As Crônicas do Guardião de Mundos escrita por godjjjita


Capítulo 5
Capítulo 5




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Lembro-me claramente do meu sétimo aniversário, após as comemorações meu pai, o Rei, levou-me até meu quarto a mostrou-me a surpresa que eu estivera esperando desde o início da festa, meu presente de aniversário, um exército de soldadinhos de madeira composto por 30 soldados rasos, 25 soldados de infantaria montados em seus cavalos de madeira, e um general, com seu escudo e sua espada em mãos, mas ao contrário dos soldados, o general era de ouro maciço e em seu escudo havia um pequeno diamante, meu pai me explicou naquele dia que o general era a peça mais valiosa em todo o exército, por mais forte que sejam os soldados, por mais rápido que sejam os cavalos, mesmo que seu exército seja numeroso, sem um bom general para comandar suas tropas o único destino de seu exército era o fracasso. Essa foi uma das lições mais importantes que meu pai me dera, ao entender o valor da liderança eu também entendi o seu peso.

Na manhã seguinte quando acordei, fui imediatamente brincar com meu novo exército em miniatura, havia pensado em estratégias e posicionamento de minhas tropas, planejei épicas batalhas em minha mente, e tamanha foi minha decepção quando minha peça mais valiosa estava desaparecida, você pode imaginar o desespero de uma criança ao perder seu melhor brinquedo, corri até meu pai e acabei por interromper seu sono, na noite anterior após a celebração de meu aniversário o rei atendeu à suas obrigações e se reuniu com seus duques para discutir assuntos que a mente de uma criança não entenderia. Mesmo com sono meu pai se dispôs a procurar meu brinquedo comigo, após algum tempo chegamos a conclusão de que o brinquedo havia sido roubado e o rei ordenou à guarda real que encontrassem o ladrão e o punissem como tal, quando meu irmão soube da comoção seu coração de criança não conseguiu aguentar a pressão, e apenas duas horas após a guarda real se mover ele confessou que escondeu meu brinquedo em um tronco de árvore nos jardins do castelo por pura e simples inveja, era apenas uma travessura de uma criança, mas essa criança era um dos príncipes de nosso reino, cada ação que ele tomasse quando se tornasse adulto traria uma enxurrada de conseqüências e nosso pai sabia disso, como lição o Rei decidiu colocar seu próprio filho em uma masmorra, uma masmorra criada com a finalidade de acomodar nobres que passaram dos limites, certamente era um lugar sofisticado com uma cama mais confortável que o normal, o direito de ficar sem algemas ou amarras, mas ainda era uma masmorra, e por três dias meu irmão ficou confinado nesse lugar, eu fiquei assombrado com a severidade de meu pai, mas ao sair de sua prisão meu irmão havia mudado, primeiramente ele se desculpou comigo, e com o passar do tempo eu percebi que meu irmão distante que sempre me invejava estava mais próximo, brincava comigo sempre que possível, e se mostrou muito mais responsável.

Essa história passou pela minha mente várias vezes enquanto eu arrastava os corpos adormecidos dos Sirians que me atacaram, tentando me convencer de que estava fazendo o correto. Eles não era crianças, e certamente o cativeiro não traria arrependimento em seus corações, não me sujeitaria a um ato vilanesco como a tortura, a outra e única opção era prendê-los até que confiassem em mim, senti-me como um tirano ao faze-lo, mas era o correto a ser feito.


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