Escola de Mitos escrita por jessy06


Capítulo 4
Capítulo 3 - Sobrevivência (1ºparte)




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Mais um dia chuvoso em que o sol estava embrulhado pelas nuvens.
O dia de hoje já estava preenchido, tinha de ir a escola falar com o director, conhecer a escola e ir comprar o uniforme.
Levantei-me subi as escadas liguei o iPod que estava ligado as colunas e entrei no roupeiro, estava num daqueles dias que não sabia o que vestir, abri os armário e tirei umas calças justas pretas, uma túnica roxa e um casaco curto prateado e vesti-me a pressa.
Entrei novamente no roupeiro para ir buscar uma pulseira roxa e outra preta e peguei um fio, que tinha sido dado pela minha antiga turma, com um coração em prata, ao lado estava um dos meus três telemóveis tinha uma mensagem, para ser franca já não tocava nele desde que tinha chegado a casa, aquele era o que eu usava para os meus amigos, a mensagem era da Jess.
“ Olá como está a ser a nova casa, sentimos a tu falta. Telefona :)”
Olhei para os outros dois e tinha apenas, no da família, uma chamada da Jennifer tinha deixado menagem de voz.
“ Olá nina era só para te pedir para dizeres ao Tom que afinal podemos ir e eu vou-te levar uma surpresa.”
- Uma surpresa? O que será?
- nina, posso entrar? – Tom estava a porta, a espera da minha reposta.
- Claro.
- Estavas a falar sozinha?
- Sim, a Jennifer telefonou e disse que afinal vem.
- Está bem, o que está a pensar fazer hoje?
- Vou telefonar ao Jason se que vir comigo a escola, e acho que de resto não vou fazer mais nada se não aproveitar o meu ultimo dia de ferias. – Estava a acabar, era amanha que tudo ia começar.
- Ok. Eu vou estar aqui por casa, aproveitar o meu último dia de ferias, se precisares de alguma coisa diz. – Tom saiu apreçado ao fechar a porta voltou abrir – nina, o pequeno-almoço está pronto.
Abanei com a cabeça peguei no telefone para ir telefonar a Jason, sentei-me no sofá e pus o telemóvel em altifalante como sempre, Jason atendeu parecia estar perto do mar.
- Oi nina, o que se passa?
- Olá Jason queria perguntar se queres vir comigo á escola.
- Desculpa nina, mas está a chover e se está esquecida eu não posso molhar-me se não transformo-o – Jason parecia não estar sozinho ouvi-a a voz de um rapaz e de varias raparigas aos gritos.
– Jason, vamos a Yasmim já está a ficar doida. – Disse um rapaz.
- Está acompanhado?
- Sim estou na praia com os outros vamos nadar, falamos depois, pode ser?
- Sim.
- Desculpa a serio, trata daquele assunto, beijos pérola.
Agora estava apenas reduzida a mim e apenas a mim, calcei as botas pretas e comi a pressa já era dez horas e queria despachar-me, despedi-me do Tom abri a porta já não estava a chover,
O Tom já tinha-me tirado o carro da garagem, do outro lado da rua estava o Ryan a falar com a mãe parecia eu e o Tom quando estávamos em los angeles.
- Sim mãe. Eu prometo que volto rápido eu sou buscar o uniforme, adeus. – disse Ryan a mãe. – Oh! Olá nina.
- Olá Ryan, vais ao colégio?
- Sim, porquê?
- Eu também, queres vir comigo?
- Mas deves ir a algum lado e eu.
- Não eu só vou ao colégio, e preciso de ajuda não conheço o colégio e acho que não sai o caminho muito bem.
- Está bem? Por mim. – O Ryan atravessou a rua e olhou para o carro – hum! Quem diria.
- O que é?
- Um carro com este calibre – os olhos estavam tão brilhantes como se fosse a primeira vez que via um carro daqueles. – Quem diria que gostavas de carro com esta velocidade.
Sempre tinha sido habituada a andar em carros com grande velocidade, para mim os Lamborghinis, Porsches e os Mercedes era um carro comum. Tinha sido a prenda de aniversário do meu pai, um Porsche preto com os vidros esfumados, o carro com que eu sempre tinha sonhado, apesar de dois meses antes ter-me dado um Lamborghini prateado, por ter tirado a carta. Olhei para o outro lado da estrada para ver o carro de Ryan, porque motivo se estava a queixar se tinha um BMW.
- Esta agora não percebo?
- Tu com um porsche, nunca pensei. – Ryan parecia iludido com o carro.
- O quê? Estás chocado por eu estar a conduzir um porsche então é melhor não veres o meu outro carro.
