Mary estava no bosque e ouviu uma voz que gritava alto:
– Lúcia, acredito em você agora!
Ora quem é este? Seria um aliado da feiticeira?
Era um humano, baixo, os cabelos eram negros a pele branca, ela poderia reconhecer um de longe depois de tanto tempo que passou entre eles, mas a interrompendo de seus pensamentos ela ouviu as sinetas da rainha Jadis, aquela que fez ser sempre inverno, rápido Mary se escondeu em algumas pedras que tinham ali, não teve tempo de avisar o garoto e Jadis já havia parado o Trenó.
– Ei você! O que é você? – a Feiticeira gritava
– Eu... Eu sou Edmundo! – respondeu o garoto atrapalhado
– É assim que se dirige a rainha?
– Desculpe, eu não sabia!
– Repito, quem é você? Um anão que resolveu cortar a barba?
– Não Majestade, sou um menino!
– Quer dizer um Filho de Adão! Como chegou até aqui?
– Pelo guarda-roupa
– Ah! Uma porta do mundo dos homens! – ela dizia
Edmundo parecia confuso.
– Pode ser o princípio do fim. Pelo menos ele é apenas um, resolverei isso com facilidade – Jadis já o olhava com aquela cara perversa – Que tal uma bebida quente?
O garoto, que estava batendo os dentes de frio, aceitou e subiu no trenó com a rainha, ela pegou um pequeno vidro cheio de um líquido vermelho e deixou cair uma gota na neve.
“Não sabia que agora Jadis carregava magia líquida” pensava Mary.
–Algo para comer? – ela dizia num tom doce
– Manjar turco, Majestade, por favor .
Mal o garoto sabia que o doce estava enfeitiçado e fazia quem quisesse comer, comer mais e mais, poderia até explodir. Ele comia sem parar e durante isto a Feiticeira conseguiu arrancar dele que ele tinha mais um irmão e duas irmãs e só uma delas já havia estado lá e conhecido um fauno.
– Filho de Adão adoraria conhecer seu irmão e suas irmãs. Traga-os para uma visita! Se tornar a traze-los, poderei lhe dar mais manjar turco.
–Mas porque não agora?
– Agora é impossível, o poder mágico só funciona uma vez. Se fosse em minha casa seria diferente. Traga seus irmãos e venha até mim!
– Mas eles não tem nada de especial
– Quero que os traga! A minha casa fica ali, entre aquelas duas colinas! Mas tem de trazer os outros, ficarei muito zangada se não o fizer. – o menino a rainha acenou para o anão avançar
Edmundo ficou observando a carruagem ir, Mary ia sair de onde estava mas outra pequena garotinha apareceu e ela continuou observando. Seriam aqueles os que iam acabar com o inverno de 100 anos? AS antigas canções diziam que eram 4 humanos, mas ali só aviam dois e muito pequenos. Mary não podia definir no momento se eles seriam mesmo capazes, mas até a menor das criaturas pode mudar o curso do destino.
– Ó Edmundo você também entrou aqui! Não é formidável? – a garotinha dizia
– Sim, tinha razão! Mas onde você estava? – o menino Edmundo dizia
– Com Sr. Tumnus, ele está muito bem, a Feiticeira Branca não lhe fez nenhum mal por ter me deixado partir da primeira vez.
– Quem é essa tal de Feiticeira Branca? – mas como? Este menino era mesmo um sonso! Mary pensava
– Uma pessoa má. É a rainha de Nárnia mesmo não tendo direito nenhum de ser, ela transforma as pessoas e os animais em estatuas, e é ela também que faz ser sempre inverno mas nunca natal em Nárnia! Vamos voltar Ed, temos muito a contar para Pedro e Suzana!

Mary não teve tempo de pensar e correu para a toca de Sr. Tumnus, ela não poderia segurar os dois humanos, eles iriam voltar ela tinha certeza.