dela. Ele era alto, moreno, cabelos e olhos negros com uma pele incrivelmente branca. Usava jaleco por cima da calça jeans e a blusa polo listrada verde e preta.

– Onde estou?

– Em um hospital. - a essa altura já tinham chegado e ela estava em um quarto com Cobra do lado de fora olhando e chorando pela menina.

– Como? O que aconteceu?

– Você teve um infarto e uma parada cardíaca.

– O que? - ela se desespera e chora.

– Calma senhorita, calma. - o médico sorri torto a menina. – Já está tudo bem, o amigo que veio com você já ligou para seu pai que daqui a pouco chegará.

– Quem? Que amigo? - ela fica confusa depois de limpar as lágrimas.

– Aquele ali. - o médico aponta para janela onde do lado de fora Cobra estava sentado em uma cadeira com a cabeça apoiada nas mãos tentando manter a calma.

– Ele? - ela aponta para ele e levanta as sobrancelhas ainda mais confusa.

– Sim. - o médico vai até o soro da menina examina e depois torna a ficar perto dela. - Você vai ficar bem logo. - ele sorri para ela que apenas o olha sem dizer nada.

– Obrigada. - ela diz quando o médico ia saindo do quarto.

– De nada, senhorita...Karina. - ele olha na fica dela - Acertei?

– Sim. - ela faz um sinal de positivo com a cabeça.

– Até mais tarde então.

– Até.

Karina se encosta novamente na cabeceira da cama, analisa seu soro de lado e a injeção que colocaram na sua mão, depois olha para Cobra do lado de fora. Quando ele também a olha, lágrimas dos dois escorrem ao mesmo tempo pelos rostos assustados. O amigo não entrou porque ainda não poderia manter contato com a menina, que não possuía parentesco com ele. Eles apenas se olharam e a loira tentava manter a calma e fazer com que o choro parasse.


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