O Hotel Shell (Hiatus) escrita por Gneez


Capítulo 6
Pão e Circo


Notas iniciais do capítulo

Olá,pessoal!
Vocês devem ter notado que agora tem um "Hiatus" ali no título,pois é...
Eu (Drama Queen) e a co-autora(Pantufas Alienígenas) decidimos por essa história em hiatus por um tempo,pois estamos com problemas para escrever e achamos melhor dar uma parada do que ficar enrolando os leitores.
Tentaremos fazer desse "tempo para descanso" o menor possível ;)
Até breve!



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Gideon tinha a estranha sensação de estar sendo observado. Na verdade,ele vinha tendo esse tipo de sensação a todo momento desde que fugira, aquela sensação estranha de ser observado, chegando ao cúmulo de ouvir passos atrás de si. Era engraçado; uma vez vampiro, acredita-se estar livre de toda e qualquer doença que aflija o frágil corpo humano, mas quem sabe se amente estaria à salvo? Aparentemente não, Gideon acreditava estar paranoico. Observava, com olhos distantes, a Roda Gigante girar lentamente, um show de luzes proporcionado por pequenas lâmpadas acompanhando os movimentos do "brinquedo". Era um belo espetáculo, de fato, feito somente para aqueles com a capacidade de apreciá-lo, os quais não pareciam muitos. O resto do grupo se dispersara pelo enorme parque de diversões, montado numa cidade vizinha a de onde se localizava o hotel, e a impressão de ser o acompanhante de uma excursão escolar dera lugar à sensação de pai-que-leva-os-amigos-do-filho-pra-um-passeio-e-é-abandonado-quando-chegam-ao-local. "Pão e Circo", como faziam os romanos; refeição com diversão.

—Eu já estive em lugares mais altos—uma voz feminina se pronunciou, e Gideon se deparou com a menina de exóticos cabelos coloridos que vira quando chegou ao hotel.—Mas nem saltar o Empire State se compara uma roda gigante. Eu não sei, talvez seja... Infantil da minha parte, mas com o perdão da ironia: É mágico.

Ela não tirou os olhos do enorme "brinquedo" enquanto falava, não parecia sequer pestanejar e Gideon se permitiu apreciar a sinceridade quase infantil daquelas palavras. Palavras sinceras era uma taboa de salvação em meio a tempestade de mentiras na qual ele se metera.

* * *

—Espera, espera, espera!— era difícil articular qualquer frase enquanto uma mulher daquelas praticamente devorava seu pescoço, pressionando o próprio corpo esguio e desejável contra o seu sedento por mais contato, se arquejar ou gemer, mas Wayne Preston sempre se orgulhou do próprio alto-controle. Serena - era esse o nome dela, certo?- se afastou o suficiente para que o homem desconhecido - e infinitamente tolo - pudesse ver sua expressão de tédio, que ela fez questão de mudar para uma falsamente excitada e ansiosa quando o encarou.

—O que foi, amor?—Perguntou.

—Você tem certeza de que quer aqui?— Sienna revirou os olhos de um verde instigante antes de voltar a espalhar beijos seguidos de pequenas sucções pelo pescoço de Wayne.A gente pode ir pra- se interrompeu num ofego - um... Banheiro, se você... Quiser.— A vampira não conteu uma risadinha abafada. Aquele homem enorme estava totalmente à seu mercê com apenas alguns beijos, patético!

—Eu estou muito bem com esse lugar, amor— Ela respondeu, enquanto despia o homem loiro da jaqueta de couro que ele usava. Wayne riu.

—A maioria das garotas não aceitaria fazer isso num beco—ele disse, se curvando para beijá-la, as mãos na cintura fina dela.

— Você vai aprender que eu-—Sienna se interrompeu, num salto para circundar a cintura de Wayne com as pernas esguias, prensando-se ainda mais contra ele —não sou nada parecida com a maioria das garotas— Wayne riu, puxando-a para mais um beijo enquanto percorria seu corpo com as mãos...Ele nem sequer cogitou a ameaça velada naquela frase.

Sienna apertou mais as pernas ao redor de Wayne, descendo as mãos dos cabelos para as costas dele, que começava embrenhar as mão por baixo da camisa que ela usava. Ele não era de todo ruim no que fazia, mas ela não tinha mais tempo para esperar. Voltou a descer os lábios pelo pescoço dele, arriscando brincar de roçar os dentes naquela região, vendo e sentindo-a se arrepiar. Soltou um gemido prazeroso quando sentiu o homem puxar seus cabelos perto da nuca, afundando o rosto no pescoço pálido para retribuir às carícias. Apertou mais as pernas em torno dele, fazendo mais pressão com os dentes na pele dele. Wayne teve um sobressalto quando sentiu os caninos afiados perfurarem sua pele, que foi substituído por um êxtase quase absoluto. Sienna sabia bem que, por mais estranho que pudesse parecer, ser mordido poderia ser uma experiência extremamente prazerosa. E apesar de não questionar os motivos, ela não deixaria sua presa se divertir tanto assim.

O sangue entrava por seus lábios, manchando-os e dançando pela boca sedenta da essência vermelha e os olhos verdes reviravam em prazer, tornando-se completamente negros gradualmente, as garras e os caninos crescendo e transformando-a na besta que ela realmente era, fora de controle. Afundou as garras afiadas nas costas pouco musculosas, sentindo o tecido da camisa, a pele e a carne ceder sob suas unhas e o sangue transbordar. Não havia prazer nenhum para Wayne naquilo e ela sabia, apesar dos gritos de dor e medo ficarem presos na garganta do homem, que os poucos se afogava na própria saliva e sangue. Mais uns minutos daquilo e já estava satisfeita, mas ela tomou o cuidado de deixar um pouco para que ele sangrasse e morresse aos poucos.

"Hemorragia causada por ferimento contundente nas costas e pescoço" diria o legista na manhã seguinte, mas por hora Sienna se concentrava na -bela- visão que tinha à frente, perto da roda gigante.

Quem diria, não é? Encontrar Gideon Michaelis, fugitivo procurado, naquele parque de diversões?


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