Tapiando o Destino escrita por caroline_03


Capítulo 2
Capítulo 1 -Beeville.


Notas iniciais do capítulo

Segundo Cap.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/59661/chapter/2

-Por que Maggie pode levar o gato fedido dela e eu não posso levar o Frog? –revirei os olhos.


-fácil, porque o Frog é nojento. –respondi com meu melhor sorriso cínico.


-mamãe, Maggie está me olhando daquele jeito outra vez. –bufei e olhei pela janela.


-querem para vocês dois? –minha mãe nos repreendeu sem tirar os olhos de sua revista.


Nossa discussão se estendeu por mais alguns minutos até que a aeromoça finalmente anunciou nossa parada em... Em... Qual é mesmo o nome da porcaria da cidade? Ah, é claro... Beeville. Já ouviu falar? Pois é... Nem eu!


Tudo começou anos antes, quando meu pai morreu em um acidente de carro e minha mãe teve que assumir os negócios na empresa. O único problema é que apesar de inteligente, ela não tinha experiência no ramo e agora, cinco anos depois, ela resolveu recomeçar em outro lugar, bem longe da minha amada e linda Nova Iorque.


Para os curiosos, Frog era o sapo de estimação de meu irmão (irônico, não?), que teve que ser deixado para trás por que não tinha como levá-lo (para minha alegria). É claro que Eric não ficou nada feliz que Lilly tenha vindo conosco.


Bem, talvez seja fácil para você pensar em uma mudança, mas acredite, não é. O fato é que eu tinha largado todos meus amigos (escassos, mas ainda amigos), minha doce e amada avó, meus shoppings, minhas lojas preferidas, todo meu glamour e alegria para trás e agora eu estava tentando me conformar com de que teria que ser a esquisita do colégio por um longo tempo... Ou não.


Beeville... Sul do Texas, ou seja uma tradicional cidade cowtry e meu maior desespero. Logo que saí do avião eu logo pude perceber que com toda a certeza, se é que eu ainda não tinha percebido isso, eu não estava mais em minha cidade. O sotaque logo me pegou de jeito e eu tive que me concentrar para não ficar parada e olhando a pessoa como uma idiota.


Com todas as malas em mãos, Lilly em meus braços e já dentro de um taxi (depois do motorista reclamar muito por causa de nossas coisas...) estávamos indo para a casa que minha mãe tinha comprado cegamente pela internet. O que eu podia fazer? Tremer é claro.


-mãe, tem certeza que você não comprou nenhuma casa mal assombrada, certo? –ela riu um pouco e olhou para trás.


-é claro que não Maggie, que idéia. –ela sacudiu a cabeça.


Eu e Eric nos olhamos rapidamente, em um raro momento de cumplicidade e medo.


Em pouco tempo estávamos na tal casa, e, para minha completa surpresa, não era mal assombrada e nem ao menos caindo aos pedaços. Era até bonita, mas ainda assim não era a minha casa...


...


Primeiro dia de aula. Eric pulava contente para todos os lados da casa, tropeçando até mesmo nas escadas e rolando por um ou dois degraus, ralando os joelhos e um pouco do braço. Após rir muito, me sentei a mesa e comecei a tomar meu café lentamente, tentando não pensar no show de horrores que viria a seguir.


Depois de acalmar o choro de Eric, minha mãe finalmente nos levou para a escola, sorridente e completamente animada por poder começar trabalhar no escritório naquele mesmo dia. E depois eu sou a louca da família.


-boa aula queridos. –ela falou sorrindo e parando em frente a... Escola. –e Maggie, tente não arrumar confusões, certo? As pessoas gostam de simpatia.


-claro mamãe. –falei a ultima palavra um pouco mais alto e bati a porta em minhas costas, dando mais uma analisada no ambiente.


Com certeza aquilo não combinava com minhas sapatilhas novas. Muito verde, muitas pessoas e, agora, todas me encarando. Nunca fui tímida, e não seria agora que isso iria mudar. Ainda com os braços cruzados sobre o peito e com a cara fechada olhando para tudo, encarei meu irmão com os olhos semi cerrados.


-você me disse que isso era legal. –falei entre dentes.