- outro carro? Tens mais um?
- sim.
- ah! Mas é do teu pai, também. – Ryan tinha uma expressão de quem estava a entrar no meu jogo, o pior de tudo, é que eu não estava a fazer jogo nenhum, estava a falar a serio.
- não. É só meu.
- Estás a gozar.
Olhei para a garagem estava a abrir, a entrada estava Tom a despedir-se da Mary.
- Nina ainda estás aqui – nem estava a dar conta que o tempo estava a passar a correr – pensava que já tinhas ido.
- Eu vou já, pai este é o Ryan é nosso vizinho, ele vai ao colégio comigo.
- Olá Ryan, sou o pai da nina, Tom. – Nunca tinha visto o Tom tão entusiasmado – eu tirei o carro mas não sei se era esse que tu querias?
- Por mim. É indiferente, mas este é melhor, dá menos nas vistas. – Bem se o Ryan ao vê-lo estava assim então acho que era melhor ir a pé ao colégio – vais sair?
- sim vou buscar a Rose, posso levar o teu carro?
- o meu carro? Para ir buscar a Rose, mas vais busca-la ou vais algum lado com ela? – Tom corou e levou a mão a testa, com um ar confuso.
- bem eu…
- esquece leva o carro e não digas mais nada. – Tom estava bastante atrapalhado ao falar de Rose, eu gostava que o Tom se estivesse a entender-se com a Rose acho que ficavam bem juntos, e ele precisava de se distrair com alguém para se esquecer da doença da Jennifer.
- Bem adeus, ah a tua mãe vem amanha á tarde.
- Ok adeus.
Entrei no carro, Ryan continuava radiante.
- Eu não percebo por que razão estás assim tão chocado, tu tem um BMW também é um carro muito bom.
- Aquele carro não é meu é do meu pai, ele está fora por isso deixa-me andar com ele.
- Ah. Pronto história resolvida.
Tom saiu da garagem, esperei que ele saísse para que pudesse seguir viagem.
- O quê? Um Lamborghini, és doida, tens de levar aquele para o colégio. – Ryan parecia que queria que eu desse nas vistas no colégio.
- Porque razão?
- na escola tu encontras de tudo, no bloco onde tu vais ficar todos tem carro de topo e pensam que são bons mas, um deste nunca lá apareceu podia ser que engolissem o próprio veneno. – um rugido veio da garganta de Ryan quando disse a ultima palavra.
O colégio não fica muito longe de casa.
- bem vinda ao teu local de estudo a partir de agora.
O colégio era enorme com um muro de um metro de altura com um gradeamento em cima, á primeira vista parecia ser um castelo só pela entrada, tinha um portão de gradeamento enorme, ao passarmos a entrada tinha vários parques de estacionamento.
- onde devo por o carro?
- hum bem mete-o ali ao fundo.
Passamos dois parque e estacionamos o logo no primeiro ao lado estava outro carro igual ao meu ma sem prateado, Ryan olhou para o lado ao ver o carro voltou a rosnar, cerrou os olhos olhando para trás murmurou algo que não percebi, saímos, olhei em volta e não consegui perceber nada havia uns seis edifícios com uma letra escrita de maneiras engraçadas.
O primeiro tinha um S feito com a silhueta de uma sereia, o segundo tinha um F com umas asas de borboleta na parte esquerda, o terceiro tinha um A com uma asa de anjo de cada lado da letra.
Apercebi-me que os três primeiros edifícios tinham uma entrada com bastantes flores um lago e com um ambiente muito colorido, os outros três edifícios estavam afastados tinham uma distancia entre si também, o que queria dizer aquilo?
A entrada para estes três edifícios eram muito diferente da outra tinha arvores alta robustas, no chão havia bastante musgo e plantas que não dariam flores em nenhuma estação do ano e estatuas de pedra de pessoas com rostos belos, o ambiente era sombrio, totalmente o oposto do outro.
Algo me despertou atenção, a primeira letra era a mesma que vinha na carta da escola. A letra era um V simples sem qualquer acrescento apenas num tom dourado mel, a do edifício seguinte era também um V, também ele simples, mas este tinha um tom vermelho sangue com uma gota na parte inferior da letra, o terceiro e ultimo edifício tinha um L que ao longe dava a sensação de ter pelo.
A escola aos meus olhos era estranha, se tivesse vindo sozinha acho que ali era o ultimo sitio onde entraria, parecia uma residência de alguém da realeza.
- vamos? Eu vou ver o meu horário se quiseres vir comigo?
- sim, depois vamos ver o meu e tenho de ir falar com o director.
