Chá com leite. escrita por Isadora Nardes


Capítulo 6
Capítulo 6.


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo não tem música pq... Pq eu não achei uma música q combinasse. Na real, esse é um capítulo tapa-buraco, pq se eu emendasse o último capítulo com o próximo ia ficar tipo uuuuuuummmmmm caaaaaapííííííítuuuuuuuuulooooooooo.
Obs.: prestem a atenção nos adolescentes.



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Meu Deus.

Esther andava pela calçada em estado de euforia.

Meu Deus.

Ela não parava de esfregar as mãos, embora não fosse de frio.

Eu dei meu telefone pra um estranho. E paguei um almoço pra um estranho.

Ela virou a esquina, dando de cara com uma rua cheia de lojas de móveis usados.

Um estranho bonito, mas um estranho.

Ela continuou andando. Ela se sentiu bastante idiota, olhando pra trás a cada minuto, como se Matheus fosse segui-la. Ela começou a observar as pessoas na rua. Passou por um garoto com uma camiseta que dizia:

DEUS FECHA UMA PORTA,

MAS NÃO ABRE JANELA PORRA NENHUMA,

VAI TRABALHAR,

SEU VAGABUNDO.

Resistindo ao instinto de rir, Esther passou reto e continuou andando, até chegar numa grande praça com um colégio ao lado. Não se deu ao trabalho de olhar a placa. Apenas ficou olhando para as árvores, até ser parada por uma voz.

–- Ei, garota ruiva!

Era uma voz feminina. Esther se virou e deu de cara com uma garota de cabelos lisos, pretos e compridos. Tinha olhos cor de caramelo, e um sorriso aberto. Os olhos arregalados faziam-na parecer um pouco maluca. Esther pensou que, talvez, ela tivesse uns 16 anos. Ela tinha um nariz comprido e fino, um pouco parecido com o de Matheus. A garota estava vestindo uma calça jeans de lavagem escura, e vestia uma camiseta laranja, onde estava escrito, em letras pretas:

CAMP HALF-BLOOD

Esther reconheceu a camiseta de uma saga, mas não disse nada. Esther percebeu que havia mais umas cinco adolescentes atrás dela. Uma delas tinha cabelos castanho-escuros oleosos, presos num rabo de cavalo, e vestia uma calça jeans rasgada, com uma camiseta igual a da menina na frente de Esther. Tinha olhos castanho-escuros, um sorriso com dentes um pouco tortos, e um nariz um pouco grande. A outra era negra, alta, com cabelos cacheados e cheios; tinha lábios grandes e um nariz arrebitado, e vestia uma camiseta roxa, escrito, com letras douradas:

CAMP JUPITER

Mais atrás, havia uma garota de vestido branco até o joelho, com botinas marrons de couro, e uma trança lateral; tinha um nariz perfeitinho, do tipo que modelos às vezes tem; era completo por olhos cor de carvalho. Havia, também, uma garota de cabelos louros, até o meio das costas, e esta vestia uma camiseta laranja igual às duas outras; tinha olhos azuis acesos. Depois, havia um garoto magro, de estatura média, que tinha um cabelo preto cacheado e vestia uma blusa branca aberta, com dois suspensórios, nos quais ele passava os dedos incessantemente; ele era um pouco moreno, e tinha olhos castanho-escuros.

Esther concluiu que eles eram um grupo de cosplay de Percy Jackson.

–- Meu Deus, você é ruiva natural – a garota tocou no cabelo de Esther como se nunca tivesse visto cabelo na vida. Esther se esquivou. – Ah, desculpe! Que grosseria a minha! Eu sou Tatiana – a garota estendeu a mão, e Esther apertou, meio espantada. A menina deu pulinhos de alegria. – A ruiva tocou em mim! – ela disse, se virando para as outras garotas, que deram risadinhas (incluindo o garoto). – Ah, qual o seu nome?

–- Hum... – Esther balbuciou. – Esther.

A garota de cabelos lisos arregalou ainda mais os olhos.

–- Ela é inglesa! Você é inglesa! Meu deus, uma inglesa ruiva! AH, meu Deus! – a garota fechou os olhos e respirou fundo, mas isso não diminuiu a expressão de louca dela. – Meu nome é Tatiana. Estas são Patrícia, Yolanda, Mariana, Natália e Walter – a garota disse. Os adolescentes deram risos à menção dos nomes deles.

Esther tentou organizar a cabeça.

A garota de jeans rasgado se chama Patrícia. A garota negra e alta se chama Yolanda. A garota de trança se chama Mariana. A garota loura se chama Natália. O garoto viado se chama Walter.

–- Hum... Prazer em conhecê-los – Esther disse, devagar. Tentou não fazer movimentos bruscos. – Está tendo um encontro aqui?

–- Está, sim – a garota chamada Yolanda disse.

–- No Jardim Botânico – a menina chamada Patrícia completou.

–- Ah – Esther arqueou as sobrancelhas. – Hum, boa sorte pra vocês.

–- Ah, nos deixa tirar uma foto com você? – Adriana pediu.

–- Uma foto?

–- É! Sabe, não tem muitas ruivas naturais por aqui – Walter disse.

Esther olhou para o grupo. Tinham cara de quem tinham acabado de sair de um hospício, mas pareciam inofensivos. Esther resolveu aceitar.

–- Hum, tá bom – Esther disse.

Adriana deu pulinhos de alegria. Os garotos foram se postar atrás dela, um amontoado ao lado do outro. Adriana estendeu o celular, no modo de câmera frontal. Esther deu um sorriso espontâneo, achando aquilo muito engraçado. A câmera fez um barulho e Adriana abaixou o celular, ainda dando pulinhos.

Esse tipo de coisa não acontece em Liverpool, Esther pensou.

–- Ai, brigada, brigada, brigada! – Mariana disse, rindo feito uma hiena.

Esther assentiu, e deu tchau para cada um dos adolescentes. Saiu dando risada, feliz por qualquer coisa.


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