-depende do que você entende como legal. –ele sorriu e me deu as costas, começando a ir para o prédio.


Passei a mão nos cabelos e fui atrás do meu irmão, tentando achar alguma plaquinha que dissesse “secretaria”, mas é claro que ao tinha. É por isso que eu assistia de longe, meu irmão perguntar para as pessoas onde ele poderia ir.


-moça, onde é a secretaria? –ele perguntou olhando para a menina que era muito mais alta que ele.


-olha baixinho, você vai naquele corredor e daí vira a esquerda, depois vai e pega a esquerda outra vez e então a direita, entendeu? –ri baixo e me aproximei.


-entendi sim, Maggie é a...


-eu já saquei pirralho.


Comecei a seguir as instruções que a esquisita tinha dado sem sequer olhar para cima, já que não tinha nada indicando lugar nenhum mesmo. Ignorei o fato de a menina ter me fuzilado com os olhos e simplesmente dei um sorriso torto cínico para outra que falava para a amiga “mas ela é realmente uma...”. Como se fosse a primeira vez que eu tivesse escutado aquilo. Inveja é o cumulo.


-Maggie, a moça falou que era para lá. –Eric disse apontando para a direção oposta.


-ela falou esquerda, não foi? –me abaixei até ficar na sua altura.


-direita. –ele sorriu cruzando os braços sobre o peito.


Bufei e fui para onde ele indicou. Era incrível o dom que meu irmão mais novo tinha de me tirar do sério. E o pior: ele conseguia fazer isso com pouquíssimas palavras.


Marchando para a secretaria, trombei com algumas pessoas, disseram palavras estranhas para mim e eu tentei ignorar, mesmo tentada em achar na biblioteca um dicionário com as gírias daquele lugar.


-mas será que não chegamos nunca a maldita...


-Maggie, aqui. –Eric me fez parar apontando para uma plaquinha.


-ah, claro... Agora tem placas. –revirei os olhos.


-você não poderia ser simplesmente mais simpática? –ele sussurrou se aproximando da porta.


-o que quer dizer? Eu estou sendo simpática. –sussurrei de volta ofendida.


-imagina quando não é. –ele falou com desdém.


-SHIU! –fiz abrindo a porta e entrando.


Quando eu fui entrar na sala, trombei com... Alguma coisa. Depois de passar a mão em meus ombros que eu fui olhar O QUE era aquilo que eu tinha trombado e me surpreendi ao perceber que era um menino... Estranho, mais ainda era um menino.


Ele era alto e magro, apesar de parecer forte o suficiente para me levantar com apenas uma mão. Os cabelos de um tom de castanho claro, encaracolados caiam por cima de suas orelhas. Seus olhos eram de um verde que eu nunca tinha visto antes, exatamente cor de folhas de uma arvore talvez. O lábio fino formava um sorriso pequeno, quase de presunção, e ele ainda me encarava.


Ele me olhou de cima a baixo e alguma coisa fez com que ele achasse graça. Semicerrei os olhos e sorri sarcasticamente, passando por ele e esbarrando novamente.  Oras, quem ele pensa que é?!


Ainda bufando, entrei na secretária para pegar meu horário e o mapa da porcaria da escola.


[Jackson]


E lá eu estava mais uma vez na sala do diretor. O que eu podia fazer se as pessoas costumavam implicar comigo? Eu era um bom garoto... Às vezes.


-o senhor novamente Jackson? –ele falou segurando a cabeça com uma das mãos.


-senti sua falta. –falei com um sorriso sacana.


-eu poderia ter ficado pelo menos mais cinqüenta minutos sem vê-lo. –ele falou com os dentes trincados.


-mas daí, qual seria a graça? –perguntei tentando brincar.


-atualmente penso que você é o grande problema dessa escola e isso não é bom. –ele avisou perigosamente com os olhos faiscando.


-problema? Ah, qual é Joseph?! Eu sou sua animação. –ri me jogando para trás na cadeira.


-você me deixa louco. –ele falou passando as mãos nos cabelos, deixando assim um ninho de gato ali.