- acho que não vai dar. – Ryan encolheu-se e pediu-me desculpa com os olhos.
- o quê?
- ir contigo ver o horário. Porque razão vais falar com o director? – Ryan pegou-me na mão e arrastou-me atrás dele para o edifício com um L. – eu não posso entrar naquele edifício.
- o Jason disse-me que era melhor ir falar com o director por eu ser daquela turma, posso fazer uma pergunta?
- desta vez tenho de concordar com o peixe tu nem devias estar aqui, que pergunta queres fazer.
- eu não percebo que mal é que me podem fazer?
- o Jason não te contou? – disse confuso
- o que é que ele devia-me ter contado? – acho que o que Jason há dois dias não me tinha contado devia ter sido falado ao menos.
- ele não te contou o que eu sou? O que há na escola? – Ryan estava tenso e apertou-me ainda mais a mão.
- não nada ele só me falou dele e dos anjos.
- então não sabes o que sou eu? – fiquei paralisada ao pensar que eu não tinha pensado se ele andava na minha escola e se não era um anjo em uma sereia o que seria?
- para dizer a verdade não sei de nada de nada, ah ia perguntar-te para que eram as letras?
- se não sabes nada de nada não vais perceber para que é as letras. - Ryan riu-se vontade e murmurou ao meu ouvido. – devias ter medo de mim, sou perigoso.
Respirei fundo para não pensar na frase anterior, entramos pela porta do edifício L as paredes era castanhas claras e pretas, a entrada era grande tinha uma escada que no topo dividia-se em dois para o lado direito tinha uma placa pequena que dizia salas e outra esquerda que dizia convívio, as paredes laterais estavam cheias de cacifos para os alunos.
Os horários estavam logo á entrada o Ryan olhou para ele á pressa e alguém por trás fez um comentário ao horário.
- Sim é uma porcaria, comparado com os das sanguessugas, tem sempre os melhores horários do colégio inteiro.
- Oi Jared, sabes que eles são os meninos do senhor Anderson.
Sanguessugas, questionei-me quem seriam? Primeiro chamou peixe ao Jason e agora está a chamar sanguessugas a alguém.
- oi Ryan – disse o rapaz que se chamava Jared esquecendo-se de o cumprimentar.
O Jason era igualmente parecido com o Ryan alto moreno e com os olhos… – há dois dias estavam castanhos avermelhados – agora estavam pretos.
- pois é sabes que eles pagam o dobro para estar… - Ryan parou olhou para mim com um sorriso maroto – nina, sabes quanto é que o teu pai pagou para estares aqui?
- hum não sei bem mas acho que foi mais de três mil dólares.
- o quê? Mais de três mil, eu só paguei quinhentos dólares. - o Jared estava chocado com aquilo, para dizer a verdade eu também estava chocada.
- bem acho que foi por isso que o director aceitou-te.
- sim, nem as sanguessugas pagam tanto para estar aqui – o Jared olhou para mim aproximou-se de Ryan para lhe dizer algo ao ouvido a intenção era que não ouvisse mas teve mal porque eu percebi todas as letras. – como é que o director aceitou uma humana, é perigoso.
- Eu sei mas é a vida.
- sim é a vida dela que está em perigo, ou menos está no outro lado?
Ryan abanou a cabeça.
- não acredito, é da nossa turma?
Ryan voltou a abanar a cabeça.
- então é da turma do Tomé.
Ryan voltou a abanar com a cabeça.
Pensei tomar a iniciativa ao dizer de que turma era.
- sou do 11º V1.
Jared voltou a aproximar-se de Ryan e desta vez não consegui perceber o inicio da conversa “ diz-me que ela sabe o que eles são”, depois Jared baixou o timbre para quase mudo, Ryan no fim apenas acenou com a cabeça negando á pergunta que Jared teria feito.
Jared aproximou-se de mim e pegou-me na face com as duas mãos. Os seus olhos ficaram meigos e como se me pedisse desculpa.
- Tenho imensa pena tua, gostei de te conhecer mas parece que a partir de amanha não vamos poder falar mais.
Ryan ergueu as sobrancelhas e aproximou-se afastando o Jacob de mim.
- estás parvo isso nunca acontecerá, nem que eu tenha de que os matar.
Tanto eu como o Jacob ficamos boquiabertos com as palavras de Ryan.
- não achas que está a exagerar?
- não, ela é humana, pode estar na turma daquelas sanguessugas, chupadores de sangue como querias os chamar, mas não vou deixa-la cair nas mãos deles e ficar como eles.
- Ryan ela está na turma dos vegetarianos.
