O Chefe Da Minha Mãe escrita por Giolopes


Capítulo 20
Estraga Dia...




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Era insaciável a vontade que eu tinha de estrangular a Carrie, ela realmente não consegue ver seu mundinho de conto de fadas indo para o fundo do poço, a história dela era simplesmente a que ela era a donzela perdida e eu a bruxa que arruinou seu final feliz e rico. Parece que esse é meu curso de vida, minha mãe já me odiava desde a sua separação com meu pai, eu acho que ela me acha culpada pela separação e agora ela me odeia ainda mais pela defesa de minha irmã, Carrie me odeia ou me ama demais, não consigo distinguir. Quando finalmente acho que posso ser feliz e seguir em frente sem me lamentar de escolhas, decisões ou sentimentos, o mundo me mostra ao contrario – não se iluda querida, você vai se ferrar outra vez – meu subconsciente gritava.

__ Eu entendi bem?! Você quer morar aqui? – perguntou Max exasperado, ele havia soltado minha mão e agora se aproximava da garota.

__ Sim, entendeu muito bem! – respondeu ela jogando o sorriso cínico.

__ Carrie, isso não faz sentido! Você terá estabilidade na casa de sua mãe, eu arcarei com todas suas despesas, suas e do nosso filho, não é necessário que venha morar aqui. – disse ele passando as mãos pelos cabelos e tirando os olhos dela, logo me fitando.

__ Por quê? Por causa da Maggie? – perguntou cínica se aproximando de mim.

__ Não. Por que eu não quero ter que ser feliz com a pessoa que eu amo e ver que você nos olha com desprezo e com maldade, não quero ter que esfregar na sua cara que oque eu tenho e sinto pela Maggie, eu nunca senti por você. – disse sincero e a garota se fez de ofendida, fingindo choro.

__ É maninha, parece que conseguiu roubar meu conto de fadas, como diz você! – disse ela se aproximando mais ainda de mim, Max se pôs na frente dela.

__ Vai embora, Carrie. Eu e Maggie temos um jantar com minha família! – disse ele abraçando minha cintura e beijando minha testa como um ato protetor.

__ Sou mãe de seu filho, mereço está presente nesse jantar. Além do mais, eu já conheço sua família, tenho certeza que eles adorarão saber sobre o novo integrante que está por vir, não acha baby?! – ela disse sorrindo irônica e se sentando ao sofá.

__ Vá se arrumando, já subo. Vou tira-la daqui! – sussurrou para mim, depositando um selinho em meus lábios e ouvi o riso debochado da garota, puxei Max pela gola da camisa e aprofundei mais o beijo – ria vadia, mais ria da minha vitória – eu finalizei com uma mordida em seu lábio e ele sorriu ofegante.

***

Havia tomado um banho gelado e tranquilizante, vestia um vestido preto de renda, completamente ligado no corpo, mangas longas e um decote valorizador, calçava saltos pretos e bastantes altos, amarrara somente algumas mechas do meu cabelo e deixara o resto solto, caprichara no delineador dos olhos, sombra e no batom nude, passara meu perfume e pegara uma bolsa de mão preta, colocara meu celular dentro da mesma e me fitei no espelho pela milésima vez – onde diabo estava o Max?! – a porta se abriu revelando o mesmo já retirando os sapatos e as roupas, mas logo parou me olhando de maneira celestial.

__ Caramba... Desse jeito minha família não vai querer mais te liberar. Está linda! – disse se aproximando e cheirando meu pescoço.

__ Obrigada! – eu disse não muito animada, a aparição de Carrie de certo modo me afetava.

Ele sorriu sem notar minha frieza e beijou minha nuca, correu para o banheiro e logo ouvi o som da água bater contra o azulejo do banheiro.

Ele ficava muito sexy vestido naquela camisa branca com a jaqueta de couro por cima, e aquela calça escura e um pouco, ligada o dava ar de adolescente, seus cabelos desengrenados dava o charme que só ele tinha e o brilho nos olhos, o sorriso divertido não podia faltar...

__ Então... Estou apresentável para te acompanhar? – perguntou divertido enquanto girava mostrando todo seu look e me arrancando um sorriso amarelo.

__ Falta uma coisinha só! – respondi me aproximando dele.

__ O que? – perguntou olhando no espelho, puxei seu rosto e colei nossos lábios.

__ A marca de meu batom e meu cheiro em você. Isso provará que é meu! – respondi brincalhona e ele mordeu os lábios me puxando novamente para um beijo.

“Porque quando você me toca não sinto apenas o desejo da carne. Porque seu arrepio não me dá vontade de, apenas, levar-te para um canto qualquer e fazer amor. Porque quando você me toca, meu corpo inteiro estremece e o que mais gela é meu peito. Porque não é a excitação que nos envolve naquele abraço, é o afeto… Porque quando você me toca, eu simplesmente, amo.”

***

__ Por que está tão calada? – perguntou Max.

Estávamos em seu carro em direção á casa de seus pais, o vento levava meus cabelos enquanto eu observava a paisagem.

__ Não é nada! – respondi sorrindo falso.

__ Não minta... De novo! – pediu me arrancando um suspiro.

__ É que Carrie por mais idiota que seja ela de certo modo me afeta, ela me traz memorias boas de quando éramos crianças e éramos unidas, de quando minha mãe ainda era minha mãe e não me tratava somente como, Maggie Bernard. – respondi levando as mãos para os cabelos e fechando os olhos, angustiada.

__ Mag, não foi você que escolheu ser assim. Você não tem culpa, alias ninguém tem! Você sabe disso melhor do que eu. – disse acariciando minha coxa nua.