-por favor, poupe os poucos fios de cabelo que restam para amanha, ok? –disse pegando em suas mãos e tirando da cabeça dele.


-o que eu vou fazer com você? –ele perguntou a si mesmo, mas ainda assim achei melhor dar a minha opinião.


-que tal duas semanas de suspensão? –sorri.


-nem pensar!-ele falou imediatamente.


-mas...


-não!


-droga, isso funcionou da outra vez. –bufei e cruzei os braços.


-vou pensar em alguma coisa e logo o avisarei, pode ir para sua aula agora. –ele disse apontando a porta.


Ainda bufando me levantei e saí, mas antes disso trombei com uma menina na porta. Ela passou a mão no ombro enquanto eu a analisava. Seus cabelos eram castanhos e perfeitamente lisos, tinha uma pequena franjinha caída para o lado e sua pele era tão branca quando a parede ao meu lado, os olhos eram castanhos, porem mais claros do que o normal. Ela não parecia muito amigável, principalmente quando ela me olhou pela primeira vez e analisou bem o que estava a sua frente. Entenda, não é todo dia que alguém tromba por aí com Jackson Bennett.


Mas ao contrário de abrir um belo sorriso como eu imaginei que faria, ela apenas continuou me olhando como se eu fosse um idiota ou alguma coisa do tipo e então ela deu um sorriso irônico, apenas torcendo os lábios e novamente passou por mim, esbarrando e quase fazendo com que eu caísse no chão.


Estava prestes a começar a xingá-la quando outra figura apareceu. Ele era pequeno e não parecia ter mais do que doze, talvez onze anos. Ele mantinha uma mão na testa e sacudia a cabeça, olhando para a menina que entrava na secretária.


-desculpe por isso, minha irmã tem problema. –sorri para ele e olhei novamente para a menina que estava muito bem arrumada para a escola.


-novos aqui? –ele assentiu. –Austin? –logo deduzi... Capital do estado faria sentido.


-não, Nova Iorque. –assenti.


-qual seu nome? –ele sorriu um pouco.


-Eric, e ela é Megan, ou Maggie... –ele deu de ombros.


-Megan, hein?! Eu sou Jackson. – me apresentei ainda olhando para a menina que agora conversava com a secretária.


-olha, desculpa mesmo, ok? –assenti o olhando.


-não foi nada. –ele sorriu, com os imensos olhos azuis felizes, e então foi atrás da irmã estranha.


Ela era bonita, mas ainda não me conhecia. Nova Iorque?! Bem, estava na hora de ela aprender o que uma pessoa de Beeville pode fazer.


[Maggie]


A secretária deu meus horários e os de Eric e logo estávamos longe dali, seguindo um mapa mal desenhado e feito de caneta, tentando entender se um risco significava uma porta ou um cruzamento com outro corredor.


-você quase atropelou o menino, não poderia ter pelo menos pedido desculpas? –Eric disse sacudindo a cabeça e olhando para as portas.


-por que ele não olhou para onde andava? E você não viu como ele olhava para mim? Como se eu fosse um pedaço de carne exposta em um açougue. –Eric bufou.


-claro, Maggie, é claro que sim. –deu um tapa em sua cabeça.


-nada que alguém com doze anos possa entender. –ele riu sarcasticamente.


Eric logo achou sua sala e eu ainda tinha um ou dois andares para subir, e sinceramente, seria uma boa oportunidade para matar as aulas se eu não precisasse marcar presença em todas as aulas. Subi as escadas lentamente, parando apenas para não pisar em ninguém e tentando seguir o conselho de minha mãe para tentar parecer simpática.


Mas não estava sendo nada fácil. Todos que vinham falar comigo faziam as mesmas perguntas idiotas e sinceramente estava começando a ficar meio chato sorrir o tempo todo e fingir ser alguma coisa que eu com toda a certeza não era.


Minha primeira aula foi um saco. O professor me fez levantar e ir lá na frente, coisa que não era um problema para mim, como já disse eu não era tímida.


-apresente-se. –ele incentivou me olhando ainda sentado em sua cadeira.


-eu sou Megan Fuller, vim de Nova Iorque. Posso me sentar agora? –o professor negou com a cabeça e se levantou.