Ao ouvir tais palavras comecei a rir.
Para que teria de matar pessoas por serem vegetarianas, ele estava com medo que eu fosse mudar para vegetariana.
- porque razão estás a rir? – perguntaram ambos ao mesmo tempo.
- tu está com medo que eu vire vegetariana.
- se tu não souberes o que há neste colégio e por que tipo de monstros o frequenta acho melhor nem abrires a boca. – Ryan parecia preocupado comigo tal como Jason á dois dias atrás quando me mandou vir falar com o director.
- Ryan se queres que eu saiba acho melhor ir falar com o director.
- ah pois é! – Ryan tinha se esquecido. – eu vou acompanhar-te até á entrada.
Pelo caminho Ryan não disse uma única palavra, a sua expressão estava pensativa. Tentei tomar a iniciativa, mas já tínhamos chegado a entrada bem ainda faltava alguns metros.
- bem porta-te como deve de ser o director é especial, ele vai entender-te logo que entrares na sala e não te metas a pensar em coisas doidas com tu.
- porque razão?
- depois vais perceber, sim, quando estiveres despachada diz eu vou ficar aqui fora com o Jared, vê o teu horário sortuda. – Ryan estava outra vez com um sorriso nos lábios, agarrou-me na mão direita e despediu-se.
- adeus gatinha. – cada vez ficava mais confusa, primeiro o Jason a chamar-me pérola e agora o Ryan chamava-me gatinha, será que os rapazes desta escola são todos assim tão doces com as raparigas.
Entrei no último edifício era o que tinha o V em dourado mel.
A entrada era idêntica á do edifício onde do Ryan tinha aulas apenas a claridade e a cor das paredes muda, tinha uma cor dourado e branca, e as janelas era mais escuras o que faz com que a sala ficasse escura.
Os horários estavam também fixados a entrada.
A entrada estava vazia apenas uma empregada andava de um lado para o outro, vi o horário que para meu agrado era mesmo muito bom começar a semana com desenho e acabar com geometria descritiva, acho que nunca tinha tido um horário assim.
Mas ao ir falar com o director se eu mudasse de turma, lá se ia o bom horário por agua a baixo, estava impaciente ao pensar no que Tom tinha dito antes de partir, a Jennifer vinha no próximo dia a tarde e trazia-me uma surpresa, estava ansiosa para saber o que era, nunca me tinha afeiçoado tanto a Jennifer como agora ao saber a verdade.
Olhei para o telemóvel quando alguém que também ia distraído foi contra mim derrubando-me para o chão, algumas Coisas que estavam dentro da mala caíram o chão como o livro que estava a ler devia-me ter esquecido de o tirar quando estive a fazer as mudanças.
- Estás bem, desculpa. – O rapaz baixou-se par me ajudar, mas no momento seguinte estava encostado ao pilar que estava a um metro de mim. – Tu és humana?
Olhei para ele que ainda não o tina visto com olhos decentes. Era um rapaz alto, pálido como a neve, olhei para os seus olhos eram cor mel, como as paredes do edifício, mas começaram a ficar negros até que a mina dos olhos ocupou o lugar de todo o castanho mel. Os seus lábios estavam roxos eram como uma linha perfeita desenhada a mão, todo ele era algo irresistível, como uma boneca de porcelana, perguntei-me a mim mesma se seria modelo.
Não consegui responder-lhe, por o quando impressionada estava ao vê-lo.
- desculpa a serio, mas não me posso aproximar de ti. – a expressão do rapaz era estranha até indecifrável, formou um punho com a mão direita batendo com ela no pilar.
- não faz mas – ainda estava em estado de choque especada no chão comecei apanhar as coisas que tinha espalhado.
- acreditas no que está a ler? – disse dando dois passos na minha direcção. – eu chamo-me Robert – esticou a mão para me ajudar a levantar.
Dei-lhe a mão e ele puxou-me num salto, abaixou-se para apanhar o livro e abriu-o na pagina que estava a ler.
- quem diria não sou assim tão mau neste tipo de coisas, comparado com ele.
Não estava aperceber onde ele queria chegar com aquilo. Tentei lembrar-me onde tinha ficado, acho que tinha sido na parte em que o Edward, o vampiro, tenta de dar bem com a Bella na aula de biologia, sim acho que foi ai que parei.
- como assim?
- bem… - tinha me esquecido que não lhe tinha dito como me chamava.
- nina.
- sabes aquilo que somos?
Já não era o primeiro a perguntar aquilo e acho que tinha de ir urgentemente falar com o director antes que desse em doida, por não saber com o que estava a lidar.