__ Não é só porque não escolhi que não posso me sentir mal. – resmunguei.

__ Esquece isso, não te quero triste. E outra... Esse vestido está curto demais! – disse divertido e ciumento, eu sorri mordendo os lábios.

__ Frida me disse que quanto mais curto os vestidos, mas fácies são de tira-los. – maliciei, ele piscou o olho e sorriu animado.

__ Então eu posso gostar da ideia! – disse ainda sorrindo e apertando minha coxa.

“Mãe lê pensamentos, tem premonição, sonhos estranhos.
Conhece cada choro, de gripe, de medo, entra sem bater, liga de madrugada, pede favor chato, palpita e implicam com amigos, namorados, escolhas. Mãe dá roupa do corpo, tempo, dinheiro, conselho, cuidado, proteção. Mãe dá um jeito, dá nó, dá bronca, dá força. Mãe cura cólica, porre, tristeza, pânico noturno, medos. Espantam monstros, perigos. Mãe tem intuição e é messiânica: mãe salva. Mãe guarda tesouros, conta histórias e tem lembranças. Mãe é arquivo! Mãe exagera, exaure, extrapola. Mãe transborda, inunda, transcende.”

A minha mãe esqueceu como se faz isso!

***

Em frente á grande casa de paredes brancas e pilastras enormes eu me pendia nervosa – caramba, eu estava indo conhecer a família do cara que eu amo. E se eles não gostarem de mim e se me julgarem pela Carrie?! – o rapaz segurou minha mão, sorriu para mim e me puxou para a porta dupla que dava acesso a porta, tocou a campainha e esperou com que viessem atender. Logo uma senhora de pele branca, olhos azuis como o de Max, cabelos loiros na altura do pescoço e um sorriso encantador apareceu na porta.

__ Meu filho! – gritou ela abraçando-o, parecia que ele passava muito tempo sem vê-la.

__ Como vai mãe? – perguntou o mesmo, beijando o topo de sua cabeça.

__ Ótima, meu bem! – respondeu enquanto Max a soltava e abraçava minha cintura.

__ Mãe, essa é minha futura esposa, Maggie Bernard! – ele disse me impressionando com as palavras, eu não esperava por isso, futura esposa?!

__ Ela é tão linda. – disse a senhora me puxando para um abraço que eu retribuo enquanto via o garoto rindo meigo.

__Sim, ela é! – resmungou ele.

__ Sou Sinead Thompson! Agora venham, entrem. – ela disse me soltando e sorrindo.

O garoto segurou novamente minha mão e adentramos a grande casa. Logo pude vê que sua família era enorme, todos começaram a se apresentar com sorrisos amigáveis...

__ Maninho... – disse um rapaz também loiro, olhos azuis e que aparentava ser mais velho que Max.

__ Samuel! – rebateu Max o abraçando.

__ Quem é essa belezinha? – perguntou apontando para mim.

__ Tire sua orbitas dela. Essa é minha futura esposa, Maggie Bernard! – respondeu.

__ Olá! – eu disse baixo.

__ Oh, mal pude ouvi-la, mas... Olá linda! Sou Samuel Thompson! – disse o rapaz e eu sorri.

__ Esse é meu pai Jeremy Thompson! – Max apresentou-me um senhor de cabelos grisalhos, pele enrugada e olhos escuros, o mesmo me estendeu a mão.

__ É um prazer e seja bem vinda a nossa família. – disse o senhor.

__ Obrigada. – respondi.

__ Essa é minha tia, Shorcha Clarck... – continuou as apresentações.

__ Meus primos, Liam Clarck, Beth Clarck...

__ Minha irmã, Bairbre Thompson!

__ Minha sobrinha e meu sobrinho, Catherine e Gabriel...

***

__ Eu amei seu vestido... É de algum estilista particular? – disse Bairbre ao meu lado na mesa.

__ Não, não. – respondi sorrindo.

__ Então Maggie, oque faz da vida? – perguntou meu sogro.

__ Faculdade. – respondi sem graça.

__ Qual área, querida? – perguntou.

__ Psicologia. – respondi e fitei Max em minha frente, ele me encarava apreensivo.

__ Só que saber como meu maninho aqui conseguiu uma coisa tão linda assim. – debochou Samuel recebendo um olhar repreendedor do Max.

__ Seu irmão tem suas qualidades, além de ser lindo. – brincou minha sogra e eu assenti enquanto bebia um pouco do vinho e beliscava no bife.

__ Poderíamos todos ir pescar qualquer dia desses. Você amará a casa de lago que temos no sul de Londres! – disse a tia de Max.

__ Quantos anos você tem mesmo? – perguntou um dos primos.

__ Não seja indiscreto, Liam! – repreendeu Max.

__ Não sou. Só que ela tem cara de novinha. Cometendo pedofilia primo? – disse o garoto debochado.

__ Pare com isso, Liam. – repreendeu Beth.

__ Vocês não querem saber a idade dela? – perguntou ele.

__ Não, não queremos Liam! – bufou Shorcha.

__ Senhora, não pode entrar ai! – um grito estrondou atrás da porta da sala de jantar e logo ouvimos a porta se abrir, revelando ela.

__ Acho que eu e meu filho também temos direito a essa jantar! Não querem saber sobre o neto senhor e senhora Thompson?! – disse Carrie vestida em um vestido bastante vulgar e um sorriso sapeca.

__ Neto? – perguntou Jeremy.

(...) Haja o que houver ela sempre estragará tudo!


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