-alguém tem alguma pergunta? –todos negaram com a cabeça freneticamente, menos um menino magricelo no fim da sala.


-ah... Claro. Pergunte Simon. –o professor falou com desdém e por um segundo eu imaginei se ele teria algum tipo de problema com o menino.


-você tem namorado?! –ergui uma sobrancelha. Tudo bem, talvez eu tenha algum problema com o menino também.


Ignorei as risadas histéricas de todos na sala e, apenas para não dar o gosto de ser igual a eles (coisa que incontestavelmente eu não era), eu sorri docemente e respondi.


-não! –todos voltaram a ficar em silêncio e o professor fez sinal para que eu sentasse.


O resto da aula se arrastou. Eu não prestava atenção os professores, eu apenas percebia os olhares que recebia de todos. Respirei fundo e olhei para o outro lado, tentando achar pessoas normais e que sabem que ainda é falta de educação encarar as pessoas, mas foi um grande erro...


E lá estavam mais pessoas me olhando como se eu fosse um mutante ou alguma coisa do tipo. Bufei e olhei para meus livros, tentando achar algum tipo de paz. Qual é?! Será que eles não poderiam fingir que são normais?


O sinal para o almoço finalmente bateu e eu simplesmente corri, seguindo meu pequeno mapa para o refeitório. Eu esperava que meu irmão almoçasse comigo, mas se ele achasse amigos não iria me sentar com ele. Sabe como é... Muita diferença de idade.


Peguei minha comida e dei uma olhada em volta. Novamente algumas pessoas me encaravam. Respirei fundo e comecei a ir para uma mesa qualquer no canto do refeitório onde tinha as paredes de vidro. Pelo menos lá eu esperava ter paz. Mas novamente estava enganada.


Assim que sentei a mesa e comecei a comer minha comida, três meninas se aproximaram de mim, com o olhar fulminante e o rosto retorcido em uma careta que parecia nojo. Sorri fraco novamente, apenas esperando o que viria a seguir.


-escuta, esquisita... Você pode até ser nova aqui, mas essa mesa é nossa. –meu sorriso fraco se intensificou.


-escuta aqui é...


-Tifanny.


-Britany... – me aproximei um pouco, até ficarmos bem próximas. –eu não dou a mínima.


Ela continuou me olhando e só agora tinha percebido que todo o refeitório estava em silêncio olhando nossa pequena discussão. A tal Britany estava vermelha e as outras duas meninas me olhavam feio. A coisinha se apoiou sobre a mesa, e eu já tinha me sentado, e continuou me fulminando com os olhos.


-escuta aqui sua marmota... –ri alto.


-marmota? Isso é o melhor que você pode fazer? Marmota? –ri mais alto ainda.


-sua...


-marmota? –ri outra vez e logo o ataque de riso estava incontrolável.


E quando eu pensei que a discussão fosse continuar, ela simplesmente me deu as costas e saiu pisando duro pelo refeitório. Eu ainda gargalhava, enquanto as pessoas ainda me olhavam como se eu fosse louca ou qualquer coisa parecida.


Não demorou muito para meu irmão entrar, com mais dois meninos conversando. Sorri fraco para a imagem, pelo menos ele estava se dando bem ali, não é?


Comecei a comer outra vez, parando de dar risada finalmente, mas uma presença ao meu lado chamou a atenção e eu fui obrigada a virar para ver o que tinha de errado, outra vez.


-Oi. –ele falou. Era o tal do... Simon, é, acho que é esse o nome do menino da primeira aula.


-hm... Oi. –respondi rapidamente, voltando a olhar para minha comida.


-de onde você veio mesmo? –eu já não tinha respondido isso?


-Nova Iorque. –ele sorriu radiante. –escuta o que eu falei sobre não ter namorado...


-ah, isso... –ele deu de ombros. –nem esquenta, não tenho segundas intenções. –suspirei aliviada.


-hm... As pessoas daqui não gostam de mim, você não deveria ser uma exceção. –ele sorriu abertamente, mostrando os ossos do rosto.


-isso não é verdade... Você é apenas nova. –olhei em volta e a Britany me encarava.


