O Chefe Da Minha Mãe escrita por Giolopes


Capítulo 1
American University of Paris


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fanfic, então pelo amor de Jah.Relevem algum erro.



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Era como se o cheiro de café permanecesse por toda Paris, as luzes que acendiam nas noites mais lindas do mundo só se apagavam as cinco da manhã, o friozinho que aproximava mais os casais em busca de aconchego era outro que permanecera desde novembro e agora fevereiro batia em nossas portas. Esse era considerado o começo de um belo ano. E como o mundo que gira a vida não para.

Um dos piores barulhos do universo tocara estrondeante ao lado da minha cama, abri os olhos com a maior vontade de colocar minha disposição sobre aquele maldito despertador. Não se passava das sete da manhã e ele apitara como nunca. Sentei-me na cama passando as mãos pelo rosto e cabelos. Como toda criança volta para sua escola e começaria minha fase adulta indo para faculdade.

Minha mãe diz que é exagero da minha parte me considerar adulta só pelo fato de estar indo para faculdade. Afinal 17 anos é a idade de pura adolescência e não me perguntem como cheguei tão nova na faculdade.

Levantei-me e caminhei até meu armário. O espelho em minha frente revelava a mesma garotinha de rosto nada angelical com os olhos azuis esmeraldas e cabelos loiros mel nada arrumado e a única coisa que me agradava, minha boca totalmente avermelhada como um batom permanente.

_ Os portões da faculdade não vão esperar a princesinha ai. – minha mãe conseguia ser a pessoa mais irônica do mundo e também a mais insuportável dos seres humanos.

_ Se eles não esperarem eu dou meia volta. – eu também não ficava atrás quando o assunto era irritar alguém.

Peguei minha toalha jogada sobre uma cadeira em frente à escrivaninha e adentrei o banheiro batendo a porta ferozmente.
Alguns como meu pai, minha mãe, resumindo, minha família adoravam dizer como eu deveria estar feliz por ganhar uma bolsa na American University of Paris. Uma das melhores universidades de Paris e talvez das Américas, só que ser humano nenhum reconhecia o quanto fiz esforço também para que isso acontecesse.

Foram noites sem dormir estudando para maldita prova, horas de lazer perdidas para que tudo acontecesse de maneira certa e positiva. Mais enfim eu estava feliz por conseguir, só não demonstrava muito.

“Como ser uma psicóloga e ajudar as pessoas se não ajuda á si mesma?”

Palavras de minha mãe. Eu admito que possuía meu lado nada consciente para ser uma psicóloga, o fato de eu adorar umas loucuras sem tamanho já apostava nisso. Mais vejamos pelo lado mais forte, eu sou uma adolescente e os adolescentes amam viver inconsequentemente.

_ Devo alerta-la que seu pai odeia esperar?! – eu disse que ela conseguia ser o ser humano mais imprevisível do mundo?! Pois ela consegue.

_ Não.

Não é que não nos damos bem, é que desde que meus pais se separaram e minha guarda passou a ser dividido, tipo a semana inteira com minha mãe e os finais de semana com meu pai, que eu devo dizer que não fomos mais as mesmas mãe e filha unidas. Eu tenho uma irmã, ela decidiu que ficaria com meu pai e sua nova esposa na casa dele, ela tem os cabelos castanhos mel iguais os de minha mãe e os olhos ambos os meus, sua idade era de 25 anos e já havia se formado em logística.

Passei a mão pela blusa amarrotada em meu corpo, ela já estava séculos, guardada ao fundo do meu armário, ajeitei meu gorro no cabelo e suspirei. Peguei minha bolsa, meus módulos e meu celular:

_ Preocupada em se sentir deslocada por ser caloura? – meu pai já era o cara mais meigo do mundo. Já estávamos a caminho da universidade e eu meio que tremia de ansiedade.

_ Sabe que isso nunca foi meu estilo. E além do mais, a Frida também vai cursar designer de moda.

Frida Godoy era minha melhor amiga. Seus olhos verdes se destacavam em meio aos seus cabelos loiros avermelhados. Sua idade de 18 anos não transparecia em seu rosto angelical. Havia também meus amigos Jamie Suster, com seus cabelos loiros e olhos azuis, um corpo de matar qualquer uma e também o Austin Horn com os cabelos castanhos e olhos escuros e com um corpo mais delicioso ainda. Havia também a namorada do Jamie que se chamava Isabelle Klein que parecia uma japonesinha muito fofa, olhinhos puxados e escuros, cabelos alaranjados e uma pele maravilhosa.

_ Filha, adoraria passar o dia contigo, mas tenho que trabalhar. – fui despertada dos devaneios. Estava voando longe dentro do carro do meu pai enquanto estávamos no estacionamento daquela universidade maravilhosa.

_ Foi mal, pai. Estava pensando umas coisas... – eu sei que havia dito que não fazia meu tipo ficar nervosa com coisas novas, mais eu estava. Meu pai sumiu na estrada me deixando sozinha em frente aquela gigante porta.

Por um instante, tive a sensação de estar começando minha vida do zero e me dei conta de que ninguém ali sabia absolutamente nada sobre mim. Eu, finalmente, poderia ser quem eu quisesse. Apaguei todas as lembranças e marcas ruins do ensino médio. Como se fosse um portal para o futuro. O meu futuro. Entre uma distração e outra, me perguntava se era aquilo mesmo que eu queria da vida. Naquele instante tudo começou a fazer sentido. Eu estava simplesmente onde sempre quis estar.


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