#POV Lucy

E o que há de errado afinal, em sonhar um pouquinho?

Eu só queria saber, porque de tantas pessoas. Logo de cara, me deparo apaixonada justamente por alguém como ele, que sempre está interagindo com todo mundo e dando o melhor de si com um sorriso. Nunca percebendo sentimentos óbvios, como os meus por ele.

Claro, se eu nem fosse amiga dele. Provavelmente não saberia da minha existência, além de só conseguir ter me tornado próxima à ele, por termos sido apresentados! Ou seja, por mais que eu quisesse ser importante para ele, o que não sou, sendo apenas mais uma dos muitos de seus amigos. Aliás, nem nos falamos direito desde que nos conhecemos até agora. Talvez cumprimentos à parte por ele, sempre ao perceber a minha presença e me surpreendendo na maioria das vezes…

Também não vou me iludir que apenas por isso, eu poderia ser especial para ele. Sem chance alguma! São apenas acenos e nada mais. Mas quanta mais penso nisso, a ideia parece cada mais deixar de querer ficar na minha imaginação.

O que eu faço?

Natsu é meu amigo, ficar tão próxima dele é ótimo. Mesmo que no fundo eu deseje mais, não quero bancar a boba e me confessar, se serei rejeitada e enfrentar isso doeria e muito…

Então chega a conclusão… Por que mesmo eu acabei tentando fazer trufas de chocolates para o Dia dos Namorados?

Eis a questão.

Tudo aconteceu em base dos conflitos que se chocaram comigo, quando vi no calendário a data e me peguei pensando nele. Qual seria sua reação? Veria como um símbolo de amizade?? Talvez considerasse a ideia de eu gostar dele e ligasse os pontos?? Ou talvez continuasse com o seu pensamento meio lento de sempre?

Tantas perguntas me rondavam que inesperadamente, pensei por um momento se não poderia pedir o conselho de alguma amiga minha em relação à isso e me acalmar, pensando mais racionalmente.

Quando se trata dele, não é possível pensar racionalmente!

Acabando no final de tudo, na decisão tomada com muito custo de realmente fazer algo de Dia dos Namorados para mostrar finalmente os meus sentimentos que cada vez iam crescendo mais, conforme sua convivência se tornava mais constante.