-é claro, diga isso a Britany...


-Tifanny. –dei de ombros.


-é a mesma coisa. –ele riu.


 -você logo vai se acostumar, ela não gosta de ninguém. –assenti sem emoção.


-é, acho que sim. –ele sorria ainda me olhando.


 -você veio sozinha para cá, tipo... Fugindo. –arregalei os olhos e deixei um sorriso torto escapar por meus lábios.


-não. Está vendo aquele ali, o baixinho loirinho? –ele assentiu. –Eric, meu irmão mais novo. E minha mãe está trabalhando em um escritório de advocacia da cidade. –dei de ombros.


-bem, pelo menos não é nenhuma fugitiva, não é? –ri um pouco.


-não. –concordei com um sorriso ligeiro.


Nossa conversa foi se alongando e eu já tinha perdido a noção de tempo. O menino apesar de estranho era até comunicativo. Paramos de conversar apenas por que duas figuras estranhas se juntaram a nós. Ela tinha os cabelos cumpridos e escuros até o meio das costas, era pequena e sorria abertamente, mostrando covinhas nas bochechas. O menino era loiro de cabelos emaranhados, suas bochechas eram levemente rosadas e ele não sorria, apenas nos encarava como se estivesse assustado.


-olá. –disse a menina sorridente enquanto eu ainda tentava me lembrar se tinha trombado com eles em algum corredor.


-é... Oi. –falei sem muito entusiasmo.


-eu sou Clara e esse é meu irmão gêmeo Justin. –ela disse sem perder o sorriso alegre. E só então eu olhei de verdade para o que estavam vestindo... Clara usava uma camisa pólo justa de listras branca e vermelha, enquanto Justin usava uma de listras azul e branca... O que é isso? Power Ranges?


-hm... Maggie. –sorri fraco, tentando achar alguma lógica para eles estarem ali.


-você é nova aqui, não é? Veio de Nova Iorque pelo que eu fiquei sabendo. Deve ter sido uma grande mudança para você não é? Por que quando nós... –ela matraqueava, enquanto eu ainda pensava em sua primeira frase.


-meu deus, Clara. Já pensou em respirar em intervalos regulares? –Simon perguntou com um sorriso brincalhão.


-HAHA, muito engraçado. –ela mostrou a língua. –tudo bem, o que você fez para Jackson Bennett? –ela perguntou olhando bem em meus olhos.


-quem? –perguntei completamente perdida.


-Jackson Bennett... Alto, cabelos claros, olhos verdes e, é claro, lindo de morrer. –ergui uma sobrancelha. –ali, naquela mesa.


Olhei para a mesa que ela indicava e encontrei o menino que trombei na secretaria me encarando. Eu tinha trombado por muitas pessoas aquele dia, mas aquele em especial chamara minha atenção. Principalmente pela postura e olhar de quem sabia o que estava acontecendo. Ele tinha o típico olhar de quem tem tudo o que quer e não mediria esforços para conseguir qualquer coisa.


Mas isso, eu aprendi pouco mais tarde...


-hm... Vi ele saindo da secretaria essa manha. –dei de ombros.


-outra vez? –Simon bufou. –ele não cansa de se meter em confusão?


-parece que dessa vez discutiu com a professora de física... Alguma coisa como chamá-la de “Velha mal amada e frustrada”. -Ri alto com a fala de Clara.


-o que é engraçado? –sacudi a cabeça.


-nada, não.


-acha que Joseph fará alguma coisa dessa vez? –alguém perguntou, mas a essa altura meus pensamentos já estavam longe.


O olhar verde e faiscante ainda me encarava, com um sorriso presunçoso nos lábios e alguma coisa no rosto que dizia claramente “perigo”. Nunca me importei com o modo que as pessoas me olhavam, mas aquele menino estava passando dos limites e apensar de ele me lembrar alguém com todo aquele seu jeito arrogante, eu tinha certeza que não deveria ser levado em consideração. Afinal de contas... Eu não deveria me importar, por que ele era e sempre seria um completo estranho para mim.


 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

HUSDHUIAHDASIU comentem, por favor?! ++



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tapiando o Destino" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.