- para dizer a verdade não, e já não és o primeiro a perguntar.
- sim nota-se? – inclinou a cabeça ate ficar a altura da minha. – cheiras a cão.
- ah, mas eu nem tenho cães. – tentei ver se seria do casaco mas a única coisa que me cheirava era ao meu perfume da Calvin Klein que custou um balúrdio.
- não te preocupes é só um bocadinho. – sussurrou - O que estás aqui a fazer? – aquela pergunta acho que já fazia parte da minha família.
- também já me perguntaram isso, e acho que foi pelo preço que o meu pai pagou para frequentar este colégio.
- claro só se foi por isso, o director vê alguns zeros a direita e aceita toda a gente. – volto a baixar-se a minha altura desta vês com um sorriso matreiro nos lábios desenhado por alguém. – acho melhor ires falar com ele urgentemente, gostava de te ver amanha.
Voltou a erguer-se e levou a mão ao pescoço e fez uma carreta.
- isso é se voltares a por os pés aqui. – sorriu desta vez com um sorriso bem largo os seus dentes brilhavam a luz das luzes do edifício.
Olhei para o lado das escadas, uma rapariga com o cabelo comprido loiro quase branco ,como o do rapaz que estava ao meu lado, desceu a escadas de maneira bastante elegante e aproximou-se de nós, ela era igualmente pálida e com um corpo invejável, Robert ergue o braço e posou-o no ombro da rapariga.
- pensava que nunca mais chegavas, o que se passou? – perguntou Robert a bela rapariga que ergue o nariz e a seguir pousou a cabeça no seu peito.
- Robert onde andas-te? Porque me cheira a humano e este é bastante forte. – a rapariga afastou dela e estava com um expressão dura e de quem lhe queria acabar com ele naquele momento.
Robert tossiu apontado para mim.
A rapariga olhou para mim e afastou-se um pouco e a seguir tentou voltar a posição inicial, mas sem sucesso, aproximou-se mas continuou a andar na minha direcção, mas Robert parou-a agarrando-a pelo braço e puxando-a para debaixo do seus braços.
- Desculpa é um impulso meu. – A rapariga baixou a cabeça ainda entre os braços dele, e ainda com o meu livro na mão. – Oh! Desde quando é que lês livros de romances? E ainda por cima de vampiros com humanos. Bah! Que é uma coisa impossível que nós conseguíssemos conciliarmo-nos com os … – o Robert tapou a boca a rapariga, com a mão disponível.
- O livro não é meu… e podes calar-te ela não sabe.
- Oh! Não sabe! – Virou-se para mim e ergue a cabeça – desculpa não me ter apresentado sou a Roxy, a irmã maia nova desta pedra ao meu lado.
Robert virou a cara para o outro lado para não olhar para ela.
- eu sou a nina. – Olhei para o relógio e vi as horas a passarem – acho melhor ir.
Abanaram os dois com a cabeça ao mesmo tempo deixaram-me passar, Robert entregou-me o livro e sorriu uma última vez.
Aprecei-me subi as escadas e guiei-me pelas placas o gabinete do director ficava atrás de todos os edifícios, estava centrado, e era diferente de todo o resto era sombrio mas ao mesmo tempo acolhedor, passei a porta o ambiente estava bastante iluminado, uma pequena sala com uma rapariga, que devia ter a idade da Jennifer, estava sentada numa secretária entulhada de papeis.
- Bom dia, precisas de ajuda? – Disse a secretária com simpatia mas o seu rosto vincava o medo, angústia e a raiva bastante raiva.
- Acho que sim – estava com medo de me aproximar da rapariga por a sua expressão – eu precisava de falar com o director se possível.
- Claro, só tens de esperar um bocadinho, se poderes.
- Sim, não há problema.
Sentei-me uma das cadeiras e comecei a reflectir naquilo que Robert tinha dito de início: “quem diria não sou assim tão mau neste tipo de coisas, comparado com ele” o que queria ele dizer com aquilo e abri o livro para tentar perceber a frase inicial cintava algo que me chamou a atenção, “o meu coração batia aceleradamente e não sabia se deveria ter confiança nele, tudo inclinava para que ele fosse um vampiro” os meu coração começou acelerar mais depressa do que o costume e a respiração estava descontrolada.
- Está tudo bem – perguntou a secretária. – Posso fazer uma pergunta?
- Acho que sim! – Tinha a certeza que iria seria a mesma de sempre.
- És de que edifício?
- Do V. – A secretaria começou a rir-se para ela própria o que me deixou desconfortável.
- Já podes entrar. – Disse a secretária que ainda se ria.

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