Ary POV

- Decepção - Falou Aro, sua voz triste, cheia de dor e compaixão.

E então eu nós o vimos com uma garota parada ao seu lado imóvel de cabeça baixada os punhos fechado ao lado do corpo com sua boca repuxada mostrando os dentes. Sua posição demonstrava fidelidade, uma fidelidade que Caius não merecia. Ele era um traidor, sua traição deixou marcas profundas em meu peito. Eu o amava, sim ele era meu mestre. Eu me preocupei tanto com ele, juntei as pistas vim atras, tentando ver se ele estava bem. Eu estava preocupada, coloquei quem eu mais amava em perigo por causa dele. Ele não merecia meu rancor, ele não merecia nem o chão que estava pisando. Eu devia ter dó dele, mas não dava. Não sei porque, mas um desejo de vingança incontrolável enchia minha boca de veneno, escureceu meus olhos e desejava que eu fosse pra frente que meus músculos se lançassem e atacassem aquele traidor. Eu sentia o veneno enchendo minha boca, sentia a raiva a raiva percorrer cada parte de meu corpo e cada parte de meu corpo só querer uma coisa: destruição. A sede de vingança pedia destruição, pedia um ataque imediato. Eu não queria fazer isso, mas eu precisava eu desejava isso. Meu corpo desejava. Aquele traidor quase me matou, magoou meu amor, fez ele sofrer, fez ele pensar que eu não voltaria. Fez praticamente, ele chorar. E então algo escapou de minha boca, o rosnado eu estava tentando reprimir saiu ferozmente por minha garganta de um jeito assustador que eu nunca tinha ouvido, era áspero e doloroso. Dava medo, não, metia pavor. Todos me olharam e eu andei mais para frente. Eu devia ficar parada, mas não conseguia. Parei na frente de Caius e a vampira se colocou na minha frente.  Quem ela pensava que era? Nesse momento minha sede por vingança falou mais alto que minha consciência. Desejei fervorosamente que ela sentisse uma dor pior que a de Jane, uma dor muito pior, quase insuportavel. Ela caiu de joelhos na minha frente gritando. Vi a dor nos olhos de Caius. Sim, ver ela machucada o fazia sofrer. A garota ainda sofria de joelhos aos meus pés, aquilo não era certo. Aquilo era bom para mim.

Eu ri deliciada.